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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, fevereiro 08, 2016

O QUE O CONJUNTO DA FACÇÃO FASCÍSTO MERCANTIL QUER TIRAR DE LULA JAMAIS CONSEGUIRÁ: O CHEIRO E O AMOR DO POVO

 
É porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe

O covarde cerco a Lula
De Bresser Pereira, em seu facebook


Há meses que eu ouço frases como: "Quando vão chegar no Lula?", ou então, "Quando vão pegá-lo?". Porque, afinal, este é o objetivo maior do establishment brasileiro: atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas. Não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto. Pois bem, o establishment chegou ao Lula. Não para incriminá-lo, mas para tentar desmoralizá-lo.
 
As duas manchetes de primeira página dos dois principais jornais de São Paulo de hoje são significativas. Na Folha leio que "Lula é investigado por suposta venda de MPs". Não há nada contra o ex-presidente na Operação Zelotes, a não ser a desconfiança de um delegado irresponsável. 
O maior líder civil brasileiro de todos os tempos,se emociona contidamente, sempre, ao interpretar a angustiosa esperança que brilha nos olhos do seu povo... Confiança: essa é a sua maior marca e símbolo dessa aliança.
 O que há nessa operação é o envolvimento de grandes empresas e de seus dirigentes em um escândalo de grandes proporções de pagamento de propinas para obterem MPs favoráveis. No Estado, por sua vez, a manchete é "Compra de sítio foi lavrada no escritório de compadre de Lula". Neste caso – o do uso por Lula e sua família de um sítio no qual construtoras se juntaram para realizar obras sem que houvesse pagamento – o caso é mais objetivo. Lula aceitou um presente que não deveria ter aceito.

As contribuições de empresas a campanhas eleitorais (que até a decisão do Supremo eram legais) são afinal presentes. Mas é impressionante como empresas dão ou tentam dar presentes mesmo a políticos – presentes dos quais elas não esperam nada determinado em troca; fazem parte de suas relações públicas. Eu sempre me lembro de como tentaram reformar a piscina da casa do Ministro da Fazenda em Brasília quando ocupei esse cargo em 1987. Minha mulher os pôs para correr. Era o que devia ter feito Lula, que havia acabado de sair do governo. Não o fez, e isto foi um erro político. A reforma não aumentava seu patrimônio, apenas lhe proporcionava mais conforto. Ele não trocou o reforma do sítio por favores às duas construtoras. Não há nada sobre isto na investigação sobre o sítio.
O Estado brasileiro está revelando capacidade de se defender – de defender o patrimônio público – ao levar adiante as operações Lava Jato e Zelotes. Dirigentes de empresas, lobistas e políticos envolvidos estão sendo devidamente incriminados e processados. A instituição da delação premiada revelou-se um bom instrumento de moralização. Mas está havendo abusos.

 

Houve e estão havendo abusos na divulgação de delações sem provas, houve abuso em prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas. E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima.

domingo, fevereiro 07, 2016

Prisão de Dirceu e cerco a Lula causam embaraços à Justiça brasileira

O mandato de prisão de Dirceu, segundo balanço do Ministério Público Federal até 18 de dezembro do ano passado, foi apenas mais um entre os 119 expedidos, dos quais 62 foram de prisões preventivas, e 57, de temporárias


