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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 02, 2015

♫ OCUPAMANIA ♬

compartilhou o vídeo de UBES Educação.
1 h
1:38/1:38
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UBES Educação carregou um novo vídeo.
♫ OCUPAMANIA ♬
Cante com a gente....
"Já fiz muita ocupação...
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mpartilhou a publicação de Maria Carolina Trevisan.
1 h
Maria Carolina Trevisan
12 hSão PauloEditado
Menina corajosa. Negociou com a PM. Não perdeu a calma nem por um segundo. Conversou com o comandante, que pediu que os estudantes liberassem a via dos ônibus, caso contrário, seriam retirados à força. Ela foi falar com colegas. Decidiram, em assembleia, resistir. A PM cumpriu sua palavra e seguiu as orientações da Secretaria de Educação, que sugeriu estratégias "de guerra" contra os estudantes em luta.
A menina, uma adolescente, foi apreendida e levada ao 78DP, junto com um colega que aparentava ainda mais novo. Corajosa. Sabe-se que é batalhão violento.
Coração de mãe, mesmo que jornalista, aperta, sim. Mas essa foto, a maneira como a estudante reage presa, emociona. Dá força e esperança.
Contra a covardia e a violência. Pelo direito à escola pública de qualidade.
Foto do lindo Fernando Sato, especial para Jornalistas Livres

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