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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, junho 23, 2012
FEITO UM RAIO - EUA RECONHECEM GOLPISTAS PARAGUAIOS
Guilherme Balza
Uma contradição atinge o governo do novo presidente do Paraguai, Federico Franco, que chegou ao poder após a deposição de Fernando Lugo, na última sexta-feira (22), desde o seu primeiro dia de gestão: embora tenha assumido o cargo com amplo apoio dos parlamentares, seu governo já nasce sem o respaldo da maioria dos vizinhos sul-americanos.
Na votação que aprovou o impeachment de Lugo, somente cinco parlamentares
--quatro no Senado e um na Câmara-- foram contra a sua destituição. Para tirar o
ex-mandatário do posto, os partidos Colorado e Liberal, rivais históricos,
decidiram se unir. Siglas menores, como o Partido Pátria Querida, também
aderiram ao bloco que derrubou Lugo.
Após tomar posse, Franco anunciou que sua equipe ministerial será
“policromática”, ou seja, terá integrantes de todas as legendas que apoiaram o
impeachment.
No cenário externo, a situação é oposta: Franco não é reconhecido como
presidente para a maioria dos países vizinhos. Cristina Kirchner, presidente
argentina, qualificou o impeachment de “golpe de Estado”. "É um ataque
definitivo às instituições que reedita situações que acreditávamos absolutamente
superadas na América do Sul e na região, em geral", disse Kirchner. “A Argentina
não vai convalidar [o impeachment].”
A mandatária argentina, entretanto, disse que irá esperar a reunião da Cúpula
do Mercosul, a realizar-se a partir da próxima terça-feira (26) em Mendoza
(Argentina), para decidir com Dilma Rousseff e com José Mujica, presidente do
Uruguai, o que fazer.
Dilma foi além. Durante entrevista coletiva, a presidente do Brasil afirmou,
horas antes da aprovação do impeachment de Lugo, que "há previsão de sanção"
para quem não cumprir "os princípios que caracterizam uma democracia.”
Questionada sobre o assunto, Dilma disse que a sanção para um país que
transgride a cláusula de democracia é a "não participação dos órgãos
multilaterais", o que pode significar a expulsão do Mercosul e da Unasul.
Posteriormente, Dilma moderou o tom e afirmou que "não está decidido nem foi
inteiramente discutido" o que fazer diante da questão paraguaia. "E não cabe
fazer ameaças neste momento, pois não contribui para a busca de uma
solução."
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, considerou ilegal e ilegítimo o
governo de Franco. "O Estado venezuelano, não reconhece a esse inválido, ilegal
e ilegítimo governo que se instalou em Assunção", declarou Chávez no palácio de
Miraflores (sede do Executivo). O mandatário boliviano, Evo Morales, também
disse não reconhecer um governo que não tenha sido eleito pelo voto. Rafael
Corrêa, presidente do Equador, seguiu a mesma linha e sugeriu a saída do
Paraguai da Unasul.
Os governos de El Salvador, Nicarágua, Costa Rica –que ofereceu asilo a
Lugo-- também não reconhecem Franco. O Parlamento Centro Americano (Parlacen)
também qualificou a destituição de Lugo como golpe de Estado.
Colômbia e EUA
O colombiano Juan Manuel Santos, que pertence a um partido centro-direita,
apenas lamentou a saída de Lugo, mas disse que “formalmente não houve rompimento
da democracia.”
Os Estados Unidos, a exemplo do que ocorreu após o golpe em Honduras, em
2010, aceitaram o novo governo. "[Os EUA] reconhecem o voto do senado paraguaio
pelo impeachment do presidente Lugo" e "pede para que todos os paraguaios ajam
pacificamente, com calma e responsabilidade, dentro do espírito dos princípios
democráticos" da nação.
Caso fortaleça suas relações com o Paraguai, os EUA podem ter uma
oportunidade de ampliar sua influência na América do Sul, reduzida após as
vitórias de presidentes de esquerda desde o final da década de 90.
Após fracassar nas negociações para impedir o impeachment, os chanceleres da
Unasul redigiram um comunicado no qual dizem que a destituição de Lugo é uma
ameaça à democracia e que os partidos que compõem o bloco poderão rever sua
relação com o Paraguai.
Prevendo as dificuldades do isolamento, Franco fez um apelo aos países do
Mercosul para que “entendam a situação” do Paraguai e que não façam bloqueios
comerciais ao país. Logo após assumir, o presidente nomeou José Félix
Estigarribia para a chancelaria –além de Carmero Caballero para o Ministério do
Interior e Aldo Pastore para o comando da polícia nacional.
Para o senador Carlos Filizola, apoiador de Lugo e um dos três que votou
contra a sua deposição, afirmou que a situação do Paraguai deverá ficar
preocupante. “Vamos ficar isolados. E isso é muito ruim para um país que não tem
saída para o mar.”
Pressão popular
Internamente, Franco também deverá encontrar resistência: lideranças
políticas dos partidos de apoio ao governo Lugo, organizações camponesas,
sindicais, estudantis e de sem-teto criaram uma “frente em defesa da
democracia”, que pretende iniciar uma série de protestos contra o novo governo,
incluindo uma greve geral e ocupações de terra. Integram a frente setores dos
partidos Liberal e Colorado que não concordaram com o impeachment.
Além da pressão externa e interna, o governo de Franco já foi alvo, na noite
dessa sexta-feira (22), do grupo Anonymous, que tirou a página da Presidência do
ar e no lugar colocou uma entrevista com um analista político crítico ao novo
governo.
*MilitânciaViva
RN: onde o crime compensa.
E a Globo encobre
Esta semana fez exatamente um mês.
O que você acha que aconteceria
caso uma das principais lideranças políticas do estado fosse flagrado em
escutas telefônicas combinando o uso da conta pessoal de um tesoureiro
de campanha para transferir dinheiro a fim de comprar apoio político de
dois vereadores da capital? Se esse líder político fosse o marido da
governadora do estado e um dos vereadores a serem comprados fosse o
presidente da Câmara Municipal da capital?
