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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 25, 2011

Haja Idiotice, Agora ACM Playmobil e Willian Homer, Caraca....

 I´m too sexy

I´m too sexy Foto: DIVULGAÇÃO

Lista dos mais sexies da revista Junior tem de tudo: o padre Fábio de Melo, o chef de cozinha Alex Attala e o jornalista William Bonner; outros participantes são o deputado ACM Neto e o lutador Anderson Silva; todos à espera de votos

24 de Novembro de 2011 às 18:47
Lucas Reginato_247 – “Quem é o homem mais sexy do mundo?”, pergunta a revista Junior, voltada para o público gay. A lista disponível para a votação do público não poderia ser mais inclusiva. Nelas estão celebridades previsíveis, como atores e modelos, mas também nomes nem tão esperados, como de políticos, cozinheiros e até mesmo um padre.
Entre os grandes destaques, menção honrosa ao deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, que cativou os eleitores das prévias com seu carisma exacerbado, cabelo imutável e fala firme. O nome dele aparece em primeiro entre as opções disponíveis para a votação do público – mas calma! A lista é por ordem alfabética.
Os chefs galãs também vieram de suas cozinhas para concorrer ao título. Com uma pitada de fetichismo, Alex Attala, Henrique Aranha Fogaça e Rodrigo Oliveira desfilam seus trajes brancos entre os corpos seminus da lista. Outro concorrente é o dono da voz inconfundível, o boa noite de toda noite, o marido de Dona Fátima, William Bonner. O jornalista sex-simbol Pedro Andrade, do Manhattan Connection, é o outro representante da imprensa entre os finalistas.
Os atores são maioria no elenco de aspirantes. Desde os mais sisudos Tuca Andrada e Malvino Salvador até o experiente Wagner Moura, passando pelo gota d’água Sérgio Marone, o cômico Bento Ribeiro e o apresentador Rodrigo Faro – todos à disposição de quem quiser escolher seu favorito.
Os atletas também têm seus representantes entre os mais sexies. O lutador Anderson Silva, o ginasta Artur Zanett, o piloto Bruno Senna e o nadador César Cielo apostam suas fichas no preparo físico para conquistar o público.
No entanto, o nome mais surpreendente (e curioso) é o do Padre Fábio de Melo, que aparece sob o codinome de “padre popstar”. O herdeiro de Marcelo Rossi no quesito igreja multimidiática não apela com trajes mínimos, mas vence, de longe, na categoria ironia.
Os cinquenta homens mais sexies do Brasil esperam o seu voto no site da revista Junior, e o resultado será divulgado na edição de dezembro da revista.
Assista ao vídeo de Right Said Fred "I`m Too Sexy":

*AmoralNato

Metade nos EUA apoiaria ação militar contra o Irã, mostra pesquisa

Conheceram-me logo por quem eu não era, e não desmenti, então perdi-me. Quando quis tirar tirar a máscara ela estava colada a minha cara. (Fernando Pessoa)

Os estadunidenses passaram décadas apavorados com a "ameaça comunista", agora se borram com os árabes. Entraram na pataquada do Free Kwait, de Kosovo, ficaram muito preocupados com as tais "armas de destruição em massa" de Saddam Hussein, perderam o sono com o perigoso Osama Bin Laden, ficaram sensibilizados com o "sofrido povo líbio"... e por aí vai. Parece que aquela frase de Joseph Pulitzer: "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma" já se aplica na prática, nos EUA. A maior parte do povo estadunidense se deixa levar pelos interesses do grande capital e da industria bélica assassina de seu país. A consciência dessa gente parece envenenada de forma irreversível, pouco importa o desmascaramento de farsas como a invasão do Iraque. A maior parcela do povo dos EUA seguirá pensando de acordo com Rupert Murdoch e sua gangue. Assim como o povo alemão (a maior parte, mas não todos) aceitaram a barbárie nazista, o povo estadunidense está pronto a aceitar uma nova aventura militar capitaneada por seu país, mesmo que essa aventura descambe na terceira guerra mundial. Depois será tarde para chorar. O que nos resta é ter vagas esperanças em movimentos como o Occupy Wall Street, que mostram que ainda existe vida inteligente nos EUA.  



