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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 09, 2015

MANIFESTO EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO E DO PARLAMENTO Pelo imediato arquivamento da PEC do financiamento empresarial das campanhas eleitorais

Juristas alertam sobre inconstitucionalidade de manobra de Cunha por financiamento privado

Documento pede fim da tramitação e será entregue à juíza Rosa Weber, relatora no STF do mandado de segurança de deputados contrários à condução da votação da reforma política
por Redação RBA 
J. BATISTA / CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Eduardo Cunha, na sessão em que recolocou em votação doação de empresas a partidos: inconstitucional
São Paulo – Cerca de 200 juristas pretendem entregar na quarta-feira (10) à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber manifesto público contra a aprovação da emenda que constitucionaliza as doações de campanhas eleitorais por empresas a partidos políticos – ela é a relatora do mandado de segurança que pede a suspensão da tramitação da matéria, impetrado por 61 deputados de seis partidos. A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados na semana passada, após manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O documento tem pareceres de juristas como Fábio Konder Comparato, Dalmo Dallari e Celso Bandeira de Mello, e também é assinado pelo atual presidente, alguns ex-presidentes e de conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de professores de Direito de 23 estados.
O manifesto afirma que houve inconstitucionalidade no procedimento que resultou na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/2007. "Não se pode rasgar a Constituição para atender à vontade de uma pessoa, sob risco de se instalar uma anarquia jurídica", disse o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère Machado ao jornal O Estado de S.Paulo. Segundo ele, os juristas se somam aos que defendem a suspensão imediata da tramitação da PEC e impedir sua votação em segundo turno.
A PEC foi aprovada em primeiro turno pela Câmara, em 27 de maio, com praticamente o mesmo conteúdo de uma matéria rejeitada na véspera pelo plenário. Tanto os deputados que subscrevem o mandado quanto os juristas que assinam o manifesto argumentam que a manobra de Cunha de colocar pela segunda vez em votação uma emenda rejeitada na véspera fere o artigo 60 da Constituição, que proíbe que uma matéria seja votada duas vezes no mesmo ano.
Leia a íntegra do manifesto dos juristas:
MANIFESTO EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO E DO PARLAMENTO
Pelo imediato arquivamento da PEC do financiamento empresarial das campanhas eleitorais
No dia 26 de maio, o povo brasileiro comemorou a rejeição, na Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional que instituía o financiamento empresarial a partidos e candidatos. Lamentavelmente, no dia seguinte, o Presidente da Câmara submeteu novamente à apreciação dos Deputados a possibilidade de doações a partidos para fins eleitorais. Após a mudança de orientação de alguns deputados, a proposta foi aprovada. O noticiário a respeito das pressões sofridas por estes parlamentares estarreceu quem quer que idealize uma política mais ética e ficará na história nacional como uma nota triste de agressão à liberdade do Poder Legislativo.
