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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 23, 2013


O secretário de Comunicação da Prefeitura de São Luís, Márcio Jerry, passou o dia de ontem sendo questionado por jornalistas e militantes políticos sobre sua participação nos eventos com a presença do ex-presidente do PT, José Dirceu, em São Luís.

Jerry preside em São Luís o PCdoB, partido da base do governo Dilma Rousseff (PT), e que deu sustentação à visita de Joé Dirceu em todos os estados.

Mas suspeitava-se ter partido de Jerry – uma espécie de controlador-geral do prefeito – a orientação para que Edivaldo Holanda Júnior (PTC) inventasse uma agenda fora de São Luís para evitar contato com o petista, apontado como chefão do Mensalão.

Márcio Jerry é o último à esquerda
Aos questionamentos, Márcio Jerry respondeu assim: - Não costumo abandonar um aliado.

E lá estava Márcio Jerry, à noite, ao lado de petistas, comunistas e peemedebistas confraternizando com aquele que o prefeito teve medo de receber.

Mas há uma diferença entre Márcio e Holandinha.

Forjado nas lutas estudantis, com viés de esquerda, Márcio Jerry sempre militou neste campo da política, embora tenha perdido alguns de seus valores nas disputas por poder político.

Holandinha não.

O prefeito é filho legítimo da mais conservadora, reacionária e contrarrevolucionária cultura política brasileira.

A mesma que – escorada pela imprensa paulista-quatrocentona-e-antinordestina – criou o escândalo do Mensalão para imepdir a ascensão do mais legítimo sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva no comando do país.

Márcio Jerry sabe disso, embora prefira hoje calar-se diante das circunstância. Sabe que Dirceu foi vítima da mesma elite quatrocentona e do mesmo conservadorismo a que o prefeito pertence.

Holandinha não sabe por que não tem como saber.

E não tem como saber por que não viveu a essência da luta política.

É simples assim…


Por Verinha Dias

Você acredita que todas as mulheres lutam pelo mesmo objetivo dentro do feminismo?

Se a resposta for sim, você precisa entender o significado de classes sociais, que surge dentro do capitalismo e desfragmenta nossa luta de dentro para fora, nos impedindo de avançar em nossa completa emancipação.

Existem três classes sociais, quem é você nestas classes?

Burguesia: A classe dominante do modo de produção capitalista (que são os donos de empresas, os patrões, os ricos...);


Pequena Burguesia : camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia. São pequenos empresários, que exploram a classe trabalhadora da mesma forma pretendendo ascensão à classe social adiante da dele. 



Proletariado: O proletário consiste daquele que não tem nenhum meio de vida exceto sua força de trabalho (suas aptidões), que ele vende para sobreviver, ou seja, o trabalhador que vende sua força de serviço para as classes citadas acima.



Você acredita que os interesses destas pessoas são os mesmos? Pense: Os dois primeiros precisam ter lucro para ascender e se manterem estáveis, o último é a classe que mantém a ascensão e estabilidade dos dois primeiros. Todo este grupo dentro do mesma luta em algum momento haverá um cabo de guerra, pois os interesses de um grupo significa o prejuízo do outro. Concorda?



Conhece os grupos feministas que foram pioneiros na luta? O que ficou mais conhecido foi o NOW ("agora"), a National Organization for Women (Organização Nacional de Mulheres), criada em 1966 por Betty Friedan. O NOW não tinha um programa claro e encarnava o radicalismo da pequena-burguesia - as mulheres da classe operária tiveram pouca ou nenhuma participação -, uma vez que sua única bandeira era "exigir a igualdade total para as mulheres nos EUA agora". O NOW era um movimento de mulheres que apoiavam o partido Democrata, o partido do presidente dos EUA na época, Jimmy Carter e que frearam as lutas das mulheres sempre que elas ameaçavam ultrapassar as fronteiras do capitalismo.



Algumas lutas podem até ser iguais, como por exemplo, a luta pela liberalização sexual, divórcio, mas o que emancipa verdadeiramente a mulher? 



