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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 26, 2012

Vice presidente da Bolívia denuncia ação golpista em seu país

via cappacete
 
Todos contra a ofensiva golpista contra a América Latina


Os "policiais grevistas" da Bolívia estão sitiando diversos departamentos do governo federal em La Paz. O que dirá o PIG sobre isso? Contra qualquer ocupação pacífica por parte do Movimento Estudantil, vê-se os eternos chavões: vandalismo, filhinhos de papai manipulados pelo PT (ao menos segundo o Estadão, que enxerga no ME um bando de crianças ingênuas),vagabundos, maconheiros, etc. Raciocínio semelhante serve para as ocupações do MST e todas as greves organizadas pelos trabalhadores do Brasil e do mundo. Os grevistas golpistas bolivianos estão cercando a Chancelaria, a Assembléia Legislativa e o Palácio do Governo de seu país.  Estão bloqueando o direito de ir e vir e impedindo o funcionamento de áreas fundamentais do Estado boliviano. Todo apoio a Evo Morales e ao povo boliviano, assediados pela elite golpista de seu país, em ação certamente coordenada pela CIA, contando com o respaldo de todos os Pig's do continente.



Gobierno denuncia asedio a Palacio Quemado en La Paz por "fuerzas oscuras"


El vicepresidente Alvaro García Linera (ABI)

(ABI).- El vicepresidente Alvaro García Linera denunció el lunes en La Paz que un grupo de policías de baja graduación, liderado por ex oficiales vinculados a partidos políticos o con pasado político, que impulsa un motín en 5 de las 9 ciudades de Bolivia, ha "secuestrado a la Policía", impide el trabajo de las instituciones del Estado y "asedia" el Palacio de Gobierno.

    Se trata de "fuerzas oscuras" con fines "golpistas", denunció, al asegurar que "la Cancillería está bloqueada, la Asamblea Legislativa está amenazada, sin resguardo (y) el Palacio (de Gobierno) está siendo permanentemente asediado".

    Este grupo, liderado por oficiales expulsados de la Policía, el ex mayor David Vargas entre otros, "está secuestrando la institución, impidiendo el trabajo regular de las instituciones del Estado", afirmó el dignatario durante una conferencia de prensa en La Paz, después que el presidente Evo Morales denunciara una trama golpista detrás de la huelga de los agentes y que el Gobierno aceptará un incremento de salarios por encima del 20%.

    La denuncia se registró minutos después que los policías de baja graduación, en su mayor parte encapuchados y que han paralizado los servicios de seguridad ciudadana desde el jueves, corrieran a golpes de pie, palo y puño y emanaciones de gas lacrimógeno, a mujeres que manifestaban por inmediaciones de la Plaza de Armas de La Paz.

    García Linera reconoció que se trata de "infiltrados" con filiación política en la opositora Unidad Nacional, del empresario Samuel Doria Medina, en las líneas de los inconformes con sus salarios y las esposas de éstos.

    El mandatario llamó a suboficiales y clases retornar a sus fuentes de trabajo.

    García Linera dijo que la huelga por mejoras salariales trocó en conspiración, "por fuerzas oscuras" y que la parálisis atenta directamente contra el funcionamiento de las instituciones del Estado.

    El Vicepresidente llamó la atención de la población para que identifique a los encapuchados que ingresaron en las dependencias del Tribunal Disciplinario de la Policía, en La Paz, y que quemaron documentos, tal vez de sus antecedentes personales.

    "Fuerzas oscuras como ex candidatos de partidos políticos que no son policías, que han sido retirados de la Policía, entrando encapuchados a las unidades de las Policía levantando y distribuyendo armas", sostuvo.
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