A intromissão descabida dos EUA
Após os resultados mostrando a vitória de Nicolás Maduro para a
Presidência da Venezuela, os Estados Unidos resolveram pedir a
recontagem manual dos votos, assim como fez o candidato oposicionista,
Henrique Capriles.
A Casa Branca disse que considera que uma auditoria nos resultados das
eleições presidenciais da Venezuela seria um passo "importante, prudente
e necessário".
Só faltava esta. É como se a Venezuela pedisse na eleição de George W.
Bush, em 2000, a recontagem dos votos ou uma auditoria e apoiasse o
candidato democrata em sua solicitação.
É uma prova da intromissão indevida e descabida dos EUA nos assuntos
internos da Venezuela, particularmente porque Maduro aceitou a auditoria
do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sem evidentemente aceitar a não
proclamação dos resultados.
Isso foi o óbvio a ser feito, já que abrir mão da proclamação seria
aceitar que houve fraudes. Fica evidente que a oposição que apenas
tumultua, já que uma vitória eventual de Capriles seria aceita como
democrática.
O fato é que o CNE proclamou Maduro como presidente eleito e rejeitou o
pedido de Capriles para recontar os votos. Maduro obteve 50,75% contra
48,97% de Capriles, uma diferença de 262.473 votos.
Aproveito para recomendar a leitura do artigo de Breno Altman sobre o resultado:“Vitória de Maduro é incontestável, mas representa novos desafios”.
*Ajusticeiradeesquerda
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