Por Redação, com agências internacionais – de Curitiba, Londres e São Paulo

Assistido por juízes, advogados e jornalistas, nos EUA e em alguns países da Europa, o vídeo com o depoimento do ex-ministro José Dirceu ao titular da Vara Federal do Paraná, juiz Sérgio Moro, teve um efeito didático sobre o funcionamento do Judiciário, no Brasil; além dos efeitos causados à aplicação da lei pela interferência política da ultradireita brasileira nas principais Cortes de Justiça do país. Até no STF.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
Advogado por profissão e capaz de exercê-la, a ponto de se estabelecer na elegante Avenida República do Líbano, nos Jardins da capital paulista, em uma casa de dois andares, espaçosa, com sua empresa de consultoria, o líder petista, frente a frente com seu inquisidor, afirma ao juiz Moro que não entendia o motivo porque foi preso. E está preso há seis meses. Nem Dirceu, nem o experiente barrister londrino, Sir Jeffrey Jowell e seus associados Timothy Otty e Naina Patel, da banca Blackstone, uma das mais bem remuneradas da City. Nem centro mundial do capitalismo, ao qual serve o juiz paranaense, a prisão de Dirceu — inimigo jurado do stablishment desde que concluiu o curso de guerrilha em Cuba, no século passado — foi comemorada como uma vitória dos conservadores sobre a esquerda brasileira. Mas encarada como um sinal preocupante quanto à saúde do sistema jurídico nacional.
Como afirmou o jornalista Paulo Nogueira, editor do site Diário do Centro do Mundo, desde Londres, afirmou em artigo, logo após a divulgação do vídeo com o depoimento de Dirceu, que aquele era “um retrato perturbador da Lava Jato e do próprio Moro”.
“Você vê um entrevistador, ou interrogador, hesitante, despreparado e munido de acusações de extrema fragilidade. Na contrapartida, o entrevistado, ou interrogado, responde a todas as questões com a clareza que faltou por completo a Moro. Dirceu está cansado, claramente, abatido – mas mantém o raciocínio límpido e rápido. A não ser que você seja um antipetista fanático, ao fim do vídeo você vai se perguntar: ‘Mas o que este cara tá fazendo preso há tantos meses?”, ressalta Nogueira.
Assista ao depoimento de Dirceu:
Para o articulista, que já dirigiu a revista semanal de ultradireita Veja, da Editora Abril, e conhece as organizações patrocinadoras do ambiente de ódio que impera na política brasileira, nas entrelinhas, “o que mais chama a atenção é a ignorância sobre a natureza do tipo de consultoria que um homem como Dirceu pode prestar a grandes empresas interessadas em conquistar mercados internacionais. Qual é a mercadoria que ele tem? Suas relações, o conhecimento que amealhou ao longo de anos de vida política”, explica.
“Eu estava na Abril quando a empresa solicitou os serviços de consultoria de Maílson da Nobrega, o homem dos 80% de inflação mensal. O que se demandava de Mailson, em sonolentas reuniões em que eu frequentemente dormia, como amigos meus do então Comitê Executivo da Abril poderiam confirmar, é que ele e sócios da consultoria Tendências mostrassem os cenários econômicos e políticos.
Existe, é certo, outro tipo de consultoria. Ainda na Abril, a Booz-Allen fez um trabalho de reengenharia financeira. Aí sim eram pilhas de estatísticas”, detalha.

Banca britânica


A rotina do juiz Sergio Moro, de mandar prender os implicados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), causa ainda mais espécie aos advogados britânicos que, em recente parecer — encomendado pela defesa dos executivos da empreiteira Odebrecht — afirmaram ser uma “afronta aos princípios mais básicos do Estado Democrático de Direito” o uso generalizado de prisões anteriores a um julgamento”. Segundo os associados da Blackstone Chambers, a forma como Lava Jato (Car Wash, como traduziram) tem sido conduzida pela Justiça Federal “levanta sérios problemas relacionados ao uso de prisões processuais, o direito ao silêncio e à presunção de inocência”. Para os advogados ingleses, a condução da operação tem violado os princípios da presunção de inocência e o direito a um “julgamento justo em prazo razoável”.
O mandato de prisão de Dirceu, segundo balanço do Ministério Público Federal até 18 de dezembro do ano passado, foi apenas mais um entre os 119 expedidos, dos quais 62 foram de prisões preventivas, e 57, de temporárias. Outro balanço, também do MPF, diz que são 140 os denunciados e 119 os que tiveram a denúncia aceita pela Justiça, tornando-se réus. Outros 80 já foram condenados.
“Nessas circunstâncias, há preocupações reais de que houve falha na adequação do significado fundamental e histórico do direito à liberdade e à natureza expedita do remédio que representa o Habeas Corpus”, afirma o parecer da Blackstone.
O parecer dos advogados ingleses cita relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre o uso de prisões preventivas na América do Sul e na América Central, publicado em 2013, referente a dados coletados em junho de 2012. Proporcionalmente, o Brasil é o segundo país com mais prisões preventivas da região, com 191 mil pessoas encarceradas sem julgamento, ou 38% do total, até junho de 2012. Para os barristers ingleses, os dados mostram que vários padrões internacionais de direitos humanos, inclusive tratados dos quais o Brasil é signatário, são desrespeitados, entre eles a presunção de inocência, o Ônus da Prova, o Princípio da excepcionalidade, no qual a prisão antes do julgamento só deve ser usada apenas como “último recurso em situações específicas” e as Razões legítimas para prisão, nas quais é obrigação do Estado não restringir a liberdade de um acusado além dos limites estritamente necessários para garantir que ele não impeça o desenvolvimento eficiente de uma investigação..
O parecer da Blackstone ainda acrescenta que características pessoais dos investigados e acusados não podem servir de motivo para a prisão preventiva. “O significado é óbvio”, diz o texto. Isso quer dizer, para os advogados, não se pode justificar uma prisão com base no argumento de que o réu é rico ou que é acusado de crimes graves, como corrupção. “Algo mais concreto, como o risco de fuga ou de intervenção nas investigações, é necessário.”
Porta-voz dos mais castiços conservadores da City, a revista britânica The Economist usou o parecer da Blackstone para uma reportagem intitulada Justiça estranha (Weird Justice, no original). A conclusão do texto é que, enquanto suspeitos e acusados são presos antes do julgamento, os condenados recebem penas brandas, como a prisão domiciliar ou a obrigação de comparecer em juízo uma vez por mês. A Economist relata as críticas feitas à espécie de “carisma” do juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato em Curitiba, e critica a prisão de mais de 600 mil pessoas, 40% das quais ainda não foram condenadas. Diz, porém, que os motivos são “menos óbvios” do que os discutidos na Lava Jato”: o problema é que, no Brasil, afirma a revista, um único juiz pode mandar alguém para a cadeia sem a anuência de um júri popular.

