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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 27, 2010

Mídia pode bisbilhotar, ministro?






[Bira.jpg]A QUEM INTERESSA?




Por que raios o PT , a candidatura Dilma ou quem quer que seja no âmbito progressista iria bisbilhotar o sigilo fiscal da apresentadora Ana Maria Braga? A quem interessaria, de fato, enredar a campanha do PT --como acusa Serra no leito da extrema-unção eleitoral -- numa trama improvável que transforma em vítimas de um mesmo redil alguns de seus 'homens de confiança e de caixa" e a apresentadora mais popular da televisão brasileira junto ao eleitorado feminino? Recorde-se que esta fatia majoritária do universo eleitoral, antes serrista, foi progressivamente conquistada por Dilma, que empatou e agora bate o adversário na preferencia das mulheres, por larga margem, em todas as pesquisas de intenção de voto. A própria apresentadora Ana Maria Braga já manifestou simpatia pela candidata à sucessão de Lula. Insuspeito de qualquer empatia equivalente, o comentarista da Folha, Janio de Freitas, sempre ácido contra Lula, alertava hoje de forma quase premonitória em sua coluna, na qual lamenta o abandono de Serra pelos seus próprios pares. Aspas: '...Menos pela excitação quase esportiva das pesquisas do que pelas atitudes de José Serra e do PSDB diante delas, a disputa eleitoral para a Presidência reduz-se a uma pergunta: o que dizer ainda a seu respeito? É verdade que a Polícia Federal, ao menos até agora, não entrou em cena, como fez nas últimas campanhas com insuspeitada vocação eleitoral, de feitos jamais esclarecidos dada a útil circunstância de que à própria PF coube o dever do esclarecimento.O ensaio de um ex-delegado federal não passou disso mesmo, agora, com o tal convite para abastecer de dados, sobre oposicionistas, um citado serviço de inteligência da campanha de Dilma Rousseff. Tempo há, mas seria impróprio atribuir a essa expectativa as atitudes de Serra e do PSDB diante da sua performance no skate em ladeira..." Recoloca-se a pergunta: a quem interessa a reedição de um 'caso Lunus' versão 2010? Em 2002, como se recorda, uma obscura ação da PF envolvendo como sempre malas de dinheiro fotogenicamente oferecidas ao Jornal Nacional e correlatos, tirou da disputa Roseane Sarney, então a principal rival de Serra na disputa pela primazia eleitoral junto aos interesses de centro-direita na sucessão de FHC. Como ironiza Janio de Freitas coube à própria raposa investigar o esquartejamento das galinhas nquele episódio. O caso nunca foi esclarecido, mas a família Sarney sedimentou uma esférica certeza: Serra deixou digitais na chacina.

(Carta Maior; 27-08)


Mídia pode bisbilhotar, ministro?


O ministro do TSE Marco Aurélio Mello disse ao JN que é golpe baixo e bisbilhotice acessar dados da receita. Mas quando é feito pela mídia e com propósito de atuar em campanhas políticas, ministro? Pode?

No ano passado, a mídia, em sua campanha contra a Petrobras, bisbilhotou dados da receita de diretores da empresa. Não só. Divulgou os dados e mentiu sobre as informações. Afirmou que havia enriquecimento ilícito com informações acrescidas de funcionários de cartório, o que depois confessaram. Leia no Blog da Petrobras.

Bisbilhotar, divulgar e mentir pode, ministro?

*abundacanalha


Bisbilhotice não é crime. Quebrar sigilo, é

Estranho e lamento a declaração do ministro Marco Aurelio de Mello sobre a suposta violação fiscal de tucanos de alta plumagem e outras pessoas, inclusive “famosos” e até integrantes do PCdoB. Ele não pode classificar de “bisbilhotice” e muito menos “intuir” autoria deste eventual invasão dizendo que “eles (quem?) ” não precisam disso. Parecem estar em situação confortável”, numa clara imputação ao PT desta atitude.

Não sei quem foi – e quem foi deve pagar por crime, não por bisbilhotice – mas pode ser qualquer coisa, inclusive armação ou ação de algum extorsionista.

Sei que o PT fez muito bem em acionar judicialmente José Serra por afirmar que haveria ligação entre isso e a campanha de Dilma.

Nossa campanha é limpa. Se, à sombra dela, alguém age errado que pague. Mas a gente já viu que em matéria de armação, a capacidade tucana é ilimitada.

Portanto, polícia para quem precisa de polícia. Nós, não. Nosso negócio é a luta política à luz do dia, diante do povo e com as armas da verdade.

PS. A propósito, acho que esta questão de sigilo fiscal de quem exerce função pública é meio hipócrita. Candidato tem de declarar publicamente seus bens, servidor público entrega todo ano na repartição sua declaração de IR. Isso passa na mão de meio-mundo…

*Tijolaço


FOLHA DE SÃO PAULO , O TABLÓIDE DA "MASSA CHEIROSA" , PROCURA 'FATO NOVO' DESESPERADAMENTE PARA EVITAR A DERROTA NO 1º TURNO DO "GRANDE MENTIROSO"




NA VERDADE, A FOLHA DE SÃO PAULO,O TABLÓIDE DA "MASSA CHEIROSA" , GOSTARIA DE DAR UM GOLPE DE ESTADO E COLOCAR O "GRANDE MENTIROSO" NO PODER

PARA PODER SE LOCUPLETAR DO BRASIL COMO O FAZ COM O ESTADO DE SÃO PAULO.
O INCONFORMISMO COM A DERROTA CEGOU O DONO DO TABLÓIDE E SEUS CAPACHOS.
ESCONDER E DISTORCER OS FATOS , ALÉM DE MENTIR DESCARADAMENTE NÃO É A FUNÇÃO DE QUEM SE DIZ ISENTO.
ISSO NÃO É DEMOCRACIA , ISSO É DITADURA.


*aposentadoinvocado


Mentira deslavada o encanador ss Erra

Incrível: Serra resolve o problema secular da água no Nordeste brasileiro
num programa eleitoral!

Como se diz no Ceará: "Vá mentir assim na baixa da égua " !

Veja o vídeo:
By: ContrapontoPIG

Cadê os comícios do Serra?

O fracasso de Serra é culpa dele e do PSDB. Serra e o PSDB/DEM fizeram oposição feroz e virulenta ao governo Lula e ao presidente Lula. Fizeram de tudo, no Congresso Nacional, para evitar a governabilidade. Em larga medida, não conseguiram. Entraram com ações no STF para barrar os programas do governo Lula, em especial os de cunho social: PROUNI, Pronasci, Território de Cidadania, entre outros. Derrotaram os programas de saúde do governo Lula votando contra a CPMF, que financiaria a Saúde. Na verdade, eles prejudicaram muito o povo brasileiro. Agora, vendo a popularidade do presidente Lula atingir mais de 80%, eles resolveram não ser mais oposição. Serra, com a maior cara de pau, usou a imagem do presidente Lula em seu programa eleitoral, como se fossem amigos.