A influência do poder econômico sobre a política é absolutamente incompatível com a Constituição Federal, em cujo cerne residem princípios como a república, a democracia e a igualdade. Se a PEC vier a ser aprovada, a desigualdade e a corrupção invadirão a esfera constitucional, e o preceito vigorará como um corpo estranho na Constituição Republicana e Democrática do Brasil.
A defesa da institucionalidade democrática demanda o pleno respeito ao ordenamento jurídico, ganhando relevo a observância do “devido processo legislativo” fixado no próprio texto constitucional. A votação ocorrida no dia 27 violou as regras instituídas no inciso I e no § 5º do artigo 60 da Constituição Federal, que norteiam o processamento das Propostas de Emenda Constitucional. A Carta da República não autoriza que a matéria seja rediscutida senão no ano seguinte, e uma nova PEC, tanto quanto a anterior, deveria ser assinada por, no mínimo, 1/3 dos Deputados. São normas que impedem que a alteração do texto constitucional se converta em uma trivialidade cotidiana da vida parlamentar. Se a Constituição é norma superior, sua alteração deve ocorrer apenas por meio de um procedimento responsável e democrático, sob pena de se corroer sua força normativa.
Em defesa da Constituição Federal, 63 parlamentares de diversos partidos impetraram Mandado de Segurança perante o Supremo Tribunal Federal, em que se requer a interrupção imediata dessas violações, que antecipam um futuro sombrio para a atividade parlamentar no Brasil. Os subscritores do presente manifesto, profissionais do direito imbuídos de convicções democráticas, expressam seu apoio a essa iniciativa de defesa da integridade do Parlamento e da higidez constitucional dos procedimentos congressuais. O Supremo Tribunal Federal saberá impedir que prevaleça o arbítrio praticado, preservando a dignidade do processo legislativo e os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Celso Antonio Bandeira de Mello
Cezar Britto
Dalmo de Abreu Dallari
Fábio Konder Comparato
Juarez Tavares
Luiz Flávio Gomes
Marcello Lavenère Machado
Marcus Vinicius Furtado Coelho
Nilo Batista
ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA
Adamo Dias Alves - Professor de Teoria da Constituição - Departamento de Direito campus
Governador Valadares, Universidade Federal de Juiz de Fora.
Adilson Rodrigues Pires, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ, Ex-Coordenador do
Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ
Adriano De Bortoli, Professor da Escola nacional da Administração Pública
Adriano Pilatti, Professor de Direito Constitucional e Processo Legislativo da PUC-RJ
Afeife Mohamad Hajj, Conselheiro Federal da OAB  (Mato Grosso do Sul)
Afrânio Silva Jardim, Professor Associado de Direito Processual Penal da UERJ
Aldemário  Araújo Castro, Professor da UnB, da OAB/DF
Aldemario Araujo Castro, Conselheiro Federal da OAB  (Distrito Federal)
Alessandro Canedo, Conselheiro Estadual da OAB (Tocantins)
Alex Hennemann, Conselheiro Estadual da OAB (Tocantins)
Alex Sampaio do Nascimento (Amapá)
Alexandre Cesar Dantas (Roraima)
Alexandre Mantovani, Conselheiro Federal da OAB  (Mato Grosso do Sul)
Alexandre Melo Franco Bahia (UFOP)
Ana Paula Correa Salles, Professora de Direito Internacional Público da UERJ e da UCAM