Se esse mesmo líder, marido da
governadora, em outra ligação, ao conversar sobre a defecção de dois
deputados estaduais da campanha da mulher, dissesse literalmente que
tinha “um dinheirinho para mandar” na tentativa de reverter a mudança de
voto dos dois deputados? E se um desses dois deputados fosse o
presidente da Assembleia Legislativa?
E se você ouvisse que seriam
depositados R$ 100 mil na conta de campanha de um deputado federal mas
que esse dinheiro não era dele? Ou seja, que o grupo político teria que
inventar recibos e notas fiscais frios para retirar esse dinheiro da
conta do deputado para uso na campanha ao senado. E se essa candidata ao
senado, eleita, fosse a atual governadora do estado?
E se você ouvisse diversas
gravações mostrando as articulações para uso de notas fiscais frias para
justificar gastos de campanha na prestação de contas?
Você não veria nisso um escândalo
político sem igual na história do estado em questão? Você não esperaria
ver o tema estampado em todos os jornais locais e, inclusive, em
veículos nacionais?
Você não gostaria de ver uma ação
enérgica do Procurador Geral da República para investigar e punir
exemplarmente os envolvidos – cujos crimes supostos prescreverão apenas
em 2018?
Por que, então, o #Caixa2doDEMnoRN, com raras exceções, não foi destaque dos veículos convencionais de imprensa? Por que sequer revistas como a CartaCapital não lhe deram espaço? Por que apenas o jornal O globo se interessou e, ainda assim, foi silenciado pela ação do líder do PMDB na Câmara Federal? E por que ninguém se indignou com essa afronta à liberdade de imprensa?
Por que ninguém se indigna com a incapacidade da Procuradoria Geral da República em responder, há praticamente um mês, sobre o que foi feito de uma investigação que recebeu há três anos?
Por que essa enorme inação, silenciamento, sufocamento histórico?
Porque, parece, no RN o crime
compensa. Para os poderosos. Mesmo que tantos elementos e indícios
claros tenham sido levantados e deixem perplexos o que os lêem e ouvem,
os poderosos têm o direito de não serem incomodados até que os seus
supostos crimes prescrevam.
E tudo com a anuência, parece, do espreguiçador geral, Roberto Gurgel.
Vamos deixar, como sociedade, que
crimes tão evidentes restem, ao fim, impunes? Vamos deixar que aqueles
que fazem o meio campo entre a comunidade e os fatos prossigam omitindo
fatos dessa gravidade? Quantos outros ainda serão sonegados? Quantos
criminosos restarão impunes e aparecerão como éticos e perfeitos
políticos? Probos.
Uma última questão: se o PGR não
encontra os áudios e relatórios da investigação de 2006, que recebeu em
2009, o nosso Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, não
poderia reencaminhá-los para Gurgel? Ainda dá tempo de a impunidade não
prevalecer.
Linha do tempo
5 de setembro a 26 de outubro de
2006 – O telefone celular de Francisco Galbi Saldanha é inteceptado com
autorização judicial no contexto de uma investigação em Campo Grande
(RN). Em 42 conversas aparecem claramente diversas evidências de crimes
eleitorais cometidos pelo PFL na campanha eleitoral: Caixa 2, compra de
apoios políticos, compra de votos, uso de notas frias e falsos recibos.
2009 – com o fim da investigação
principal, o Ministério Público estadual encaminha os áudios e
relatórios do #Caixa2doDEMnoRN para o Ministério Público eleitoral no RN
e para a Procuradoria Geral da República. Por envolver personagens com
foro de prerrogativa, o MPE também encaminha o material para a PGR.
Estão envolvidos a então senadora Rosalba Ciarlini (DEM), o senador José
Agripino (DEM) e o deputado federal Betinho Rosado (DEM).
21 de maio de 2012 – Recebo os áudios da investigação e publico os primeiros deles.
22 de maio de 2012 – O Jornal de
Hoje publica a primeira de uma série de reportagens sobre o tema. O
Portal No Minuto também cita o caso.
24 de maio de 2012 – O Ministério
Público do RN emite nota de esclarecimento em que relata a investigação
em questão e o envio das provas coletadas aos órgãos ministeriais
adequados.
25 de maio de 2012 – Repórter Chico
de Gois, da sucursal de O globo em Brasília, entra em contato
interessado na pauta. A pauta foi derrubada, dias depois, após
interferência do deputado federal Henrique Alves (PMDB) (*), após pedido
de Carlos Augusto Rosado, principal voz nas conversas gravadas.
27 de maio de 2012 – São publicados os últimos áudios dentre os 42 recebidos no início da semana.
28 de maio de 2012 – MPF no RN
informa que material recebido do Ministério Público do RN foi
encaminhado à Procuradoria Geral da República. Primeiro contato com a
Procuradoria Geral da República em busca de informações sobre o que foi
feito da investigação, recebida em 2009. Até hoje, a PGR não conseguiu
responder.
30 de maio de 2012 – Realizado
tuitaço com a hashtag #Caixa2doDEMnoRN, que permaneceu cerca de uma hora
ininterrupta como mais citada do Twitter no Brasil. Nesse dia, o Blog
do Miro divulgou os áudios.
7 de junho de 2012 – O
#Caixa2doDEMnoRN é publicado com destaque pelo blog Vi o Mundo, de Luiz
Carlos Azenha. No mesmo dia, é publicado pelo blog da Maria Fro, de
Conceição Oliveira.
9 de junho de 2012 – Primeira publicação do caso no blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim.
13 de junho de 2012 – A Tribuna do
Norte fala, pela primeira vez, sobre o assunto. A colunista Eliana Lima
publica entrevista com o Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre
Neto, sobre o tema. Onofre reitera conteúdo da nota publicada em 24 de
maio.