Serra bateu o pé com o PSDB e saiu candidato, contrariando quem desejava o Aécio Neves. Demorou em assumir que era o candidato a presidente e depois pensou em desistir: quando Aécio recusou-se a ser seu vice, sentiu que iria perder. Mas FHC disse que era tarde de mais para ele recuar. Teve dificuldade imensa em conseguir um vice. Primeiro dava como certo o Arruda do DEM, tanto que bolou até um slogan: "vote em um careca e leve dois". Com o escândalo do mensalão do DEM, seu plano foi por água abaixo. Tentou vários nomes, mas ninguém aceitou. Na ultima hora resolveu que uma chapa pura era melhor, porque o DEM estava todo cagado. Durante menos de 24 horas teve como vice o Álvaro Dias. Pretendia barrar a candidatura de Osmar Dias no Paraná e deixar Dilma sem palanque. Na verdade, ele usou o Álvaro Dias. Não funcionou. O DEM bateu o pé, chiou, ameaçou retirar o apoio e o tempo na TV. Aí Serra aceitou o desconhecido Índio da Costa. Um deputado do RJ, moleque que diz gostar de ter amantes, ex-genro do Cacciola. Já nas primeiras bobagens, Serra teve de esconder o vice.

O programa eleitoral do Serra é um fiasco, é ruim, não é programa para quem quer ser presidente, está mais para candidato ao cargo de Secretário da Saúde do Alckmin. Serra não tem propostas, não tem planos de governo para o país, para a economia , para os projetos sociais. O negócio dele é bater na candidata Dilma e no governo Lula, poupando sempre o presidente. Serra se afastou das suas origens para enganar o povo. Cadê FHC, de quem ele foi ministro duas vezes? Serra já foi governo por 8 anos com FHC, e esconde que foi o maior entusiasta das privatizações. Por que Serra não coloca em seu programa os companheiros do DEM, como Agripino Maia, Aleluia, Rodrigo Maia, ou do PPS, como o Jungmann, o Roberto Freire, e do PTB, como o Roberto Jefferson? O Arthur Virgilio, do PSDB, que disse que daria uma surra no presidente Lula e agora mudou até de nome, é Artur Neto, recusa-se a aparecer. Sumiram todos.

Mas uma coisa me deixa especialmente curiosa. Cadê os grandes comícios do Serra nas capitais, com palanques repletos de aliados: FHC, Alckmin, Roberto Jefferson, Roriz, Kassab, Maluf, Yeda Crusius, o tal Índio da Costa, e toda a casta do PSDB/ DEM? Não tem por que? Falta de público?
Jussara Seixas
*desabafoBrasil

Serra é recebido com ovo em caminhada em Santa Catarina


Manifestantes atiram ovo contra carro de Serra na Grande SP


José Serra leva ovo e ouve gritos de "Brasil urgente, Dilma presidente" ! Péssimo sinal para os tucanos?




A TRAÍRA VELHA SE DEBATE

POR BRIZOLA NETO, DO BLOG TIJOLAÇO



Acho que se, um dia, quiserem rebatizar Judas Iscariotes, bem que poderiam botar nele o nome de Roberto Freire. Na verdade, em favor (?) de Freire talvez se possa dizer que Iscariotes traiu pelos 30 denários romanos.

Freire trai de graça, ou quase, pela sua absoluta falta de caráter. Tomou o que restava do Partido Comunista de Luís Carlos Prestes, um homem que, como disse certa vez o direitista Cordeiro de Farias, não era qualquer um que podia criticar. Quando esteve junto com o PDT, na campanha de Ciro, meu avô tinha horror de ter de falar com ele. A política, por vezes, obriga a certa coisas…

Hoje, todos sabemos que Freire não tem a marca do traidor, ele próprio é a traição. Ele perdeu todo e qualquer pudor de se entregar ao interesse das elites, da direita, do conservadorismo.
É um coronel sem votos, que sobrevive de emprestar sua repugnante expressão a qualquer causa antipovo.
*HistoriaVermelha

PT entra com ação contra Serra por injúria e difamação

Partido diz que tucano atacou a honra de Dilma e da sigla ao atribuir a elas o vazamento de dados sigilosos da Receita

O PT vai ingressar com mais uma ação contra o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, por injúria e difamação. A sigla alega que o tucano denegriu a honra da agremiação e de sua candidata, Dilma Rousseff, ao dizer que eles são os responsáveis pela quebra do sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas à campanha oposicionista.

“Nós vamos representar mais uma vez, processar mais uma vez José Serra, por injúria e difamação. Que aliás é recorrente em fazer acusações infundadas contra o PT e contra a campanha da companheira Dilma Rousseff. Nós já reiteramos que não encomendamos, não solicitamos, não mandamos, não determinamos, a quem quer que fosse, para montar, elaborar, construir, redigir, dossiês contra quaisquer pessoas membros ou não do PSDB”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Além da injúria e difamação o PT vai entrar com uma ação Civil de indenização por danos morais contra o tucano. Os mesmos expedientes foram usadas em junho pelo partido, quando a quebra do sigilo de Eduardo Jorge veio à tona e Serra acusou o setor de “inteligência” da campanha petista de confeccionar dossiês contra os tucanos.

Além das suas ações, o PT apresentou, um julho, uma contra o vice de Serra, Índio da Costa (DEM), também por danos morais, quando o segundo homem da chapa tucana acusou o partido de ter ligações com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) e com o narcotráfico.

Oposição

Dutra reclamou da atitude da oposição, que classificou de “irresponsável e leviana” por atribuir ao PT os vazamentos de dados sigiloso da Receita. Segundo ele, o PSDB é seletivo para denúncias.

“Quando vazaram dados sigilosos sobre a manobra fiscal da Petrobras, que foi um vazamento criminoso, o PSDB usou o material para turbinar a CPI da Petrobras. Na ocasião ninguém reclamou de vazamento de dados. Nós somos contra qualquer vazamento e exigimos a apuração e responsabilização dos envolvidos”, disse.
*esquerdopata

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji2DB2XTGoPJ2YIZydCm72yoQBuLm5aKGdOwE5IX74ctVQvWcG2vq2_VgS77XqbLRTMq796wORS0xsG4DQMH8cEO2y1aHq_RbVTSlA4Yt_3_vfmMBoYrfhNQ2Plozd4aTRq1rtFNy3zwtE/s1600/Bye,_bye_,_Serra.jpg

Segundo o Ministro do TSE Marco Aurélio de Mello, a campanha de Dilma não precisa de Dossiês por estar em situação confortável nas pesquisas

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, tratou de desqualificar a tese oposicionista de quebra de sigilo e vazamento de dossiê. A Folha de São Paulo o procurou numa clara tentativa de usar a fala do ministro para legitimar a "denúncia" da oposição. Mas Mello não correspondeu às expectativas. Ele afirmou que a quebra de sigilo fiscal de adversários políticos é "golpe baixo", algo que, segundo ele, "não há espaço no campo eleitoral". E emendou: "Eles (a campanha de Dilma) não precisam disso. Parecem estar em situação confortável". Apesar da declaração, a Folha editou a entrevista dando a entender que Mello acusou os petistas de "golpe baixo.