Ana Sara Korenchendler, Professora de Direito Civil da UERJ
André Godinho, Conselheiro Federal da OAB  (Bahia)
André Karam Trindade (IMED-RS)
Andre Luiz Barbosa Melo (Tocantins)
André William Chormiak, advogado no Mato Grosso, especialista em Direito e Controle Externo
na Administração Pública
Antônio Augusto Madureira de Pinho, Professor de Filosofia do Direito da UERJ, Ex-Diretor da
Faculdade de Direito da UERJ
Antonio Xavier - Conselheiro Estadual (Pernambuco)
ARTUR CORTEZ BONIFÁCIO,  Mestre e Doutor em Direito Constitucional PUC/SP, Professor
Augusto Vasconcelos, advogado e presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia
Bernardino Dias de Souza, Conselheiro Federal da OAB  (Roraima)
Bernardo Gonçalves Fernandes (UFMG)
Bruno Stigert, Professor de Ética da UFJF
Carlos Alexandre de Azevedo Campos, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ
Carlos Eduardo Guerra de Moraes, Professor de Direito Civil da UERJ, Diretor da Faculdade de
Direito da UERJ.
Carlos Eduardo Soares de Freitas,  advogado,  professor, Salvador/BA.
Carlos Frederico Nóbrega Farias (Paraíba)
CARLOS SANTIAGO, Cientista Político e Presidente da Comissão de Reforma Política da
OAB/AM
Carol Proner, Professora de Direitos Humanos da UFRJ
CAROLINA ZANCANER ZOCKUN - Professora de Direito Administrativo da PUC/SP
Cesar Moreno (Paraná)
Cicero Borges Bordalo Júnior, Conselheiro Federal da OAB  (Amapá)
Cintia Ribeiro de Freitas - membro CNDPVA
Cláudio Pereira de Souza Neto, advogado, Secretário Geral da OAB
Conselheira Federal Valeria Lauande Carvalho (Maranhão)
Cristiano Paixão (UnB)
Daniel Santos de Oliveira - Presidente da Associação Brasileira dos Advogados no Tocantins
Daniel Sarmento, Professor Adjunto de Direito Constitucional da UERJ, Coordenador da Clínica de
Direitos Fundamentais da UERJ
Davi Tangerino, Professor Adjunto de Direito Penal da UERJ
Derli Passos - civilista e membro da Comissão de Reforma Política da OAB/AM
Dierle Nunes (PUC Minas; UFMG)
Dimas Salustiano (UFMA e UNISULMA)
Djalma Frasson, Conselheiro Federal da OAB  (Espírito Santo)
Edilson Oliveira e Silva, Conselheiro Federal da OAB (Pará)
Edina Claudia Carneiro Monteiro, advogada, Salvador/BA.
Edmilson Barreiros, Procurador Regional Eleitoral no Amazonas
Edvalter Souza Santos, Advogado, Salvador, BA.
ELIANE BARROS - Mestre em Direito Civil Comparado pela PUC/SP. Advogada
Elisa Helena Galante, Conselheiro Federal da OAB  (Espírito Santo)
Elton José de Assis (Rondônia)
Elton Sadi Fulber (Rondônia)
Emerson Gabardo - Professor de Direito Administrativo da UFPR
Emilio Peluso Neder Meyer (UFMG)
Enzo Baiocchi, Professor Adjunto de Direito Comercial da UERJ e da UFRJ
Enzo Bello, Professor Adjunto de Direito Público da UFF, Coordenador do Programa de Pós-
Graduação em Direito Constitucional da UFF
Esdras Dantas - Presidente da ABA Nacional
Eurico Soares Montenegro Neto (Rondônia)
Evandro Castello Branco Pertence, Conselheiro Federal da OAB  (Distrito Federal)
Evanio José de Moura, Conselheiro Federal da OAB  (Sergipe)
Everaldo B. Patriota, Conselheiro Federal da OAB  (Alagoas)
Fábio Antonio de Magalhães Nóvoa, advogado, Salvador/BA.
Fábio Carvalho Leite, Professor de Direito Constitucional e Teoria da Constituição
Fábio Zambitte Ibrahim, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ
