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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 05, 2010

Tiririca pode votar mas não pode ser votado, hipocrisia!

Quanta desigualdade, quanta injustiça...
O Tiririca [ U filiu do Brazil ]foi denunciado a justiça acusado de ser analfabeto, e dái que ele seja?...
O analfabeto tem o direito de votar, mas não tem o direito de ser candidato, de ser votado?...
Que lógica é esta?...
O primeiro projeto de lei que o Tiririca deve apresentar é o que acabe de vez com este absurdo: 
O analfabeto ser discriminado, poder votar e não poder ser votado.
Imoralidade é uma injustiça desta! 
Por que este promotor que faz tanta questão de perseguir o Tiririca não reprova os palhaços que aprovaram  esta discriminação absurda?...
A constituição proíbe toda forma de discriminação e preconceito o alfabetizado promotor não sabe disso?...
Hipócrita!!!


*Briguilino 

Suprema lambança federal.

O Supremo começou a lambuzar-se quando o ex-Supremo Presidente do Supremo Gilmar Dantas (*) deu um HC a Heráclito Fortes e permitiu que ele se candidatasse à reeleição como senador pelo Piauí.

Lamentavelmente, o eleitor do Piauí preferiu fazer uma cirurgia bariátrica na carreira do notável Senador.

(Note-se, a bem da verdade histórica, que FHC mandou Gilmar para o Supremo e Heráclito empregou a filha de FHC no Senado, para trabalhar em casa. Êpa, êpa !)

Clique aqui para ler sobre o destino dos que tentaram dar uma surra no Presidente Lula.

Depois, o presidente do Supremo Cezar Peluzo não conseguiu levar a Casa a uma decisão.

Resultado, 136 milhões de brasileiros votaram sem conhecer as regras do jogo.

Pior, 11,5 milhões de votos estão encaixotados, à espera da decisão sobre se a Ficha Limpa vale.

Ou seja, 135 milhões de brasileiros pensavam que iam eleger um Senado e uma Câmara e se esborracharam na lambança Suprema.

Maluf vai ou não vai ?

500 mil paulistas querem que ele vá.

Jader vai ou não ?

Muitos paraenses querem.

O Cassio Cunha Lima, esse notável tucano, pode ?

Muitos paraibanos querem ele no Senado.

Quem vai governar o Amapá ?

Capiberibe, ameaçado pela Lei e mais votado para Governador, ou  Borges ?

A eleição no Amapá foi, portanto, uma palhaçada.

E ainda falam mal do Tiririca.

O Supremo se tornou um agente da instabilidade, uma ameaça ao funcionamento da democracia representativa.

Estamos aí no campo da inépcia.

Do ponto de vista da Ética, pior foi o ex-Supremo Presidente do Supremo Gilmar Dantas (*) pedir vistas numa votação que estava 7 a 0, depois de um telefonema de José Serra.

Serra conseguiu o que quis, aliás.

Gilmar atrasou a decisão sobre os dois documentos, embaralhou a divulgação e muitos eleitores deixaram de votar em Dilma e talvez em Marina.

Mas, esse Golpe não cola mais.

Desde, é claro, que o Tribunal Superior Eleitoral seja capaz de informar os eleitores e os mesários.

E é esse Supremo que quer Governar o Brasil – o Legislativo e o Executivo.

Já imaginaram se o Supremo tivesse que decidir sobre o IOF na entrada dos dólares ?

O Real ia a 1 dólar enquanto o Supremo se engasgava na sua própria inação.

(Agora, sobre o Daniel Dantas, o Supremo age em 48 horas, duas vezes.)


Paulo Henrique Amorim

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