As justificativas dos colonistas da Falha.

Talvez uma das poucas coisas que no momento atual são mais patéticas do que o desespero do "Serra-biruta" - que não sabe se é governo ou oposição, se vai duplicar ou acabar com o bolsa família, se vai gastar mais ou poupar mais, se é amigo ou inimigo do Lula - são as justificativas que os colonistas da Falha dão para sua derrocada.

Depois do Otavinho jogar a credibilidade do Data-Falha na lama, depois do fim da ilusão de que seria possível mudar a realidade com base na mentira, não restou outra coisa para sua "organização" a não ser a resignação. Agora todos seus colonistas, Fernando Rodrigues, Josias de Souza, Eliane "massa-cheirosa" Catanhede, Vinicius Torres Freire, etc. Põem-se a tentar explicar o que o Serra fez de errado. Sempre nos últimos 3 meses.

Dizem que Serra errou ao não ter valorizado o legado de FHC. Que Serra errou ao ter feito pouca oposição. Em resumo, que Serra errou porque não adotou determinada estratégia de marketing. Partem sempre do pressuposto que o povo é idiota, e que bastaria ao Serra escolher a estratégia de marketing correta que ganharia a eleição.

Não vêem o óbvio. Que a derrocada de Serra tem uma única justificativa, que eles insistem em não ver: O Governo Lula é um sucesso. É o melhor Governo das últimas décadas, e quiçá de toda a história desse país. E o povo não é bobo. O povo reconhece isso. Sabe que as condições de vida do brasileiro, materiais e "espirituais", melhoraram muito nos últimos oito anos. O brasileiro agora pode mais e sente mais orgulho de si mesmo.

Os colonistas do PiG acreditaram nas próprias mentiras que contaram nos últimos anos. Que todos os méritos eram do péssimo governo fracassado de FHC. E agora parecem um bando de loucos correndo em círculos. Acham que Serra cai porque não valorizou o legado do PSDB, quando na verdade é por causa desse legado, no qual aliás teve uma participação ativa, que ele cai. Sofrem de pseudolalia crônica.

Mais ou menos igual aos economistas do PSDB, que acreditaram durante anos, e continuam acreditando, que basta cortar os gastos do governo e dar "segurança jurídica" ao capital estrangeiro para o país crescer. Eles acreditaram e acreditam ainda nessa ideologia neoliberal que encontra-se ultrapassada em todo o mundo, inclusive nos EUA e na Inglaterra. Isso fica claro cada vez que algum alto quadro do tucanato abre a boca, apesar das promessas eleitoreiras do Serra. É isso que prova aquele vídeo que mostra como o Serra quebraria o Brasil durante a última crise econômica.

Mais ou menos que nem os modernos "cientistas-políticos de plantão", que estudaram 20 anos de democracia no Brasil e buscam tirar daí leis gerais que seriam supostamente válidas por todo o futuro da política do país. Como se a política fosse a-histórica. Assim, até 4 meses atrás esses pseudo-cientistas apareciam no PiG afirmando que "está mais do que provado que não existe transferência de votos no Brasil", que o "eleitor brasileiro só vota na pessoa e não em projeto político". Depois do fracasso de tentar mudar a realidade na marra, agora eles voltam ao PiG com discurso de que "essa eleição será paradigmática para toda a história do Brasil".


Cinema Documentário S.O.S Saúde nos usa Michael Moore


S.O.S. Saúde - 2007



SINOPSE
Um painel do deficiente sistema de saúde americano. A partir do perfil de cidadãos comuns, somos levados a pensar como milhões de vidas são destruídas por um sistema que, no fim das contas, só beneficia a poucos endinheirados. Ali vale a lógica de que, "se você quer permanecer saudável nos Estados Unidos, é bom não ficar doente". E, depois de examinar como o país chegou a esse estado, o filme visita uma série de países com sistema de saúde público e eficiente, como o Canadá e, numa provocante ironia de Michael Moore, Cuba.

DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Michael Moore
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 113 min.
Formato: RMVB
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 395 mb
Servidor: Megaupload (1 parte)

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Parte única


Trevas ao meio-dia

EUA somem na escuridão
Por Paul Krugman
As luzes se apagam em todo Estados Unidos. A cidade de Colorado Springs estampou nas manchetes dos jornais locais sua intenção desesperada de economizar dinheiro apagando um terço de seus semáforos, mas estão acontecendo coisas parecidas em todo o país, desde a Filadélfia até Fresno.

Contudo, um país que assombrou o mundo com seus visionários investimentos nos transportes, desde o canal de Erie até o sistema de autopistas interestatais, agora se encontra em um processo de despavimentação: em vários estados, os governos locais estão destruindo estradas que não já não podem mais manter e reduzindo-as a cascalho.

E uma nação que outrora valorizava a educação, que foi uma das primeiras a oferecer escolarização básica a todas as suas crianças, agora está fazendo cortes. Os professores estão sendo despedidos e os programas cancelados. No Havaí, até o curso escolar está acabando de maneira drástica. E tudo indica que no futuro mais ajustes serão feitos.

Dizem-nos que não temos eleição, que as funções governamentais básicas – serviços essenciais proporcionados durante gerações – já não são viáveis. E é certo que os governos estaduais e locais, duramente açoitados pela recessão, estão sem recursos. Mas não estariam assim se seus políticos estivessem dispostos a considerar ao menos alguns aumentos de impostos.

E no governo federal, que pode vender bônus a longo prazo protegidos contra a inflação, com uma taxa de juros básica de 1,04%, não gasta o dinheiro. Poderia e deveria oferecer ajuda aos governos locais e proteger o futuro de nossas infraestruturas e de nossos filhos.

Mas Washington está prestando ajuda aos poucos, e até isso o faz a contragosto. Devemos dar prioridade à redução do déficit, dizem os republicanos e os democratas centristas. E logo, quase em seguida, afirmam que devemos manter as subvenções fiscais para os ricos, o que terá um custo previsto de 7 bilhões de dólares durante a próxima década.

Na prática, boa parte de nossa classe política está demonstrando quais são suas prioridades: quando podem escolher entre pedir que 2% dos estadounidenses mais abastados voltem a pagar os mesmos impostos que durante a expansão da Era Clinton ou permitir que derrubem a estrutura da nação – de maneira literal no caso das estradas e figurada no caso da educação -, preferem este último.

É uma decisão desastrosa tanto a curto como a longo prazo. A curto prazo, esses cortes estatais e locais implicam um pesado empecilho para a economia e perpetuam o desemprego, que é devastadoramente elevado.

