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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 06, 2015

Os EUA não aprendem com seus erros Os 18 motivos da mudança de postura dos EUA em relação a Cuba

Os 18 motivos da mudança de postura dos EUA em relação a Cuba


Por Nazanín Armanian na Carta Maior

Ninguém estava pressionando um Barack Obama debilitado e exausto para que rompesse o tabu de restabelecerrelações diplomáticas com Cuba, lançando-se para os falcões belicosos. Neste mercado da política e da realpolitik, no qual reina a lógica do custo-benefício, o pequeno tamanho do mercado cubano e seus insignificantes recursos naturais não explicam essa histórica decisão de Obama. Que sejam bem-vindas essas nove reuniões em 18 meses com representantes de Cuba, e logo a confissão da derrota, do triunfo do povo cubano e de todas as forças progressistas do mundo que denunciavam o meio século de cruéis e inúteis sanções, atentados, sabotagens, e outros atos de guerra contra a ilha socialista, que se negou a se transformar em outro “estado falido”.

“Não podemos continuar fazendo a mesma coisa e esperar um resultado diferente”. Este é o argumento oficial do Presidente para justificar a nova política. Trata-se, portanto, de mudar as táticas para conseguir o mesmo objetivo, que é provocar a mudança no sistema político cubano a favor de seus interesses, desta vez mediante o uso do poder brando: relações políticas, econômicas, sociais e culturais para “conquistar o castelo de dentro”. Desde a queda da URSS até pouco tempo atrás, Washington já não podia tratar Cuba como uma ameaça à sua segurança nacional.

As coisas mudam quando a Rússia e a China  reencontram os velhos companheiros cubanos e começam a ampliar seus laços em todos os níveis, e diante do olhar atento do Conjunto de Operações Especiais do Pentágono, com sede na Flórida. O fato de não impor a Cuba qualquer condição para dar esse passo (ao contrário das exigências feiras a Irã ou Rússia para retirar sanções) se deve a essa preocupação e também ao fato de que Havana não morria de vontade e de necessidade para se ver obrigada a aceitá-lo, ainda que a imprensa democrática – com a finalidade de acalmar as críticas – afirme que haja um compromisso dos cubanos para restaurar o capitalismo, como o preço a pagar pelo fim do bloqueio.

Os três níveis das razões “não oficiais”

A. No contexto da política interna dos EUA, os seguintes fatores contaram na tomada de decisão por Obama:

1. O fato de o próprio presidente pertencer à corrente de políticos que admite a decadência do império e a existência de uma nova ordem multipolar, opondo-se aos falcões vestidos de armadura e presos à ficção de se ver como a única e todo-poderosa superpotência. Já em 2004, como senador, ele criticou o embargo.

2. O fato de ter feito isso a pouco tempo de deixar seu cargo, e não durante os seis primeiros anos de mandato, é porque não tem nada a perder: entrará para a história sem pagar qualquer custo político.

3. A impossibilidade de encontrar ou criar um líder carismático entre os opositores exilados capaz de provocar um levante em Cuba: pois as rebeliões populares surgem e triunfam sobre fundamentos objetivos e não pela eloquência de salvadores de todo tipo. Além disso, as sanções incrementavam os sentimentos anti-EUA do povo cubano, e também quanto à legitimidade de seu governo. As medidas tomadas por Washington estão sendo apoiadas inclusive pela maioria dos exilados cubanos, que assim poderiam ampliar seus laços com a ilha.

4. Os EUA pretendem estar presente em Havana quando houver a mudança geracional de seus líderes para poder influir sobre eles de dentro.

5. Para a opinião pública norte-americana, esse gesto em relação ao vizinho cubano é mais importante que os desastres deixados por Obama no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Ucrânia ou Síria. Além disso, alivia a decepção dos eleitores democratas pelo descumprimento de suas promessas eleitorais na política exterior.

