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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 05, 2016


Alguém poderia me explicar?

by biologosocialista

* Por Luiz Fernando Leal Padulla
Confesso que não consigo entender alguns pontos:
1) Propina da merenda no Estado de São Paulo (governo Alckmin – PSDB), que atingiu 152 cidades, teve função de financiar campanhas do PSDB;
2) O barco de alumínio, comprado por Lula/Marisa, com nota fiscal e no valor de R$4 mil mereceu destaque na mídia, já o helicóptero dos Perrela com quase 500 kg pasta base de cocaína, com “parceria” de Aécio (PSDB) e seu suspeitíssimo aeroporto particular no sitio de seu tio (usando, inclusive,  R$ 14 milhões de dinheiro público), mal foi noticiada e ninguém mais toca no assunto;
3) As visitas de Lula ao sítio de Atibia foram até contabilizadas, mas a mídia não abordou as mais de 130 viagens que Lu Alckmin (esposa de Alckmin) fez com aviões e helicóptero do governo do Estado de São Paulo, usando, portanto, verba públicapara com a maioria dos trajetos destinados a Campos do Jordão, onde está situado o Palácio Boa Vista, residência de inverno e de descanso, e Pindamonhangaba, onde a família tem um sítio;
4) Tão pouco as centenas de viagens que o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fez para o Rio de Janeiro aos finais de semana. Ou ainda, das outras tantas viagens que Aécio bancou com dinheiro público para seus amigos (Luciano Huck, Boninho, Ricardo Teixeira...);
5) Que fim levaram as denúncias de corrupção e as propostas de CPI durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)? E o cartel dos metrôs em São Paulo? Mensalão tucano? O caso da pasta Rosa? E o caso Sivam?
5) Seria justificada a parcialidade deslavada do juiz Sérgio Moro, contra pessoas e lideranças ligadas ao PT, justificada pelo fato de que seu pai é o fundador do PSDBde Maringá, e sua esposa, advoga para o mesmo partido. Ou isso “não vem ao caso”?
6) Por que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, não abre investigação contra Aécio Neves (PSDB), que aparece diretamente envolvido na Lista de Furnas e já foi delatado por quatro pessoas, sendo acusado de receber propinas (sendo, inclusive, o "mais chato" cobrador)?
7) Por fim, por que o trágico desastre ambiental das barragens em Mariana (MG), que teve como pano de fundo as privatizações criminosas do PSDB e burlaram até mesmo as exigências ambientais durante as gestões de Aécio Neves (PSDB) e Anastasia (PSDB), não é tratado com a devida atenção pela mídia?
Acho que estou entendo a blindagem da mídia ao redor deste partido dos “moralistas sem moral”...
PSDB? Nunca mais!
*Biólogo e professor, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências

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