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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 06, 2012


Caixa financia em 35 anos.
Que horror !


Caixa agora financia imóveis em 35 anos


Outros bancos oferecem pagamento em até 30 anos e dizem que estudam mudar condições do crédito imobiliário. Com a alteração no prazo e em juros, CEF acirra disputa com o BB, que anunciou corte de taxas na sexta-feira


LORENNA RODRIGUES | DE BRASÍLIA

MARIANA SALLOWICZ | DE SÃO PAULO


A Caixa Econômica Federal ampliou prazos e voltou a cortar juros de financiamentos habitacionais para pessoas físicas e empresas.


A partir de segunda-feira, os parcelamentos poderão ser feitos em até 35 anos, o prazo mais longo da história do banco. O limite era de 30 anos, o mesmo usado atualmente pelos seus rivais.


Bradesco, Santander, Banco do Brasil e HSBC informaram que estudam possíveis revisões nas condições do crédito imobiliário.

Navalha
Quando este ansioso blogueiro foi ser correspondente em Nova York dessa emissora de TV que, provisoriamente, está na liderança, um dia entrou numa agência do Citibank e, uma hora depois, era proprietário de um “Minha Casa Minha Vida” (**) entre a Madison e a Quinta, Uptown, ali, on top of the hill, comprado com 30 anos de prazo e juros fixos.
Isso era na transição dos governos Itamar para FHC e o ansioso blogueiro saiu da agência convencido de que estava num outro Universo.
Um mês depois, o Greenspan reduziu a taxa de juros, e o imbecil blogueiro voltou à agência para renegociar as taxas.
Em troca de um “modesto” fee pago ao Citi.
Trinta anos de prazo !
Agora, trava-se no Brasil uma batalha feroz para oferecer mais prazo e menos juros para a classe média comprar casa própria.
Definitivamente, o Brasil está num outro Universo.
E os Urubólogos perderam o bonde.




Paulo Henrique Amorim

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