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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 12, 2012

Fotos do Dia


#VejaComMedo em 1º lugar nos assuntos mais comentados do Twitter, e os insetos gritam...








Tuitaço hoje, às 18h: #VejaComMedo


 
 
Bora 'robosada', hoje é #VejaComMedo: Veja atribui a robôs e insetos protestos virtuais

Veja atribui a robôs e insetos protestos virtuais 

Neste fim de semana, a revista Veja, de Roberto Civita, denuncia fraudes que teriam ocorrido no Twitter para colocá-la, três vezes, de forma negativa, como o assunto mais comentado da rede social; Tudo seria fruto da ação de perfis falsos, robôs e "petistas amestrados"; Abril não vê dano de imagem



247 – Neste fim de semana, a revista Veja chega às bancas com uma série de reportagens sobre a liberdade de imprensa e a suposta tentativa da CPI do Cachoeira de desmoralizar o jornalismo investigativo. Pela primeira vez, o diretor da publicação, Eurípedes Alcântara, citou o nome do redator-chefe Policarpo Júnior, interlocutor frequente de Cachoeira, e saiu em sua defesa.
Numa das reportagens da série, chamada “Falcão e os insetos”, Veja fala sobre os três momentos em que milhares de internautas colocaram a revista como um dos assuntos mais comentados do mundo, no Twitter, de forma pejorativa. Isso aconteceu com as hashtags #VejaBandida, #VejaGolpista e #VejaPodreNoAr.
De acordo a Editora Abril, de Roberto Civita, Veja não vem sofrendo uma crise de imagem, nem uma corrosão do seu patrimônio duramente construído ao longo das últimas quatro décadas. Os protestos no Twitter seriam fruto apenas da ação de “robôs”, “insetos” e “petistas amestrados”, que seriam liderados pelo presidente do PT, Rui Falcão. Curiosamente um jornalista que comandou e ajudou a implantar um dos maiores sucessos da Editora Abril: a revista Exame,  de economia e negócios.
Fraudes no Twitter
De acordo com Veja, diversas regras do Twitter teriam sido violadas nos tuitaços contra a revista. Robôs teriam sido programados para enviar tweets automáticos. No caso dos verdadeiros, eles teriam sido enviados por aquilo que a revista define como “insetos” ou “petistas amestrados”, comandados por Falcão, que teria criado, no PT, num núcleo chamado MAVs – “Militância em Ambientes Virtuais”.
Curiosamente, no dia em que um dos tuitaços contra Veja alcançou o Trending Topics (lista de assuntos mais comentados no Twitter), houve também um tuitaço organizado por leitores e defensores da revista chamado #VejaNelles. Neste caso, diversos internautas levantaram dados apontando também o uso de robôs.
O discurso da tolerância
Em sua reportagem, Veja também pregou um discurso da tolerância na mídia e mandou um recado aos que alguns, dentro da Editora Abril, consideram ser seus adversários na batalha da comunicação. Eis o que diz o texto:
“A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (“minocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (“171”, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum – para formar sufixos de nomes (...) Cidadãos que se sintam atingidos por epítetos como esses acima, que vagam pela internet, infelizmente não têm a quem recorrer.”
Veja fez uma referência à Carta Capital, de Mino Carta (1m59cm), ao 247 (171), e ao blogueiro Luís Nassif (Nassífilis), colocando todos que “infelizmente não têm a quem recorrer” como vítimas de “chantagistas contrariados”. Em relação ao 247, Veja afirmou ainda que enquanto não houver uma governança sobre a internet, predominará a “indecência” e empreendedores terão suas iniciativas associadas a artigos do Código Penal.
Na parte que nos toca, também lamentamos a “indecência” e somos gratos pelo reconhecimento dos erros cometidos pela Abril nos últimos anos. Afinal, alguns dos principais “cheer leaders” dos ataques a jornalistas têm sido figuras da própria Abril, como Diogo Mainardi, Mario Sabino e, sobretudo, Reinaldo Azevedo.
Será que o recado será compreendido internamente?
*MariadaPenhaNeles
 