Emancipação é sinônimo de pleno emprego, salários dignos, saúde, educação, domínio de seu próprio corpo, enfim, coisas concretas, boas condições materiais de vida, (tudo que o capitalismo nega as mulheres, em relatório da ONU sobre a fome mundial há a constatação de que 70% dos pobres do mundo são mulheres).

O problema não é apenas desigualdade de gênero, (algo real e muito importante, como o quê todas temos sim de lutar!), mas a desigualdade de classe esta inclusa ai também, ela gera discriminações, como acesso ao trabalho, ao salário, a melhores condições de vida. 



Até que não acabemos com o capitalismo e o imperialismo, essas questões são as que determinam a vida de todas as mulheres. Como criar seus filhos, como alimentar a família, como arrumar um emprego decente e ter uma vida digna? Para a mulher burguesa, isso não é problema, já está resolvido de antemão. Desde que nasce, uma mulher burguesa tem tudo o precisa para viver, a mulher trabalhadora, ao contrário. Tem de passar a vida inteira lutando para pôr comida na mesa. E isso não é ideologia, é a vida concreta, real, de milhões e milhões de mulheres no mundo inteiro.



A Luta contra o capitalismo e exploração dele sobre as mulheres pobres e trabalhadores só interessa a ultima classe social, o proletariado, os demais são exploradores desta classe, sejam homens ou mulheres que pertençam a ela.



O gênero une a todas as mulheres, burguesas e proletárias, porque todas nós sentimos uma ou outra forma de opressão. Mas a classe nos divide. E isso é categórico e um intransponível divisor de águas no movimento feminista. As mulheres trabalhadoras devem organizar-se de forma separada das mulheres burguesas, porque apesar de ambas serem oprimidas, essa luta fatalmente vai colocá-las em lados opostos, porque implica em lutar contra a exploração capitalista, algo que não interessa às mulheres burguesas.
*Centrodosocialismo