Nesse dia o processo que cuida das
interceptações telefônicas no âmbito da justiça estadual foi reativado e
foi apresentada uma petição, cujo teor não é conhecido.
14 de junho de 2012 – A secretária
de comunicação da PGR informa que Roberto Gurgel, tendo fraturado o
braço, está afastado por questão médica desde a semana anterior. Porém,
Giselly Siqueira complementa a informação dizendo que ao questionar o
PGR este lhe informou não se lembrar do caso. Mas ainda não havia
resposta sobre o que foi feito da investigação no âmbito da Procuradoria
Geral da República.
15 de junho de 2012 – O
#Caixa2doDEMnoRN volta a ser assunto do Conversa Afiada, que desta vez
enfatiza o fato de que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel,
disse à sua secretária de comunicação que não se lembrava do caso.
18 de junho de 2012 – A governadora
Rosalba Ciarlini (DEM) fala pela primeira vez sobre o caso ao ser
perguntada sobre o assunto em entrevista ao vivo no Jornal 96, da FM96.
Rosalba diz que as denúncias não são sérias pois, se fossem, seus
adversários teriam interposto ação ainda em 2006. Suas contas de
campanha foram aprovadas. Rosalba usa de uma falácia, uma vez que suas
contas foram julgadas sem que o órgão ministerial e o TRE tivessem
conhecimento dos áudios das investigações. Nem seus adversários sabiam,
já que os áudios permaneceram desconhecidos até serem publicados no
blog, mesmo sem estarem mais submetidos a segredo de justiça, segundo
disse o MP.
21 de junho de 2012 – Um mês
depois, continuamos sem resposta. E a sensação de que o crime no RN
compensa. Ao menos para os poderosos, que tem o direito de não ser
investigados conforme sua própria vontade.
(*) Henrique Alves faz parte do ˜Panteão da Moral Peemedebista”, na companhia de Eliseu Padilha, Wellington Moreira Franco e Eduardo Cunha, que deveia ser esculpido em mármore e aposto na sala de entrada do Palácioio do Jaburu, onde habita o (vice) Presidente Michel Temer.
Temer e Alves foram os interlocutores de um dos filhos de Roberto Marinho – eles não tem nome proprio – no Glorioso Acordo sobre a CPI da Veja. Ficou estabelecido que “quando se ouvir falar em “Veja”, entenda-se “imprensa”; quando se ouvir falar em “imprensa”, ouça-se “Globo”.
Na Carta Capital, Leandro Fortes identificou pegadas das Organizações Globo – revista Época e Rede Globo – no crime organizado do Carlinhos Cachoeira.
E o brindeiro Gurgel, amigo navegante ?
Aquele que responde a inquerito sobre “prevaricação, no proprio Ministerio Publico …
Aquele por quem a Rede Globo põe a mão no fogo.
Aquele que vai pedir a condenação sem provas do José Dirceu.
Viva o Paraguay !
Paulo Henrique Amorim
La Red Mundial de Bases Militares de los EE.UU
Los fundamentos del terror de los pueblos o los eslabones de una red que aprisiona la humanidad
El
control mundial de las actividadades humanas, económicas, sociales y
políticas de la humanidad está cada vez más asegurado por los EE.UU.,
pues la voluntad de dominación se manifiesta en una estrategia de
intervenciones directas e indirectas continuas para orientar el
comportamiento de los asuntos mundiales en función de sus propios
intereses.
El Informe Global 2000
publicado en 1980 presentaba el estado del mundo sobre las amenazas que
podrían socavar los intereses de los EE.UU.
20
años más tarde, los estadounidenses, para justificar, dentro del
contexto de su propia seguridad, sus intervenciones sobre todas las
latitudes, montan el fraude más grande que uno se pueda imaginar, "una
guerra mundial contra el terrorismo" o, en otras palabras, una guerra
contra aquellos o aquellas que osan no ser o convertirse en sus
esclavos.
Los cuatro elementos
principales de la estrategia de conquista y dominación del mundo por los
estadounidenses son el control de la economía mundial y los mercados
financieros, la mano puesta sobre todos los recursos naturales (materias
primas y recursos energéticos) neurálgicos para el desarrollo de sus
bienes y su poder en la perspectiva de las actividades de las
corporaciones multinacionales, la puesta en tutela de 191 miembros
gubernamentales de la Organización de las Naciones Unidas y, finalmente,
la conquista, la ocupación y la vigilancia de estos elementos gracias a
una red de bases o instalaciones militares que cubren el conjunto del
planeta (continentes, océanos y espacio ultraterrestre). Se trata de un
imperio donde es bien difícil determinar su amplitud.
Es
posible sin embargo de describir la configuración general a partir de
las informaciones suministradas públicamente dentro de los informes
anuales presentados delante del Congreso estadounidense sobre los gastos
militares nacionales y la red de bases militares situadas en el
extrajero y también en una serie de análisis de la configuración de este
conjunto en diferentes regiones del mundo.
Este
artículo tiene por objetivo presentar un breve examen de la red mundial
de bases militares poseídas o controladas por los estadounidenses, los
efectivos, los rasgos de la distribución espacial de estas
instalaciones, los costes anuales de su despliegue, los elementos que
éllas vigilan y los proyectos actuales de expansión de esta red.
Examinaremos, en una segunda parte, el movimiento popular de resistencia
mundial a estos proyectos. Analizaremos, en otro artículo, las redes de
otras potencias nucleares tales como el Reino Unido, Francia y Rusia.
I. Las bases militares
Las
bases militares son los lugares de entrenamiento, de preparación y
almacenaje de la maquinaria de guerra de los ejércitos nacionales en el
mundo. Éllas son poco conocidas, pues las visitas son en todas
prácticamente prohibidas para el gran público. Pueden tomar diversas
configuraciones según las funciones específicas que tengan que asumir,
se pueden clasificar en cuatro grandes categorías: las bases aéreas (Air
Force) (fotos 1 y 2), las bases terrestres (Army), las bases navales
(Navy) y las bases de comunicaciones y vigilancia (Spy).
