Se a Dilma não é o governo dos nossos sonhos, certamente o Serra é o governo dos nossos pesadelos
Concluído o primeiro turno do processo eleitoral, há inúmeras análises políticas que buscam interpretar o resultado das urnas e vislumbrar, de imediato, sinais dos possíveis resultados do segundo turno, que será realizado dia 31. Junto com tantas outras análises que surgirão, o trabalho dos marqueteiros dos partidos políticos que estão na disputa, a busca de alianças com os partidos derrotados e as mudanças no que insistem em denominar de programa de governo, na tentativa de agradar o senso comum, irão predominar nos espaços noticiosos até o último dia desse mês.
A campanha eleitoral ficou polarizada entre candidata do PT, Dilma Roussef e o candidato tucano José Serra. O resultado eleitoral, ainda por motivos não totalmente decifráveis, desfez essa polarização com os quase 20 milhões de votos que obteve a candidata Marina da Silva, do PV. Assim, não se concretizou a vitória da candidata do governo Lula no primeiro turno, como era a expectativa.
É possível que o fracasso da eleição plebiscitária – polarização entre o governo FHC e o governo Lula – se deva aos ataques e manipulações de baixo nível protagonizadas pela mídia burguesa, pela sórdida campanha realizada pelos setores religiosos mais conservadores das igrejas Católica e Evangélicas à candidatura de Dilma.
Mas também não é possível ignorar que uma parcela significativa dos eleitores se sentiu decepcionada com a despolitização da campanha, que se propunha a confrontar com o governo neoliberal dos tucanos. Denunciar os descalabros que sãos os 16 anos de administração tucana em São Paulo ficou ausente da campanha. A corrupção acobertada pelo domínio sobre as assembleias legislativas, sobre os tribunais de contas e setores do poder judiciário e completa subordinação da mídia aos seus interesses asseguram a impunidade dos governo tucanos e vicejam lideranças políticas sem nenhum compromisso com a ética e com a verdade. Deixar as bandeiras históricas da classe trabalhadora aos candidatos sem chances de vitória eleitoral foi um erro da candidata petista. Militantes sociais, mesmo decepcionados com o governo Lula, mas cientes do que significa uma vitória tucana, sentiram-se órfãos nessa campanha. Estavam sem porta-vozes das bandeiras das lutas populares e os discursos bem elaborados nos gabinetes acadêmicos não os seduziram.
Lastimável foi também a atuação das autoridades eleitorais nesse processo. A história há de registrar a participação ativa da controvertida vice-procuradora-geral eleitoral, doutora Sandra Cureau. Sua tentativa de cercear a revista Carta Capital, por não estar subordinada aos interesses do candidato tucano e a resposta do editor da publicação semanal, Mino Carta, estarão registrados tanto nas escolas de jornalismo quanto das do poder judiciário eleitoral.
Coube ainda ao poder judiciário deixar indefinida a questão da “ficha limpa”. Milhares de eleitores votaram em candidatos e candidatas que não sabiam se estavam ou não aptos para disputar a eleição. Se o Tribunal agora decidir pela inaptidão do candidato, seus eleitores fizeram a papel de bobos, não porque são, mas pela incompetência daquele.
O mesmo se pode dizer da exigência legal da documentação para votar. A lei exigia o título de eleitor e um documento oficial com foto. É a bizarra situação jurídica em que um documento oficial tem que comprovar a veracidade de outro documento. O Supremo Tribunal Federal revogou a lei e exigiu obrigatoriamente um documento oficial com foto. Jogou-se o título de eleitor, definido pelas autoridades eleitorais que não teria foto, na lata do lixo.
Coube ainda mais um deslize do Supremo Tribunal Federal: a descoberta de que um de seus membros, Gilmar Mendes, (Dantas, para alguns da mídia), foi monitorado pelo candidato tucano na sessão que julgou a necessidade ou não de dois documentos para votar. Até o momento, nenhum pronunciamento do STF sobre esse caso vergonhoso a que foi submetido. O impeachment do Mendes/Dantas se torna um imperativo.
Sobre a mídia burguesa, talvez tenha sido a maior conquista da sociedade brasileira nesse processo eleitoral. Ela mesma – frente à fragilidade dos partidos direitistas – se outorgou o papel de ser o partido de oposição ao governo Lula. Não poupou espaços em seus noticiários para algumas lideranças do campo de esquerda – desde que fosse para falar de escândalos pontuais e atacar a pessoalmente a candidata Dilma. Não hesitou em massacrar o currículo de vida de pessoas públicas, mesmo sem provas. Recorreu a receptador de cargas de mercadorias roubadas, repassador de notas falsas de dinheiro, condenado pela justiça, para noticiar fatos não comprovados. “Assassinou” um senador (Romeu Tuma) hospitalizado. Enfim, caiu a máscara da mídia burguesa. Ganhamos!
Nesse sentido, precisamos consolidar essa vitória conquistando uma lei de controle social sobre os meios de comunicação, que garantam a liberdade de expressão e o direito a informação ao povo brasileiro. A bandeira da democratização da comunicação é da esquerda e dos movimentos sociais, não dos demotucanos e dos proprietários dos meios de comunicação.
Agora é o espaço de luta do segundo turno das eleições. Não há espaço em cima do muro. Os movimentos populares da Via Campesina brasileira, já no início do processo eleitoral, tomaram a definição de impedir o retrocesso ao governo neoliberal, representado pela candidatura de José Serra.
É hora de levar essa decisão, buscando a unidade, com todos os movimentos populares, sindicais e estudantis, do campo e da cidade. Se a Dilma não é o governo dos nossos sonhos, certamente o Serra é o governo dos nossos pesadelos.