É crucial que os governos estaduais e locais tenham em mente as duras críticas da população a respeito do elevado o gasto público durante o governo Obama. Sim, o governo federal estadounidense gasta, ainda que não tanto como pensam. Mas os governos estatais e locais estão fazendo cortes. E, se somamos, o resultado é que os únicos incrementos relevantes no gasto público foram com programas de proteção social, como o seguro-desemprego, cujos custos dispararam por culpa da gravidade da crise econômica.

Isso quer dizer que, apesar do que dizem sobre o fracasso do estímulo, se observamos o gasto governamental em seu conjunto, não vemos estímulo algum. E agora que o gasto federal está reduzido, ao passo que os grandes recortes de gastos estatais e locais continuam, vamos para trás.

Mas não é também uma forma de estímulo manter os impostos baixos para os ricos? Não se percebe isso. Quando salvamos o posto de trabalho de um professor, isso ajuda o nível de emprego sem dúvida; quando, ao contrário, damos mais dinheiro aos multimilionários, é muito possível que a maior parte desse dinheiro fique imobilizada.

E sobre o futuro da economia? Tudo o que sabemos sobre o crescimento econômico diz que uma população culta e uma infraestrutura de alta qualidade são cruciais para o crescimento. As nações emergentes estão realizando enormes esforços para melhorar suas estradas, portos e colégios. Contudo, nos EUA estamos recuando.

Como chegamos a esse ponto? É a consequência lógica de três décadas de retórica antigovernamental, uma retórica que convenceu numerosos eleitores de que um dólar arrecadado por impostos é sempre um dólar mal gasto, que o setor público é incapaz de fazer algo bem feito.

A campanha contra o governo sempre planteou como uma oposição à fraude, aos cheques enviados a rainhas da segurança social que conduzem luxuosos cadillacs e a grandes exércitos de burocratas que, de um lado a outro, movem documentos inutilmente. Mas isso são mitos; nunca houve tanta fraude como assegurava a direita. E agora que a campanha começa a dar frutos, vemos o que realmente havia na linha do fogo: serviços que todos, exceto os muito ricos, necessitam, serviços que devem ser proporcionados pelo governo, como reformas nas ruas, estradas transitáveis e escolarização decente para todos os cidadãos.

Portanto, o resultado final da prolongada campanha contra o governo é que demos um passo desastrosamente equivocado. Agora, os EUA transitam por uma estrada escura, sem luz, e sem asfalto, que não leva a lugar nenhum.

Tradução: André Rossi. Artigo traduzido de http://www.rebelion.org/noticia.php?id=111874. Fonte : http://www.attac.es/ee-uu-se-sume-en-la-oscuridad/.
*esquerdopata

Turismo de saúde é tema de congresso internacional que começa hoje em São Paulo

Da Redação

Visando discutir a prática de viajar para outro país ou estado para receber tratamentos médicos, profissionais da área de saúde e de turismo vão se reunir a partir desta quarta-feira (25) até sábado (28) no Medical Travel Meeting – Brazil, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Com workshops, debates, reuniões e apresentações sobre o setor médico e turístico, o evento deve reunir especialistas das duas áreas.

Um dos focos do congresso é mostrar que São Paulo tem estrutura para receber e atender esse público. Será montada uma Central de Informações Turísticas para atender aos visitantes presentes no encontro e um city tour pela capital será promovido no dia 28, com vagas limitadas.

O mercado de turismo de saúde (ou turismo médico) tem crescido também no Brasil. Nos últimos três anos, o país recebeu 180 mil turistas para receberem tratamento médico. A prática já movimenta US$ 60 bilhões no mundo todo, e estima-se que US$ 100 bilhões até o final deste ano.

Segundo o Ministério do Turismo, o estrangeiro que vem ao país por motivos de saúde é o que permanece por mais tempo (em média 22 dias) e um dos que mais gasta (US$ 120 por dia).

Em São Paulo, turistas que viajam em busca de tratamento ou internação corresponde por 18% dos hóspedes dos hotéis da cidade. De acordo com o São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), os chamados “viajantes de saúde” permanecem, em média, três dias na capital.

Números dos principais hospitais da capital paulista mostram também que há um aumento no fluxo de pacientes internacionais. No Hospital do Coração houve crescimento de 40% no ano passado em relação a 2008. Em 2009, o Hospital Albert Einstein recebeu mais de 4,5 mil pacientes estrangeiros e no Hospital Sírio-Libanês, de 2009 para 2010, o volume de pacientes estrangeiros aumentou, em média, 30%.

Medical Travel Meeting Brazil
Hotel Grand Hyatt São Paulo
De 25 a 28 de agosto
Das 8h30 às 19h
Entrada Paga
www.medicaltravelmeetingbrazil.com

Medo da Paz






MEDO DA PAZ


A PROPOSTA DE PAZ DAS GUERRILHAS

Laerte Braga

A posse do novo presidente da Colômbia trouxe uma conseqüência imediata ao processo político daquele país atormentado por uma longa guerra civil. FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular) e agora o ELN (Exército de Libertação Nacional) – colocaram o ingrediente negociações, acordo de paz para por fim ao conflito que dura desde 1964.

O governo anterior de Álvaro Uribe recusou toda e qualquer proposta de negociação e pôs em prática uma violenta ofensiva contra a guerrilha como um todo, gerando em determinados momentos situações que extrapolaram os limites territoriais da Colômbia, como o bombardeio em território equatoriano contra um acampamento de estudantes de vários países latino-americanos onde estava Raul Reyes (então o segundo homem das FARC-EP).

Em sua última semana de governo Uribe acusou a Venezuela de abrigar guerrilheiros em seu território e de permitir que ali funcionassem campos de treinamento.

Juan Manuel Santos, sucessor de Uribe, foi ministro da Defesa e comandante das políticas repressivas tanto contra as guerrilhas, como contra movimentos sindicais e populares. Atropelado pelo antecessor não manifestou ainda de forma clara disposição para negociar com a guerrilha.

O Departamento antidrogas do governo dos EUA divulgou há cerca de dois anos documentos que vinculam a trajetória política de Álvaro Uribe ao traficante Pablo Escobar (boliviano), desde os tempos de prefeito de uma cidade no interior do país. Isso não impediu o governo do presidente George Bush, à época, de definir a guerrilha como movimento “terrorista”.

A Organização das Nações Unidas classifica as FARC-EP e o ELN como “movimentos insurgentes”.

Outra conseqüência que vai tornar o governo de Juan Manuel Santos num difícil exercício de sobrevivência foi a decisão da corte suprema da Colômbia, de considerar ilícitos os acordos firmados com os EUA para a instalação de bases militares no país. Segundo a corte suprema os acordos são nulos, pois não foram seguidos os preceitos constitucionais para que sejam validados.

Ou seja, não foram discutidos e aprovados pelo Congresso Nacional colombiano e outras instâncias de poder. Vale dizer que as bases norte-americanas na Colômbia são ilegais aos olhos da lei colombiana. Ou ainda que, na prática, significam ocupação militar de parte do território da Colômbia por uma nação estrangeira.