B. No contexto da política regional:

1. Após o fracasso da estratégia de “Regresso à Ásia” para conter a China, de ter sido arrastado às guerras do Oriente Próximo, e do surgimento de governos de esquerda em vários países da região, Obama decidiu “Regressar à América” para recuperar a influência debilitada sobre os centenas de milhões de almas da América. Vai desenterrar a Doutrina Monroe para aplicá-la à sua maneira, apesar de que John Kerry ter dito no ano passado que essa doutrina havia morrido (mas também disseram “saímos do Iraque, do Afeganistão, e fecharemos Guantánamo”).

2. As fortes e contínuas pressões dos países latino-americanos sobre Washington deram frutos: por fim, conseguiram que Cuba estivesse presente na Cúpula das Américas.

3. A necessidade de recuperar a projeção hegemônica em uma região no auge econômico, e fazer isso com o controle dos grandes projetos de infraestrutura, como o da ampliação do Canal do Panamá e das explorações petrolíferas no Golfo do México.

4. Recuperar a Venezuela, e não apenas mediante o “dumping” dos preços do petróleo (planejado com a cumplicidade da Arábia Saudita) ou com provocações internas; mas sobretudo gerando distanciamento entre Havana e Caracas. Cuba continua representando a resistência diante do imperialismo, e há quem, inclusive na esquerda, chame de “vacilo” a acertada política de Havana.

5. Trazer o Brasil para perto de si e tirá-lo dos Brics. Para os estrategistas da Casa Branca, é inadmissível que se desfaça do dólar em suas transações e, além disso, equipe seu exército com bilhões de dólares de armas russas.

C. No contexto internacional:

1. Cuba em troca da Crimeia? Ainda que não tenham nada a ver, essa iniciativa foi, sem dúvida, a jogada mais magistral de Obama contra a China e a Rússia, que se atreveram a entrar de cheio no quintal dos EUA. Passou despercebida a Resolução 758, aprovada em dezembro pelo Congresso dos EUA, e que insta o governo e os países aliados não só a armar a Ucrânia, mas a tomar medidas militares contra a Rússia.

Moscou, que se sente acurralada, em manobras sem precedentes, exibiu no dia 31 de outubro o voo de seus quatro aviões Tu-95 (equivalente aos B-52 americanos) no céu da OTAN, desde o Báltico até Portugal.

2. Não é motivo de preocupação para os EUA que a China, o principal inimigo do império para Obama, tenha se transformado no segundo sócio comercial de Cuba (e de outros países latinos) depois de ninguém menos que a Venezuela?

3. O temor de que o aumento das relações de China e Rússia com a região inclua também sua presença militar. Por isso, resgatam a memória da crise dos mísseis de 1962 para justificar a difusão do medo. A imprensa do dia 12 de novembro ressaltou que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, organizou patrulhas nas águas do Golfo do México, ainda que tenha desmentido que a Rússia fosse reativar as instalações de espionagem eletrônica de Lourdes (Cuba), o mais potente centro de escutas da URSS no exterior para monitorar as comunicações dos EUA. Lourdes foi fechada em 2001 por problemas financeiros e também pela pressão de Washington.

4. Os EUA, que agora dedicam poucos recursos na defesa de suas fronteiras (enquanto investe quantidades absurdas para desestabilizar as fronteiras dos demais, recorrendo à excepcionalidade dos EUA), se verão forçados a investir dinheiro nisso e aumentar a militarização da região. Este é um fator contraproducente para atrair a confiança de estados que ele pretende iludir.

5. Obviamente, o peso do temor de perder a América Latina é muito maior que o de fazer negócio com um pequeno e pobre país como Cuba (não se trata de um Irã, de 80 milhões de consumidores e suas imensas reservas de petróleo). Foi casual o fato de, um dia antes de anunciar a boa notícia, Obama ameaçar Moscou com novas sanções?

6. Há cinco meses, quando houve a queda do avião malaio sobre a Ucrânia, passou despercebida a notícia da visita de Vladimir Putin na América Latina; poucos perceberam que Moscou havia perdoado 90% dos 26 bilhões de euros da dívida que Cuba havia contraído com a União Soviética. Putin também assinou com Cuba importantes contratos de investimento na indústria petrolífera da ilha, a construção do novo aeroporto da capital, a criação de uma empresa aérea russo-cubana, e a cooperação na produção de produtos farmacêuticos, agrícolas, de transporte, mineração e turismo. Mas agora que a Rússia (assim como a Venezuela) foi tocada pela queda dos preços do petróleo e pelas sanções econômicas (e dificilmente possa cumprir os acordos), Mr. Marshall pensa em chegar com seus milhões ao país que empobreceu previamente.