*comtextolivre
Serra, um candidato muito distante da moral cristã
By Hector
Quem é o verdadeiro Serra. Muito nesta eleição se falou sobre religião, comportamento cristão, fidelidade religiosa. As maiores calúnias foram, de forma covarde e mentirosa, dirigidas à candidata Dilma, por estar claro, na preferência das pesquisas eleitorais. A oposição e seus cabos eleitorais inescrupulosos, aproveitando o anonimato da internet, destilaram suas falácias e acusações covardes, de uma forma nunca vista neste país.
Pouparam o pior dos candidatos : José Serra, que de vida exemplar não tem nada. Tirei alguns dos 10 mandamentos da Bíblia Cristã / Torá Judaico, nem vou aqui, entrar nos 7 pecados capitais, que seria um desastre para este senhor.
Dos mandamentos :
1) Não terás outros deuses além de mim
7) Não cometerás adultério
10) Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu touro, nem seu jumento, nem qualquer coisa que pertença ao teu próximo
Religião de Serra : maçonaria ??? Isto nunca foi religião. Provavelmente é ateu, daqueles que querem ficar "bem na foto", dando seus pulinhos ora na Igreja Católica, ora em Evangélicas, até em espiritismo e Umbanda, desde que venha de encontro aos seus interesses. Até Guru Indiano entrou na história.
Aqui entra o 1º mandamento, Serra é adorador pagão de um sujeito como este ??
No quesito adultério e cobiça da mulher do próximo, o desrespeito total a este Pilar da Sociedade, chega a ser patético. Incorporou todo o estilo brega, cafajeste, velho depravado de Menem, ex presidente da Argentina. Casado, se acha no direito de fazer gracejos e cantadas baratas em apresentadoras de TV, a própria articulista de campanha, Soninha Francine já foi alvo de especulações sobre um possível caso com Serra, que desmentiu. Mesmo sendo desprovida de encantos físicos, não acredito que esta nudista esteja tão "a perigo" para encarar um Lango-Lango como José Serra.
Por fim o sábio conselho ao seu futuro Vice, Índio da Costa, que namorou e morou junto, sem laços matrimoniais firmados , com a filha de um exemplo de brasileiro o Sr. Cacciola, um mafioso . Disse o sábio mestre ao seu pupilo : pode ter amantes desde que seja discreto. Parece que a esposa deste senhor não se manifestou contra este fato, mas como uma cascavel, ajudou a disseminar mentiras sobre Dilma "querer matar criancinhas"
Enfim, estas afirmações são facilmente confirmadas dando uma busca pelo Google.
Aqueles que "tem olhos de ver". Decidam quem é imoral.
*esquerdopata
Adesão de reacionários e TFP pode afastar eleitores de Serra
A candidatura presidencial de José Serra (PSDB-DEM-PPS) tornou-se um porto seguro para os setores mais reacionários da sociedade. Líderes religiosos obtusos, direitistas que enaltecem a ditadura militar, elitistas que disseminam preconceito contra a população pobre, além de racistas e machistas de todos os matizes correm para manifestar apoio ao candidato tucano.
Membros da TFP reunidos em São Paulo: somos a direita
Esta gente, que costuma ser apontada como os "4%" de brasileiros que não toleram o governo Lula, está ganhando espaço cada vez maior nas hostes serristas e pode acabar afastando de Serra o eleitor progressista, sem vínculos pártidários, que optou por Marina no primeiro turno e agora está em dúvida sobre em quem votar.
Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana
Demonstração clara desta aproximação com a extrema-direita foi relatada pelo jornalista Fernando Rodrigues, em seu blog.
Segundo ele, um texto que incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição circulou hoje na reunião de cúpula da campanha de José Serra, em Brasília,
Os tucanos distribuíram entre si um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.
Esta organização prega, entre outras coisas, que seja
proibido o uso de camisinha, que seja revogada a lei do divórcio, que só seja praticado sexo para fins reprodutivos, que as mulheres sejam submissas ao homem por lei, que cultos religiosos de origem africana sejam proibidos no Brasil. A TFP também dissemina preconceito contra as demais religiões não católicas, defende que o ensino religioso seja obrigatório no ensino público.
Em 1985, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou que em razão das "características esotéricas e fanáticas, e da idolatria ao seu fundador" a TFP não estava em comunhão com a Igreja Católica. Os bispos pediram aos católicos que não se juntem ou colaborem com essa organização.
No campo econômico-social a TFP defende abertamente a desigualdade de classes. Eles consideram as questões quilombola, indígena e ambiental como ataques ao direito de propriedade.
Calúnias x direitos humanos
O panfleto da TFP que foi distribuído na reunião tucana basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana: “O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.
O blog estava dentro da sala do centro de convenções Brasil 21 na qual se realizou o encontro tucano. Por volta das 16h10, antes de a imprensa ser admitida no recinto, uma mulher com adesivo de Serra colado no peito distribuiu o bilhete. “Pega e passa”, dizia.
Era do tamanho de um papel A4 dividido ao meio. Mais tarde, uma pequena pilha (cerca de 3 cm de altura) com esses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café –e a imprensa teve livre acesso. Ao final, o texto recomenda: “Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut...)”.
Segundo as assessorias do PSDB nacional e do candidato José Serra, a confecção do panfleto não tem relação com o partido nem com a campanha tucana. Ainda assim, o papel ficou à disposição de quem tivesse interesse em pegar. Os panfletos só foram retirados um pouco depois de o Blog ter perguntado à cúpula tucana a respeito do assunto.
*GilsonSampaio
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