No governo de Belizário Betancur Quartas (agosto de 1982 a agosto de 1986) um acordo de paz foi celebrado entre a guerrilha e o governo central.

Transformadas em partido político as forças guerrilheiras elegeram vários prefeitos, vereadores, deputados departamentais, federais e senadores. Perto de três mil dentre os eleitos e seguidores das guerrilhas transformadas em partidos foram assassinados por forças militares e paramilitares, controladoras do tráfico de drogas no país.

O acordo foi jogado fora e ressuscitadas as forças de luta popular. Controlam, hoje, cerca de um terço do território da Colômbia, lugares de difícil acesso (as regiões de selva) e interferem diretamente em vários departamentos do país.

A eleição de um governo não submisso a Washington, o do presidente Chávez na Venezuela, transformou a Colômbia em país chave para os interesses dos EUA na América do Sul (como Honduras na América Central, onde está a maior base militar norte-americana em toda a América Latina, escola de golpes para oficiais de forças armadas latino-americanas). Essa condição aumentou ainda com a eleição de Evo Morales na Bolívia e Rafael Corrêa no Equador.

A posição dos governos brasileiro e argentino, os dois maiores países da América do Sul, de eqüidistância do conflito, mas presente na busca de negociações de paz (o que contraria os EUA), torna a Colômbia, praticamente, numa grande base militar pronta a intervir em qualquer canto dessa parte do mundo se assim o fizer necessário e em função de interesses de uma nação que é, cada vez mais, um conglomerado de empresas, bancos e grupos sionistas.

Em vários momentos o governo brasileiro conseguiu intervir nos conflitos entre Colômbia e Venezuela, antecipando-se à costumeira prerrogativa de Washington de decidir qualquer assunto na América Latina. Essa intervenção serviu para frustrar tanto tentativas de golpes contra Chávez, como ações criminosas do governo Uribe.

A guerrilha não é o único problema de grande monta na Colômbia. A presença de forças paramilitares ligadas ao latifúndio e ao tráfico (são os verdadeiros controladores da produção, refino e exportação de cocaína) gera perto de mil assassinatos de lideranças civis por ano e milhares ao longo de todos esses anos de luta política, de guerra civil, criando um inferno como definido pela senadora Piedad Córdoba, uma das principais defensoras de negociações com a guerrilha e opositora das políticas de confronto direto do ex-presidente Uribe.

A não ser feitos midiáticos, ou seja, produzidos pela mídia privada em países da América Latina, a debilidade da guerrilha, anunciada em prosa e verso é uma falácia. Nos oito anos de mandato de Uribe não foi possível eliminar nem as FARC-EP e nem o ELN, contrariando todo o “noticiário oficial” vendido pela mídia privada. Nem mesmo o assassinato de líderes dos movimentos, em operações coordenadas pela inteligência norte-americana.

A Colômbia é hoje a grande colônia dos EUA na América Latina.

A paz não interessa às elites colombianas. São elas que controlam os “negócios” num país com profundas desigualdades sociais. São elas as grandes beneficiárias do narcotráfico, são elas as donas dos grandes cartéis da droga.

Uma espécie de Chicago dos tempos de Capone multiplicada a uma potência determinada, que resulte no tamanho da Colômbia, ou da Colômbia dirigida pelo chamado governo central.

A preocupação com o narcotráfico não é a maior de norte-americanos e nem das elites colombianas.

O controle da América do Sul, o monitoramento de governos considerados hostis como os da Venezuela, Equador e Bolívia e independentes, como os do Brasil e da Argentina, esse sim, é o objetivo maior. A Colômbia é estratégica para as tentativas de transformar a Amazônia no paraíso dos EUA, ou abrir caminho para o chamado cone sul, onde se localiza o quinto maior aqüífero subterrâneo do mundo, o Guarani, além de uma das maiores colônias de imigrantes palestinos também em todo o mundo.

Se não há um isolamento efetivo da Colômbia por parte dos demais países latino-americanos, há um distanciamento das políticas totalitárias de Uribe, tanto quanto uma expectativa dos dias futuros do governo Santos.

A aposta norte-americana, por exemplo, na eleição de um candidato de direita no Brasil, José Serra, esvai-se a cada dia e torna o principal país latino-americano, hoje com ares efetivos de potência mundial, num obstáculo a esses interesses do conglomerado empresarial e terrorista EUA/Israel.

Organizações de direitos humanos em todo o mundo têm feito sistemáticas denúncias contra as políticas opressoras e bárbaras das forças armadas e policiais da Colômbia.

Há prêmios em dinheiro estipulados pelo governo central por guerrilheiro morto e isso leva militares e policiais a assassinarem camponeses em regiões no interior do país, apresentando-os como guerrilheiros.

Há disputas entre as quadrilhas que formam os grupos paramilitares pelos “negócios” da droga e em torno de tudo isso, um consentimento tácito dos EUA, tanto à época de Bush, como agora com Obama, por essa situação.

O desafio de um acordo de paz efetivo na Colômbia não passa pelos Estados Unidos e muito menos pela OEA – Organização dos Estados Americanos -, controlada por Washington.

É um desafio para o povo colombiano – desejoso de paz, do fim da guerra civil – e dos povos dos países latino-americanos.

Como se vê, algo difícil de se materializar em curto prazo.

O que está em jogo são os bilhões de dólares dos “negócios” da droga e esses estão encastelados no palácio do governo, nas forças armadas e forças policiais, nas elites formadas por banqueiros, latifundiários e grupos industriais, todos controlados de perto ou de longe por interesses de semelhantes nos EUA.

A proposta das FARC-EP e agora do ELN (último movimento guerrilheiro fundado por Chê Guevara), ambas, com certeza, serão desqualificadas e dificultadas pelo governo Santos, mesmo porque Juan Manuel Santos, até que consiga superar as barreiras criadas por Uribe, o poderoso chefão e de quem foi ministro, não preside a Colômbia, tem o título simbólico de presidente. Pode a qualquer tempo e hora ser varrido do mapa, como foi Zelaya em Honduras, se contrariar os “donos”.
para publicação no Diário da Liberdade
http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/08/proposta-de-paz-das-guerrilhas-o-medo.html

Oliver Stone: A América Latina quer falar a uma só voz


O novo documentário de Oliver Stone, “A sul da fronteira”, narra o aparecimento de uma série de governos progressistas na América Latina, a sua busca de transformação social e política no continente e a crescente independência de Washington.