Uma pesquisa elaborada pela Universidade de Quinnipiac, nos Estados Unidos, aponta que 50% dos norte-americanos apoiariam um ataque militar contra o Irã se não funcionarem as sanções impostas ao país por seu programa nuclear, enquanto 38% se mostraram contrários a essa possibilidade.


Além disso, 88% dos consultados acreditam que o programa nuclear do Irã é uma ameaça "grave" ou "muito grave" para a segurança dos EUA, segundo a pesquisa, que foi realizada entre os dias 14 e 20 de novembro, com entrevistas a 2.522 pessoas e uma margem de erro de 1,9 pontos percentuais.



Se Israel atacar o Irã, 46% dos entrevistados consideram que os EUA deveriam apoiar seu aliado, enquanto 44% defendem a neutralidade e 6% pensam que seria preciso se opor a essa ação. "Os norte-americanos estão muito preocupados pelo desenvolvimento do programa nuclear do Irã e não acreditam que a atual política de sanções econômicas seja efetiva", afirmou Peter Brown, diretor assistente do Instituto de Pesquisas da Universidade de Quinnipiac.



Na segunda-feira passada, o governo dos EUA aumentou a pressão contra o sistema bancário do Irã ao declarar o país "jurisdição de preocupação prioritária por lavagem de dinheiro", e anunciou novas sanções contra os setores nuclear e petroquímico. A tese norte-americana que o programa nuclear do Irã tem alvos militares encobertos, rejeitada por Teerã, foi respaldada pelo relatório apresentado este mês pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).



Reino Unido e Canadá também anunciaram na segunda-feira novas sanções financeiras contra o Irã, e a União Europeia prepara outras, enquanto a Rússia considera que estas medidas não são legais e complicam qualquer esforço para entabular conversas com Teerã em matéria nuclear.



O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou hoje em um ato público em Teerã que seu país já dispõe de tecnologia nuclear, que "não retrocederá" na pesquisa e que o objetivo é o uso exclusivamente civil dessa energia.



O calor do Sol...amadurece os frutos que estão prontos...naturalmente...para serem colhidos...



A liberdade é o dom de um fruto saboroso...que não exige "APOLOGIAS"... para ser saboreado pela verdade...

quando há no ser social...
OS SENTIDOS ESPIRITUAIS...NO GOSTO INTERNO DA RAZÃO SUPERIOR... 
...e que produzem...realmente... a evolução de toda a  humanidade...



Os desesperados...buscam a alienação..."aqui e lá...nisso ou naquilo"...por fugirem das autossignificações...



Os harmonizados e equilibrados...encaram as suas autoimagens...e as autoavaliações...

sejam...

como sejam...



O tempo passou...CAMINHEM!

(Nirma Regina)

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade,
mas sim a verdade.
A liberdade não é um fim,
mas uma conseqüência”.
(Léon Tolstoi)
 
*aartedoslivrespensadores

PSOL vai ao STF pedir fim de concessões para políticos

O PSOL vai protocolar no Supremo Tribunal Federal até o início de dezembro a ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) que pede o fim das concessões de radio e tv para políticos.
A ação foi preparada pelo Coletivo Intervozes, que por não ter legitimidade jurídica para ingressar diretamente com ação no Supremo, dialogou com alguns partidos para que assumissem a ação.
O PSOL se dispôs a comprar a briga.
Conversei há pouco com o deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) e ele me disse que essa ação tem por objetivo fazer com que o Supremo se posicione acerca de algo que em tese é proibido, mas que não é respeitado
O Artigo 54 da Constituição afirma que deputados e senadores, a partir do momento em que tomam posse, não podem “firmar ou manter contrato” ou “aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado” em empresa concessionária de serviço público. Rádios e televisões são justamente isso.
O artigo seguinte da Constituição, o de número 55, ainda diz que: “perderá o mandato o deputado ou senador que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior”.
Entre Câmara e Senado aproximadamente 100 parlamentares seriam sócios de Radio e/ou TV. E caso o STF aceite o pedido do PSOL poderão perder seus mandatos.
“A Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação é uma vergonha. É infestada de donos de veículos de comunicação. Isso não pode mais continuar desse jeito”, afirmou Valente.
O movimeto do PSOL indo ao Supremo e o do PT realizando debate sobre o marco regulatório amanhã (25), são importantes para que o tema da democratização da comunicação volte à baila neste fim de ano.
*Blog do Rovai

