Tecnologia foi desenvolvida por equipe liderada pelo cientista Miguel Nicolelis.
No caso do exoesqueleto do projeto "Andar de novo", uma touca especial capta asatividades elétricas do cérebro por eletroencefalografia. Quando o voluntário se imagina caminhando por conta própria, os sinais produzidos por seu cérebro são coletados pela touca e enviados a um computador que fica nas costas da veste robótica.
O computador decodifica essa mensagem e envia a ordem aos membros artificiais que executam os movimentos imaginados pelo paraplégico. Ao mesmo tempo, sensores dispostos nos pés do voluntário enviam sinais para a roupa especial. A pessoa, então, sente uma vibração nos braços toda vez que o robô tocar o chão. É como se o tato dos pés fosse transferido para os braços, naquilo que Nicolelis chama de "pele artificial".
O pesquisador batizou o exoesqueleto de "BRA-Santos Dumont I" e pretende fazer ainda outra homenagem ao aviador brasileiro no primeiro jogo do campeonato: o jovem que deu o chute inaugural do campeonato, Juliano Pinto, de 29 anos, usou um lenço que pertenceu a Santos Dumont. A peça foi oferecida pelo sobrinho-bisneto do aviador, Marcos Villares.
De acordo com Nicolelis, essa demonstração será apenas o primeiro passo da pesquisa, que deve continuar a ser desenvolvida para que o exoesqueleto se torne uma alternativa viável de mobilidade para pessoas paralisadas. "Isso é apenas para aumentar a conscientização para o fato de que temos de 20 a 25 milhões de pessoas paralisadas ao redor do mundo, e que a ciência, se devidamente financiada e apoiada, pode fazer alguma coisa. Se começarmos agora – e esse é apenas um chute inicial simbólico – podemos conseguir fazer alguma coisa nos próximos anos."
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