7. Para os russos, Cuba é mais do que uma questão geopolítica ou de reputação. É uma questão sentimental. E acreditam que arranha a imagem russa o fato de que agora os norte-americanos queiram ocupar seu lugar na Ilha.

Moscou e Pequim opinam

Dmitry Rogozin, vice-primeiro-ministro russo, considera que a tática calculada do novo enfoque da Casa Branca, mesmo sendo positivo para os cubanos, não é mais do que um “abraço de urso” para estrangular Cuba.

A China elogia Obama por demonstrar que é um estadista que soube transformar “um jogo de nenhum ganhador em um no qual todos ganham”, e o vê como o “legado mais memorável de sua presidência”.

Os EUA não aprendem com seus erros

Reconhecer que o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba não provocou um levante popular contra o governo socialista não significa que Washington vá deixar de utilizar essa tática – que, segundo o direito internacional, é uma declaração ilegal de guerra contra uma nação. Nem sequer funcionou contra o governo impopular de Saddam Husein no Iraque, e é improvável que provoque mudanças nas políticas de Putin.

Cuba, que se beneficia com a entrada de tecnologia e capital norte-americanos – agora que a Rússia e a Venezuela estão sofrendo com a sabotagem petrolífera –, não poderia nem deveria perder essa oportunidade com o governo Obama: afinal, os mais belicosos ameaçam ocupar o Salão Oval em 2016. Para além de toda a especulação sobre o futuro de Cuba, hoje, vendo as nações inteiras que ardem no fogo das guerras, o primordial é a defesa da diplomacia nos conflitos entre os estados. A paz é a condição prévia para qualquer ação democrática.

É possível que o presidente Obama, com esse “pequeno” passo que deu com Cuba, esteja dando um passo gigante para conseguir o grande prêmio de sua política externa: Irã (e este é o 18º motivo). Ele conseguirá?

segunda-feira, janeiro 05, 2015

Número de negros em universidades brasileiras cresceu 230% na última década

Número de negros em universidades brasileiras cresceu 230% na última década


Para cada cem médicos formados no país, menos de três são negros; salários para pessoas com mesma formação e função também variam de acordo com a cor da pele
Por Rede Angola


Mais da metade da população brasileira se autodeclarou negra, preta ou parda no censo realizado pelo IBGE em 2010. Mas apenas 26 em cada 100 alunos das universidades do país são negros. Apesar de ainda muito inferior, o acesso da população negra ao ensino superior aumentou 232% na comparação entre 2000 e 2010. Os dados constam no infográfico Retrato dos Negros no Brasil feito pela Rede Angola.
O aumento no acesso à formação universitária reflete as políticas afirmativas implementadas pelo governo nos últimos anos, em resposta às reivindicações históricas do movimento negro no país, mas os dados apontam o gargalo ainda existente: de cada cem formados, menos de três, ou 2,66%, são pretos, pardos ou negros.
Outro aspecto apontado pelo site angolano é que para cada R$100 reais ganhos por um branco, um homem negro, com a mesma formação e na mesma função, recebe R$57,40. No caso de uma mulher negra, o salário cai para R$38,5.
Confira:
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Foto de capa: Bruno Spada/ABr
*revistaforum

‘MAIS MÉDICOS’ ZERA MORTALIDADE INFANTIL

A medicina humanizada PiauiA informação de que os médicos cubanos estão sendo fundamentais na erradicação da mortalidade infantil em terras brasileiras deveria ser amplamente divulgada pelos veículos de comunicação de massa.

A seguir, assistam ao vídeo divulgado pelo blog do Efrém Ribeiro do grupo Meio Norte de comunicação.



Programa 'Mais Médicos' zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí
Por Efrém Ribeiro

Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guerava, em sua cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica.

“Há um ano não registramos nenhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.

