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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 21, 2010

Fim do BLOQUEIO CUBANO JÁ!!!




Bloqueio dos EUA castiga em dobro cubanos com câncer

Escrito por Erica Soares  no Prensa Latina 
Imagen activa O bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba desde há quase meio século incide de maneira severa sobre os que padecem de câncer, impossibilitados de prolongar sua vida por falta de tecnologias e medicamentos.

  Essa pertinaz política já ocasionou à maior das Antilhas perdas valorizadas em 751 bilhões 363 milhões de dólares.

Uma das entidades mais golpeada em todos estes anos é o Instituto de Oncologia e Radiobiologia.

De acordo com o relatório "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos contra Cuba" que apresentará Havana no próximo dia 26 de outubro na Assembleia Geral das Nações Unidas, esse prestigioso centro científico está privado de obter vários medicamentos, equipamentos médicos e reposições.

Dita entidade não tem possibilidade alguma de empregar placas de Iodo Radioativo no tratamento de crianças e adultos que padecem do tumor retinoblastoma porque apenas são vendidas nos Estádios Unidos, assinala o texto.

Esta tecnologia é largamente utilizada nos menores, dado que permite tratar o tumor de retina, conservando a visão do olho afetado e a estética do rosto.

Ante esta carência, a única alternativa é a extirpação de um olho e em outros casos os dois, procedimento que, ademais invasivo, acarreta sérias limitações para a vida.

Cuba -assinala o documento- não tem acesso ao medicamento de Temozolomide (Temodar), citostático específico para o uso de tumores do sistema nervoso central (glioma e astrocitomas).

Esta doença afeta aproximadamente 250 pacientes por ano, dos quais ao redor de 30 são crianças, indica o texto.

O uso deste medicamento aumentaria significativamente a sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes, já que o mesmo tem poucos efeitos adversos e é de relativa fácil administração em comparação com outros.
*turquinho

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