Foto 1. Base aérea de Diego Garcia situada en el océano Índico
Foto 2. Diego Garcia. Vista de dos B-52 y de seis Kc-135.II. Más de 1000 bases o instalaciones militares
La
mayor parte de las fuentes de información sobre esta cuestión
(especialmente C. Johnson, el Comité de Vigilancia de la OTAN, la Red
Internacional para la abolición de las bases militares extranjeras,
etc.) revelan que los estadounidenses poseen u ocupan entre 700 y 800
bases militares en el mundo).
Concebido
por Hugh de Andrade y realizado por Bob Wing el mapa 1 titulado:
"Tropas Militares Americanas y Bases alrededor del Mundo", "Los Costes
de la Guerra permanente" publicado en 2002 permite constatar la
presencia de militares estadounidenses en 156 países, de su presencia en
bases estadounidenses en 63 países, bases recientemente construidas
(después del 11 de Septiembre del 2001) en siete países y un total de
255.065 efectivos militares. Esta presencia que se traduce en un total
de 845.441 instalaciones diversas cubre, de hecho, los terrenos de una
superficie de 30 millones de acres. Según Gelman, basándose en los datos
oficiales suministrados por el Pentágono en el 2005, los USA poseerían
737 bases en el extranjero. Con las del territorio nacional y de sus
propios territorios cubrirían una superficie total de 2.202.735
hectáreas, lo que haría del Pentágono uno de los más grandes
propietarios de terrenos del planeta (Gelman, J., 2007).
Mapa 1. Los militares estadounidenses en el mundo. Los costes de la "guerra continua" y algunos datos comparativos
Los
datos de Peace Pledge Information 2003 indican que entre 2001 y 2003 la
red estadounidense comprendía 730 instalaciones y bases en más de 50
países y hacía constancia de un personal militar americano en dos
docenas de otros países (mapa 2). Otras fuentes mencionan que los USA
poseían en 2004 más de 750 bases repartidas en 130 países y sobre todos
los continentes. Un gran número de éllas estaban situadas sobre islas.
Según C. Johnson, el imperio americano poseería o alquilaría más de 1000
en total en el extranjero (Johnson, 2007). En resumidas cuentas, las
bases y las tropas estadounidenses ocupan y controlan casi la totalidad
de los espacios terrestres y marinos del planeta. Todavía unos cuantos
países parecen escaparse como Siria, Irán, Corea del Norte, Cuba y
Venezuela, una situación que un imperio, se puede dudar, no podría
tolerar demasiado tiempo.
Mapa 2. Las bases militares estadounidenses en el mundo (2001-2003)
Mapa de la red mundial con el Nº de Bases (mapa 3) revela lo siguiente:
-
Las bases operativas situadas en América del Norte, en algunos países
latinoamericanos, en Europa Occidental, en Medio Oriente, en Asia
Central, en Indonesia, en las Filipinas y en Japón.
- Las bases abandonadas
- Nuevos sitios seleccionados
- Bases de espionaje por satélite
- Los países con bases estadounidenses
- Las bases cuya adquisición está en negociación
- Los países sin bases americanas
Mapa 3. Las bases militares estadounidenses, bases de espionaje, bases de espionaje Echelon
Clique aqui para ampliar |
La superficie terrestre está estructurada en un vasto campo de batalla
Las
bases o instalaciones militares de diversas naturalezas están
repartidas en una rejilla de mando dividida en cinco unidades espaciales
y cuatro unidades especiales (Comandos Combatientes Unificados) (mapa
4). Cada unidad está situada bajo el mando de un general. La superficie
terrestre está entonces considerada como un vasto campo de batalla que
puede ser patrullado o vigilado constantemente a partir de estas bases.
Mapa 4. El mundo y los territorios bajo la responsabilidad de un mando o estructura de mando
Mapa 4. El mundo y los territorios bajo la responsabilidad de un mando o estructura de mando
Veja também aqui |
Los territorios
bajo mando son (hemos conservado su nombre en inglés): Northern Command
(Peterson Air Force Base, Colorado), Pacific Command (Honolulu, Hawai),
Southern Command (Miami, Florida - Mapa 5), Central Command (MacDill Air
Force Base, Florida), European Command (Stuttgart-Vaihingen, Alemania),
Joint Forces Command (Norfolk, Virginia), Special Operations Command
(MacDill Air Force Base, Florida), Transportation Command (Scott Air
Force Base, Illinois) y Strategic Command (Offutt Air Force Base,
Nebraska).
La OTAN puede contar con 30 bases
La OTAN, en tanto que alianza militar y de ahora en adelante también política, posee su red de bases, son 30 en total
que están principalmente situadas en Europa Occidental: Whiteman en
U.S.A., Fairford, Lakenheath y Mildenhall en el Reino Unido, Eindhoven
en Holanda, Brüggen, Geilenkirchen, Landsberg, Ramstein, Spangdahlem,
Rhein-Main en Alemania, Istres y Avord en Francia. Morón de la Frontera y
Rota en España, Brescia, Vicenza, Piacenza, Aviano, Istrana, Trapani,
Ancora, Pratica di Mare, Amendola, Sigonella, Gioia dell Colle,
Grazzanise y Brindisi en Italia, Tirana en Albania, Incirlik en Turquia,
Eskan Village en Arabia Saudita y Ali al Salem en Kuwait.
III. Personal militar en todas las latitudes
Según los datos de la enciclopedia libre Wikipedia
(dados en Febrero de 2007), el sistema de defensa estadounidense
interior (se estima en 6000 el total de las instalaciones militares en
los USA) y mundial hace una estimación de un personal de 1,4 millones de
personas de los cuales 1.168.195 en los USA y en sus territorios de
ultramar. Según la misma fuente hay en despliegue 325.000 en el
extranjero, de los cuales 800 en África, 97.000 en Asia (excluyendo
Medio Oriente y Asia Central, 40.258 en Corea del Sur, 40.045 en Japón,
491 en la base de Diego García en el océano Índico, 100 en las
Filipinas, 196 en Singapur, 113 en Tailandia, 200 en Australia y 16.601
en los barcos de guerra.