Esta realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para oferecer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.

“Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.

Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão,diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacientes de Barras, que são programadas e os pacientes atendidos são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recentemente), gestantes, hipertensos e idosos.

“Nós não temos mortalidade infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, que tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar Diaz.

Olívia Rodriguez e Omar Diaz afirmam que trabalhar [no Brasil] é diferente de onde trabalharam antes com atenção básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo era precário.

No Paraguai igual, não tinha rede implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde, não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países fomos nós que criamos a rede de atenção primária”, falou Olívia Rodriguez.

Omar Diaz, 23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em Barras.

“Temos encontrado uma população muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos ajudando a melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, falou Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema.

Médicos cubanos 1 PI
Abraços e atenção ajudam na cura dos pacientes

Omar Diaz percebeu que muitos pacientes ficam curados mais rápido com um abraço, um cuidado mais afetuoso e fraterno. As pessoas ficam muito agradecidas.

Omar Diaz afirma que quando estão fazendo visitas domiciliares, os pacientes dizem que nunca um médico foram em suas casas. Pedem desculpas porque não podem oferecer refeição melhor, mas Omar Diaz e Olívia Rodriguez avisam que as famílias estão se alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.

"São pessoas muito carentes e quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito contentes porque elas falam dos problemas de saúde que têm e nós também falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas", fala Omar Diaz.

Omar Diaz afirma que abraçar e ouvir o paciente ajuda psicologicamente os doentes e em sua cura.

"As pessoas que estão acamadas ficam depressivas. A gente fala com elas, falamos que vão melhorar a saúde. Essas pessoas ficam psicologicamente animadas, é a palavra do médico animando o paciente. Isso ajuda na cura", diz Omar Diaz.

"Tem pacientes que dizem que bastou o médico olhar e já melhoraram. Dizem: 'esse médico me olhou e eu já me senti bem", afirma Olívia Rodriguez.

"Quando o médico fala, conversa é muito importante para o paciente e também é muito importante o médico escutar o que o paciente fala. Isso é muito importante para a recuperação e melhorar ao paciente", falou Omar Rodriguez.

Médicos cubanos 2 PI
Médica cubana faz terapia contra vício em medicamentos

A médica cubana Olívia Rodriguez Gonzalez iniciou um trabalho com 42 mulheres de uma comunidade da periferia de Barras com atividades fisioterápicas para que rompam o ciclo fármaco, vício de medicamentos para dormir, medicamentos ansiolíticos usados como tranquilizantes e contra ansiedade.

O ciclo fármaco é formado por medicamentos como o diazepan, rivotril, contra insônia, antidepressivos e ansiolíticos.

"O resultado é que as mulheres não tomam mais cinco medicamentos que tomavam, estão mais alegres, perderam peso. São 42 mulheres integradas nas atividades fisioterápicas", falou Olívia Rodriguez.

O trabalho é realizado com mulheres do bairro Residencial Morada de Barras. São realizadas atividades físicas com as mulheres. A coordenadora de Atenção Básica de Barras, Saara Serafim, disse que o trabalho dos médicos cubanos é muito positivo no município.

"Foram muito bem recebidos pela comunidade. Hoje nós temos médicos pela manhã e tarde de segunda-feira a quinta-feira atendendo os pacientes da maneira adequada e a população está muito satisfeita.

Já estamos até ampliando a rede de atenção básica. Nós começamos com 17 equipes e nós estamos com 19. Graças a Deus estamos conseguindo isso porque, antes, nós tínhamos dificuldades com médicos porque eles só atendiam duas vezes na semana", falou Saara Serafim, adiantando que chegou a ficar seis meses sem médicos para atender a população na atenção básica. Hoje Barras tem seis equipes do Programa Mais Médicos.

Paciente Piaui Mais Médicos
"A médica pergunta, fala e sorri", diz vendedora em Piripiri

A lavradora e vendedora Maria Aparecida Ferreira, de 48 anos, estava sendo atendida no Posto de Saúde João Mariano dos Santos, no bairro Caixa D´Água, em Piripiri.