Efeito da mídia


Digna de uma das maiores coberturas na mídia conservadora do país, a prisão de José Dirceu se mistura às dos demais envolvidos nesta que se tornou, na realidade, em uma caçada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora tratado como “investigado” pela PF paulista. No relatório da Blackstone os barristers citam as declarações do procurador da República Manoel Pastana a jornalistas, para defender o uso das prisões preventivas com o objetivo de forçar as delações premiadas:
“Em crime de colarinho branco, onde existem rastros mas as pegadas não ficam, são necessárias pessoas envolvidas com o esquema para colaborar. E o passarinho pra cantar precisa estar preso”, disse o procurador, em novembro do ano passado.
Caso prevaleça a máxima do procurador Pestana, Lula corre sério risco, principalmente se o ambiente de conflagração ficar ainda mais acirrado no próximo dia 17, quando prestará depoimento no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, na condição de investigado. Poderá cair numa “armadilha”, como adianta o blogueiro Eduardo Guimarães, titular do Blog da Cidadania. Segundo afirmou, em publicação editada neste sábado, teria recebido uma “denúncia séria de que o governo do Estado de São Paulo estaria preparando uma armadilha para Lula e seus apoiadores durante depoimento do ex-presidente e sua mulher no Fórum Criminal da Barra Funda, no dia 17, às 10 horas da manhã”.
Para o blogueiro, “como se vê, o clima, por si só, deve esquentar”.
“O promotor tucano já deu a senha. Como uma das maiores autoridades no local, poderá controlar a PM a seu bel prazer” suspeita.
De acordo com a denúncia que recebeu, Guimarães conta que “sob ordem das autoridades do Fórum, a PM tentará arrumar uma desculpa para impedir a entrada dos grupos pró-Lula no local, dando total acesso aos grupos antipetistas. Se não for possível, a PM tratará de atacar e dispersar os grupos de apoio a Lula, acusando-os de algum excesso que poderá ser cometido por gente do outro lado e atribuído aos petistas”.
Não seria o primeiro ataque direto ao ex-presidente da República. Noite passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi à festa de aniversário da ministra da Agricultura, Katia Abreu e, “aos brados”, chamou o ex-presidente Lula de “bêbado”. Mendes, segundo notícia veiculada em um diário conservador carioca, disse que “Lula chegou embriagado em São Paulo para prestar solidariedade às vítimas do acidente da TAM, em Congonhas, ocorrido em outubro de 1996. A tragédia acabou com 99 mortos. Constrangimento geral”, conclui.

sábado, fevereiro 06, 2016

BACANTES DÃO UM BAILE NAS TORRES...