Europa
cuenta además con la presencia de 116.000 militares estadounidenses, de
los cuales 75.603 en Alemania. En Asia Central, alrededor de 1000
militares están estacionados en la base aérea de de Ganci (Manas) en el
Kirguizistán y 38 se encuentran en Kritasanisi en Georgia, cuya misión
es asegurar el entrenamiento de los soldados georgianos. En el Medio
Oriente, se enumeran 6000 militares, de los cuales 3.432 en Qatar y
1.496 en Bahrain. En Occidente, fuera de los USA y sus territorios, se
encuentran 700 en Guantánamo, 413 en Honduras y 147 en Canada.
El
mapa 3, por su parte, presenta el personal en servicio según una
segmentación en siete grandes conjuntos. El número total del personal de
Defensa confinado en los USA y sus territorios es de 1.139.034
militares. En las otras regiones del hemisferio occidental hay 1825, en
Europa 114.660, en África subsahariana 682, en África del Norte, Medio
Oriente y el Sur de Asia 4.264 y en el Este asiático, en las Ex-URSS 143
y en el Pacífico 89.846.
IV. Los costes de explotación de esta red mundial
Los
gastos militares de los USA pasan de 404 a 626 billones de dólares -
valor equivalente del dólar de 2007 (datos suministrados por el "Center
for Arms Control and Non-Proliferation" de Washington) entre 2001 y 2007
y deberían pasar de los 640 billones en 2008 (figura 1). Corresponden
en el 2006 al 3,7 % del PIB y a 935,64 $ per capita.
Según
los datos de la Figura 1 (The Costs of "Permanent War and By the
Numbers") el presupuesto de Defensa propuesto para el 2003 de 396
billones de dólares alcanzó de hecho los 417,4 billones y correspondían
ya a un aumento aproximado de cerca del 73 % en comparación con el del
2000 que alzanzó los 289 billones y más de la mitad del presupuesto
total disponible de los USA. Desde el 2003 a estos gastos se juntan los
de la guerra de ocupación de Iraq que alcanzan hasta la fecha (hasta
Marzo del 2007) un total acumulado de 413 billones de dólares según National Priorities Project.
Las estimaciones de las necesidades del presupuesto para la Defensa que se presentaron en Marzo del 2006 en el Libro Verde de la Defensa
se correspondían con la suma total de casi 440 billones de dólares para
el año fiscal de 2007. El personal demandado era de 1.332.300 militares
y otros empleados, pero se observa que estos datos no incluían los
créditos necesarios para la guerra mundial contra el terrorismo. Se
trataba del presupuesto ordinario.
A. Goldstein del Washington Post, dentro del marco de un artículo sobre los aspectos del presupuesto nacional de 2007 titulado 2007 Budget Favors Defense escribía sobre el tema:
"En
conjunto, el presupuesto del año fiscal del 2007 tendrá que efectuar
los cambios en la administración que se había comprometido a ofrecer
durante los últimos cinco años, a saber aumentar las capacidades
militares y de Defensa contra las amenazas terroristas bajo el suelo de
los USA a la vez que reduciendo los gastos en varios sectores de
actividad como los de educación y el transporte ferroviario".
V. Las bases para el control de los recursos fósiles energéticos
Los
USA han emprendido, después de los eventos del 11 de Septiembre del
2001, una guerra global contra el terrorismo, al principio en Afganistán
y después en Iraq y se encolerizan contra los países que no obedecen
fielmente la directiva que éllos quieren imponer al conjunto de la
humanidad y, especialmente, Irán, Corea del Norte, Siria y Venezuela.
Vigilan de cerca los gobiernos que no son necesariamente favorables a la
expansión de su imperio bajo los recursos de sus territorios. Están
particularmente preocupados por los movimientos de resistencia en sus
intervenciones en América del Sur, lo que ha llevado al presidente Bush a
efectuar recientemente una gira ostentosa en varios países como Brasil,
Uruguay, Colombia, Guatemala y México para "promover la democracia y el
comercio", pero sobre todo para intentar neutralizar estos movimientos y
construir un contrapeso suficiente para frenar su expansión.
El
mismo acercamiento se aplica en Asia Central. Según Iraklis
Tsavdaridis, Secretario del Consejo Mundial para la Paz (WPC), "la
presencia de las bases militares de los USA, no debe ser percibida como
sirviendo un objetivo puramente militar. Las bases están allí para
promover los intereses económicos y políticos capitalistas de los USA.
Por ejemplo, las empresas y el gobierno estadounidense ya ha manifestado
un vivo interés para construir un corredor de seguridad para el
petróleo y el gas natural de la cuenca del mar Caspio en Asia Central
pasando por Afganistán, Pakistán y el mar de Arabia (mapa 6).
Esta
región contendría el 6 % de las reservas de petróleo conocidas y el 40 %
de las reservas de gas. La guerra de ocupación de Afganistán y la
construcción de bases militares de los USA en Asia Central son
consideradas como una ocasión propicia para hacer de esta tubería una
realidad".
Los USA están en
guerra en Afganistán y en Iraq por esta razón fundamentalmente y quieren
continuar estas operaciones hasta alcanzar sus objetivos. Según datos
de la enciclopedia libre Wikipedia, las tropas estadounidenses
desplegadas en estos países totalizan cerca de 190.000 militares. La
operación "Libertad Duradera", en Iraq solamente es llevada a cabo por
cerca de 200.000 efectivos incluyendo los 26.000 soldados de otros
países que participan en la "misión". Unos veinte mil se podrían juntar a
otros contingentes en los próximos meses. En Afganistán, se enumera la
presencia de 25.000 soldados en total (mapas 6 y 7).