Felipe Sarmento, Conselheiro Federal da OAB  (Alagoas)
Fernanda Marinella, Conselheira Federal da OAB (Alagoas)
Francisco de Guimarães, Professor de Direito Constitucional e Teoria Política da PUC-RJ
Francisco Eduardo Torres Esgaib (Mato Grosso)
Gabriela Zancaner- Professora de Direito Constitucional da PUC/SP
Gedeon Pitaluga Júnior, Conselheiro Federal da OAB (Tocantins)
Geraldo Prado, Professor de Direito Processual Penal da UFRJ
Giberto Bercovici- Professor Titular de Direito Econômico da USP
Gilvania Maciel, Conselheira Federal da OAB (Paraíba)
Gisele Cittadino, Professora de Teoria da Justiça e História do Direito da PUC-RJ, Coordenadora
do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-RJ
Guilherme Leite Gonçalves, Professor de Sociologia Jurídica da UERJ
Gustavo da Gama Vital de Oliveira, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ
Gustavo Fontana, Mestre em Direito Público pela UFSC e Procurador Federal
Gustavo Henrique Freire - membro CNEO/CFOAB
Gustavo Siqueira, Professor de Sociologia Jurídica da UERJ, Coordenador do Curso de Graduação
em Direito da UERJ
Helder Ferreira, Conselheiro Federal da OAB  (Amapá)
Henri Clay Andrade (Sergipe)
Horêncio Serrou Camy Filho (Mato Grosso do Sul)
Horêncio Serrou Camy Filho, Conselheiro Estadual da OAB (Mato Grosso do Sul)
Hugo de Brito Machado Segundo, Professor Adjunto de Direito Tributário da UFC, Coordenador
do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC
Humberto Henrique Costa Fernandes do Rego (Rio Grande do Norte)
Iraclides Holanda de Castro, Conselheiro Federal da OAB  (Pará)
Jânia Maria Lopes Saldanha, professora da Universidade Federal de Santa Maria.
João Paulo Allain Teixeira (UNICAP/UFPE)
João Vieira - membro CNDPVA
João Vieira Neto, Conselheiro Estadual da OAB (Pernambuco)
Jorge Borba (Pará)
Jose Alberto Simonetti, Conselheiro Federal da OAB  (Amazonas)
José Carlos Moreira da Silva Filho (PUC-RS)
José Danilo Mota, Conselheiro Federal da OAB  (Ceara)
Jose Guilherme Zagallo (Maranhão)
Jose Mario Porto Jr (Paraíba)
José Ribas Vieira (UFRJ)
José Ricardo Cunha, Professor Adjunto de Teoria e Filosofia do Direito da UERJ
Juarez Tavares, Professor Titular de Direito Penal da UERJ
Juliana Bierrenbach, Professora de Direito Penal do IBMEC-RJ
Juliana Neuenschwander Magalhães Professora da UFRJ- Coordenadora do PPGD/UFRJ.
Julio Tardin, advogado, presidente do GOB-MT
Kaleb Campos Freire, Conselheiro Federal da OAB  (Rio Grande do Norte)
Katya Kozicki (UFPR e PUCPR; Pesquisadora do CNPq)
Kelen Pedreira do Vale - Diretora de Caixa de Assistência dos Advogados (Tocantins)
Kennedy Reial Linhares, Conselheiro Federal da OAB  (Ceara) - Relator da Reforma Política no
Kívio Dias Barbosa Lopes, advogado, Salvador /Ba
Leonardo Accioly, Conselheiro Federal da OAB  (Pernambuco)
Leticia de Campos Velho Martel, Pós-Doutoranda  em Direitos Fundamentais  da PUC/RS
Luciano Demaria (Santa Catarina)
Luciano José Trindade (Acre)
Lucio Teixeira dos Santos (Rio Grande do Norte)
Maíra Andrade Dapieve Miranda, advogada, Salvador/BA.
Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira, Professor Associado IV da Faculdade de Direito da UFMG
Marcelo Labanca (UNICAP)
Marcelo Maciel Ramos (UFMG)
Márcio Araújo - tributarista e membro da Comissão de Reforma Política da OAB/AM
Márcio Gontijo, advogado no Distrito Federal.
