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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 17, 2012

Charge do Dia


A violência policial na Unifesp

Foto: Edu Silva - Futura Press-AE
Do sítio da União Nacional dos Estudantes (UNE):

A União Nacional dos Estudantes e a União Estadual dos Estudantes de São Paulo acompanham, estarrecidas e indignadas, a situação dos 26 estudantes agredidos e presos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo na noite da quinta-feira, dia 14 de junho. Exigem a liberdade imediata dos alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos, que se organizavam pacificamente por melhorias em seu campus, quando foram abordados de forma absolutamente truculenta pela despreparada corporação policial desse estado, recente protagonista de outros lamentáveis episódios de violência contra jovens, a universidade e a população mais vulnerável.

China manda mulher para o Espaço


Programa Espacial Chinês Leva Primeira Mulher ao Espaço







Pequim, hoje, 16 jun - A China lançou neste sábado a nave tripulada Shenzhou 9, a quarta do programa espacial chinês, com a primeira mulher chinesa astronauta, informou a rede de televisão 'CFTV'.


A nave decolou às 18h30 locais (7h30 de Brasília) do Centro de Satélites de Jiuquan, no Deserto de Gobi, com condições climáticas consideradas excelentes pelos especialistas. Os técnicos passaram o dia esperando que o vento fosse reduzido dos 10 metros por segundo.

O chefe militar do programa espacial tripulado chinês, Chang Wanquan, anunciou neste sábado que o lançamento da nave Shenzhou 9 mediante um foguete modificado foi um sucesso, assim como sua entrada em órbita.

Trata-se da quarta viagem espacial de uma nave tripulada chinesa. As outras três foram em 2003, 2005 e 2008.

Segundo a agência de notícias oficial 'Xinhua', a nave espacial chinesa completará dentro de dois dias sua missão de acoplamento com o primeiro módulo-laboratório espacial chinês Tiangong 1, lançado em setembro passado.

Após o acoplamento, os astronautas entrarão no laboratório espacial para desenvolver experimentos científicos e testes técnicos.

O Tiangong-1 foi criado para sustentar o trabalho e vida dos astronautas durante os dez dias que durará sua permanência no espaço, a mais longa de tripulantes chineses.

Liu Yang foi selecionada entre um grupo de mulheres casadas e sem filhos e, junto aos outros dois tripulantes homens, teve de superar diversos testes físicos.

O projeto espacial chinês inclui a substituição do Tiangong-1 por uma estação espacial em 2020, onde uma tripulação possa viver de forma independente durante vários meses.

De acordo com dados oficiais, no final de 2011, a China tinha lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que a situa no segundo posto em número de lançamentos, atrás somente da Rússia.



Erundina é Erundina, Marta
é Marta. Cadê o Francis ?

Não se deixe enganar pelo titulo da capa da Folha (*), talvez redigido por um cripto-cerrista.

Não se deixe enganar pelo titulo da capa da Folha (*), talvez redigido por um cripto-cerrista.

Vá direto ao teor da entrevista da Erundina, que, espero, gravou o que disse o repórter da Folha:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/49332-erundina-questiona-apoio-de-maluf-e-critica-slogan-do-pt.shtml

Erundina questiona apoio de Maluf e critica slogan do PT

(…)

A senhora se sentiria confortável participando de eventos ao lado de Maluf?

Não acredito que Paulo Maluf participará de eventos públicos comigo e com Haddad. Isso é contraproducente do ponto de vista eleitoral. Eu evitaria essa situação porque cria mal-estar na relação com o povo, que sabe quem é Maluf, que sabe quem é a direita nessa cidade, que continua no poder reproduzindo privilégios.

Em 2004, a senhora não quis apoiar Marta no segundo turno porque dizia que o debate eleitoral foi pobre. Agora se desenha uma campanha cujos slogans lembram disputa entre o “novo” e o “velho”. Isso a desagrada?