Ela vinha sendo atendida por um médico cubano que viajou de volta para Cuba e foi substituído por outra médica cubana, Maritza Duquen Labore. Maria Aparecida Ferreira diz que os médicos cubanos dão atenção ao paciente, fazem perguntas, ficam ouvindo o que o paciente tem a dizer e sorriem.

"O médico cubano é melhor, ele dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, e explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários médicos.

Os outros médicos não falavam, nem olhavam para a gente, não dava atenção, só escrevia no papel. O médico cubano ouve a gente, fala, sorri. Foi melhor, eu adorei", falou Maria Aparecida.

A estudante do curso de Administração na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Laiana Moreira, de 25 anos, faz acompanhamento e controle de sua diabetes no Posto de Saúde no bairro Caixa D´Água, em Piripiri, e é atendida por médico cubano do Programa Mais Médico.

"O tratamento é mais adequado, o médico cubano dá atenção, avalia o nível de glicemia (taxa de açúcar no sangue), faz exames. A diferença entre os médicos cubanos e os outros é grande.

Eles são mais atenciosos. Dão mais atenção, perguntam o que a gente está sentindo, já os outros não, só passam os exames. Os médicos cubanos perguntam antes de pedir e autorizar os exames", fala Laiana Moreira.

FONTE: Blog do Efrém Ribeiro (clique aqui)

maturidade emocional Laércio Fonseca

Nós somos uma metamorfose.. algo sempre grande esta por vir incessantemente...enquanto temos vida, temos mudanças; física, moral e espiritual...



*Silvia Amalia Carcagnolo 

domingo, janeiro 04, 2015

Como o Estado autoriza que um indivíduo possa se tratar com uma droga com altas quantidades de THC, se isso faz mal, e o mesmo Estado, prenda pessoas que utilizam a tal planta que com contém o tal THC?! Resolva esse enigma.

