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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 23, 2012

Quem será o próximo?

 

  do Bourdoukan

                               Ele não sabia o que o aguardava
A questão não é se a queda do presidente Fernando Lugo foi ou não um golpe de Estado.
A questão é quem será o próximo a sentir o sabor democrático do Império.
Obama, prêmio Nobel da Paz já está mostrando a que veio.
Já promoveu inúmeros golpes de Estado, alguns visíveis, outros nem tanto.
Ao contrário de seus antecessores, não precisou de rios de sangue para executá-los.
A não ser quando ha possibilidade de resistência, aí mostra sua verdadeira face.
Como aconteceu na Líbia.
E como acontece na Síria.
E como pode acontecer em qualquer outro lugar onde haja resistência nacional.
Hoje ele come pelas beiradas.
O caso paraguaio é sintomático.
Digamos que ele tenha mimoseado com 10 milhões de dólares cada senador para defenestrar o  presidente Lugo.
Saiu baratíssimo o tal “golpe branco”.
Nem 500 milhões de dólares.
Verba menor do que ele está gastando em sua campanha para se reeleger.
Dois fatos chamam a atenção:
1-Autorizou o esquartejamento da Líbia a partir do Brasil. Foi aqui que ele assinou o documento. Numa agressão e desrespeito sem par ao governo brasileiro.
2- O golpe contra Lugo se deu também praticamente em solo brasileiro, durante a visita da secretária de Estado Hillary Clinton. E diante de mais de 190 representantes de países integrantes da ONU. Inclusive com a presença de seu secretário.
Isto é ou não uma ameaça velada?
Todo cuidado é pouco.
Pense nisso.

Em agosto de 2011, câmara de deputados paraguaia recebia a “visita” de 21 generais estadunidenses

GilsonSampaio
Pra quem tem dúvidas sobre a participação do império terrorista no golpe no Paraguai.
Base americana e aquífero guarani foram “vendidos”  pela  vassalagem representada por políticos, direita raivosa, latifundiários, oligarquias e, como disse Lugo em seu discurso de despedida, máfias e narcotráfico:
“Fernando Lugo não responde a classes políticas, não responde a las máfias, nem ao narcotráfico”
Tem mais.  O Paraguai há anos barra a entrada da Venezuela no Mercosul.
Narcotráfico é estratégia de dominação do império terrorista, basta olhar pra cima é ver a situação em que se encontram o México e a Colômbia. Some-se a isto a nova modalidade de golpe branco como ocorreu  em Honduras e agora no Paraguai para termos uma volta ao passado como mero depósito de recursos naturais.
EE.UU foi o primeiro a reconhecer o governo golpista, como é natural para o patrocinador do golpe. Equador, Argentina e Venezuela já se pronunciaram pelo não-reconhecimento.
E o Brasil?
Não faltam vendilhões da pátria por aqui e o povão não está nem aí.

SEGUNDA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2011
Paraguai nega a EUA permissão para instalar base militar no país
Via Hora do Povo
Uma comissão composta por 21 generais norte-americanos realizaram uma reunião com a Comissão de Defesa Nacional, Segurança e Ordem Interna da Câmara dos Deputados do Paraguai para discutir a instalação de uma base militar dos Estados Unidos na região do Chaco paraguaio.
Consultado, o Ministro de Defesa, Luis Catalino Roig descartou totalmente a possibilidade de que Washington instale alguma base militar no país, já que “isso violaria a Constituição do país”.
Já o presidente da Comissão, José López Chávez, do partido Unacé, se manifestou publicamente favorável à instalação da base militar porque, segundo ele, ajudaria e “se livrar da pressão e ameaça exercida nesta região pela Bolívia”.
“López Chávez envergonha nosso parlamento com declarações que de tão capachas beiram o ridículo. Qual é a ameaça que a Bolívia representa para o nosso país? Já ao EUA sim são uma presença que nosso povo não aceita”, disse Marcos Ibáñez, da Frente Social e Popular. Ibáñez assinalou que os verdadeiros objetivos dos Estados Unidos na busca de instalar uma base militar estão vinculados à descoberta de petróleo na região do Chaco e à tentativa de dominar o Aqüífero Guarani, uma das principais reservas de água doce do mundo.
Perguntinhas  impertinentes da minha ameba lobotomizada:
- Capacho tem alguma coisa a ver com tucanos? E com o acordo militar assinado pelo Nelson cabo anselmo Johnbim com aquele país que foi governado pelo narcotraficante nº 82 apoiado pelo império?
*GilsonSampaio

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