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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 09, 2015

12 artigos de Milton Santos para download

12 artigos de Milton Santos para download

Neste post do Blog de Geografia foi selecionado e organizado alguns artigos completos do geógrafo Milton Almeida dos Santos, publicados em periódicos  e disponíveis para download gratuito na internet. Aqui estão os links dostextos completos em PDF. É só baixar. Bons estudos!
Milton Santos  foi um geógrafo brasileiro.
12 artigos completos publicados em periódicos - Milton Santos

1. SANTOS, M. A. . Conferência de Abertura: A Geografia além do professor. 1996. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).

2. SANTOS, M. A. . A responsabilidade social dos geógrafos. Jornal de Geografia, Uberaba, MG, 1985.

3. SANTOS, M. A. “O Papel Ativo da Geografia, um Manifesto”. In: Território, ano V, nº 9, julho/dezembro 2000, pp. 103-109.

4. SANTOS, M. A. . Por uma geografia cidadã: por uma epistemologia da existência . Boletim Paulista de Geografia, n.21, p. 7-14, 1996.

5. SANTOS, M. A. . Para que a geografia mude sem ficar a mesma coisa. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n.59, p. 5-22, 1984.


7. SANTOS, M. A. . "Modo de produção técnico-científico e diferenciação espacial". Território, Rio de Janeiro, v. Ano VI, n.6, p. 5-20, 1999.

8. SANTOS, M. A. . Meio técnico-científico e urbanização: tendências e perspectivas. Revista Resgate (Centro de Memória da UNICAMP), Campinas, n.3, 1991.

9. SANTOS, M. A. . "A técnica em nossos dias - a instrução e a educação". Cadernos da ABMES, Brasília, v. nº 1, 1998.

10. SANTOS, M. A. . São Paulo, metrópole internacional do Terceiro Mundo . Revista do Departamento de Geografia (USP), n.7, p. 7-24, 1994.

11. SANTOS, M. A. . 1992: a redescoberta da Natureza . Estudos Avançados, v. 6, n.14, p. 95-106, 1992.

12. SANTOS, M. A. . O tempo nas cidades. Coleção Documentos Série Estudos Sobre o Tempo, IEA - USP - São Paulo, n.2, 1991.

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