Deleite - Jorge Ben Jor 23 de abril


SOBRE JORNALISMO, JORNALISTAS E BARÕES


Por que os jornalistas têm fama tão ruim? 
Por Paulo Nogueira 
Onde surgiram os jornais? E por quê? E como nós, jornalistas, ficamos tão malafamados? Bem. 
O crédito da inovação é geralmente concedido aos italianos de Veneza, no século XVI. O governo local decidiu publicar um jornal para manter os cidadãos a par dos acontecimentos. 
Era conhecido como “gazetta”, o nome de uma moeda barata veneziana. O jornal, mensal, custava uma “gazetta”. 
Os primeiros jornalistas eram chamados, na Itália, de “menanti”, uma derivação da palavra latina “minantis”, que significa “ameaçadores”. 
A fama dos jornalistas vem de longe, como se vê. 
A novidade logo se espalharia pelo mundo. 
No Reino Unido, o primeiro jornal apareceu na época em que o país estava sob a ameaça da Armada da Espanha, em 1588. 
O nome era “Mercúrio Inglês”. Como se deu em Veneza, o “Mercúrio Inglês” foi obra do governo, no caso o da rainha Elizabeth. O interesse era inflamar os ingleses contra os espanhóis. O jornal inventou coisas como a intenção da Espanha de matar a rainha. Também disse que os espanhóis levavam nos navios instrumentos de tortura para aplicar contra os ingleses. 
A palavra inglesa para jornal se transformou. Era, inicialmente, “news-book”, assim mesmo, com hífen. Depois, virou “newspaper”. 
Os franceses contestam que foram os italianos que inventaram os jornais. Segundo eles, o primeiro jornal foi feito por um médico de Paris, Théophraste Renaudot, em 1632. Para entreter seus pacientes, entre os quais estava Luís XIII; ele colecionava histórias. 
Num determinado momento, percebeu que sua vida ficaria mais fácil se as imprimisse e distribuísse aos pacientes. 
Logo o jornal foi aberto para o público em geral. O nome — “La Gazette”, como os jornais de Veneza – sugere que os italianos chegaram antes que os franceses à constatação de que havia mercado para notícias. 
No Brasil, apenas em 1808 surgiria o primeiro jornal, o “Correio Brasiliense”, impresso em Londres e distribuído na colônia por Hipólito José da Costa. 
Pouco depois, ainda em 1808, apareceria o primeiro jornal impresso no Brasil. 
O nome remetia aos venezianos: “Gazeta do Rio de Janeiro”. 
Para que você tenha uma ideia de nossa atraso, no começo dos anos 1800 já havia nos Estados Unidos 850 jornais. 
Chegamos, como de hábito, tarde – mas nossos jornalistas rapidamente conquistariam a fama de “menanti”. 
Um novo capítulo se abriria quando entraram em cena, mais tarde, os chamados barões da imprensa, no século XIX. A má fama apenas se acentuaria. 
John Stuart Mill, um dos grandes filósofos do liberalismo, disse que os jornalistas eram uma categoria comparável à de “porteiros de bordéis”, tais e tantas “as mentiras e a hipocrisia” a que a profissão supostamente nos obriga. 
Um dos primeiros barões da imprensa, o americano James Gordon Bennett II, do Herald, dizia que era “uma prostituta, como todos os jornalistas”. 
Bennett II era tão extravagante que urinou no piano em sua festa de noivado, razão suficiente para a noiva romper. 
Uma vez, em novembro de 1874, seu jornal publicou um texto que dizia que animais selvagens tinham escapado do zoológico de Nova York. Se você fosse até o fim, veria que era piada. Mas pouca gente foi, e os novaiorquinos viveram momentos de terror, aumentado porque Bennett II pôs nas ruas falsos caçadores de feras. 
O barão da imprensa Bennett dizia a seus subordinados que o leitor era ele
O barão da imprensa Bennett dizia a seus subordinados que o leitor era ele 
Bennett tinha um iate luxuoso com três suítes: uma para cada amante que levava e a terceira, com ar condicionado, para uma vaca que garantia leite fresco. 
Ele acabou pronunciando a quintessência da lógica hierárquica dos barões. 
Disse uma vez a seus jornalistas: 
“Eu sou o leitor. Vocês têm que agradar a mim.” Tenho em casa uma charge na qual um professor diz aos pais de um aluno que seu filho é maldoso, mentiroso, dissimulado – “todos os atributos, enfim, para se dar bem no jornalismo”.  
Os primeiros barões – sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra — faziam dinheiro chantageando poderosos. 
Ameaçavam publicar coisas horríveis caso seus anseios financeiros não fossem satisfeitos. Tanto quanto jornalistas, eram chantageadores. 
Era uma prática que logo se globalizou. 
Assis Chateaubriand, o primeiro grande barão brasileiro da imprensa, montou o Masp por meio de expediente parecido. 
Doações de grandes quadros vieram quase sempre de achacamento. 
Empresários paulistas sofreram com Chateaubriand. 
Uma geração à frente da de Chateaubriand, outro império de mídia foi construído com meios não exatamente elogiáveis: a Globo
Chateaubriand achacou pela intimidação; Roberto Marinho viu na ditadura militar a chance de crescer muito além do jornal paroquial que herdara e carregara até ter mais de 60 anos. 
Ofereceu apoio aos generais, e estes lhe deram televisão, financiamentos, vantagens fiscais e outras facilidades que são a base das Organizações Globo. 
Como Bennett, Roberto Marinho sempre deixou claro que ele era o leitor. 
Isso significa que, na prática, ele está virtualmente vivo entre nós. Cada jornalista, cada articulista da Globo está, ainda hoje, escrevendo para Roberto Marinho, representado por seus três filhos. 
Não é das mais edificantes, definitivamente, a história do jornalismo – nem fora e nem, tampouco, no Brasil. 
O que pode mudar uma velha história viciada de interesses privados misturados a interesses alegadamente públicos é o jornalismo digital. É nessa hipótese que o Diário acredita. (Fonte: Diário do Centro do Mundo,  aqui). 
................ 
Sempre com a tradicional ressalva: há exceções - que confirmam a regra. Janio de Freitas, da Folha, por exemplo... 
POSTADO POR DODÓ MACEDO
*cutucandodeleve