Embora não se possa meter tudo no mesmo saco, como Oliver Stone faz com a promoção dos governos Kirchner a progressistas, quer o filme “A Sul da Fronteira” quer esta entrevista são contributos para romper o cerco da central de desinformação comandada por Washington. Além de Stone, Tariq Ali, co-roteirista do documentário, também é ouvido na entrevista. Confira.
Roberto Navarrete:
Você fez três filmes sobre a América Latina, dois deles sobre Fidel. O que o levou a fazer este novo documentário sobre a América Latina?
Oliver Stone: Não te esqueças, além disso, de “Salvador” em 1986. Foi sobre El Salvador, na América Central, uma tragédia. De forma que voltei. Gosto da América Latina, vejo a América do Sul como o setor socialmente mais débil nesta situação.
Como cineasta, tendo a fazer filmes sobre as pessoas que não recebem tratamento justo. Creio que o que se está a passar está mal. Conheci Chávez em 2007, depois voltei em 2008 e ele disse-me: “não fique só com a minha versão, vá falar com os meus vizinhos”. Fiz isso com uma pequena equipe, e estivemos com sete presidentes em seis países.
Perguntava-me: porquê tanta confusão? Porque fazemos tanto barulho com o Chávez? Algo cheira mal em tudo isto. Quando os Estados Unidos mostram tanto zelo por destruir alguém, como já sucedeu várias vezes na América do Sul e na América Central, é evidente que há uma motivação. Estamos à procura dessa motivação.
Roberto Navarrete: Os principais meios de comunicação dos EUA foram bastante críticos com o seu filme. Isso o surpreendeu?
Oliver Stone:
Não, estou surpreendido por termos sido capazes de chegar onde chegamos. Conseguimos a distribuição em salas de cinema e depois se verá se na televisão. As pessoas vão ver o filme. Haverá sarilho em perspectiva, porque quando o New York Times diz “não vejam este filme” está fazendo lobby contra ele.
Tariq Ali: Isso pode ter também um efeito contrário. Muita gente vai dizer: “Pela forma como estão a falar, quer dizer que há aqui algo de interessante”. Anima as pessoas a irem ver.
Roberto Navarrete: É mais preocupante quando a opinião de meios considerados liberais, como o “Village Voice”, foi tão negativa.
Oliver Stone: O “Village Voice” esteve durante anos a fazer isso. Para mim, não é uma organização liberal, mas pseudo-liberal. Pode-se discutir bastante sobre o que é ser liberal ou progressista nos Estados Unidos.
Roberto Navarrete: É como o “The Guardian” aqui em relação à Venezuela?
Tariq Ali: O correspondente do “The Guardian” na Venezuela vive num bairro residencial a leste de Caracas e os seus relatórios sobre a vida na Venezuela são totalmente enviesados.
Roberto Navarrete: Você parece fascinado pelo carisma dos caudilhos da América Latina, como Fidel Castro e Hugo Chávez. Mas a América Latina é também o berço de grandes movimentos sociais que durante muito tempo têm lutado pela mudança. Como vê a relação entre os dois, por um lado os dirigentes e por outro lado os movimentos sociais?
Tariq Ali: Estes líderes não estariam no poder se não fosse pelos movimentos sociais. Existe um vínculo entre os dois. Os movimentos sociais na Bolívia ajudaram a criar o Movimento para o Socialismo, partido de Evo Morales que o catapultou para o poder.
Os grandes movimentos sociais contra o FMI na Venezuela, que levaram ao massacre do “Caracazo” em que três mil pessoas morreram, deram origem a Chávez. Os mesmos movimentos se produziram no Equador e no Paraguai. Por isso, não vejo uma grande divisão. Cada um depende do outro.
Essa brecha existe em grande parte no Ocidente, onde os movimentos sociais se extinguiram por não terem sido capazes de lograr fosse o que fosse. Os movimentos sociais já quase não existem na Europa Ocidental. Em países como a Itália, que teve enormes movimentos sociais, já desapareceu tudo. Na América do Sul, uma das razões porque perduraram é porque conseguiram algo, não uma grande mudança, mas algumas reformas estruturais no sistema.
Oliver Stone: Acrescentaria o seguinte: não só gosto dos caudilhos ou homens fortes, que não são o mesmo que ditadores, já que no caso de Chávez ele foi evidentemente eleito, como admiro muito Néstor Kirchner, um intelectual com vontade de fazer alguma coisa, porque os intelectuais tendem a perder a sua força de vontade.
Kirchner foi suficientemente forte para levar a cabo uma reforma baseada no seu próprio pensamento sobre a reforma econômica. É para mim um brilhante exemplo de herói. Ele mesmo o disse no documentário: “O meu amigo Hugo deve pensar num sucessor”, porque quando tudo assenta num só homem, pode chegar a ter um efeito contra-producente e creio que este é o problema que Hugo vai enfrentar no futuro. Aparece demais nas notícias. É demasiado controverso. Então, centram a discussão em Hugo Chávez, em vez de fazerem uma discussão sobre as posições de direita e de esquerda na América Latina.
Roberto Navarrete: No teu filme, também há uma entrevista com Lula, que não tem a mesma política de esquerda que os outros, mas que em termos de política internacional, integração da América Latina, é muito importante. Pareceria que algumas pessoas de esquerda tendem a perder de vista o panorama geral sobre para onde vão as coisas no continente.
Oliver Stone:
Sim, é por isso que os incito e digo às pessoas: pensem no contexto geral. Alguns perdem-se nas miudezas e acabam comendo-se uns aos outros.
Roberto Navarrete: Por que você acredita que uma pessoa como Chávez tem tão má imagem nos Estados Unidos, enquanto presidentes como Uribe, supostamente envolvido em problemas de paramilitarismo, relacionado com o tráfico de drogas na Colômbia e em violações dos direitos humanos numa escala sem precedentes na América Latina, é apresentado com uma boa imagem na imprensa?
Tariq Ali: Isso deve-se a que a Colômbia e Uribe são aliados dos Estados Unidos, trabalham com eles, participaram em ações iniciadas pelos Estados Unidos na região e isso sempre foi assim. Sempre foi assim no passado. Por que derrubaram Allende? Por que apoiaram Pinochet? Essa mesma política, hoje de maneira diferente, continua no entanto em curso.
Odeiam Chávez, não apenas porque os ataca frontalmente, mas também além disso por ser o presidente eleito do país com as maiores reservas de petróleo do continente, significando o petróleo muito para eles. Como muitos dos jornalistas dizem, se Chávez estivesse no Paraguai, não o odiariam tanto. Mas a razão porque o odeiam é por estar utilizando o petróleo e contra eles e por estar a dar acesso ao petróleo a outras repúblicas bolivarianas.
Os cubanos conseguiram aguentar-se fazendo um intercâmbio de petróleo por médicos. Odeiam-no porque quebrou o isolamento dos cubanos e permitiu que se ajudem uns aos outros, porque agora a América Latina quer falar a uma só voz. É isso que este filme mostra, isso não tinha sucedido nunca antes. Pela primeira vez, os líderes que não estavam de acordo uns com os outros uniram-se e disseram aos Estados Unidos: basta, já chega e não recuamos.
* Roberto Navarrete é editor de www.alborada.net, sitsite sobre política, meios de comunicação e cultura na América Latina.
Fonte: odiario.info

ss Erra











José Serra manda espalhar na internet o boato que Dilma não pode entrar no EUA


O pessoal do punhadinho que faz a campanha do candidato José Serra, arrumou um novo boato para espalhar na internet. Agora circulam e-mails afirmando que Dilma está proibida de entrar nos Estados Unidos e em mais 11 países por conta do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em setembro de 1969. É MENTIRA!Puro desespero do covardão José Serra, de onde parte a ordem para baixaria
Washington (EUA) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimenta o presidente Lula durante encontro na Casa Branca

A candidata Dilma "jamais teve qualquer ligação com sequestros, assaltos a bancos ou ações armadas. Portanto, não existe razão para ter visto negado nos Estados Unidos ou em quaisquer outros países".