Charge do Dia

Expurgado será esta figura execrável?


Marco Weissheimer
 

Indignada, Marta reage à declaração de Bolsonaro

marta_indignadaA vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), reagiu, na tarde desta quinta-feira, (24/11) ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, em discurso na Câmara dos Deputados, questionou a sexualidade da presidenta da República, Dilma Rousseff. Ela cobrou “providências enérgicas” do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), contra o que considerou “quebra de decoro parlamentar”.
“Eu não sei nem o que dizer de tão absurdo”, desabafou a senadora. Ela lembrou que Bolsonaro é reincidente em declarações preconceituosas. “Além de repetir, ele deu um passo além. Como mãe, mulher, senadora e vice-presidenta desta Casa, peço ao presidente Marco Maia tome providência enérgica. É preciso dar um freio de arrumação, houve falta de decoro parlamentar. Ele tem ofendidos pessoas, cidadãos comuns e, agora, a própria presidenta da República”, enfatizou. 
Marta explicou que não considera ofensivo referir-se a alguém como homossexual, mas lembrou que a orientação sexual “é uma questão de foro íntimo das pessoas”.
Em entrevista após o protesto feito em plenário, Marta Suplicy reclamou do “retrocesso” que ocorre no País atualmente em relação aos direitos dos homossecuais.
“Vemos hoje um retrocesso no Brasil. Enquanto há 16 anos, quando eu fiz o projeto da união estável, a Argentina era um país extremamente conservador. Hoje, a Argentina tem casamento gay e nós temos espancamentos na Avenida Paulista. Esse retrocesso, essa radicalização que vemos hoje, acredito que não faz bem para a população brasileira”.
Ouça a entrevista da senadora Marta Suplicy
Leia a íntegra do protesto da senadora
Eu quero registrar aqui uma notícia que chegou da Câmara. Pela indignidade do pronunciamento e pelo absurdo, eu gostaria de deixar aqui... Eu não sei nem o que dizer de tão absurdo que é isto. É um discurso do Deputado Jair Bolsonaro, que, da tribuna da Câmara, nesta quinta-feira, além de repetir as tradicionais críticas às políticas pró-homossexuais do Governo, deu um passo além, desta vez: questionou a sexualidade da presidente da República, dizendo: “Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”.
O Deputado Alfredo Sirkis, do PV, do Rio de Janeiro, discursou em seguida, reprovando a postura de Bolsonaro:
O que nós ouvimos aqui hoje foi um discurso que, se entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria Presidente da República, quando acho que a opção sexual de qualquer ser humano, Deputado, é uma questão de foro íntimo desse mesmo ser.
Como mulher, como cidadã, como mãe, como Senadora, como Vice-Presidente desta Casa, pedimos ao Presidente da Câmara, Deputado Marco Maia que tome enérgicas providências e limite o que vem acontecendo, porque está sem freio a falta de decoro parlamentar desse Deputado, que tem ofendido pessoas, cidadãos comuns e, agora, até a própria Presidenta da República. E não é que tenha ofendido por tê-la chamado de homossexual, mas por estar falando algo que é de foro íntimo de uma pessoa, seja Presidente da República ou quem quer que seja. Ele tem ofendido várias pessoas reiteradas vezes.
E o sentido que deu a essa fala, pela Presidenta da República ser uma pessoa que tem se posicionado nessa luta pela conquista de direitos dos homossexuais, está muito além da conta. Uma coisa é você se posicionar, se colocar, outra coisa é ir além do que é o respeito a qualquer cidadão e, principalmente, a uma mulher que hoje ocupa a Presidência da República.
*PTnosenado








O que o deputado Bolsonaro disse?

