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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 21, 2015

Aventura de moto em Cuba com filho de Che Guevara

 
Os motociclistas de perfil mais revolucionário e histórico podem aproveitar os pacotes de turismo sobre duas da agência La Poderosa Tours pelas belezas típicas da ilha de Cuba. A empresa é um empreendimento de Ernesto Guevara, filho de Che Guerava, que lutou ao lado de Fidel Castro na revolução que mudou o sistema político da ilha.
Com sede na Argentina e escritório em Cuba, a La Poderosa Tours oferece roteiros de motocicleta pela ilha que contemplam a cidade de Santa Clara, conhecida pelo museu da revolução, além de circuitos que combinam belas paisagens e um grande acervo histórico, partindo das viagens de moto de Che Guevara na década de 1950 por vários países da América Latina.
A agência La Poderosa Tours oferece pacotes de moto com roteiros de seis e nove dias por Cuba com taxas iniciais na faixa de US$ 3 mil, incluindo serviços de hospedagem, alimentação, guia turístico, além de moto Harley-Davidson, marca que mantém forte tradição na ilha e que conta com seu próprio H.O.G. Mais informações no site lapoderosatours.com.
Foto: Divulgação


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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