Esses valores não são pedagógicos numa campanha. Você termina negando uma realidade que é própria dessa sociedade, em que a terceira idade cresce e exige nova postura e nova forma de ver o problema geracional.

O slogan do “novo” é preconceituoso?

Sim, é ruim porque pode reforçar preconceitos. Em partidos como os nossos temos que lutar para conquistar poder, mas temos que ter ação pedagógica.

Não é um papel menor ser candidata a vice para quem já foi prefeita?

Claro que não. Modéstia à parte, eu tenho o que contribuir. E nossa tarefa não é só administrar, o que nos diferencia é o respeito ao povo.

A senhora conhece Haddad bem?

Não. Ele esteve no governo, se não me engano da Marta. Mas não convivi muito. Acompanhei mais de perto no ministério. É um moço idealista, que tem potencial. A gestão no MEC foi positiva, as dificuldades com o Enem foram mais administrativas. Temos que julgar pelo aspecto político.

Acredita que o PSB deveria deixar o governo Kassab?

Não só o municipal, mas o estadual também. Questão de coerência.

Acredita ter algum papel no engajamento da senadora Marta na campanha?

Vou querer saber pessoalmente os motivos da sua resistência. Temos relação de confiança, respeito.

Seu ingresso preenche a lacuna dela?

Nada disso. Eu sou eu, Marta é Marta. Eu sou o povo, minha origem é nordestina, família pobre. Não sou de família tradicional, nem de sobrenome.

Teme que sua presença nas visitas, sobretudo à periferia, ofusque o candidato, menos conhecido?

As pessoas confiam em mim. Sabem que eu não escolheria ninguém que não vá governar com o povo. Eles me conhecem e confiam nas minhas decisões.

Navalha
Nenhum membro do PiG (*) perseguiu mais a prefeita Erundina que a Folha.
Naqueles tempos obscuros, sem a blogosfera, o campeão do preconceito e da ira contra a nordestina foi o Pai de todos os modernos colonistas (**) Paulo Francis, a começar pelo de múltiplos chapéus, que nele se inspirou, ainda em Nova York.
O que é o destino, amigo navegante.
Você vai à livraria, procura os “romances” do Paulo Francis e o vendedor tem que ir ao computador, porque nunca ouviu falar dele.
E a Erundina está aí.
Na Comissão Parlamentar em Defesa da Liberdade de Expressão.
Na Comissão da Verdade – II.
E na chapa que vai derrotar o Cerra em São Paulo.
Como diz esse ansioso blogueiro aos que pensam que o Peluso vai condenar o Dirceu:
Os mervais somem na poeira da estrada (e da estante dos sebos).
Os votos no Supremo ficam marcados na Memória da História.
Em tempo: o ansioso blogueiro discorda da ilustre deputada Erundina. O “novo” contra o “velho” não contém preconceito: apenas acentua o caráter renovador da chapa Haddad-Erundina, diante do Cerra (quem será o vice ? – Rita Camata, Álvaro Dias, Indio, Piva, Goldman ?) e sabe-se lá quem.
Cerra são dezoito anos de coronelismo tucano.
Que fazia muito sucesso com o Francis – e faz até hoje com seus descendentes.
Em tempo2: e a Marta, amigo navegante ? E a Marta ? Vai fazer como o ex-marido e entrar para o PSDB, justamente no ocaso do PSDB ?
Em tempo3:

O Conversa Afiada reproduz e-mail enviado pelo Igor Felippe, que lê o Estadão …:

Lições do PIG: como criar uma crise em uma chapa


Por Igor Felippe

Os repórteres Fernando Gallo e Julia Duailibi, de O Estado de S. Paulo, entrevistaram a deputada Luiza Erundina (PSB), pré-candidata a vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.


Clique aqui para ler a entrevista: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/06/16/nao-vou-estar-confortavel-no-mesmo-palanque-que-maluf-diz-erundina/


Antes, abaixo, leia as perguntas.