Sei lá. Quem liga para o que essa aberração diz ou deixa de dizer?

*esquerdopata
 

Ministério Público acusa Kassab
de “fraude bilionária”

 

Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és


Saiu no Estadão:

MP pede afastamento de Kassab por fraude na inspeção veicular em SP

Ação diz que projeto foi executado de por meio de dados falsos e pede devolução de dinheiro

SÃO PAULO – O Ministério Público Estadual (MPE) pediu no início da tarde desta quinta-feira, 24, o afastamento de Gilberto Kassab (PSD) do cargo de prefeito de São Paulo. Kassab, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, seis empresas – entre elas a CCR e a Controlar – e 13 empresários são acusados de participar do que seria uma fraude bilionária: o contrato da inspeção veicular em São Paulo.

A ação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social pede o bloqueio dos bens dos envolvidos, a perda dos direitos políticos e a condenação por improbidade administrativa dos acusados.

O valor da causa dado pelos promotores Roberto de Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi é de R$ 1,05 bilhão. A ação pede a suspensão imediata da inspeção veicular, a devolução dos valores de multas cobradas dos moradores de São Paulo, além de indenização por danos morais aos donos de veículos.

O problema, segundo o MPE não é a ideia da inspeção, mas a forma como ela foi executada na cidade. Desde a constituição da empresa Controlar até as sucessivas prorrogações do contrato teriam sido feitas por meio de fraudes, como a apresentação de garantias falsas, documentos e informações falsas e, além de possíveis fraudes tributárias e fiscais. A ação foi apresentada no Fórum Helly Lopes Meireles, sede das Varas da Fazenda Pública de São Paulo.

Outro lado. A Controlar diz que ainda não foi notificada sobre a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público. Segundo a empresa, a concessionária prestou todos os esclarecimentos solicitados pela Promotoria e teria assim comprovado a “lisura na implementação e no cumprimento do contrato de concessão.”

Entre os benefícios do contrato declarados pela Controlar, estão uma economia de R$ 78 milhões para o sistema de saúde municipal por causa da redução da poluição veicular.



Navalha
Gilberto Kassab é o resultado de uma virtuosa inseminação artificial: ele é filho de Celso Pitta e de Padim Pade Cerra.
(O Dr. Abdelmassih não tem nada a ver com isso. Os crimes dele – não é isso, Ministro Gimar ? – são outros. Muitos.)
Deu nisso.
Kassab já esteve na mira da Justiça, quando se descobriu que a industria da construção civil de São Paulo – cidade que tem a mais extensa e criminosa linha de prédios do mundo – financiou a campanha dele de forma, no mínimo, esquisita.
Qualquer motorista de São Paulo sabe que essa inspeça veicular é uma arapuca.
É uma barretada aos Verdes.
E os Verdes de São Paulo, como sabe a Bláblárina,. não se deve levar para um jantar em familia.
Em tempo: quando a Bláblárina vai contar o que achou no armário do Partido Verde de São Paulo ?
Paulo Henrique Amorim

Atletas dos Jogos Parapan-americanos são exemplos para o Viver sem Limite, diz presidenta

