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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 04, 2015

Rússia se reunirá com "quarteto de Normandia" em 5 de janeiro

Rússia, França, Alemanha, Ucrânia, política, crise, negociações, reunião
Foto de arquivo

A Rússia confirmou sua participação na reunião do "quarteto de Normandia" em Berlim, relata a agência de notícias Tass.

As negociações serão realizadas em 5 de janeiro ao nível de dirigentes políticos da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França. A parte russa será representada pelo diretor do segundo departamento para os países da CEI do Ministério das Relações Exteriores Viktor Sorokin, disse fonte da agência.
Anteriormente, tinha sido relatado que na capital alemã na segunda-feira se poderia realizar uma reunião para a resolução da crise ucraniano.
Antes, o presidente da Ucrânia Piotr Poroshenko disse que o encontro sobere a crise na Ucrânia seria realizada a 15 de janeiro na cidade de Astana (Cazaquistão).
*http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/R-ssia-se-reunir-com-quarteto-de-Normandia-em-5-de-janeiro-4277/
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_04/R-ssia-se-reunir-com-quarteto-de-Normandia-em-5-de-janeiro-4277/

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