Marco Antônio Macedo, Professor Adjunto de Direito Tributário da UFF
MARCOS CHOY, Vice-Presidente da OAB/AM e professor de Direito Eleitoral
Maria Carolina Bissoto (IDEJUST)
Marinolia Reis, Conselheira Estadual da OAB (Tocantins)
Maristela Barbosa Santos, advogada e professora universitária, Salvador/BA.
Mauricio Bezerra - membro CNDPVA
Mauricio Gentil Monteiro (Sergipe)
MAURÍCIO ZOCKUN - Professor de Direito Administrativo da PUC/SP
Nilo Batista, Professor Titular de Direito Penal da UERJ, ex-governador do Estado do Rio de
Onofre Alves Batista Júnior, Professor Adjunto de Direito Publico da UFMG
Paulo Linhares, professor de Direito Constitucional da UERN
PAULO LOPO SARAIVA, Doutor em Direito Constitucional, Professor Aposentado da UFRN
Pedro Geraldo Santana Ferreira, advogado, Salvador/BA.
PEDRO SERRANO - Professor de Direito Constitucional da PUC/SP
Presidente Alberto Simonetti Cabral Neto (Amazonas)
RAFAEL VALIM - Professor de Direito Administrativo da PUC/SP
Rafhael Carvalho de Vasconcelos, Professor Adjunto de Direito Internacional Público da UERJ
Ranieri Lima Resende, mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e
pesquisador bolsista do Max-Planck-Institut für ausländisches öffentliches Recht und Völkerrecht -
MPIL (Heidelberg).
Renato César Cardoso (UFMG)
Renato Godinho, Conselheiro Estadual da OAB (Tocantins)
Ricardo Lodi Ribeiro
Ricardo Lodi Ribeiro, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ, Coordenador do Programa
de Pós-Graduação em Direito da UERJ
Roberto de Carvalho Lucio, assessor Jurídico no TRT5, Salvador/Ba.
Robson Conti Kraemer, Conselheiro Federal da OAB  (Santa Catarina)
Rodrigo Lentz (IDEJUST)
Rodrigo Lychovsky, Professor de Direito do Trabalho da UERJ
Rogerio Beirigo, Conselheiro Estadual da OAB (Tocantins)
Ronaldo Campos e Silva, Professor de Direito Processual Civil do IBMEC-RJ
Ronaldo Cramer, Professor de Direito Processual Civil da PUC-RJ, Vice-Presidente da OAB/RJ
Ronaldo Lemos, Professor Visitante da UERJ, Diretor do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio
Roquenalvo Ferreira Dantas, advgado, Salvador/BA.
Rubens R. Cassara, Professor Convidado da ENSP-FIOCRUZ
Samia Roges Jordy Barbieri, Conselheira Federal da OAB (Mato Grosso do Sul)
Sérgio Dantas, Conselheiro Estadual da OAB (Tocantins)
Sérgio Miranda, Conselheiro Federal da OAB  (Piauí)
Sergio Quintanilha ( Acre)
Setembrino Idwaldo Netto Pelisari (Espírito Santo)
Siddharta Legale, Professor de Direito Constitucional da UFJF
Sigifroi Moreno Filho, Conselheiro Federal da OAB  (Piaui)
Silvio Teles, advogado, membro da Comissão de Reforma Política do Conselho Federal da OAB
SIMONE OLIVEIRA GOMES, Presidente da OAB/Jataí-GO
Thiago Campos, advogado, Salvador/BA.
Thomas Bustamante (UFMG)
Uirá Menezes de Azevêdo, professor de direito na Uneb/BA, Salvador.
Vera Karam de Chueiri (UFPR)
Vera Malagutti, Professora Adjunta de Criminologia da UERJ
Vilson Nery, advogado e auditor, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MT
Vinicius Coelho, Presidente da Associação Tocantinense dos Advogados
Wander Medeiros Arena da Costa, Conselheiro Estadual da OAB (Mato Grosso do Sul)
Wander Medeiros Arena da Costa, Conselheiro Estadual da OAB (Mato Grosso do Sul)
Weida Zancaner - Mestre em Direito Administrativo pela PUC/SP
Wilson Sales Belchior (Paraíba)

