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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 17, 2012

China manda mulher para o Espaço


Programa Espacial Chinês Leva Primeira Mulher ao Espaço







Pequim, hoje, 16 jun - A China lançou neste sábado a nave tripulada Shenzhou 9, a quarta do programa espacial chinês, com a primeira mulher chinesa astronauta, informou a rede de televisão 'CFTV'.


A nave decolou às 18h30 locais (7h30 de Brasília) do Centro de Satélites de Jiuquan, no Deserto de Gobi, com condições climáticas consideradas excelentes pelos especialistas. Os técnicos passaram o dia esperando que o vento fosse reduzido dos 10 metros por segundo.

O chefe militar do programa espacial tripulado chinês, Chang Wanquan, anunciou neste sábado que o lançamento da nave Shenzhou 9 mediante um foguete modificado foi um sucesso, assim como sua entrada em órbita.

Trata-se da quarta viagem espacial de uma nave tripulada chinesa. As outras três foram em 2003, 2005 e 2008.

Segundo a agência de notícias oficial 'Xinhua', a nave espacial chinesa completará dentro de dois dias sua missão de acoplamento com o primeiro módulo-laboratório espacial chinês Tiangong 1, lançado em setembro passado.

Após o acoplamento, os astronautas entrarão no laboratório espacial para desenvolver experimentos científicos e testes técnicos.

O Tiangong-1 foi criado para sustentar o trabalho e vida dos astronautas durante os dez dias que durará sua permanência no espaço, a mais longa de tripulantes chineses.

Liu Yang foi selecionada entre um grupo de mulheres casadas e sem filhos e, junto aos outros dois tripulantes homens, teve de superar diversos testes físicos.

O projeto espacial chinês inclui a substituição do Tiangong-1 por uma estação espacial em 2020, onde uma tripulação possa viver de forma independente durante vários meses.

De acordo com dados oficiais, no final de 2011, a China tinha lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que a situa no segundo posto em número de lançamentos, atrás somente da Rússia.



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