“Não costumo abandonar aliados”, diz Márcio Jerry, sobre José Dirceu…
O secretário de Comunicação da Prefeitura de São Luís, Márcio Jerry,
passou o dia de ontem sendo questionado por jornalistas e militantes
políticos sobre sua participação nos eventos com a presença do
ex-presidente do PT, José Dirceu, em São Luís.
Jerry preside em São Luís o PCdoB, partido da base do governo Dilma
Rousseff (PT), e que deu sustentação à visita de Joé Dirceu em todos os
estados.
Mas suspeitava-se ter partido de Jerry – uma espécie de
controlador-geral do prefeito – a orientação para que Edivaldo Holanda
Júnior (PTC) inventasse uma agenda fora de São Luís para evitar contato
com o petista, apontado como chefão do Mensalão.
Márcio Jerry é o último à esquerda |
Aos questionamentos, Márcio Jerry respondeu assim: - Não costumo abandonar um aliado.
E lá estava Márcio Jerry, à noite, ao lado de petistas, comunistas e
peemedebistas confraternizando com aquele que o prefeito teve medo de
receber.
Mas há uma diferença entre Márcio e Holandinha.
Forjado nas lutas estudantis, com viés de esquerda, Márcio Jerry sempre
militou neste campo da política, embora tenha perdido alguns de seus
valores nas disputas por poder político.
Holandinha não.
O prefeito é filho legítimo da mais conservadora, reacionária e contrarrevolucionária cultura política brasileira.
A mesma que – escorada pela imprensa
paulista-quatrocentona-e-antinordestina – criou o escândalo do Mensalão
para imepdir a ascensão do mais legítimo sucessor de Luiz Inácio Lula da
Silva no comando do país.
Márcio Jerry sabe disso, embora prefira hoje calar-se diante das
circunstância. Sabe que Dirceu foi vítima da mesma elite quatrocentona e
do mesmo conservadorismo a que o prefeito pertence.
Holandinha não sabe por que não tem como saber.
E não tem como saber por que não viveu a essência da luta política.
É simples assim…