12 artigos de Milton Santos para download

12 artigos de Milton Santos para download

Neste post do Blog de Geografia foi selecionado e organizado alguns artigos completos do geógrafo Milton Almeida dos Santos, publicados em periódicos  e disponíveis para download gratuito na internet. Aqui estão os links dostextos completos em PDF. É só baixar. Bons estudos!
Milton Santos  foi um geógrafo brasileiro.
12 artigos completos publicados em periódicos - Milton Santos

1. SANTOS, M. A. . Conferência de Abertura: A Geografia além do professor. 1996. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).

2. SANTOS, M. A. . A responsabilidade social dos geógrafos. Jornal de Geografia, Uberaba, MG, 1985.

3. SANTOS, M. A. “O Papel Ativo da Geografia, um Manifesto”. In: Território, ano V, nº 9, julho/dezembro 2000, pp. 103-109.

4. SANTOS, M. A. . Por uma geografia cidadã: por uma epistemologia da existência . Boletim Paulista de Geografia, n.21, p. 7-14, 1996.

5. SANTOS, M. A. . Para que a geografia mude sem ficar a mesma coisa. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n.59, p. 5-22, 1984.


7. SANTOS, M. A. . "Modo de produção técnico-científico e diferenciação espacial". Território, Rio de Janeiro, v. Ano VI, n.6, p. 5-20, 1999.

8. SANTOS, M. A. . Meio técnico-científico e urbanização: tendências e perspectivas. Revista Resgate (Centro de Memória da UNICAMP), Campinas, n.3, 1991.

9. SANTOS, M. A. . "A técnica em nossos dias - a instrução e a educação". Cadernos da ABMES, Brasília, v. nº 1, 1998.

10. SANTOS, M. A. . São Paulo, metrópole internacional do Terceiro Mundo . Revista do Departamento de Geografia (USP), n.7, p. 7-24, 1994.

11. SANTOS, M. A. . 1992: a redescoberta da Natureza . Estudos Avançados, v. 6, n.14, p. 95-106, 1992.

12. SANTOS, M. A. . O tempo nas cidades. Coleção Documentos Série Estudos Sobre o Tempo, IEA - USP - São Paulo, n.2, 1991.

¿Washington permitirá un Kosovo en casa?: Texas allana el camino para su separación de EE.UU.



La semana pasada Texas anunció el establecimiento de su propia versión de Fort Knox, el repositorio impenetrable para los lingotes de oro, lo que podría ser una señal de la creación de su propia moneda y, finalmente, el avance hacia la separación de EE.UU.
Bajo el proyecto de ley 483, aprobado por unanimidad por el Senado estatal, Glenn Hegar, contralor de Cuentas Públicas de Texas, estaría autorizado a establecer y administrar los primeros lingotes que depositaría el estado en un lugar no determinado todavía. Cabe destacar que ningún otro estado de EE.UU. tiene aún su propio depósito de lingotes.
El senador republicano Lois Kolkhorst indicó que el estado y sus organismos tienen más de 1.000 millones de dólares en oro que ahora se conservan en instalaciones en otros estados.
Un análisis oficial del proyecto de ley explica: "El establecimiento de un almacén de lingotes de Texas permitiría al estado, agencias estatales e individuos almacenar metales preciosos utilizando un depositario seguro con sede en Texas para reducir la dependencia de las instalaciones fuera del estado y aislar sus activos de las fuerzas del mercado inestables".
"Nueva York aborrecerá esto", dijo Kolkhorst. "Para mí, eso y el hecho de que va a ahorrar dinero a Texas lo transforma en una idea de oro". 

Estados ya no confían en EE.UU.

No es el primer intento de Texas de mostrar su independencia y distanciarse de EE.UU. Si otros esfuerzos no se transforman en resultados concretos, esto supondrá que el estado devolverá su oro y ya nadie será capaz de determinar su destino. Además, es un paso decisivo de Texas hacia la creación de su propia moneda y su independencia como una república autosuficiente.
Y el estado tiene todos los prerrequisitos para hacerlo una realidad: Texas es un enorme territorio, se puede hasta decir que es un país independiente con su singular cultura y forma de vida. Tiene una visión completamente diferente del mundo y puntos de vista sobre la política de EE.UU. Por ejemplo, está totalmente en desacuerdo con la política del Gobierno federal de Estados Unidos en materia fiscal, debido a una balanza claramente desfavorable.
La economía de Texas es una de las más grandes y de mayor crecimiento de los Estados Unidos. En Texas se encuentran 50 empresas de la lista Fortune 500 (tercer puesto después de Nueva York y California).
Texas es el mayor exportador de bienes a EE.UU., el volumen de negocios del comercio del estado con otros países supera los 100.000 millones de dólares anuales. Si Texas fuera un país soberano, tendría la 14ª economía más grande del mundo por PIB (por delante de Corea del Sur y los Países Bajos).
Así, muy pronto EE.UU. puede perder no solo a uno de sus estados más ricos, sino sus reservas de oro -un colchón de seguridad- que desaparecen a velocidades récord a la luz de los intentos de numerosos países de repatriar sus lingotes.
A medida que avance este proceso se verá si Washington muestra el mismo entusiasmo que ha manifestado referente a otros procesos secesionistas unilaterales: léase Kosovo(Serbia).
*RT

