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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, junho 06, 2012
Não ouse jantar
fora na Chuíça (*)
Restaurante sofisticado é alvo de arrastão
Cinco jovens armados invadiram o
La Tambouille no início da madrugada de ontem e assaltaram clientes e
funcionários. Foi o 14º caso registrado neste ano na cidade, o 3º em 10
dias; polícia analisará as imagens do circuito interno
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Nem câmeras de monitoramento
nem a presença de um vigilante na porta impediram que ladrões fizessem
mais um arrastão a um restaurante de São Paulo.
Era 0h de ontem quando cinco
jovens armados, sem máscaras ou capuz, invadiram o restaurante La
Tambouille, localizado no Jardim Paulista (zona oeste) e um dos mais
sofisticados da cidade, com cardápio centrado nas culinárias francesa e
italiana.
O grupo assaltou clientes e funcionários e fugiu em dois veículos -um motorista em cada os esperava.
Até a noite de ontem, cinco
pessoas tinham procurado a polícia para informar que haviam sido vítimas
do arrastão. Delas, segundo a Polícia Civil, foram levados cartões
bancários, dinheiro, joias e celulares. Do restaurante o bando levou R$
300.
Como se sabe, a elite de São Paulo, separatista
até hoje, como o PRP da República Velha, costuma dizer que São Paulo é a
Nova York brasileira (leia o “em tempo”).
E um dos atributos de São Paulo foi, num passado remoto, seus excelentes restaurantes, como La Tambouille.Há 18 anos, os tucanos governam São Paulo.
Transformaram a “locomotiva” na “roda presa” do Brasil.
(Há até um programa na TV Cultura – sub-locada à Folha (*) – que foi “Roda Viva”, depois “Roda Morta” e agora, sob nova direção, é o “Roda Presa”.)
Amigo navegante, não ouse jantar fora em São Paulo.
Especialmente num restaurante do tipo “sofisticado”.
Peça uma pizza delivery.
Ou, então, mude-se para o Copacabana Palace, como pretende aquela quatrocentona paulista.
É mais fácil o Celso Pitta se eleger prefeito de São Paulo do que o Padim.
Clique aqui para ler “Eduardo Campos ajuda Haddad a derrotar Cerra”, porque é o confronto entre o “Novo e o Velho”.
Em tempo: como disse aquele amigo navegante: o Rio não quer ser Nova York, Miami ou Monte Carlo: o Rio é o Rio. Ponto.
Paulo Henrique Amorim
Caixa financia em 35 anos.
Que horror !
Caixa agora financia imóveis em 35 anos
Outros bancos oferecem
pagamento em até 30 anos e dizem que estudam mudar condições do crédito
imobiliário. Com a alteração no prazo e em juros, CEF acirra disputa com
o BB, que anunciou corte de taxas na sexta-feira
LORENNA RODRIGUES | DE BRASÍLIA
MARIANA SALLOWICZ | DE SÃO PAULO
A Caixa Econômica Federal
ampliou prazos e voltou a cortar juros de financiamentos habitacionais
para pessoas físicas e empresas.
A partir de segunda-feira, os
parcelamentos poderão ser feitos em até 35 anos, o prazo mais longo da
história do banco. O limite era de 30 anos, o mesmo usado atualmente
pelos seus rivais.
Bradesco, Santander, Banco do Brasil e HSBC informaram que estudam possíveis revisões nas condições do crédito imobiliário.
Quando este ansioso blogueiro foi ser
correspondente em Nova York dessa emissora de TV que, provisoriamente,
está na liderança, um dia entrou numa agência do Citibank e, uma hora
depois, era proprietário de um “Minha Casa Minha Vida” (**) entre a
Madison e a Quinta, Uptown, ali, on top of the hill, comprado com 30
anos de prazo e juros fixos.
Isso era na transição dos governos Itamar para FHC e o ansioso
blogueiro saiu da agência convencido de que estava num outro Universo.Um mês depois, o Greenspan reduziu a taxa de juros, e o imbecil blogueiro voltou à agência para renegociar as taxas.