Charge do dia

Folha e os carros emprestados à Oban


Folha quer investigar quem queimou aqueles carros que ela emprestou à OBAN

 do Viomundo
Luiz Carlos Azenha
No Brasil a guerra fria ainda não acabou. O anticomunismo vive. Ser “de esquerda” é considerado pejorativo pelo jornal mais importante do país.
Notaram como Demóstenes Torres nunca foi classificado como “de direita”?
Vejamos as repercussões da escolha dos integrantes da Comissão da Verdade, criada para apurar os crimes da ditadura militar, segundo a Folha.
Página A11: “Amorim não é exatamente querido entre os militares por conta de seu perfil de esquerda e pela pouca familiaridade com os temas da pasta”. Não é preciso dizer que os militares são “de direita”?
Na mesma página: “Em relação aos crimes cometidos pela esquerda, membros da comissão afirmaram que o tema ainda precisa ser discutido internamente”.
Na página A14, alguns militares ouvidos pela Folha (quais, exatamente — os de direita?) desaprovam o nome da advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, que defendeu Dilma Rousseff e Ivan Seixas, dentre muitos outros.
Na página A15, o texto parece trair o medo do próprio jornal: “Sem Fla-Flu”, “sem revanchismos”, “sem as angústias juvenis” — algumas das frases estão entre aspas, revelando qual foi o foco das perguntas dos entrevistadores.
Na última página, reprise: “Membros do grupo revelaram à Folha que também discutirão a possibilidade de investigar crimes cometidos pela esquerda armada”.
Ou seja, em breve a Folha vai pedir para investigar Dilma Rousseff e aqueles que queimaram os veículos que o jornal emprestou à Operação Bandeirantes (que manteve o maior centro de torturas de São Paulo ) para fazer campana.
*GilsonSampaio

Curta-metragem: A alma do dinheiro.


*Tireotubo


CUBA - CIA não quer que saibamos o que fez na Baia dos Porcos


playa giron invasion

La juez federal Gladys Kessler ha denegado este viernes la solicitud de divulgar el último volumen del informe oficial de la CIA sobre la fallida invasión de EEUU en la Bahía de Cochinos en Cuba, en abril de 1961, pero los demandantes dijeron que apelarán.

Kessler emitió su decisión, después de que el centro de investigación independiente ‘National Security Archive’ (NSA) presentase en abril de 2011 una demanda contra la Agencia Central de Inteligencia (CIA) para lograr la desclasificación de toda la ‘Historia Oficial de la Operación de Bahía de Cochinos’.

El centro presentó la demanda, que coincidió con el 50 aniversario de la invasión, porque la CIA rechazó una solicitud similar de 2005 para obtener el último volumen, escrito por el historiador de la agencia, Jack Pfeiffer, en 1981 y que incorpora la investigación interna de la operación encubierta.

La agencia de espionaje sólo divulgó al NSA los volúmenes I, II y IV, y alegó que el volumen en disputa, el quinto, está protegido por el llamado “privilegio del proceso deliberativo, y por lo tanto exento de cualquier divulgación”.

En su decisión de 13 páginas, la juez federal explicó que la CIA logró demostrar de forma “firme y específica” que la divulgación del quinto volumen, “perjudicaría el proceso deliberativo”.

Ese privilegio protege el principio de que los procesos de debate internos en los órganos del poder Ejecutivo de un Gobierno están exentos de divulgación en los litigios civiles o en peticiones de publicación bajo la Ley de Libertad de Información.

Además, “la revelación de un borrador de historia conllevaría el riesgo de la divulgación pública de información histórica imprecisa”, advirtió Kessler, quien en definitiva aceptó el argumento de la CIA de que se trata de un “borrador”.

El director del Proyecto de Documentación sobre Cuba de NSA, Peter Kornbluh, dijo que su grupo sopesará apelar la decisión de la juez, a la vez que continuará “presionando al Gobierno del presidente Barack Obama para que presione a la CIA a que se adhiera a las normas de transparencia” establecidas bajo su mandato.

El objetivo, insistió, es que “se logre la desclasificación del volumen en disputa”, porque éste “no contiene asuntos de seguridad nacional” y fue escrito hace más de 30 años.

El 17 de abril de 1961, alrededor de 1.500 exiliados anticastristas, entrenados por la CIA, participaron en la invasión de la Bahía de Cochinos (Playa Girón), en un fallido esfuerzo por derrocar a la Revolución que había triunfado dos años antes.

El volumen ofrece una fuerte crítica al informe de la investigación que en su día escribió el inspector general de la CIA, Lyman Kirkpatrick, sobre la fallida operación y que, según Kornbluh, “demuestra el rencor de la CIA contra sus propios oficiales”.

