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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 09, 2015

"El mundo debe prepararse para el colapso de EE.UU. al estilo soviético"


La larga serie de reveses económicos, geopolíticos y sociales que enfrenta EE.UU. desde inicios de este siglo, ha llevado a la nación norteamericana a un punto crítico en el que es probable su desintegración al "estilo soviético", sostiene un influyente analista geopolítico brasileño.
En su artículo publicado en el portal 'Carta Maior', el profesor de la Fundación Getulio Vargas de Sao Paulo, Antonio Gelis-Filho, señala que, a pesar de que EE.UU. se enfrenta a una amenaza nuclear del Estado Islámico, su desintegración no será propiciada por el grupo islamista.
"El país parece haber llegado a un callejón sin salida en su declive", comenta Gelis-Filho, que cita como ejemplos los "fracasos geopolíticos" sufridos en Ucrania, donde Rusia ha sido capaz de hacer frente a Washington para defender sus intereses estratégicos, y en el sudeste asiático, donde China está construyendo islas artificiales en territorios que son objeto de disputa con varios aliados de EE.UU., que por su parte, "ha lanzado varias advertencias, pero que son ignorados por Pekín como si se tratara del zumbido de unmolesto mosquito".
Según el analista geopolítico, el panorama para Washington, a parte de los reveses internacionales, se agravó por los problemas sociales y económicos dentro del país. "La prometida recuperación económica nunca llegó y más bien se contrajo a una tasa anual de 0,7% en el primer trimestre del 2015", recuerda Gelis-Filho.
"Después de todos estos fracasos, además de la visible desintegración del tejido socialestadounidense con disturbios cada vez más frecuentes por la brutalidad policial y la creciente desigualdad", el profesor considera probable un colapso de EE.UU. al estilo soviético. El analista deja claro que tal desintegración no es inminente. Sin embargo, advierte que el mundo debería estar preparado para tal escenario porque tendría graves consecuencias.
*RT

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