Mapa 6. El petróleo y las guerras en el Medio OrienteLeia também aqui |
Mapa 8. Los depósitos de petróleo en América latina
VI. Las bases militares para el control de los recursos renovables estratégicos
Según
la lista preparada por la enciclopedia libre Wikipedia, las bases
estadounidenses en el estranjero, herencia de la guerra fría, estaban
situadas principalmente en Europa Occidental, de las cuales 26 en
Alemania, ocho en Gran Bretaña y ocho en Italia. A estas bases se
podrían añadir nueve instalaciones en Japón.
En
el curso de los últimos años, y en el contexto de la guerra contra "el
terror", los USA han iniciado la construcción de 14 nuevas bases
alrededor del Golfo Pérsico, un plan de construcción o de refuerzo de 20
bases (106 instalaciones en total) en Iraq con un gasto total de 1.100
billones en este solo país (Varea, 2007) y la utilización de una decena
de bases en el Asia Central. También han emprendido o perseguido las
negociaciones con varios países para instalar, adquirir, agrandar o
alquilar otras bases y, especialmente, con Marruecos, Algeria, la
República de Mali, Ghana (Ghana Web. 2006), Brasil, Australia
(Nicholson, B., 2007), Polonia, la República Checa (Traynor, I., 2007),
Uzbekistán, Tayikistán, Kirguizistán, Italia (Jucca, L., 2007) y
Francia, con un acuerdo para instalarse en Djibouti (Manfredi, E.,
2007). Todas las medidas se inscriben en la perspectiva de establecer
una serie de bases en un corredor Este/Oeste entre Colombia, el Magreb,
el Próximo Oriente, Asia Central hasta las Filipinas que los
estadounidenses han llamado "arco de inestabilidad"(Johnson, C., 2004),
así como de garantizar un acceso fácil y permanente a los recursos
hídricos y biológicos de gran valor como los de la cuenca del Amazonas
(Delgado Jara, D., 2006 y mapas 9 y 10). (Veja também aqui).
Mapa 10. Los recursos de agua dulce en América latinaVII. Los movimientos de resistencia
A
semejanza de la oposición tradicional organizada y dirigida por las
organizaciones pacifistas y antiguerra en el mundo durante los últimos
40 años la redefinición de la red de bases militares estadounidenses
diseñada para un redespliegue de las fuerzas armadas en función de la
localización de los recursos estratégicos tradicionales y los recursos
renovables de gran valor suscita numerosas manifestaciones de oposición y
resistencia. Se ha podido observar recientemente en España, Ecuador,
Italia, Paraguay, Uzbekistán, Bulgaria y muchos otros países. Estas
manifestaciones se añaden a los movimientos de resistencia de larga
duración desarrollados en Corea del Sur, Puerto Rico, Guam, Filipinas,
Cuba, Europa, Japón y otros lugares.
Un
movimiento mundial de resistencia a la presencia de bases militares en
el extranjero ha nacido y se ha desarrollado en los últimos años. Se
trata de NO BASES o de la Red Internacional para la Abolición de las
Bases Militares Extranjeras.
Esta
red tiene por objeto proseguir el proceso de desarme y
desmilitarización del planeta y principalmente el desmantelamiento de
las bases militares extranjeras. Reagrupa las organizaciones que tienen
por objeto la promoción de la paz establecida por la democracia
participativa y la justicia social. La red NO BASES organiza campañas de
educación y sensibilización del público movilizando, en este sentido,
las fuerzas vivas de la sociedad civil. También está trabajando en la
rehabilitación de los sitios militares abandonados como es el caso,
especialmente, en Europa Occidental.
Hasta
2004, esas campañas han tenido sobre todo un alcance local y nacional.
La red permitirá en los sucesivo extenderse a nivel mundial, pues como
subraya la red misma "es muy importante desarrollar vínculos más fuertes
y más estrechos ente las campañas con un impacto local y las que
movilizan todo un país o las que pueden tener un alcance mundial.
Los
grupos locales a través del mundo pueden inspirarse y obtener
beneficios compartiendo información, experiencias y estrategias".
La
red añade: "El hecho de tener conciencia de que no estamos solos en la
lucha contra las bases extranjeras es un factor que refuerza y motiva a
los actores. Las actividades y campañas cuya coordinación es mundial
permiten dar a conocer mejor el alcance y la importancia de la
resistencia a la presencia militar extranjera a través del mundo. En la
coyuntura actual donde se asiste a un proceso más intenso de
militarización y uso de la fuerza en el mundo se siente la necesidad
urgente y apremiante de establecer y fortalecer la red internacional de
militantes, las organizaciones y movimientos que prestan especial
atención a la presencia militar extranjera y que trabajan en el
establecimiento de un sistema de justicia y paz".
Para
la red, las guerras en Afganistán y en Iraq, la militarización y la
vigilancia creciente a los gobiernos y actividades de la sociedad civil
por los USA constituyen un impulso suficiente para el fortalecimiento de
los movimientos de resistencia: "En una reunión internacional
antiguerra celebrada en Yakarta en Mayo de 2003, pocas semanas después
del inicio de la invasión en Iraq, una campaña global contra las bases
militares fue propuesta como una acción prioritaria por los movimientos
globales antiguerra, de justicia y solidaridad".
Desde
entonces, esta campaña ha alcanzado una gran magnitud. Una lista de
direcciones de correo ha sido establecida (nousbases@lists.riseup.net y
nousbases-info@lists.riseup.net) que permite la difusión de las
experiencias de los miembros del movimiento e intercambios de
información y debates. Esta lista se compone hasta ahora de 300 personas
y organizaciones procedentes de 48 países.
Una
web en internet permite también informar adecuadamente al conjunto de
los miembros de la red. Muchos de los epígrafes proporcionan información
útil sobre las actividades que tienen lugar en todo el mundo.
