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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Israel continua ofendendo a humanidade

Considerada a oliveira mais velha do planeta( cerca de 5mil anos) essa oliveira palestina já sofreu diversas tentativas de destruição pelas hordas sionistas
Israel não está honrando nenhum dos compromissos assumidos.
E não me refiro a compromissos passados, sempre ignorados.
Mas aos mais recentes.
O principal deles é o acordado quando da  libertação do soldado Gilas Shalit.

Israel continua retendo mais de mil prisioneiros que já devia ter libertado, principalmente mulheres e crianças seqüestradas e mofando em masmorras sionistas.
Não reabriu as passagens para Gaza.
Remédios não entram no território palestino e nem material de construção para recuperar os hospitais intensamente bombardeados.
Escolas continuam fechadas e os alunos perseguidos.
Toda ajuda econômica dirigida à nação palestina está sendo retida pelo governo do estado judeu.
Os palestinos continuam sem água potável.
Não conseguem alcançar suas lavouras cercadas por colonos invasores.
Este ano a colheita de azeitonas foi ínfima.
Oliveiras continuam sendo destruídas.
E ninguém, absolutamente ninguém, se manifesta contra tamanhas barbaridades.
Por que a Liga Árabe  se cala?
É muito estranho esse silêncio.
Diria até um silêncio cúmplice.
Mais uma vez fica claro que os palestinos só podem contar com eles mesmos.
Até quando os sionistas continuarão calando nossas vozes?

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