A CHARADA DO ANO: Brasil e sua política de drogas esquizofrênica


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Diego Ferreira¹, agente da lei, Conselheiro Estadual de Políticas sobre Drogas – CONED no Rio Grande do Sul e porta-voz da Leap Brasil, aborda a esquizofrenia acerca da nossa política de drogas, em que ao tempo que um indivíduo é autorizado a se tratar com uma droga com altas quantidades de THC, o mesmo Estado que autoriza, prende pessoas que utilizam a tal planta que com contém o tal THC!?
Resolva esse enigma, essa é a charada do ano, que coloca em xeque a política esquizofrênica de repressão das drogas.
Como já é notório na medicina e na ciência, as drogas, sejam elas legais ou ilegais, têm o potencial de causar dependência química, física ou apenas psicológica, sendo que sua classificação de risco, e de crime, hodiernamente, como ilícita ou lícita, é uma decisão político-econômica e não com fundamento nas ciências da saúde e de políticas públicas eficientes.
A história nos mostra que todas as substâncias em algum momento foram consideradas inapropriadas, do mal, e portanto proibidas e criminalizadas. O tabaco foi proibido e criminalizado e seus usuários eram condenados a penas duríssimas, como jogar chumbo derretido na garganta dos condenados e à pena de morte. O Álcool, foi proibido e criminalizado, sendo que seus usuários eram presos. Essas políticas de repressão baseadas nos preconceitos, controle de mercado e imposição de certos aspectos morais, não se sustentaram, haja vista sua impopularidade e por que geraram os maiores desastres sociais e econômicos para os países que as implementaram.
As nações que inteligentemente estão revendo e aperfeiçoando suas políticas de drogas e suas leis criminais sobre drogas, estão obtendo resultados satisfatórios, como redução drástica da criminalidade rasteira, da violência gratuita (homicídios), de doenças e, principalmente, a redução de dependentes, pelo seu acolhimento e tratamento.
Aperte e Leia: Polícia Drogada
Como sabemos, há níveis do consumo de drogas, sendo que o indivíduo pode ter um consumo moderado, de abuso ou compulsivo (que pode se tornar uma dependência). Segundo publicado noeditorial do NYT, o Tabaco é a droga com maior índice de dependência, com 32% dos casos, seguidos de Heroína 23%, Cocaína 16%, Álcool 15%, Ansiolíticos 9% e Maconha 9%. Sabemos também que essas pessoas do grupo de risco, podem ter sérios problemas com certas drogas, contudo elas são a exceção, pois a substância em si não é o problema, mas quem a consome, quanto e qual a relação que esse indivíduo tem com a substância.
Ótimo!, então chegamos a um consenso. As pessoas não usam drogas e saem matando, estuprando e todas as violências possíveis, como se tivessem se transformado no “Huck!”. A maconha, por exemplo, é uma droga sedativa, diferente da cocaína que é estimulante (café é estimulante).
O CFM aprovou que médicos prescrevessem o tal CBD, que é um composto da planta Cannabis Sativa. Esse CBD nada mais é que um extrato in natura retirado da planta, ou seja, é maconha líquida, e segundo os pesquisadores sempre contém traços de THC, pode zerar convulsões de criança com epilepsia, entre outras graves enfermidades. O senhor THC, que foi sempre o vilão e agora ficou isolado, segundo alguns especialistas faz com que as pessoas fiquem violentas. Todavia, pesquisas e prática da vida mostraram que o vilão do THC ajuda pessoas com outras enfermidades graves.
Diante disso, é que se instala no Brasil a charada do ano, que coloca em xeque a política de repressão esquizofrênica das drogas. Se o senhor THC faz todo esse mal que dizem que ele faz, se ele é o próprio anticristo na terra, quase se personificando em um “Ser” que mata, como explicar que o Estado Brasileiro, através do Poder Judiciário, permitiu que uma cidadã mineira pudesse se tratar com uma droga (SATIVEX) que contém de forma concentrada 45% de THC ?! (as plantas contém de 2% a 5%, sendo que o haxixe que é uma pasta quase sólida extraída da resina pode apresentar até 30%). Com o raciocínio de que o THC é próprio sujeito da capa preta com a foice, essa cidadã seria a próxima “serial killer”.
Como o Estado autoriza que um indivíduo possa se tratar com uma droga com altas quantidades de THC, se isso faz mal, e o mesmo Estado, prenda pessoas que utilizam a tal planta que com contém o tal THC?! Resolva esse enigma.
¹Inspetor de Polícia, pós-graduado em Segurança Pública e Cidadania pela UFRGS. Trabalha no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico-DENARC, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Conselheiro Estadual de Políticas sobre Drogas do RS. Membro e Porta-Voz do movimento Law Enforcement Against Prohibition (Leap- Brasil).
Foto de Capa: Renato Cinco - MM RJ 2014

Coreia do Norte diz que novas sanções dos EUA são políticas hostis

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Na foto: Kim Jong-un, foto de arquivo

A Coreia do Norte criticou neste domingo (4) as novas sançõesimpostas pelos Estados Unidos contra o país, chamando-as de políticas hostis e repressivas por Washington.

O presidente dos EUA, Barack Obama, emitiu neste sábado (3) executiva autorizando a expansão das sanções contra a Coreia do Norte, após ataque de hackers à Sony Pictures Entertainment, pelo qual Washington culpa Pyongyang.
"A política persistentemente perseguida pelos EUA para sufocar a RDPC (Coreia do Norte), fomentando de forma infundada hostilidade para o país, só irá endurecer a sua vontade e a resolução de defender a soberania do país", disse o porta-voz do Ministério do Exterior citado pela agência de notícias estatal da Coreia do Norte KCNA.
"A ação persistente e unilateral tomada pela Casa Branca para atirar sanções contra a RDPC notoriamente prova que ela ainda não está longe da repugnância inveterada e da hostilidade para com a Coreia do Norte", afirmou.
Na sexta-feira (2), os EUA anunciaram novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte, as primeiras medidas após o ataque cibernético contra a Sony Pictures. As ações têm como foco os setores de defesa e espionagem do regime norte-coreano.
"As ações e políticas provocativas, desestabilizadoras e repressivas do governo da Coreia do Norte, incluindo os atos cibernéticos destrutivos em novembro e dezembro de 2014, constituem uma ameaça contínua aos Estados Unidos", afirmou o presidente Barack Obama em carta à Câmara e ao Senado.
Divulgadas pelo Departamento do Tesouro, as sanções incluem três organizações norte-coreanas, entre elas o Reconnaissance General Bureau, a principal agência de inteligência do país e responsável pelo comércio de armas e também por grande parte das operações cibernéticas do país.
-*http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/Coreia-do-Norte-diz-que-novas-san-es-dos-EUA-s-o-pol-ticas-hostis-6636/
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/Coreia-do-Norte-diz-que-novas-san-es-dos-EUA-s-o-pol-ticas-hostis-6636/