R$ 5,6 bilhões: a Globo mama no governo federal


Pimenta cobra; Secom diz que faz mídia “técnica”; Globo recebeu R$ 5,86 bi do governo federal desde 2000

por Luiz Carlos Azenha


O gráfico foi postado por Fernando Rodrigues, em seu blog.
Notem que, nele, “demais emissoras” respondem por 4,40% dos gastos do governo federal em publicidade em 2012.

E que a TV fechada responde por 10,03% do total.

Ou seja, 14,43% de todas as verbas no “outros”.

Apesar da promessa de transparência da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é importante perguntar: quais são as “demais emissoras”? Afiliadas da TV Globo, como a RBS ou a TV Verdes Mares, de Fortaleza? Se sim, não deveriam contar nas verbas da Globo?

Quanto à TV fechada, estamos falando da SporTV, da GloboNews, da GNT, do Futura, todos canais ligados às Organizações Globo?

Assim como o público migrou da TV aberta para a TV fechada nos últimos anos, é possível que as verbas federais tenham feito o mesmo, o que significa que os 43,7% da TV Globo — uma enormidade! — na verdade representem um número maior, se considerarmos todos os canais ligados às Organizações Globo.

Isso, sem falar no jornal O Globo, na rede de emissoras de rádio como a CBN, no G1, nos patrocínios  da Fórmula 1 e de outros eventos esportivos.

O fato é que nos últimos dez anos a TV Globo — estamos falando na do Rio de Janeiro ou isso inclui as emissoras de propriedade dos Marinho nas praças de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife? — recebeu R$ 5,86 bilhões do governo federal, ou seja, 54,7% do total. Repetimos, uma enormidade!

Não sabemos, ainda, quanto as Organizações Globo como um todo receberam…

Hoje, o deputado Paulo Pimenta fez uma visita ao ministério (via assessoria, por e-mail):

(..)

Fontehttp://www.viomundo.com.br/politica/pimenta-cobra-secom-diz-que-faz-midia-tecnica-globo-recebeu-r-59-bi-do-governo-federal-desde-2000.html

Lula recebe prêmio em Nova York por “transformar o significado de paz e prevenção de conflitos”
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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
“Combater a fome e a miséria em escala global é o passo mais importante que podemos dar no caminho para a paz”, disse Lula em seu discurso
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta segunda-feira (22) em Nova York o prêmio “Em Busca da Paz”, conferido pelo International Crisis Group. Lula foi homenageado por ter “impulsionado seu país a uma nova era econômica e política”.
Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
O prêmio reconhece o trabalho de Lula em tirar milhões de pessoas da pobreza e construir uma política de parceria com vizinhos e países africanos, o que transformou o Brasil em um “ator mundial crucial”.
Em seu discurso, Lula propôs o combate à fome e à miséria como caminho para transformar o século 21 em uma era de paz. “Combater a fome e a miséria em escala global é o passo mais importante que podemos dar no caminho para a paz. E depois do que conquistamos no Brasil, eu me recuso a duvidar da nossa capacidade de fazer um mundo melhor. Combatendo a fome e a miséria, promovendo o diálogo e o respeito entre os povos, podemos fazer do Século 21 a era da paz”.
O Crisis Gorup trabalha em mais de 60 países na prevenção e solução de conflitos. Seus relatórios e análises são respeitados globalmente por atores que vão de governos à imprensa como documentos de referência sobre crises locais. “Nós acreditamos que para acabar com os conflitos é preciso entendê-los a fundo”, explica Louise Arbour. Entre os convidados do jantar desta segunda em Nova York estavam o megainvestidor e filantropo George Soros, o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Mo Ibrahim, empreendedor sudanês que foi o pioneiro da “revolução dos celulares” na África.
Javier Ciurlizza, diretor de programa para América Latina e Caribe do Crisis Group, diz que sem esperança não há paz, e que Lula colocou isso em prática. “Ele defendeu a Unasul, que criou um espaço para as nações conversarem, no lugar de lutar. Ele trabalhou no coração da resolução de conflitos. Ele entende de uma maneira profunda que só erradicando a fome e a exclusão social, dando nova esperança às pessoas, a paz e a segurança são sustentáveis”.
Fonte: Instituto Lula

