Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 09, 2015

Ministro de Finanzas griego: "La riqueza de algunos países depende de las deudas de otros"


"Algunos piensan que sacrificar a Grecia ayudará a salvar a la UE. Me temo que será un intento de sostener un modelo inviable", ha declarado este lunes el ministro de Finanzas de Grecia, Yanis Varoufakis, durante la reunión con su homólogo alemán, Wolfgang Schaeuble.
"Permítanos resolver nuestros problemas domésticos. Deje de sumir a nuestro pueblo en la pobreza. Si siguen haciéndolo no seremos capaces de llevar a cabo reformas", afirmó el ministro heleno durante su intervención en Berlín, trasmitida por los medios alemanes.  
"No deben creer que la eurozona es como la fábula, en la que las hormigas del norte trabajan duro y las cigarras del sur son unas perezosas", dijo Varoufakis. "Había hormigas trabajando duro en Grecia igual que en Alemania, y todas ellas sufrieron mucho cuando comenzó la crisis de la deuda".
Varoufakis advirtió a sus colegas alemanes que las medidas de austeridad podrían iniciar en Grecia procesos que perjudicarán a toda la sociedad europea. "Los niños se desmayan en clase a causa de la desnutrición mientras los nazis (sí, los nazis) salen a las calles", dijo.
*RT

Nenhum comentário:

Postar um comentário