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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 18, 2014

SHOW DE RECEPÇÃO
De Norte à Sul, turistas e jogadores que estão no Brasil para a‪#‎CopaDasCopas‬ só têm elogios à hospitalidade dos brasileiros.
Pessoas que encontraram ingressos e devolveram aos turistas, por exemplo, mostram a alma dos brasileiros ao mundo.
"Assim somos nós, os brasileiros. Gente que se preocupa com os outros. Gente que está fazendo desta a #CopadasCopas", destacou a presidenta Dilma Rousseff, no Twitter.
A cada dia surgem novos relatos de craques que foram contagiados pelo calor humano do Brasil.
O jogador da Alemanha Bastian Schweinsteiger disse estar 'dominado' pela febre brasileira e garantiu que se sente em casa por aqui.
"É minha primeira vez no Brasil e tenho amado cada minuto. Pelo que vi e vivi até agora, posso dizer que é um grande país, com um povo maravilhoso", explicou o jogador.
Outro ponto alto da #CopaDasCopas são as arenas, que impressionam não apenas pela beleza, mas também pela qualidade.
Em Natal, o técnico americano Jürgen Klinsmann derreteu-se em elogios sobre o gramado do estádio.
Em Manaus não foi diferente. A seleção inglesa enalteceu o calor humano dos amazonenses e aplaudiu, de pé, o gramado da arena da Amazônia.

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