Em troca de um “modesto” fee pago ao Citi.
Trinta anos de prazo !
Agora, trava-se no Brasil uma batalha feroz para oferecer mais prazo e menos juros para a classe média comprar casa própria.
Definitivamente, o Brasil está num outro Universo.
E os Urubólogos perderam o bonde.
Paulo Henrique Amorim
OLHOS QUE NOS OLHAM
Os olhares que nos olham são tantos.
Na rua, nas câmeras de elevador, no facebook, no Google Earth.
Logo estarão nos vendo no box do banheiro, fazendo a barba,
tocando uma bronha, bolinando nossas mulheres.
Tentaremos o esconderijo, e esconderijo não haverá.
Como um esconde-esconde numa sala sem móveis.
São tantas as medidas e tantos os olhares que nos olham.
Talvez mais olhares que medidas...porque acontece de muitos terem a mesma medida do olhar.
São animais que andam em bando, com medo da solidão lupina.
Então nos interpretam, arbitrariamente - essa é sua delícia e deleite.
Quê mais poderiam fazer, esses que nos olham?
Essas moscas que rondam fraternalmente uma grande merda coletiva.
Mas não se pode negar quando estão certos - tantas são, de fato, nossas interpretações.
Somos tanta coisa, coisa tanta:
um filho da puta, um anjo, um arrogante asqueroso, um potencial namorado.
Os disfarces são a nossa embriagues, nossa mentira posta.
A verdade é como um apartamento limpo.
A gente chega perto e a verdade se esvai pela mácula da presença.
Trazemos pó na sola dos pés,
trazemos a água da chuva que escorre pelo guarda-chuva,
trazemos a consciência que percebe a sujeira que faxineira também viu, e se limitou a ver,
como um médico que vê uma chaga e vai tomar um chá.
A casa, mesmo limpa, só se suja com a nossa presença.
Não há faxineira possível para a toda a nossa sujeira.
Então é melhor disfarçar, jogar tudo embaixo do tapete,
virar o colchão com os lambuzos de gozo.
Disfarçar que as formigas vivem conosco,
disfarçar que há um cemitério de espermatozóides pelas mantas,
disfarçar que há um antro de ácaros por todos os lados,
mentir que as pombas cagam nas bordas da sacada.
Quantas são as cagadas marginais que não queremos ver!
Somos como as pombas cagonas, com a diferença que elas cagam sem culpa.
Se ao menos pudéssemos cagar nossa culpa, mas não.
Civilizados, conscientes e metidos a gente nos quis a vida. Ela é uma rainha.
Quê pensam, afinal?
Todo julgamento é uma colcha de retalhos, e não há como saber a cor única da colcha.
Talvez pouco importe a cor, se tudo estiver escuro.
Convenhamos: fechamos os olhos a tudo que importa,
que é pra sentir as cores por dentro, e não com a pobreza dos olhos,
essas lanças afiadas pela natureza humana.
*Paulo Ferrareze Filho
*entrehermes
PAÍS COMEÇA A EXPLORAR ENERGIA LIMPA DAS ONDAS
Usina pioneira na América Latina já está pronta no Ceará e será lançada durante a Rio+20
Dois flutuadores formam o primeiro módulo da usina de ondas da América Latina
O país começa este mês sua primeira grande experiência para aproveitar a energia das ondas do mar. A primeira usina de ondas da América Latina funciona no porto do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza e será lançada oficialmente durante a Rio+20.
Para os pesquisadores, o local é um laboratório em escala real onde serão ampliados os horizontes da produção energética limpa e renovável. O potencial é grande, asseguram. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam 87 gigawatts.
Na prática, de acordo com especialistas da Coppe, que desenvolve a tecnologia, é possível converter cerca de 20% disto em energia elétrica, o que equivaleria a 17% da capacidade total instalada no país.
Fronteira estratégica para a tecnologia
Antes de pensar em mais usinas no litoral brasileiro, porém, é preciso testar conceitos e comprovar tanto a viabilidade quanto a confiabilidade do projeto, que é financiado pela Tractebel Energia através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, com o apoio do governo do Ceará.