Castro J Joao compartilhou a foto de Teatro Oficina Uzyna Uzona.
1 h
Teatro Oficina Uzyna Uzona
8 h
GRITO DE CARNAVAL !!!!
SAMPÃ 2016
BACANTES DÃO UM BAILE NAS TORRES...
“qual é o mais lindo presente
que os deuses dão pros mortais
o que é mais lindo
é o que é mais amigo
ter a cabeça do inimigo nas mãos
y a sabedoria de tocar
pra Ele ver de Pé
a nossa Vitória!”
Sábado (6), às 20H!
In the best Theatre… the more intense
– Rowan Moore, The Guardian London 2015

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fevereiro de 2016 da era do antropoceno.
o carnaval de sampã celebra a tomada das ruas pela multidão.
a cidade em transformação deseja reduzir carros, essas solitárias ilhas móveis nas avenidas sobre rios – itororó, saracura, bixiga, anhangabaú…
o apetite da especulação imobiliária, porém, não para.
a luta pela preservação do entorno do teat(r)o oficina tombado como terra sagrada destinada às culturas, nestes dias d carnaval, recebeu novo atiçamento com duas informações: o lançamento de um edital pela subprefeitura da sé oferecendo a exploração comercial dos baixios do minhocão; a pressão sobre o iphan, na pessoa de jurema machado, para q aprove o empreendimento do grupo ss – torres residenciais.
o bixiga é um bairro mangue, no sentido biológico, um bioma de fertilização, pois ainda é, no centro de são paulo, uma região q abriga grande diversidade humana. bixiga já foi terra de quilombo, por ali se estabeleceram italianos, tem recebido inúmeros refugiados, traz na sua arquitetura a memória de seus históricos cortiços, e desde o tbc, tem teatro! - essa arte da interpretação da vida, da inversão de valores e até dos sagrados valore$ do monoteísmo capital.
a luta para preservação deste bioma é a direção pro baile das bacantes! elas vem com dionísios no carro naval pra um baile nas torres.
venham humanxs com felicidade guerreira!
depois dos blocos, trazendo o fogo da cidade virada rua!
o carnaval é o acontecimento religioso da raça.
venham contracenar com a arquitetura do teatro,
serpentinas para o alto!
chuva de confetes nas divas cantoras báquicas,
cantar hinos, sambas, marchinhas, tomar um ar da oficina d florestas q existe no terreno, semear o espaço!
FAÇAM COROAS VERDINHAS DE HERA,
TIRSOS NAS MÃOS!
pra orgia, criem suas fantasias,
baixem as entidades
máscaras e descaramento.
desassombro!
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ROTEIRO DA NOITE
DESFILE DE ENTIDADES:
DIONÍSIOS Marcelo Drummond
TIRÉSIAS Zé Celso
CACILDA Camila Mota
SEMELLE Sylvia Prado
Letícia Coura TARSILA DO AMARAL
Juliana Perdigão MADAME ARANHA
Cellia Nascimento POMBA GIRA
Gui Calzavara ZÉ PEREIRA
PÃ Roderick Himeros
DR ERIXÍMACO Rodrigo Andreolli
Mariana de Moraes
TRIO Revista Do Samba
CORO DE BACAS Y SÁTYROS Y
TODXS QUE CHEGAREM PRA FESTA !!!!
DO ALTO DAS GALERIAS
FLORES
CONFETES
SERPENTINAS
SOBRE AS DIVAS CANTORAS SAMBISTAS
DANÇAR EM TODAS GALERIAS DO TEATRO
GUERRA DE CONFETES
RETORNO DAS BACANTES AO
PLANTIO DE SEMENTES
NO TABULEIRO DE XADREZ
NO TERREIRO DO ENTORNO
lábios molhados
cio sagrado
silêncio
RETORNO AO BAILE ATÉ O SOL RAIAR
EIS NOSSO DIREITO AO AVESSO !!!!
EVOÉ MOMO

É com pesar que o Levante Popular da Juventude informa


É com pesar que o Levante Popular da Juventude informa e lamenta profundamente a perda do professor Marcus Vinicius Oliveira, grande referência para a Psicologia, na Luta Antimanicomial e para a luta do povo em nosso país!
Prestamos nossa solidariedade aos familiares, amigos, colegas de profissão, alunas e alunos, pacientes e a tantos outros que puderam compartilhar das suas inquietudes, seu ânimo, garra e sede de justiça.
Marcus dedicou sua vida à luta por uma sociedade justa, igualitária e mais democrática, marcando profundamente gerações. Militante histórico da Luta Antimanicomial, lutou durante a Ditadura Militar e foi ex-conselheiro do Conselho Federal de Psicologia, onde durante por mais uma década exerceu função de Diretor e nos anos de 2002 a 2004 esteve como responsável pela Comissão Nacional de Direitos Humanos.
O professor Marcus Vinicius Oliveira foi assassinado na noite de ontem (4) em uma emboscada armada por latifundiários no sítio que residia na Ilha de Itaparica, Salvador - BA. Marcus estava na mediação de conflitos de terras entre fazendeiros e comunidades da região.
Marcus foi mais uma vítima dos latifundiários, que derramam sangue do povo diariamente. Seguiremos com suas inquietudes, sua força, na certeza de que só a luta muda a vida. A sua chama está acesa no coração de todas e todos que aqui ainda continuam. Uma perda irreparável, mas não nos calaremos!
Aos que ficam:
Pelos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!
MARCUS VINICIUS DE OLIVEIRA:
PRESENTE SEMPRE!

