CHEbola

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.

Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 27, 2014

HARRY CONHECE COMBATE À CRACOLÂNDIA COM HADDAD

Príncipe britânico conheceu o programa "Braços Abertos", do prefeito Fernando Haddad, que tenta afastar os dependentes químicos do crack; em visita hoje à região da Cracolândia, o membro da realeza "conversou [com usuários] com a ajuda de um intérprete. Também fez muitas perguntas ao prefeito sobre o projeto", segundo relato do secretário de Segurança do município, Roberto Porto; filho caçula do príncipe Charles está no Brasil desde segunda, quando visitou um hospital de reabilitação em Brasília; ontem, em Cubatão (SP), ele visitou uma entidade de assistência social a crianças

26 DE JUNHO DE 2014 ÀS 15:25

247 – O príncipe Harry fez uma visita nesta quinta-feira 26 à região da Cracolândia, no centro de São Paulo, e conheceu o programa "Braços Abertos", iniciativa do governo municipal que tenta afastar dependentes químicos do crack ao oferecer emprego remunerado, alimentação e moradia.

O membro da realeza britânica conversou com moradores e beneficiários do programa por meio de um intérprete e foi assediado pelas pessoas do local, que pediram para tirar foto e diziam "I Love you".

"Ele conversou [com usuários] com a ajuda de um intérprete. Também fez muitas perguntas ao prefeito sobre o projeto", contou o secretário de Segurança do município, Roberto Porto.

Durante a visita, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana se uniram para fazer um cordão de isolamento em volta do príncipe, mas a ideia não funcionou muito bem. Jornalistas e moradores puderam ficar bem próximos ao filho do príncipe Charles.

Harry está no Brasil desde segunda-feira 23, quando assistiu ao jogo entre Brasil e Camarões no Mané Garrincha, em Brasília. Na capital federal, ele visitou um hospital da rede Sara Kubitschek. A unidade é referência em tratamentos de reabilitação.

Em Belo Horizonte, ele acompanhou o jogo da Inglaterra e se encontrou com atletas do Minas Tênis Clube. Em São Paulo, o príncipe também passou por Cubatão, onde conheceu um programa de preservação da Mata Atlântica e uma entidade de assistência social a crianças. Depois do Brasil, Harry segue viagem para o Chile.

*247

Detesto a monarquia inglesa, esses pinguins de geladeira caríssimos que eles insistem em manter parasitando a grana alheia até hoje. Por mim, Napoleão tinha chegado ali e mandado degolar esses carrapatos anacrônicos pretensamente "chiques".

De qualquer forma, a cutucada é imperdível: a notícia abaixo é mais uma evidência de que o período de Copa está MELHORANDO a imagem do país lá fora, num nível inversamente proporcional a urubologia e torcida contra do imprensalão e dos manifestantes coxinhas. E isso não é pouco, como sabemos.

*memesmessianicos