Presidenta Dilma Rousseff recebe delegação brasileira dos Jogos Parapan-americanos de Guadalajara 2011. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje no Palácio do Planalto os atletas brasileiros que participaram dos Jogos Parapan-americanos de Guadalajara, no México, e enalteceu o desempenho da delegação brasileira que conquistou o primeiro lugar nos Jogos. Além de orgulho para todo o país – como definiu a presidenta – os atletas são exemplos para as 45,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, público-alvo do Plano Viver sem Limite, lançado na semana passada.
“Vocês provam para o povo brasileiro que é possível superar limites. Vocês são exemplos que com esforço, dedicação e trabalho de equipe é possível”, disse.
A presidenta lembrou que os atletas que recebem auxílio financeiro do programa Bolsa-Atleta foram responsáveis por 79% dos pódios brasileiros, o que demonstra que “é preciso expandir o programa”. Ao todo, a delegação do Brasil conquistou 197 medalhas, sendo 81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze.
“Isso mostra que o investimento do país em vocês está para lá de recompensado. Tenho certeza de que vocês vão voltar de Londres ainda mais bem sucedidos.”

O Irã e a III Guerra Mundial

Via Jornal do Brasil
Mauro Santayana
O jornalista e escritor britânico Douglas Reed, que morreu em 1976, pode ter sido um dos homens mais alucinados do século 20, como dizem seus biógrafos. Combatente na Primeira Guerra Mundial, quando ficou gravemente ferido no rosto, ele se fez jornalista e correspondente do Times de Londres em vários países da Europa. Em seus despachos de Berlim, se destacou como corajoso e violento antinazista. Foi o primeiro não comunista a denunciar a farsa do incêndio do Reichstag, acusando pessoalmente Hitler de ter sido o responsável pelo ato de provocação.
Quando se deu conta de que viria o Anschluss (a anexação da Áustria à Alemanha), ele, então em Viena, escreveu, em poucas semanas, seu livro mais conhecido, Insanity fair publicado em Londres em 1938. Nele, advertiu contra a tolerância em favor de Hitler, e previu a imediata eclosão da 2ª. Guerra Mundial. Meses depois, com a capitulação das potências europeias em Munique, no caso dos sudetos, deixou de trabalhar para o Times, cuja posição era também apaziguadora.
“Aceitou a tese conspirativa e fantasiosa de que os comunistas e os sionistas eram aliados para dominar o mundo”.
A partir de 1940, Reed se tornou antissionista — não antissemita. Mas aceitou a tese conspirativa e fantasiosa de que os comunistas e os sionistas eram aliados para dominar o mundo. Para ele, os nazistas favoreciam os sionistas, ao transformar os judeus em vítimas. Em seus artigos, previu que o Estado de Israel, a ser criado na Palestina, como determinava o projeto sionista de Max Nordau e Theodor Herzl, viria a ser o germe da grande conspiração para o domínio sionista do planeta, mediante um governo mundial.
Enfim, aceitava a famosa manipulação do “Protocolo dos Sábios de Sião”. Logo depois do armistício de 1945, previu que esse governo mundial seria dotado de armas atômicas, como propusera o banqueiro e assessor de Roosevelt, Bernard Baruch, também filho de judeus de origem europeia. De acordo com o Plano Baruch, nenhum outro país, além dos Estados Unidos, deveria desenvolver armas atômicas. O congelamento sugerido foi rejeitado com vigor pelos soviéticos.
Mas a citação de Reed nesta coluna se deve a uma frase profética do posfácio que acrescentou à edição original de Insanity fair. Reed conta que, ao visitar a então Tchecoslováquia, pouco antes do Tratado de Munique, se deu conta de que os seus soldados estavam mobilizados na fronteira, contra a prevista invasão do território pelos alemães — e contavam com a Inglaterra, mais do que com a França, para resistir. Enquanto isso, diz Reed, os ingleses abandonavam os tchecos. Naquele momento, deduziu o escritor, o mais poderoso império da História — o britânico — entrava em sua inexorável fase de declínio. Reed registra, na frase inquietante, a sensação de que o desastre era desejado, ao dirigir-se a seus compatriotas: “E até onde eu posso entender vocês, parece desejarem que isso ocorra”.