Dilma esteve recentemente nos Estados Unidos e que em 2009 falou diretamente com o presidente Barack Obama(fotos).Leia aqui no blog na nossa matéria de 2009. Por favor, queridos leitores, repassem para todos seus amigos na sua lista de emails. Vamos juntos desmascarar mais uma mentira de José Serra
*amigosdopresidenteLula

quinta-feira, agosto 26, 2010

bóris casoy é um atentado a nova ordem mundial







Lungaretti: O processo de Casoy por causa de artigo sobre episódio dos garis

por Luiz Carlos Azenha

Celso Lungaretti, do Náufrago da Utopia, foi ao Encontro dos Blogueiros e pediu a palavra. Foi para falar sobre o processo que é movido contra ele pelo jornalista Boris Casoy.

AOS COMPANHEIROS, AMIGOS E CIDADÃOS SOLIDÁRIOS

Celso Lungaretti (*)

Agradeço as manifestações de apoio a esta causa, que vai além das pessoas de Celso Lungaretti e Boris Casoy.

O que está em jogo é a liberdade de informação e opinião, pois o sucesso do querelante restringiria drasticamente os limites de atuação de jornalistas e blogueiros.

Os primeiros não poderiam mais adotar como verdadeiras as afirmações de fontes pertinentes e consistentes, nem aquilo que tenha sido publicado em veículos de circulação nacional.

Teriam, talvez, de escrever seus textos baseados unicamente no que presenciassem com seus olhos e escutassem com seus ouvidos…

Já os blogueiros se veriam obrigados a consultar figuras públicas cada vez que quisessem postar qualquer texto passível de lhes cair no desagrado.

A grande maioria, que não tem o blogue como atividade rentável nem pode contratar auxiliares, perderia pessoalmente um tempo precioso correndo atrás de celebridades/personalidades que tudo fazem para dificultar o acesso à plebe ignara.

Mesmo superando tais obstáculos, em 99% dos casos esperariam em vão pela resposta, olimpicamente ignorados, enquanto os assuntos fossem caducando.

E os poderosos, quando se sentissem incomodados, não se contentariam sequer com direitos de resposta, o meio mais adequado para a parte que se julga atingida apresentar sua versão na blogosfera.

Imporiam, com o chicote judicial, a obrigação de o blogueiro se retratar humilhantemente, como alternativa à possível prisão.

É isto que realmente está em jogo, não as reminiscências de um passado que teima em voltar à tona exatamente porque, naquela época, imperava o arbítrio e não foi feita Justiça.

Se a organização criminosa, nazistóide, homicida, terrorista e racista conhecida como CCC tivesse respondido judicialmente por seus muitos e hediondos crimes, hoje se saberia quem a integrou… ou não.

Quando o regime militar acobertou os grupos paramilitares que complementavam a repressão política oficial, não só livrou os culpados do merecido castigo, como pode ter propiciado a estigmatização de inocentes. Quem sabe?

O certo é que essas pessoas devem apresentar suas versões a historiadores, jornalistas e à opinião pública, com as provas e testemunhos cabíveis, ao invés de simplesmente tentarem proibir que se toque no assunto. Censura nunca mais!

E, se têm alguma queixa a fazer, que escolham o alvo certo: a ditadura militar, responsável por todas as atrocidades, injustiças e aberrações daquele período tenebroso de nossa História.

* Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

*Viomundo



, Pô, primeiro o Boris Casoy ofendeu os garis. Agora abriu processo contra bloguista que escreveu sobre o assunto. É triste ver o quanto um personagem tão mediocre pode causar tanto enjoo, náuseas e mal-estar.


Dizer que o figura se comporta de maneira lamentável é chover no Paquistão. Desrespeito a trabalhadores, constrangimento à opinião, abuso de espaço público (as ondas de rádio e TV são públicas) para a propagação incontestada no mesmo espaço de opiniões para lá de frágeis, carentes de fundamentos adequados (aqui a responsabilidade, em parte, é da Band, pois é ela quem gere de maneira tão desproporcional e tão despropositada sua grade)... Enfim, é duro ter que conviver com personagem tão pequeno tendo um espaço assim tão grande.

Mas imagino que a Band deva gostar, pois deve dar Ibope, e chamar patrocinadores, os quais pelo jeito curtem sua vinculação ao ódio, à ignorância e à mediocridade.

O bloguista que está sendo processado é Celso Lungaretti, e a postagem que incomodou o Casoy está aqui. Nela, Lungaretti nos conta um pouco da biografia do triste personagem merecedor do esquecimento, e nos fala da milionária repercussão, no YouTube, do video onde Casoy ofende garis. Um vídeo já foi visto quase 1,5 milhão de vezes (veja acima), outro, com o mesmo conteúdo, quase 700 mil vezes.

É claro que nenhuma entidade que representa jornalões e TVs do Brasil vai sair em defesa de Lungaretti, ou dizer que o processo movido pelo Casoy é uma vergonha, até porque tais entidades estão se lixando para a liberdade de opinião propriamente dita. E também é claro que ninguém em sã consciência espera tal coisa. Eis porque se propõe a denúncia do caso a órgãos internacionais. É por aí.

A notícia veio do Biscoito fino.

Via Animot
*amoralnato

Estadão soa o alarme: Mercadante vem aí




Para derrotar Alckmin, Mercadante conta com o estilo "classe média" que agrada aos paulistas; conta também com Lula, Russomano e Skaf

Não gostei dos primeiros programas de Mercadante na TV. O contraste com os programas de Dilma era gritante. Pareciam – os de Mercadante – vídeos envelhecidos, feitos numa linguagem de 20 anos atrás. Será que São Paulo envelheceu? Pode ser… A criatividade hoje parece vir do Nordeste, dos baianos, pernambucanos…

Sem dizer que o Tiririca (que concorre a deputado por um partido aliado do PT em São Paulo) não é – digamos – um apoio dos mais consistentes para o senador.

Mas, mesmo sem uma campanha brilhante, e apesar do Tiririca, Mercadante começa a preocupar os tucanos. A mídia paulista – que elegeu São Paulo e Paraná como as cidadelas que o PSDB deve preservar – já deu o sinal. Ontem, foi uma notinha no “Painel” da “Folha”. Hoje, foi o “Estadão”, que resolveu avisar: “Tucanos se previnem contra Mercadante”.