“Es más algo de evitar vergüenza… la CIA no quiere que el público vea ese volumen”, argumentó Kornbluh.

EFE / Cubadeabate*SoaBrasil

Alckmin insiste em retirar leitos do SUS

 

Geraldo_Alckmin_Os tucanos elitistas perderam mais um round na briga para reserva de leitos públicos para planos de saúde em São Paulo.
Ontem, resolução do Conselho Nacional de Saúde pede à Justiça de São Paulo que considere ilegal lei estadual que reserva 25% dos leitos dos  hospitais públicos, administrados por organizações sociais, a usuários de planos de saúde. Na próxima terça-feira (15), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) irá julgar mérito de recurso apresentado pelo governo de São Paulo para manutenção da lei, contestada pelo Ministério Público estadual na justiça. Nas primeira e segunda instâncias, os juízes concederam liminares suspendendo os efeitos do decreto.
Isso mesmo, os tucanos querem reservar 25% dos já insuficientes leitos de hospitais públicos para atender a planos de saúde. Mas, como informa a Agência Brasil, para o conselheiro Jorge Venâncio, os pacientes irão aguardar ainda mais tempo por atendimento na rede pública se o decreto vigorar. Atualmente, a espera por uma consulta básica na cidade de São Paulo já é demorada demais, em média de 4 meses, e para serviço especializado, cerca de 1 ano, conforme o conselheiro.
O conselho argumenta ainda que a lei favorece a prática de “dupla porta” de entrada, “selecionando beneficiários de planos de saúde privados para atendimento nos hospitais públicos, promovendo, assim, a institucionalização da atenção diferenciada com preferência na marcação e no agendamento de consultas, exames e internação e melhor conforto de hotelaria”.
A lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo e regulamentada por decreto assinado pelo governador Geraldo Alckmin, em julho do ano passado.
Um ano pode ser tarde demais para quem tem uma doença grave, e os tucanos querem aumentar esse tempo, beneficiando os que podem pagar. E mesmo assim já vai fazer duas décadas que São Paulo é governada por esse bando de canalhas. E pelo voto livre!
Por: Eliseu
*OCarcara