Advertiu que, ao apoderar-se de países vulneráveis, mas senhores de matérias primas, de energia, de mão de obra e de soldados, a Alemanha se faria inexpugnável, invulnerável e invencível, e dominaria toda a Europa — o que viria a ocorrer fora das Ilhas, até a virada em Stalingrado.
Outras são as circunstâncias de nosso tempo, mas a Insanity fair parece a mesma. Se a Palestina é muitíssimo mais indefesa do que era a Tchecoslováquia de Benes e Hocha, o Irã é sempre a Pérsia. Ao não reagir contra as perspectivas de um conflito, os europeus de hoje, como os ingleses de Eden e Chamberlain, parecem desejá-lo. Talvez suponham que possam associar-se aos norte-americanos no governo do mundo. Mas o tempo de Baruch passou. Hoje, se os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França — e até Israel — dispõem de armas nucleares, a Rússia, a Ucrânia, a China, o Paquistão e a Índia também as têm.
Os arsenais do Pentágono dispõem de armas para destruir o mundo, mas não de recursos humanos e bélicos para a conquista e domínio do planeta. É bom, no entanto, anotar uma das profecias de Reed, ao analisar o Plano Baruch, e associá-lo ao sionismo. Segundo Reed, haveria uma Terceira Guerra Mundial, com a criação de um governo planetário, a ser imposto e exercido pelos sionistas. É uma profecia perversa e, como podemos supor, improvável. Primeiro, porque surgem em Israel e nos Estados Unidos vozes de bom-senso, que advertem contra esses arquitetos do apocalipse.
Os arsenais do Pentágono dispõem de armas para destruir o mundo, mas não de recursos humanos e bélicos para a conquista e domínio do planeta
Quando Meir Dagan, ex-dirigente do Mossad — a agência de espionagem e contra-espionagem de Israel, mais eficiente do que a CIA — diz, em palestra na Universidade de Tel-Aviv, que um ataque ao Irã é “uma ideia estúpida”. Dagan advertiu que qualquer iniciativa militar contra Teerã conduzirá a uma guerra regional, com gravíssimas consequências para todos. É sinal de que alguma coisa muda em Israel. Mas não apenas em Israel.
Nos Estados Unidos, alguns chefes militares também tentam convencer o presidente Obama — a cada dia mais servidor dos belicistas do Pentágono — de que um ataque ao Irã poderá levar a uma nova guerra mundial, e de resultados imprevisíveis.
Em artigo publicado pelo New York Times de 14 deste mês, o general John.H.Johns deixa bem claro o perigo, ao afirmar que um ataque ao Irã seria repetir a aventura do Iraque, com mais dificuldades ainda, e que o país dispõe de meios militares para rechaçar qualquer ataque. Opinião semelhante é a do general Anthony Zinni, outro respeitado chefe militar. Como sempre ocorre, ele e Johns são hoje oficiais reformados.
Informa-se também que chefes militares da ativa estiveram recentemente com Obama, a fim de demovê-lo de apoiar qualquer iniciativa bélica de Israel contra o Irã. Obama balançou os ombros.
A principal mudança, no entanto, é a tomada de consciência de grande parte dos cidadãos dos Estados Unidos e de Israel de que o inimigo não está fora de suas fronteiras, mas dentro delas. As desigualdades sociais e a angústia em que vivem, em estado de guerra permanente, levam o povo às ruas. Em Israel, cerca de 500 mil pessoas foram às ruas contra o desemprego, a corrupção e o enriquecimento de poucos, diante das crescentes dificuldades da maioria. Os protestos nos Estados Unidos aumentam, apesar da repressão violenta.
E é nesse quadro geral que os Estados Unidos buscam uma aproximação maior com a Argentina, com o propósito bem claro de reavivar a antiga desconfiança entre aquele país e o Brasil. Não é a primeira vez, embora esperemos que seja a última, em que Washington atua em busca da cizânia entre os dois maiores países da América do Sul. Não parece provável que obtenham êxito. Nos últimos anos, argentinos e brasileiros começaram a entender que estão destinados a viver em paz, e unidos na defesa de seus interesses comuns, que são os do continente.