La
red es cada vez más activa y participativa, así, está presente en foros
sociales continentales o mundiales y organiza conferencias y coloquios.
Se participó en el Foro Social europeo en París en el 2003, y en
Londres en el 2004, en el Foro Social de las Américas en Ecuador en el
2004 y en el del Mediterráneo en España en el 2005. Una de las reuniones
más importantes fue la que se celebró en Bombay, India, en el 2004 en
los marcos del Foro Social Mundial. Más de 125 participantes
provenientes de 34 países sentaron las bases de una amplia campaña
coordinada. Las prioridades de acción fueron establecidas, como la de
fijar un día concreto para una acción global destinado a destacar los
desafíos que rodean la presencia de las bases militares en el
extranjero. Por último, es importante mencionar que la red celebró
cuatro sesiones de debates en el Foro Social de Porto Alegre en el 2005,
una de las cuales se centró en la financiación de las actividades de la
red.
Conviene recordar que la red se inscribe claramente dentro del movimiento pacifista global.
Ha
permitido hacerse comprender más este movimiento, la importancia de la
problemática de la presencia de las bases militares en el extranjero y
que es importante que los organismos de justicia y paz presten una mayor
atención.
La pertinencia del
debate en torno a la presencia de bases militares en el extranjero no es
necesario demostrar. Las funciones atribuidas a la base de Guantánamo
que escapan al control del dercho internacional, los retos alrededor de
los proyectos de expansión del poder militar de los USA en Medio Oriente
y Asia Central, la fuerte oposición popular a los proyectos
estadounidenses en la región andina en América del Sur (mapa 11), la
misma que se observa en Japón alrededor de las bases de Henoko y
Okinawa, etc., nos hacen un llamamiento y exigen una acción global
concertada contra esta ocupación inscrita en el concepto de la "Guerra
Permanente".
La conferencia internacional de Quito y Manta, Ecuador, Marzo del 2007
Una
conferencia mundial de la red para la abolición de las bases militares
extranjeras tuvo lugar en Quito y Manta, Ecuador, del 5 al 9 de Marzo
del 2007. La conferencia tuvo por objeto subrayar los efectos políticos,
sociales, ambientales y económicos de las bases militares extranjeras y
de dar a conocer los principios de los movimietnos anti-bases, y
construir formalmente la red, sus estrategias, estructura y planes de
acción.
Los objetivos principales de la conferencia fueron:
-
Analizar el rol de las bases militares extranjeras y de otras formas de
presencia militar dentro de la estrategia de dominación global y sus
impactos sobre la población y el medio ambiente;
- Compartir experiencias, de solidaridad con las luchas de resistencia contra las bases militares extranjeras en el mundo;
-
Alcanzar un consenso sobre los mecanismos de objetivos, planes de
acción, coordinación, comunicación y de toma de decisión para una red
global por la abolición de todas las bases militares extranjeras y de
otras formas de presencia militar;
-
Establecer la luchas y planes de acción globales que refuerzan las
luchas de gentes del país y aseguran su coordinación a escala
internacional.
Conclusión
Este
artículo ha permitido constatar que el pujante poder militar de los USA
en el mundo es considerable y no cesa de aumentar. Los estadounidenses
consideran la superficie terrestre como un terreno a conquistar, a
ocupar y a explotar. La división del mundo en unidades de combate y de
mando ilustra muy bien esta realidad. En este contexto, nos parece que
la humanidad se encuentra controlada e incluso esclavizada por las
cadenas cuyos eslabones son las bases militares.
El
proceso de redespliegue de las instalaciones militares en curso debe
ser analizada de forma minuciosa si se quiere comprender las estrategias
de intervención de Washington en todas las regiones del mundo. Este
proceso se lleva a cabo bajo el gobierno de la fuerza, de la violencia
armada, de la intervención a través de los acuerdos de "cooperación",
cuyos aires de conquista están sin cesar reafirmados en el diseño de las
prácticas para el comercio y los intercambios.
El
desarrollo económico está asegurado por la militarización o el control
de los gobiernos y las sociedades, recursos inmensos se sacrifican para
permitir dicho control en la mayoría de las regiones dotadas de riquezas
estratégicas para consolidar las bases del imperio.
La
creación de la red internacional para la abolición de las bases
militares extranjeras ha demostrado ser un medio extraordinario para
luchar contra el proceso de militarización del planeta. Esta red es
indispensable y su desarrollo no podrá hacerse sin una adhesión o un
compromiso de todos los pueblos del mundo. Esto será extremadamente
difícil de conseguir, pero los vínculos creados por esta red serán
favorables a las luchas concertadas a escala mundial.
Para
terminar, conviene revisar los términos de la Declaración Final de la
segunda Conferencia Internacional contra las bases militares en el
extranjero que se celebró en La Habana en Noviembre del 2005,
declaración formulada por los delegados de 22 países.
Ésta
identifica los principales desafíos alrededor del futuro de la
humanidad y constituye un llamamiento a la solidaridad internacional por
el desarme y la paz.
Referencias
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estrategia global de la OTAN. Intervencion del Comité Surveillance Otan
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YACIMIENTOS PETROLEROS EN AMÉRICA LATINA :
http://www.visionesalternativas.com/militarizacion/mapas/mapapetrol.htm
Jules
dufour, Ph.D., es presidente de la Asociación Canadiense para las
Naciones Unidas (ACNU)/Sección Saguenay-Lago-Saint-Jean, miembro del
Círculo Universal de los Embajadores de la Paz, miembro del Consejo
Nacional del Desarrollo y Paz.
Traducido: josejoa.net
No SOA Brasil
Traducido: josejoa.net
No SOA Brasil
*comtextolivre
Governo do Equador não reconhece novo presidente do Paraguai
O governo do Equador declarou não reconhecer o novo presidente do
Paraguai, Federico Franco, que assumiu o cargo hoje (22) pouco depois de
Fernando Lugo ter sido afastado pelo Parlamento do país.