É como um chamado (do “Estadão”) às tropas: é preciso defender São Paulo da onda petista.

Faz todo sentido. O “DataFolha” (que desistiu de dar aquela mãozinha ao Serra) já mostrou que Dilma passou a liderar até em São Paulo. Se Lula consegue empurrar a candidata para o alto, num Estado em que ela é pouco conhecida, por que não conseguiria empurrar também Mercadante?

O PSDB parece se desmanchar. Talvez Alckmin consiga resistir, até porque ele faz o tipo “circunspecto” e conservador (ao contrário de Serra, que tentou inventar o “Zé”, Alckmin é assim de verdade – conservador e circunspecto) que parece agradar aos paulistas – especialmente no interior e nos bairros da classe média da capital.

Mas o PT nunca teve uma chance tão boa de equilibrar o jogo no Estado.

Em 2002, a onda Lula levou Genoíno ao segundo turno – mas ele acabou perdendo para o mesmo Alckmin. Dessa vez, a onda lulista pode levar Mercadante ao segundo turno. E o senador petista tem um perfil que agrada mais aos paulistas: jeito de professor, sóbrio, estilo classe média. Para alguns, ele seria quase um tucano no PT (o que, ressalto eu, é maldade pura!).

Se Mercadante chegar a 25% ou 30% dos votos (hoje tem menos de 20%), precisaria contar também com a mãozinha de Russomano (o candidato do PP deve conseguir perto de 10% dos votos, graças à imagem de “repórter do povo”) , e de Skaf (o empresário “socialista” pode fazer algo em torno de 5% dos votos, tirando eleitores do PSDB). Os três juntos precisariam chegar a 45% dos votos. Nesse caso, se Alckmin ficar com pouco menos de 45%, teríamos segundo turno – num quadro favorável a uma virada de Mercadante.

A “Folha” e o “Estadão já perceberam que essa é a onda que pode avançar. As pesquisas internas dos partidos também mostram um crescimento (ainda tímido) de Mercadante.

São Paulo - cidadela tucana – pode cair. Com ajuda do Lula.

Mas com ajuda também do Tiririca e do Russomano.

*escrevinhador



Natal antecipado






NATAL ANTECIPADO E 1º TURNO

mercado de trabalho brasileiro antecipa o Natal e registra em julho o menor nível de desemprego dos últimos oito anos, com taxa média de 7% no país. Tradicionalmente, é no período natalino que a economia apresenta atividade mais intensa com reforço da geração de vagas. Desta vez, o quadro se precipitou em julho. Em Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, as taxas de desemprego ficaram abaixo da média nacional, respectivamente 4,8%, 5,1% e 5,4%. Não por acaso, o eleitorado do Sudeste –para espanto e desalento da mídia demotucana-- tem negado a Serra os votos com os quais o candidato do conservadorismo esperava contrabalançar a vantagem fornida de Dilma Rousseff no Nordeste. O Natal antecipado do emprego é uma das alavancas que aceleram o desfecho das eleições presidenciais no 1º turno. Até o resiliente Datafolha jogou a toalha e já 'converge' para o cenário antecipado por outros institutos menos comprometidos com o esforço pró-tucano. Conforme a enquete divulgada nesta 4º feira, José Serra tem 29% das intenções de voto e 29% de rejeição. Está empatado tecnicamente com ele mesmo nesse aspecto, condição que pretendia ostentar em relação à adversária que abriu 20 pontos de vantagem na disputa. Dilma tem 49% das intenções de votos e lidera em todas as regiões. A candidata do PT virou o jogo inclusive no RS , onde o tucano ainda liderava, e abriu 5 pontos de vantagem em SP, cidadela tradicional do PSDB. Entre as capitais, Serra só ganha --ainda-- em Curitiba. Sua última linha de resistência é não perder para o próprio índice de rejeição. Exceto por um desastre de proporções ferroviárias, arquitetado pelo condomínio midiático-demotucano, a sorte da disputa, no 1º ou no 2º turno, está selada. Justiça seja feita, a sova federal não pode ser debitada exclusivamente ao ex-governador de SP. Embora a conservadora revista 'Economist' diga que "o sr. Serra parece insípido, exceto quando sorri, aí se torna alarmante", há algo mais que antipatia nesse revés. A dimensão histórica do naufrágio demotucano foi resumida pelo professor José Fiori em seu recente artigo 'Requiescat in pace' [leia a íntegra nesta pág]. Sua exposição sepulta o PSDB de Serra e Fernando Henrique, mas embute também desafios para o futuro da esquerda em geral e a petista em particular. Um trecho: "...o que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da "terceira via" [a Concertación chilena e o PSDB brasileiro]. Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz !
(Carta Maior; 26-08)

Tá feio pro obama







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Israel foge de ‘vistoria’ da AIEA acusando programa nuclear do Irã

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU chegou na última segunda-feira a Israel com a missão de discutir com o governo local uma resolução, tomada por países árabes, que coloca o reator nuclear de Dimona sob inspeção internacional.

Para escapar da pressão internacional, o governo israelense evitou ao máximo a incômoda visita, além de pressionar para que a Agência apontasse o Irã como “ameaça” à não proliferação de armas nucleares no Oriente Médio.

O Estado judeu está na mira da organização chefiada por Yukiya Amano por causa do seu arsenal atômico. A resolução deverá ser debatida novamente no mês que vem na assembleia da AIEA em Viena.

Nestes três dias de visita os israelenses não fizeram menções à capacidade nuclear do país, procurando evadir-se da questão acusando o Irã.

Tentando rebater as críticas da AIEA contra as políticas de Israel, as autoridades locais disseram a Amano que “não permita tentativas tendenciosas de desviar a atenção da comunidade internacional dos reais desafios à (não) proliferação nuclear do Oriente Médio”.

Países árabes e alguns outros membros da AIEA defendem a assinatura por parte de Israel do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), de 1970, o que faria com que o país abrisse mão do seu arsenal nuclear para ter direito a assistência na produção de energia nuclear civil.

Mantendo-se fora do TNP, Israel foge de qualquer responsabilização sobre o seu programa nuclear militar. O país é considerado como o único a possuir arsenal atômico no Oriente Médio, o que causa mais instabilidade à região.

Uma resolução da AIEA em setembro de 2009 pediu a Amano que consulte os “Estados envolvidos” a respeito de como fazer Israel aderir ao TNP, e que apresente um relatório na próxima assembleia.

O presidente Shimon Peres, durante encontro com Amano, chegou a cometer uma gafe, afirmando que a AIEA deveria preocupar-se com Teerã, “que ameaça em usar armas nucleares”.

O comentário ocorreu ao mesmo tempo que a AIEA confirmava que o Irã não possui armas nucleares. Em recentes relatórioas, a agência disse que jamais encontrou evidências de que materiais nucleares civis do Irã estavam sendo utilizados com fins militares.

*Vermelho