José Alencar manda lembranças

Por: João Sicsú, no CartaCapital
josé-alencarO Plano Real inaugurou, em 1994, uma nova era para o Brasil. A alta inflação foi transformada em estabilidade monetária. Experiências bem sucedidas, críticas aos erros do passado e a teoria econômica fomentaram o alicerce do Plano Real, que tem origem e concepção inatacáveis. Para debelar a hiperinflação alemã de 1923-4, o maior macroeconomista de todos os tempos, John Maynard Keynes, fez proposta detalhada cuja teoria e diagnóstico são encontrados, por coincidência ou não, no Plano Real.
A execução do plano brasileiro, no entanto, não pode receber os mesmos elogios. Devido a erros de execução e interesses, seus executores trocaram um regime de alta inflação por um de altos juros com câmbio valorizado. O Plano Real não promoveu o prometido alinhamento de preços na fase anterior ao seu lançamento, no dia 1º de julho de 1994. Posteriormente, manteve os preços retraídos se utilizando de elevados juros que atraíam dólares para o país. Dólares que valorizavam o câmbio e que, por sua vez, estimularam a entrada de produtos importados para competir no mercado doméstico.
A taxa de juros básica da economia (a taxa Selic) era mantida em patamares estratosféricos. A equipe econômica que administrou a execução do Real considerava que o Brasil era um país subdesenvolvido e que, portanto, não poderia ter, ao mesmo tempo, inflação baixa e juros baixos. Houve um economista, um dos pais do Plano Real, que durante muito tempo propagandeou a ideia que a taxa de juros básica real de equilíbrio no Brasil seria, no mínimo, de 10% ao ano. Ou seja, mesmo com inflação zero, o país deveria ter uma taxa de juros básica nominal de 10% ao ano. Por outras vias ideológicas (ou talvez pelas mesmas), os juros foram mantidos em níveis inaceitáveis até recentemente.
Esses juros estratosféricos foram incorporados à cultura econômica das famílias, dos empresários, dos banqueiros, dos governantes, dos dirigentes de fundos de pensão e de poupadores. Os empresários da indústria nunca gostaram de juros elevados. Mas, de imediato, descobriram caminhos para compensar as dificuldades no setor produtivo: os ganhos gerados pelos departamentos de contabilidade de suas empresas, que foram transformados em departamentos de estratégias financeiras e tributárias.
Consumidores também não gostavam de juros elevados. Mas, logo, descobriram que a melhor conta a fazer seria saber se a prestação do crediário cabia dentro do seu salário, independentemente da taxa de juros. Os consumidores levavam em conta, ainda, se havia perspectiva de manutenção dos seus empregos durante o período de pagamento dos crediários. Dirigentes de fundos de pensão sempre saborearam juros elevados. E os banqueiros? Nem é preciso comentar as artimanhas teóricas, ideológicas e políticas que faziam (e fazem) para manter os juros altos no Brasil.
Para enfrentar o regime de altos juros, o atual governo vem implementando um amplo conjunto de medidas desde o primeiro dia de mandato da presidenta Dilma. O governo não lançou, de uma só vez, um pacote ou plano de medidas. Primeiramente, Dilma trocou o presidente do Banco Central. Saiu Henrique Meirelles, um personagem ligado ao sistema financeiro privado, por Alexandre Tombini, um técnico de carreira do Banco central. E, a partir de 31 de agosto do ano passado deu início a um processo de redução contínua da taxa Selic de juros.
Em reuniões consecutivas desde agosto de 2011, o Banco Central reduziu a taxa de juros Selic para 9% ao ano. Espera-se que haja outras quedas nas próximas reuniões. No mês passado o governo orientou os dois maiores bancos públicos comerciais a reduzir as taxas de juros das suas operações de crédito. Banco do Brasil e Caixa Econômica lançaram programas que forçaram os bancos privados a seguir o mesmo caminho.
Recentemente, o governo lançou uma das medidas mais ousadas do seu plano de enfrentamento dos altos juros: mudou as regras de rendimento da poupança, que fazia parte do conjunto de barreiras que impunham rigidez à queda dos juros. A poupança era considerada “imexível”, um valor cultural do regime de altos juros.
A poupança rendia 0,5% ao mês mais a TR (taxa referencial de juros, que é muito baixa, em torno de 0,08% ao mês). As regras da poupança impunham um piso para as demais aplicações, inclusive títulos do governo, já que a poupança se apresenta como alternativa segura e rentável. Caso o governo venha a reduzir ainda mais a taxa de juros Selic, que remunera os credores da dívida pública, poderá perder demandantes de seus títulos, que migrarão para a poupança, deixando o governo sem financiamento.
O governo desfez essa engrenagem. Agora, quando a taxa Selic atingir 8,5% ao ano ou menos, novos depósitos de poupança (feitos a partir de 3 de maio) vão render 70% da taxa Selic e continuarão isentos de imposto de renda. Sendo assim, a poupança não deslocará demandantes de títulos públicos para as suas contas. Não transformará rentistas financeiros em pseudo-poupadores. Poupadores desejam segurança, rentistas desejam rentabilidade.
“Mexer na poupança” foi uma medida muito ousada já que a oposição, os banqueiros e a mídia conservadora estavam babando de vontade para colar em Dilma o rótulo que Collor carrega até hoje: “mexeu na poupança”. Tiro n’água. A presidente goza de alta popularidade e associou a mudança da poupança ao movimento de redução das diversas taxas de juros da economia. Estratégia bem sucedida.
O plano de redução dos juros de Dilma merecia o nome de Plano José Alencar, o vice-presidente de Lula. Alencar, durante os oito anos de seus mandatos, sempre fez campanha pela redução dos juros. Era voz isolada pela imprensa e no Palácio do Planalto, principalmente no primeiro mandato de Lula. José Alencar era empresário e sabia que juros elevados representavam transferência de renda, aumento de custos, redução de competitividade e desestímulo ao investimento.
Um dia, José Alencar me confidenciou que um parente emprestou dinheiro para ele iniciar a sua vida de negócios com juros maiores que os do sistema bancário. Desabafou e sorriu: “é por isso que não gosto de juros”.
Neste momento em que o Brasil vive uma fase de busca do crescimento continuado, da inflação controlada e dos juros baixos, José Alencar certamente está mandando lembranças, boas lembranças. Está mandando também luz e estímulos de coragem porque o plano de redução dos juros é também um plano político de enfrentamento de interesses arraigados de concentração de renda. 
*Ocarcará

DIA DA MÃE TERRA!