Dois enormes braços mecânicos foram instalados no píer do porto do Pecém. Na ponta de cada um deles, em contato com a água do mar, há uma bóia circular. Conforme as ondas batem, a estrutura sobe e desce. O movimento contínuo dos flutuadores aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um ambiente de alta pressão.
— Fazendo uma analogia com uma usina hidrelétrica, em vez de termos uma queda d’água, temos isso de forma concentrada em dispositivos relativamente pequenos, onde a pressão simula cascatas extremas de 200 a 400 metros
— explica Segen Estefen, professor de Engenharia Oceânica da Coppe.
— A água sob pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica, que é o pulmão do dispositivo. O mar tem sido encarado pelos pesquisadores da Coppe como uma fronteira estratégica na qual o Brasil pode ser o líder tecnológico. Somente no projeto da usina de ondas, foram investidos R$ 15 milhões em quatro anos. O Ceará não foi escolhido aleatoriamente. Sua grande vantagem estratégica é a constância dos ventos alísios, resultado da rotação da Terra. O movimento do ar gera ondas regulares no mar brasileiro. Elas não são grandes, mas estão sempre batendo. Poder contar com o movimento praticamente o tempo todo aumenta a eficiência da nova usina.
— Há alguns anos, o Brasil, por suas características, não era incluído em debates ou fóruns internacionais. Hoje, entendemos que não basta ter ondas grandes. Elas atuam em somente 20% do ano. Já as nossas batem de forma constante em mais do que 70% do ano — afirma Estefen.
— Desenvolvemos o domínio tecnológico para atividades que, nas próximas décadas, vão acontecer cada vez mais no mar, que cobre 71% das superfície do planeta. Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as usinas de onda passem a fazer parte da paisagem brasileira. Os especialistas evitam compará-las às hidrelétricas, que, em geral, têm custo de produção quatro vezes menor.
Na corrida pela viabilidade desta tecnologia, o vento é o principal concorrente. A energia eólica costuma ter a metade do custo. No entanto, os especialistas esperam uma redução de custos com aumento da escala de produção das usinas de ondas.
— Em alguns locais, há grande vantagem estratégica para a usina de ondas. Por exemplo, há estudos para o arquipélago de Fernando de Noronha, onde a energia vem da queima de diesel. Isso leva a riscos ambientais, inclusive em relação ao transporte do combustível
— ressalta o especialista da Coppe.
Estação abastecerá o próprio porto de Pecém
Por outro lado, barreiras legais, além do custo, se interpõem no caminho das usinas de ondas. Algumas das localidades consideradas de grande potencial energético são preservadas por leis ambientais.
Nestes casos, seria necessário alterar a legislação, num processo que costuma suscitar muita polêmica e, muitas vezes, resistência de associações locais.
— Há limitações para colocar dispositivos de conversão em áreas de preservação ambiental. Temos que levar em conta os benefícios da usina de ondas e os riscos ambientais que já existem hoje — alerta Estefan.
— Dependendo do local, apesar do custo de implantação, a usina de ondas se torna mais competitiva. O Reino Unido entra com força nesta tecnologia porque julga fundamental ter fontes de energia alternativas ao petróleo. Daqui a dez anos, eles querem garantir que 20% de suas fontes sejam renováveis. A energia gerada em Pecém será consumida no próprio porto. Mas já há planos de ampliação da quantidade de braços mecânicos com bóias, que captam a energia do mar convertida em eletricidade. Toda a estrutura é feita em módulos, que podem ser acrescentados para aumentar a potência. Basta acrescentar flutuadores.
Por Cláudio Motta Fonte
por Luiza S. Brito
Luiza's Blog
*cutucandodeleve
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Religiões ,parte do sistema corrompido e ultrapassado que da seus ultimos suspiros.
Não passaram.
Grande contribuição deste vídeo para elevar o grau de consciência dos que pensam livres