Nenhuma pergunta sobre a cidade. Nenhuma pergunta sobre a gestão do Gilberto Kassab. Nenhuma pergunta sobre os desafios de São Paulo. Nenhuma pergunta sobre o trânsito caótico na cidade. Nenhuma pergunta sobre os problemas na educação. Nenhuma pergunta sobre a cracolândia e a favela do Moinho. Nenhuma pergunta sobre os moradores de rua que se multiplicam no centro. Nenhuma pergunta sobre o que representa a candidatura José Serra.


Nenhuma pergunta sobre o que é, de fato, relevante.


Só perguntas sobre o PT (sobre a saída dela, as mudanças no partido, as alianças para governar…), sobre o apoio do Paulo Maluf e sobre a ausência da senadora Marta na campanha (vejam abaixo as perguntas).


O que o Estadão queria com essas perguntas? De certo, uma crítica ao PT, ao governo Lula/Dilma, à senadora Marta ou ao apoio do Maluf. Queria criar uma crise na campanha do Haddad.


E “manchetar”..Depois de insistir, conseguiram uma declaração:

- ‘Não vou estar confortável no mesmo palanque que Maluf’, diz Erundina


Poderia ser outra a manchete:

- A gente vai ganhar as eleições e governar a cidade com o povo, diz Erundina


O Estadão não liga para o povo. Mas dá lições de como fazer do jornalismo um instrumento para atacar uma candidatura.


Abaixo, as perguntas que o Estadão fez para Erundina.


Estado: A sra. decidiu tomar um rumo diferente do PT 15 anos atrás. Agora voltam a se juntar. Mudou a sra ou mudou o PT?

Estado: Mas por que o realinhamento com o PT?

Estado: Por que vale em 2012 e não valeu em 2004?

Estado: As feridas já estão cicatrizadas? A senhora dividiu na sexta a mesma mesa com o Rui Falcão, que esteve em trincheiras opostas as da senhora no PT na década de 90.

Estado: A sra. disse que é amiga da Marta e que vai tentar trazê-la para a campanha. O que explica a ausência dela? Ressentimento?

Estado: Líderes do PT já afirmaram que ela está cometendo um grave erro político. Está?

Estado: O PT mudou ao chegar ao poder?

Estado: A sra. está dizendo que o PT se tornou mais pragmático?

Estado: O PT fez muitas concessões? Perdeu a coerência?

Estado: Alianças com Sarney, Jader, Renan… Isso é bem real, não?

Estado: A sra. combateu o deputado Paulo Maluf durante parte muito importante de sua carreira política. Que avaliação a sra. faz da entrada dele na campanha?

Estado: Tivesse sido consultada, diria ‘não’?

Estado: A sra. foi surpreendida pelo apoio?


O que vão perguntar para o Serra?


Agora, leia a entrevista: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/06/16/nao-vou-estar-confortavel-no-mesmo-palanque-que-maluf-diz-erundina/


Em tempo4: ao Cerra, Igor, vão perguntar sobre o câmbio. -PHA
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Justiça a Orlando Silva seria reconduzí-lo ao cargo, com um pedido de desculpas do PIG

 Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro
mídia
Orlando Silva foi tratado como lixo em veículos de comunicação da imprensa golpista
O ditado mineiro do ‘pau que bate em Chico também bate em Francisco’, bem aplicado, oferece à administração da presidenta Dilma Rousseff a oportunidade única de transmitir uma lição exemplar. Dilma deixou claro que, para trabalhar na equipe dela, é preciso ter ‘ficha limpa’, como é de gosto dos legalistas, e sequer merecer uma citação que seja nos meios conservadores de comunicação, ainda que estes jornais, revistas e canais de TV defendam, veladamente, a permanência dos esquemas criminosos de contraventores, latifundiários escravagistas, corruptos ligados à extrema-direita e outros bichos desta fauna. Fazem parte do bioma político. Para combatê-los, felizmente, estabelece-se ablogosfera, este organismo suprapartidário e independente, formado por centenas de cabeças e cérebros brilhantes o suficiente para enfrentar os canhões dos diários a serviço da selvageria, e seguir vencendo a batalha por marcos regulatórios na mídia nacional.
Hoje, no país, não apenas o que concerne à parte física, os aparelhos de trasmissão, torres, satélites, a infra-estrutura em si, essa parafernália que mantém os celulares, a internet e os canais de TV no ar, mas a quase totalidade da produção de notícias e entretenimento, o conteúdo intangível dos meios de comunicação, a maior parte é de propriedade da iniciativa privada. Até a privatização das teles, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o meio físico de transmissão de dados estava disponível para qualquer cidadão brasileiro.
Obviamente, com o entulho autoritário que até hoje teima em sobreviver na máquina pública, esse ‘qualquer cidadão’ não era bem assim. Na ditadura, imposta para a defesa dos interesses capitalistas, em linha com os EUA, uns cidadãos são mais cidadãos do que outros. Como denuncia o best seller do jornalista Amaury Ribeiro, A Privataria Tucana, diante o despejo inexorável nas urnas, na eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trataram de passar os bens públicos para as corporações privadas, aliadas ao governo da época, e seguiram adiante, ainda que esfacelados, no que restou de partidos como o DEM e o PSDB, ora em fase de reorganização no PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab. Dinheiro, para essa turma, não falta.
Eleição após eleição, as agremiações partidárias apoiadas por aqueles donos da mídia perdem espaço político no Congresso. Mas o poder segue intocado no cartel dos veículos de comunicaçãoliderado por Veja, principal título daEditora AbrilO Globo, expoente impresso das organizações de propriedade da família Marinho, dona também da Rede Globo mais uma teia de afiliadas e retransmissoras de sinais de rádio e TV; os paulistanos Folha e Estado de S. Paulo e mais meia-dúzia de três ou quatro grupos familiares, todos ligados entre si.
Titulares de uma fatia considerável das cadeiras no Parlamento, os grupos econômicos internacionais que sustentam o cartel da mídia não têm nada de idiotas. Já perceberam o constante distanciamento dos interesses públicos daquele ideal de Estado mínimo defendido até o ocaso da Era FHC, já se vai uma década. De lá até agora, as mudanças têm ocorrido de sorte que o avanço não signifique a ruptura do tecido social e descambe para uma situação de conflito capaz de atingir, em cheio, o atual quadro econômico favorável do país, em meio a uma grave crise mundial. Isso é tudo o que os inimigos dos brasileiros querem.
Percebe-se, assim, que a presidenta Dilma pisa em ovos. Ainda mais quando precisa quebrar alguns para manter o peso do seu governo bem distribuído, de forma a não fazer uma gemada só. Por isso, difícil acreditar que os mecanismos de inteligência do país sejam tão obtusos a ponto de somente produzir arapongas para o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e nenhuma outra informação relevante. Custa crer que, nos relatórios confidenciais entregues durante o café da manhã presidencial não constasse uma linha sequer sobre a ligação entre a mídia esgoto, que destila os piores venenos contra a inquilina do Palácio do Planalto, e a quadrilha que sangra os cofres públicos. A realidade, porém, é que se soube, se estava por dentro, manteve o olhar de federalista alucinada e, refém do bullyng midiático, continua até agora a liberar o apoio bilionário às organizações mantidas pela força do capital internacional, com a desculpa de que não há marcos regulatórios suficientes para romper a barreira do cartel que comanda o setor das comunicações no Brasil. E, assim, segue sustentando cada um deles com verba pública aos borbotões. Páginas e mais páginas de publicidade. Anúncios de 30 segundos que são uma beleza. A festa não para. Não enguiça.
Evidentemente, esta é uma situação ingrata, desconfortável para a mulher que sustenta o discurso reto de quem apanhou muito na vida até chegar ao posto mais alto da República. Da mesma forma, é de se pressupor que alguém como o jornalista Franklin Martins, que durante oito anos trabalhou para desvendar os meandros desse pântano do setor midiático brasileiro e ramificações e efluentes, não teve todo o esforço jogado no lixo, ainda que nada, ou pouco, tenha acontecido até agora para se acreditar no contrário, em alguma mudança no horizonte da regulamentação do uso de verbas públicas para o setor.
Mas a Justiça há de ser feita, se valer a sabedoria popular que mineiros como a presidenta valorizam tanto. Se o pau cantou para as bandas do então ministro dos Esportes, Orlando Silva, transformando-o no ‘Chico’ do noticiário que escorre a céu aberto, a ponto de ser tratado como lixo naOperação Faxina, como foi batizada no bordão dos espirratintas de aluguel, o mínimo agora é redimí-lo, após unanimemente inocentado – por absoluta falta de provas – pela Corte que o julgou.
Está na hora, então, do pau cantar nos ‘Franciscos’ que o prejulgaram. Nos representantes do cartel midiático que atiraram uma pá de lama no nome de um cidadão honrado que, ao longo de um ano inteiro, foi tratado como pária. A pancada mais séria, porém, muito mais do que agilizar o trâmite dos marcos regulatórios da mídia, seria reconduzir Orlando Silva ao cargo, do qual foi apeado pela calúnia, prática tão comum no manual de redação dos militantes desse Partido da Imprensa Golpista (PIG), que ainda deverá um solene pedido de desculpas ao ex-ministro.
Gilberto de Souza é editor-chefe do Correio do Brasil.