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi anunciado oficialmente, nesta terça-feira 23, como mais novo colunista regular de Assuntos Internacionais do mais influente jornal do mundo, The New York Times. Lula passará a publicar uma vez por mês uma coluna assinada no jornal americano. Trata-se, para ele, da conquista de um espaço estratégico para a repercussão de suas posições. Para o jornal, é a aquisição de um ex-metalúrgico que se tornou duas vezes presidente da República do Brasil e é sempre visto, nos últimos tempos, como candidato ao Prêmio Nobel.
O anúncio da contratação de Lula se deu na sede do jornal, no coração de Nova York, na Times Square, pelo diretor-geral do serviço de notícias do NYT, Michael Greenspon, ao lado do próprio Lula. A partir de agora, uma vez por mês, o ex-presidente terá uma coluna distribuída para os jornais que assinam o material exclusivo do The New York Times. A pedido de Lula, a coluna não será distribuida para nenhuma publicação brasileira.
Popular em diferentes países do mundo, Lula terá, com seu espaço no jornal americano, uma sólida e respeitada plataforma para a ampliação ainda maior sobre suas ideiais, como a do programa Fome Zero, que começa a ser implantado em outros países. Para quem queria ver Lula cada vez mais quieto, ele se mostra cada vez mais importante. Sorry, periferia.
*Brasil247

segunda-feira, abril 22, 2013

Charge foto e frase do dia













Marta: “o Brasil é negro !”

Museu do Negro em Brasília terá que ser como o Museu do Holocausto em Washington: para jamais se esqueça !

Brasília vai ter museu da cultura negra, diz ministra da Cultura



Lourenço Canuto – Agência Brasi

Brasília – O Ministério da Cultura vai se empenhar para a instalação de um museu, na capital federal, destinado a registrar a história e o legado deixado pelos negros na formação da população brasileira. “A capital da República tem o dever de registrar a influência da cultura negra em um país que tem 53% de sua população composta de afrodescendentes”, disse hoje (17) a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Ela ressaltou que vai “trabalhar pessoalmente” para que o projeto seja efetivado.

De acordo com a ministra, já existe um terreno para a construção do museu. Ele foi doado pelo então governador do Distrito Federal, Cristovão Buarque, mas “ficou esquecido durante muitos anos, tendo o governador Agnelo Queiroz firmado a redestinação”. O terreno, segundo ela, está localizado em uma área nobre de Brasília, no Lago Sul.

Marta lembrou que foi durante a sua gestão na prefeitura de São Paulo que foi instalado na cidade um museu com o mesmo objetivo. Ele fica em uma área nobre da capital paulista, o bairro do Ibirapuera. “Foi escolhido o prédio mais bonito do lugar, a sede antiga da prefeitura”, disse.

Segundo a ministra, grande parte do acervo do Museu Afro de São Paulo foi doada pelo colegionador Emanuel Araújo que fez um pedido especial à então prefeita Marta Suplicy: “Prefeita, não vá instalar o museu em um porão”. Segundo ela, a resposta foi construir o museu em um lugar bonito. “É o que vai ocorrer também em Brasília”, ressaltou a ministra da Cultura.

A ministra lembrou que dos 10 milhões de negros que foram retirados da África para trabalhar como escravos, 5 milhões vieram para o Brasil, e só entre 1700 e 1800 desembarcaram por aqui 2,5 milhões de negros. De acordo com Marta Suplicy, a ideia de montar o Museu Afro de Brasilia começou com a visita que fez à à Fundação Palmares, onde existe uma maquete do prédio.

