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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 20, 2015

A Petrobras vem sendo esquartejada por bandidos, há anos. Eles visam roubar a coletividade para usufruírem mais bens materiais e maior poder político.

Je suis Petrobras! Je suis BraSil! Je suis Povo Brasileiro!

Paulo Metri 
A Petrobras vem sendo esquartejada por bandidos, há anos. Eles visam roubar a coletividade para usufruírem mais bens materiais e maior poder político. Além disso, no estágio atual da humanidade, o ladrão de sucesso, aquele que rouba sem ser descoberto, deve se sentir orgulhoso perante sua categoria, pela esperteza demonstrada. Quem sabe o quanto a Petrobras já foi roubada, desde priscas eras, é o engenheiro Pedro Celestino Pereira, que escreveu o artigo “Em defesa da Petrobras”.
Mal comparando, porque muitos terroristas têm crenças, que podem ser consideradas erradas, mas seus métodos violentos de destruição do inimigo lembram muito os assaltantes do Estado brasileiro, ou seja, os usurpadores da nossa sociedade.
A Petrobras caricatura, sem ter esta intenção, a exploração das empresas estrangeiras no nosso país, mostra com ênfase as imperfeições destas empresas, salienta seus traços grotescos de não contribuição para o desenvolvimento nacional, como as empresas nacionais contribuem. A Petrobras não remete lucro para o exterior, não paga preços superfaturados de importações da matriz, até porque pertence à sociedade brasileira. Assim como não subfatura as exportações para a matriz, não finge comprar assistência técnica para transferir mais lucro para fora, não traz equipamentos, engenharias e modelos obsoletos para aumentar a rentabilidade de projetos aposentados nos países de origem.
Nos anos 90, encapuzados neoliberais de caneta-metralhadoras nas mãos, invadiram a empresa, tentando matá-la, buscando trocar seu nome, vendendo suas ações em fóruns hostis ao nosso povo, buscando fatiá-la como preparação para a privatização futura, tudo para a glória do líder supremo, o capital internacional. Os encapuzados gritavam: “vamos vingar os anos de rebeldia com o impuro monopólio estatal e sem a sagrada competição”. Competição esta regulada por seguidores do fundamentalismo neoliberal, colocados nos cargos do governo brasileiro pelos próprios terroristas.
Trabalhadores da empresa, comprometidos com a sociedade e de visão cristalina, foram expurgados pelos adeptos da religião radical. Outros, com instinto de sobrevivência, se subordinaram aos novos mandamentos, apesar de não crerem no novo livro sagrado. Alguns se tornaram adeptos fanáticos desta religião, pois, desde criancinhas, graças a seus DNA, eram adoradores da esperteza para o acúmulo da capital.
Trata-se de um embate de diferentes culturas. De um lado, aquela que privilegia a ganância, com princípios como: deve-se comprar onde for mais barato, mesmo que não seja uma compra local; nada de ajudar ao atingimento de políticas públicas; dilapide-se o patrimônio coletivo, por exemplo, através de um programa de desinvestimento; crie-se um exército de traidores do povo, dentro do Estado brasileiro, para influenciar em decisões governamentais de grande repercussão para a sociedade, como as decisões de leilões de petróleo ou de fixação do percentual do lucro da atividade petrolífera a ser destinado para o Fundo Social. Já a outra cultura, que se choca com a da ganância, é a da solidariedade, cujas características são intuitivas, não precisando de explicações.
Os encapuzados neoliberais atacaram não só a Petrobras, mas todo o Estado brasileiro, com a corrupção dos núcleos Al-Qaeda no congresso nacional, que aprovava leis em detrimento do interesse do povo, com os talibãs da comunicação a desinformarem e alienarem os brasileiros. E, assim, dilapidaram boa parte da riqueza nacional já constituída.
Agora, surgem uns alienados roubando também a empresa, que, como células perdidas do terrorismo neoliberal são verdadeiros broncos, ladrões de galinha nada sutis, tanto que foram descobertos, mas até ajudaram a dissimular a atuação dos seguidores do grande capital internacional. Ajuda que inspira a possibilidade de se identificar o ocorrido como operação da CIA e NSA.
Eu não sou somente Petrobras. Mais que tudo, sou sociedade brasileira!
Paulo Metri é conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania.



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