Solidariedade a Cuba: Encontro em Pernambuco reafirma a luta pelo fim do bloqueio dos EUA


Palestra: O bloqueio dos EUA contra Cuba, acabou? Por Conasol

Começou nesta quinta-feira (4) a 22a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, em Pernambuco. A inauguração do evento ficou a cargo da exposição de fotografias de Roberto Chile - que capturou os momentos mais singelos na história de luta do comandante Fidel Castro - e de uma mesa amplamente representativa das entidades envolvidas na realização, com a participação da embaixadora de Cuba no Brasil, Marielena Ruiz Capote.

A exposição de Chile, que está cobrindo o evento e também deu algumas palavras, foi instalada na prefeitura de Olinda. A mesa inaugural aconteceu na mesma cidade histórica, com as falas da embaixadora Mairelena Ruiz, do prefeito Renildo Calheiros, o vice-prefeito de Recife, Luciano Siqueira, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) Socorro Gomes, o vice-presidente do PCdoB, Valter Sorrentino, de Edival Nunes Cajá, coordenador do Comitê Organizador da Convenção, de Teresa Leitão, do PT, do secretário de Articulação Política do Governo de Pernambuco, Achieta Patriota, do reitor da UFPE Anísio Brasileiro, de Jaime Amorim, diretor do MST (PE), de Roberto Cesar Hamilto, diretor para América Latina e Caribe do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap), o jornalista Roberto Arrais e Expedito Solaney, da CUT.

A embaixadora Marielena Ruiz destacou o firme papel da solidariedade brasileira nas vitórias logradas recentemente pelo povo cubano, como foi o caso da libertação e retorno a Cuba dos cinco herois antiterroristas, presos há mais e 15 anos nos EUA. No sábado (6), um dos cinco cubanos, Gerardom participará da convenção, momento também ansiados pelas centenas de participantes que empenharam-se firmemente na campanha pela libertação dos patriotas.


O papel transformador da integração regional - por sua vez impulsionada e também transformada pelos crescentes governos progressistas na América Latina - também foi enfatizada pela embaixadora, com o destaque para as relações estreitas entre Cuba e todos os países da região, concretizando uma solidariedade e cooperação internacional almejada pelos socialistas na busca pela melhoria comum das vidas dos povos.

A embaixadora também abordou, assim como em sua palestra nesta sexta - intitulada "O bloqueio financeiro, econômico e comercial dos Estados Unidos contra Cuba acabou?" - a importância da solidariedade internacional a Cuba na pressão contra a política agressiva e ilegal dos EUA, mantida e reforçada desde a década de 1960. "Temos que seguir firmes mesmo que se encerre o bloqueio para avançar em nossas causas pela humanidade, com unidade", sublinhou, reforçando a importância do estreitamento de relações diplomáticas de Cuba com outros países.