“Toda a história tem que ser mostrada no museu da capital federal. Não deve ser somente o museu da dor, mas que conte a história da vinda dos negros, do que ocorreu nas lavouras, o processo da abolição, o resgate da autoestima desse povo que construiu o Brasil, pois a identidade brasileira é negra, na gastronomia, na música, nas danças e também na religião”, disse.

Para a ministra da Cultura, o mais difícil para a instalação não é colocar peças à mostra, mas prover o museu de recursos tecnológicos para recuperar a história dos negros no Brasil. Segundo ela, nos Estados Unidos a população negra é composta por 13% dos americanos. No entanto, o país está construindo “um museu gigantesco, em frente ao Pentágono, em Washington, com investimento de US$ 500 milhões”, destinado a registrar a história dos negros nos EUA.

Marta Suplicy esteve hoje na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, onde fez uma exposição das atividades desenvolvidas pelo Ministério da Cultura.


Em tempo:
a Ministra Marta Suplicy demonstra grande coragem política. Ela enfrenta o grande antropólogo da Globo, o Gilberto Freire om “i” (*), que, no Globo e em livro best-seller defendeu a tese de que os negros no Brasil são uma minoria e, por isso, não havia necessidade de cotas raciais. Pena que o Supremo o tenha derrotado por 10 vs 0, ao aprovar as cotas raciais do Nunca Dantes. Às vezes a Globo perde …


(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros tres), deu-se de antropologo e sociologo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

*PHA

A mídia e o mafioso eleito no Paraguai




Cartes foi eleito com a maioria dos votos, segundo a Justiça Eleitoral paraguaia
Altamiro Borges, Blog do Miro
“O bilionário Horácio Cartes é o novo presidente do Paraguai. A vitória do candidato do Partido Colorado foi anunciada no final da noite deste domingo (21) pelo ministro do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, Alberto Zambonini, quando mais de 80% dos votos já estavam apurados. O empresário liderava com 46% dos votos, seguindo pelo postulante do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Efrain Alegre, com 37% das preferências. A eleição de Horácio Cartes cria constrangimentos para a mídia colonizada do Brasil, que apoiou o golpe contra o ex-presidente Fernando Lugo e agora precisará conviver com um notório mafioso.


Horácio Cartes é dono de um conglomerado de 26 empresas – a maioria delas no ramo de cigarros –, e presidente do clube de futebol Libertad (atual campeão paraguaio). Um dos homens mais ricos do país, ele é acusado de ligações com o narcotráfico, contrabando e lavagem de dinheiro. Com a surpreendente vitória de Fernando Lugo em 2008, que colocou fim a 60 anos de hegemonia dos colorados, o empresário ganhou influência no partido em crise graças a sua fortuna. Ele passou a ser o principal financiador da legenda.

No final dos anos 1980, Horácio Cartes chegou a ser preso por crimes financeiros. Ele foi acusado de ter obtido dólares por um preço preferencial do Banco Central paraguaio para vendê-los na cotação paralela. O mafioso também foi alvo de um processo aberto pela Justiça brasileira por remessa ilegal de divisas, envolvendo o Banco Amambay, de sua família. Em 2004, a CPI da Pirataria mencionou o mafioso como contrabandista de cigarros para o Brasil através da empresa Tabesa.

Telegrama vazado pelo WikiLeaks, em 2010, revelou que Horácio Cartes integra um rede internacional de narcotráfico e lavagem de dinheiro. O mafioso vive cercado por seguranças e alimenta um misto de medo e fidelidade entre os seus subordinados. Segundo o ex-presidente Fernando Lugo, ele foi um dos principais mentores do golpe do ano passado. Na sua campanha para presidente, Horácio Cartes contou com o apoio dos latifundiários, de ricos empresários e de parte expressiva da mídia venal do Paraguai.”
*Saraiva