Bolívia tem o maior crescimento do PIB na América Latina em 2014

 O Banco Central da Bolívia anunciou nesta quinta-feira (1°) que o país registrou um incremento de 50% das Reservas Internacionais em 2014. O número representa US$15 bilhões do PIB (Produto Interno Bruto), colocando a economia boliviana como a de maior alta em termos de reserva na América Latina no ano passado.


 Evo Morales, presidente da Bolívia. Evo Morales, presidente da Bolívia.
De acordo com informações da Rede Telesur, entre os países com melhor desempenho nas Reservas Internacionais, os 50% da Bolívia superam Uruguai (30%), Peru (29%), Paraguai (24%), Brasil (17%), Chile (16%), México (15%) e Colômbia (12%).

Em comunicado oficial, o Banco Central boliviano afirmou dar "grande respaldo" às políticas cambiais e monetárias a fim de "dar estabilidade ao sistema financeiro e às atividades econômicas do país".

O governo boliviano reiterou que crescimento econômico do país “é fruto do aproveitamento racional dos recursos naturais”. Para o Banco Central, utilizar as Reservas Internacionais para a proteção da economia é uma das estratégias para enfrentar a queda dos preços do petróleo.

Bolívia melhorou índices sociais e econômicos


Em termos econômicos, a Bolívia resistiu melhor que grandes economias latino-americanas à crise financeira internacional iniciada em 2008. O movimento de combate aos efeitos da crise foi feito pela forte presença de empresas públicas, que foram ampliadas, em todos os estados do país de forma descentralizada e contribuíram para fortalecer o mercado interno.

Após nacionalizar setores estratégicos, o país ordenou as contas, redistribuiu excedentes econômicos com políticas sociais e isso “teve um efeito dominó no consumo interno, além de satisfazer necessidades básicas, que antes eram insatisfeitas. Além disso, o modelo adotado hoje permite ao país acumular uma reserva que se encontra acima da média regional em termos do PIB, o que aplaude o FMI”, avalia Alfredo Serrano, economista, diretor do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica  (Celag) e professor de pós-graduação da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

Fonte: Opera Mundi

Rússia se reunirá com "quarteto de Normandia" em 5 de janeiro

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Foto de arquivo

A Rússia confirmou sua participação na reunião do "quarteto de Normandia" em Berlim, relata a agência de notícias Tass.

As negociações serão realizadas em 5 de janeiro ao nível de dirigentes políticos da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França. A parte russa será representada pelo diretor do segundo departamento para os países da CEI do Ministério das Relações Exteriores Viktor Sorokin, disse fonte da agência.
Anteriormente, tinha sido relatado que na capital alemã na segunda-feira se poderia realizar uma reunião para a resolução da crise ucraniano.
Antes, o presidente da Ucrânia Piotr Poroshenko disse que o encontro sobere a crise na Ucrânia seria realizada a 15 de janeiro na cidade de Astana (Cazaquistão).
*http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/R-ssia-se-reunir-com-quarteto-de-Normandia-em-5-de-janeiro-4277/
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/R-ssia-se-reunir-com-quarteto-de-Normandia-em-5-de-janeiro-4277/

O Sadismo Covarde Explícito de israel

Soldados de ‪#‎Israel‬ se divertindo e rindo enquanto bombardeiam casas em ‪#‎Gaza‬
Revoltante, o pior cego é aquele que não enxerga o Apartheid israelense.
IDF Soldiers having fun and laughing while bombing houses in Gaza.
Sickening video. Watch and share.
*Redesocialcomunistas