sábado, junho 16, 2012

 Luiza Erundina diz à Fernando Haddad: "Estou imensamente feliz por estar ao teu lado, da tua juventude, da tua liderança suave..."


Luiza Erundina diz à Fernando Haddad: "Estou imensamente feliz por estar ao teu lado, da tua juventude, da sua liderança suave. Você não é uma figura dura, agressiva, ..."


Assista:

*Mariadapenhaneles

O capitão do mato e o genocida

do Bourdoukan



Este é um texto carregado de indignação.
Os leitores  vão entender o por que quando chegarem ao final.
Mas antes observem  a imagem.
E vejam se conseguem entender.
Nenhum sorriso dos dois infelizes.
E não poderiam.
Os dois sabem que estão conspurcando a tal Medalha da liberdade.
O capitão do mato, postado atrás, tenta amarrar a coleira no pescoço do genocida.
Um e outro foram agraciados pelo Nobel.
Alias esse prêmio está mais desmoralizado que a ONU.
Se Hitler estivesse vivo, hoje estaria postando essa regalia.
E também o de defensor dos direitos humanos.
Em nome da paz, claro.
E agora explico aos leitores a indignação, a ponto de sequer nominar os personagens.
É que me encontrava na aprazível companhia de Bach e de uma de suas obras mais sublimes, as Variações Goldberg, na interpretação do não menos genial Glenn Gould, quando, ao apertar a tecla do computador, eis que me surge a indefectível imagem que vocês vêem acima.
Sinceramente, precisei até tomar um remédio para desopilar o fígado.
É desumano, é sádico o que aconteceu.
Imaginem, ouvir Bach-Gould, tendo a imagem dos inauditos.
Não é cruel isso?
Me pergunto: como é possível que a humanidade conceba um Bach-Gold e uma dupla ( agora  os nomino) Obama e Peres?
E para poupá-los dessa impiedade, convido-os a se deleitar com essa dupla maravilhosa.


*GilsonSampaio

Máquinas de felicidade - 1 de 5

Narradores do Açu - Eike Batista / Cabral X Povo



Espaço marcado pelas mãos dos trabalhadores, que com muito suor dedicaram suas vidas a cuidar do campo é retirado sem dor. Produtores rurais do 5º Distrito de São João da Barra não tiveram tempo de contar suas histórias, só tempo para retirar seus pertences e deixar suas lembranças para trás. Suas terras desapropriadas serão utilizadas para a construção de estaleiros do Porto do Açu, com investimentos avaliados em mais de um bilhão de dólares, valor que não paga uma história de vida. Ana Paula Medeiros 
*JaneMoreira