Fim do bloqueio e a devolução de Guantánamo

Na palestra de sexta, a embaixadora destacou que a aproximação aos EUA é um longo processo que ainda enfrenta desafios, como é o caso do próprio fim do bloqueio. Embora o presidente Barack Obama tenha formas de contornar a legislação - e ainda o faça de forma insuficiente - caberá ao Congresso, dominado pelos conservadores republicanos, definir a eliminação definitiva desta política retrógrada e imperialista. Por outro lado, ela destacou o crescente e comprovado respaldo nos EUA para o fim do bloqueio, principalmente devido à evidência cada vez mais incontornável do seu fracasso e do isolamento dos Estados Unidos na região.

Além disso, a embaixadora deu números importantes sobre o impacto do bloqueio sobre a população cubana, com efeitos dramáticos, mas que foram firmemente contornados pelo empenho no processo revolucionário, com a garantia de cada vez mais direitos essenciais, como o da educação e a saúde, reconhecidos como exemplares em todo o mundo. Em janeiro, o Departamento do Tesouro estadunidense tomou medidas que flexibilizaram o bloqueio, mas a luta por sua eliminação segue sendo travada, cada vez com mais ímpeto. Ainda há relevantes restrições às exportações dos EUA a Cuba e vice-e-versa, os investimentos estadunidenses em Cuba só foram liberados para o setor das comunicações - o que levanta suspeitas sobre novas tentativas de desestabilização com a usual guerra de informações conduzida pelos EUA - entre outras limitações estratégicas, como a proibição do turismo na ilha caribenha.

Por isso, para Socorro Gomes, presidenta do CMP e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), continua essencial o empenho dos movimentos sociais no apoio à luta dos cubanos pelo fim imediato do bloqueio e pela devolução incondicional do território de Guantánamo a Cuba. A base naval construída em território usurpado dos cubanos desde 1903 serve atualmente como um centro de torturas, de onde saíram os relatos mais horrendos sobre as práticas estadunidenses contra os mais de 100 prisioneiros detidos ali ilegalmente.

"Engana-se quem pensa que os EUA em algum momento perderam o interesse na América Latina", enfatizou Socorro, fazendo uma avaliação da atuação agressiva aos povos do mundo inteiro e, em particular, das políticas de ingerência e ameaça na América Latina, com a instalação de mais de 100 bases militares, o deslocamento da Quarta Frota para manter sua presença ofensiva nos mares do sul, entre outras políticas menos explícitas de ingerência recente. A presidenta do CMP e do Cebrapaz instou ao reforço da solidariedade aos cubanos nas campanhas pela soberania da ilha revolucionária com o fim do bloqueio - com a reparação pelos danos calculados em USD 117 bilhões - e a devoução de Guantánamo.

Solidariedade internacional

Em contraste com a política imperialista dos EUA de impor-se sobre o mundo enquanto "potência hegemônicã", Cuba destaca-se na solidariedade internacional, como pontuou a chefe da Brigada Médica Cubana no Brasil Cristina Luna em outro debate desta sexta, e como reconhecem diversos organismos internacionais. Desde sua primeira missão internacional, em 1960 para o Chile após um terremoto, em 50 anos Cuba já enviou médicos, enfermeiros, hospitais de campanha e centros cirúrgicos para 108 países - 67 apenas no ano de 2015. No Brasil atuam hoje mais de 11 mil médicos cubanos em todos os estados.

Além disso, entre 1976 e 2005 Cuba fundou escolas de medicina na África e na Ásia e, em 1999, fundou a Escola Latino-americana de Medicina, com mais de 20 mil formados de 24 países (inclusive EUA).  Sobre isso, o depoimento do brasileiro Leandro Nascimento Bertoldi, que se formou em medicina em Cuba - e viveu no país por sete anos - poderia resumir-se a: "Cuba não ensina só medicina, ensina humanidade," formando médicos "com ciência e consciência."

A Convenção encerra-se neste sábado (7), com a discussão da próxima sede da Convenção e a aprovação da Declaração de Recife, painéis sobre mídia e as redes sociais "como um novo espaço de solidariedade com Cuba" e sobre a juventude e o socialismo, seguidos de apresentações culturais.