“Não reconhecemos nenhum presidente paraguaio que não tenha sido legitimamente eleito”, disse o presidente equatoriano, Rafael Correa, em entrevista ao canal de televisão multiestatal na América do Sul, Telesur.
Com placar de 39 votos a favor e 4 contra, o Senado do Paraguai aprovou
hoje o impeachment de Fernando Lugo. O processo foi aberto ontem (21)
pela Câmara dos Deputados. Os deputados de oposição acusaram Lugo de ser
o responsável pelo conflito entre policiais e sem-terra em uma fazenda
no último dia 15, que resultou na morte de 17 pessoas – episódio que
culminou na crise política.
A defesa de Lugo alegou não existirem provas de mau desempenho do ex-presidente na chefia do país.
*comtextolivre
Quem será o próximo?
do Bourdoukan
Ele não sabia o que o aguardava
A questão não é se a queda do presidente Fernando Lugo foi ou não um golpe de Estado.
A questão é quem será o próximo a sentir o sabor democrático do Império.
Obama, prêmio Nobel da Paz já está mostrando a que veio.
Já promoveu inúmeros golpes de Estado, alguns visíveis, outros nem tanto.
Ao contrário de seus antecessores, não precisou de rios de sangue para executá-los.
A não ser quando ha possibilidade de resistência, aí mostra sua verdadeira face.
Como aconteceu na Líbia.
E como acontece na Síria.
E como pode acontecer em qualquer outro lugar onde haja resistência nacional.
Hoje ele come pelas beiradas.
O caso paraguaio é sintomático.
Digamos que ele tenha mimoseado com 10 milhões de dólares cada senador para defenestrar o presidente Lugo.
Saiu baratíssimo o tal “golpe branco”.
Nem 500 milhões de dólares.
Verba menor do que ele está gastando em sua campanha para se reeleger.
Dois fatos chamam a atenção:
1-Autorizou
o esquartejamento da Líbia a partir do Brasil. Foi aqui que ele assinou
o documento. Numa agressão e desrespeito sem par ao governo brasileiro.
2-
O golpe contra Lugo se deu também praticamente em solo brasileiro,
durante a visita da secretária de Estado Hillary Clinton. E diante de
mais de 190 representantes de países integrantes da ONU. Inclusive com a
presença de seu secretário.
Isto é ou não uma ameaça velada?
Todo cuidado é pouco.
Pense nisso.
Em agosto de 2011, câmara de deputados paraguaia recebia a “visita” de 21 generais estadunidenses
GilsonSampaio
Pra quem tem dúvidas sobre a participação do império terrorista no golpe no Paraguai.
Base
americana e aquífero guarani foram “vendidos” pela vassalagem
representada por políticos, direita raivosa, latifundiários, oligarquias
e, como disse Lugo em seu discurso de despedida, máfias e narcotráfico:
“Fernando Lugo não responde a classes políticas, não responde a las máfias, nem ao narcotráfico”
Tem mais. O Paraguai há anos barra a entrada da Venezuela no Mercosul.Narcotráfico é estratégia de dominação do império terrorista, basta olhar pra cima é ver a situação em que se encontram o México e a Colômbia. Some-se a isto a nova modalidade de golpe branco como ocorreu em Honduras e agora no Paraguai para termos uma volta ao passado como mero depósito de recursos naturais.
EE.UU foi o primeiro a reconhecer o governo golpista, como é natural para o patrocinador do golpe. Equador, Argentina e Venezuela já se pronunciaram pelo não-reconhecimento.
E o Brasil?
Não faltam vendilhões da pátria por aqui e o povão não está nem aí.
SEGUNDA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2011
Paraguai nega a EUA permissão para instalar base militar no país
Via Hora do Povo
Uma
comissão composta por 21 generais norte-americanos realizaram uma
reunião com a Comissão de Defesa Nacional, Segurança e Ordem Interna da
Câmara dos Deputados do Paraguai para discutir a instalação de uma base
militar dos Estados Unidos na região do Chaco paraguaio.
Consultado,
o Ministro de Defesa, Luis Catalino Roig descartou totalmente a
possibilidade de que Washington instale alguma base militar no país, já
que “isso violaria a Constituição do país”.Já o presidente da Comissão, José López Chávez, do partido Unacé, se manifestou publicamente favorável à instalação da base militar porque, segundo ele, ajudaria e “se livrar da pressão e ameaça exercida nesta região pela Bolívia”.
“López Chávez envergonha nosso parlamento com declarações que de tão capachas beiram o ridículo. Qual é a ameaça que a Bolívia representa para o nosso país? Já ao EUA sim são uma presença que nosso povo não aceita”, disse Marcos Ibáñez, da Frente Social e Popular. Ibáñez assinalou que os verdadeiros objetivos dos Estados Unidos na busca de instalar uma base militar estão vinculados à descoberta de petróleo na região do Chaco e à tentativa de dominar o Aqüífero Guarani, uma das principais reservas de água doce do mundo.
Perguntinhas impertinentes da minha ameba lobotomizada:
- Capacho tem alguma coisa a ver com tucanos? E com o acordo militar assinado pelo Nelson cabo anselmo Johnbim com aquele país que foi governado pelo narcotraficante nº 82 apoiado pelo império?
*GilsonSampaio
“Fernando Lugo não responde a classes políticas, não responde a las máfias, nem ao narcotráfico”
GilsonSampaio
Atenção para o 3º min, quando Lugo acusa os golpistas de associação com as máfias e com o narcotráfico.
Já
vi comentários chamando a atenção de quem criticou a aliança PT-Maluf
tomando o golpe no Paraguai como exemplo. Maniqueísmo de primeira hora.
Lugo
foi eleito por uma grande aliança dos partidos que sabotaram seu
governo assim que as oligarquias/elites/ruralistas ouviram sobre reforma
agrária e resgate social.
A aliança, assim que quis, jantou Lugo. Essa é a lição a ser aprendida.
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