sexta-feira, fevereiro 05, 2016


"COLABORADOR" - palavra elegante para diminuir a certeza da exploração e dar ao trabalhador a falsa sensação de importância no processo produtivo (quando, no fundo, todos sabemos que o proletariado é descartável para os capitalistas).
Eufemismos baratos do capitalismo moderno para iludir os trabalhadores.

A nossa República das Bananas, é um projeto perfeito de sociedade do espetáculo.


É curioso como uma das maiores polaridades que temos no âmbito da política nacional, possuem praticamente as mesmas posições da cartilha pró-imperialista na esfera internacional.
Temos parlamentares de um Estado, que ambos apoiam em dada medida a "legítima revolta popular" que sucedeu no golpe fascista do Estado da Ucrânia (apoiado até por também por sionistas), tal como ambos admiram em dada medida o Estado dos EUA (para um "um Estado capitalista cada vez menos opressor paa as minorias oprimidas", para o outro, um exemplo de Estado que representa de maneira satisfatória o "cidadão de bem").
A última polêmica foi quanto a legitimação ao projeto do Estado de Israel (que é inquestionavelmente, um projeto que pressupõe a tomada injusta de terras e massacre de um povo que se viu obrigado a sair de suas próprias casas, para o Ocidente fincar um enclave imperialista no Oriente Médio). Tenta alega que o problema é apenas a atual gestão de Israel, de extrema-direita, mas que, mudando-se a gestão, haveria melhoras. Como se o problema do sionismo não fosse a essência do Estado de Israel, mas sim um problema pontual de gestão...
A nossa República das Bananas, é um projeto perfeito de sociedade do espetáculo.


Alguém poderia me explicar?

by biologosocialista

* Por Luiz Fernando Leal Padulla
Confesso que não consigo entender alguns pontos:
1) Propina da merenda no Estado de São Paulo (governo Alckmin – PSDB), que atingiu 152 cidades, teve função de financiar campanhas do PSDB;
2) O barco de alumínio, comprado por Lula/Marisa, com nota fiscal e no valor de R$4 mil mereceu destaque na mídia, já o helicóptero dos Perrela com quase 500 kg pasta base de cocaína, com “parceria” de Aécio (PSDB) e seu suspeitíssimo aeroporto particular no sitio de seu tio (usando, inclusive,  R$ 14 milhões de dinheiro público), mal foi noticiada e ninguém mais toca no assunto;
3) As visitas de Lula ao sítio de Atibia foram até contabilizadas, mas a mídia não abordou as mais de 130 viagens que Lu Alckmin (esposa de Alckmin) fez com aviões e helicóptero do governo do Estado de São Paulo, usando, portanto, verba públicapara com a maioria dos trajetos destinados a Campos do Jordão, onde está situado o Palácio Boa Vista, residência de inverno e de descanso, e Pindamonhangaba, onde a família tem um sítio;
4) Tão pouco as centenas de viagens que o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fez para o Rio de Janeiro aos finais de semana. Ou ainda, das outras tantas viagens que Aécio bancou com dinheiro público para seus amigos (Luciano Huck, Boninho, Ricardo Teixeira...);
5) Que fim levaram as denúncias de corrupção e as propostas de CPI durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)? E o cartel dos metrôs em São Paulo? Mensalão tucano? O caso da pasta Rosa? E o caso Sivam?
5) Seria justificada a parcialidade deslavada do juiz Sérgio Moro, contra pessoas e lideranças ligadas ao PT, justificada pelo fato de que seu pai é o fundador do PSDBde Maringá, e sua esposa, advoga para o mesmo partido. Ou isso “não vem ao caso”?
6) Por que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, não abre investigação contra Aécio Neves (PSDB), que aparece diretamente envolvido na Lista de Furnas e já foi delatado por quatro pessoas, sendo acusado de receber propinas (sendo, inclusive, o "mais chato" cobrador)?
7) Por fim, por que o trágico desastre ambiental das barragens em Mariana (MG), que teve como pano de fundo as privatizações criminosas do PSDB e burlaram até mesmo as exigências ambientais durante as gestões de Aécio Neves (PSDB) e Anastasia (PSDB), não é tratado com a devida atenção pela mídia?
Acho que estou entendo a blindagem da mídia ao redor deste partido dos “moralistas sem moral”...
PSDB? Nunca mais!
*Biólogo e professor, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências

A LAVA JATO NÃO É JUSTIÇA, É GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA.

A LAVA JATO NÃO É JUSTIÇA, É GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA.

Um país que protege Cunha e persegue Lula é um país doente. Por Paulo Nogueira 


Livre como uma borboleta: Cunha
Livre como uma borboleta: Cunha
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A Lava Jato perdeu o pudor.
O nome Triplo X, referência sibilina ao mítico ‘Triplex do Lula’ é um acinte. Está claro que se trata de erradicar não a corrupção – mas de caçar Lula.
Fosse outro o propósito você não teria um ataque tão sistemático a Lula enquanto um homem como Eduardo Cunha borboleteia, livre para armar as delinquências em que é mestre.
Era mais honesto batizar a operação como Caça Lula.
Os suíços entregaram de bandeja documentos que comprovam corrupção em níveis pavorosos de Cunha. Ele mentiu, sonegou, inventou desculpas aberradoras e usou até a palavra ‘usufrutuário’ para tentar encobrir sua condição de dono de milhões na Suíça.
Não foi apenas isso.
Depoimentos de fontes variadas coincidiram em relatar ameaças de paus mandados de Cunha contra pessoas que pudessem dizer coisas comprometedoras contra ele.
Vídeos mostraram expressões aterrorizadas de delatores ameaçados por homens de Cunha. Parecia coisa de Máfia. Falaram até na família. Em filhos. Disseram que tinham o endereço para a retaliação.
Não foi um depoimento nesse gênero. Foram pelo menos três, dois de delatores e um de um deputado que era um problema para Cunha na Comissão de Ética que o julga.
Que mais queriam? Que um cadáver amanhecesse boiando num rio?
E as trocas de emails com empresas beneficiárias de medidas provisórias?
Com esse conjunto avassalador de evidências, Eduardo Cunha aí está, na presidência da Câmara, ainda no comando de um processo viciadíssimo que pode cassar 54 milhões de votos.
Cadê a Polícia Federal? Cadê Moro? Cadê uma operação realmente para valer para investigar as delinquências conhecidíssimas de Cunha.
Nada. Nada. Nada.
É uma bofetada moral inominável nos brasileiros. É a completa desmoralização da política.
Enquanto a vida é mansa para Cunha, para Lula é uma sucessão infindável de agressões.
Virou piada que até ser amigo de Lula se caracterize como algo capaz de incriminá-lo. Mas coloquemos o adjetivo certo: é uma piada repulsiva.
Um apartamento banal numa praia banal – a cidade plebeia do Guarujá – adquire ares de uma propriedade suntuosa que Lula jamais poderia comprar. É um tríplex, uma palavra feita para impressionar e ludibriar a distinta audiência.
Não interessa se quatro ou cinco palestras de Lula seriam suficientes para comprar o apartamento. Não interessa se ele tem documentos que comprovam que ele não comprou, afinal, o imóvel.
O que importa é enodoar a imagem de Lula. Caracterizá-lo como um corrupto, um ladrão, um monstro de nove dedos. O maior vilão da história do Brasil.
Alguém – PF, Moro, imprensa – deu um passo para saber se a residência de Eduardo Cunha é compatível com seus rendimentos de deputado? Alguém apurou se ele tem condições de bancar uma vida de fausto para a mulher, à base joias e extravagâncias como aulas de tênis no exterior?
Ninguém.
É um país doente aquele que protege Eduardo Cunha e investe selvagemente contra um homem que cometeu o pecado de colocar os excluídos na agenda nacional como nenhum outro desde Getúlio Vargas.
Estamos enfermos – e Moro e sua Lava Jato são sintomas eloquentes dessa nossa deformação moral.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.