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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 25, 2011

Todos juntos pela Banda Larga para todos!

Não basta a  Presidenta Dilma Rousseff estar decidida a democratizar o acesso à banda larga no Brasil , que é cara, lenta e para poucos.
Sem o apoio militante de todos os que acreditam que a comunicação via internet é um direito democrático, para todos, não teremos força política para enfrentar os monopólios das telecomunicações.
Por isso é mais do que bem vinda a campanha “Banda Larga é um direito seu”, encabeçada por importantes instituições, orgãos e organismos das mais diversas causas no Brasil.
Nesta segunda, cinco cidades serão sedes do lançamento simultâneo da campanha. A ideia é “colocar o bloco na rua” e juntar  blogueiros, ativistas da cultura digital, entidades de defesa do consumidor, sindicatos e centrais sindicais, ONGs,  e todos aqueles que acham que o acesso à internet deveria ser entendido como um direito fundamental.
Por isso,  confira abaixo o endereço dos lançamentos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Campo Grande:
RIO DE JANEIRO (RJ) – 19h – início da plenária / 20h30 – Sindicato dos Jornalistas, Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar;
SÃO PAULO (SP) – 19h Sindicato dos Engenheiros de São PauloRua Genebra, 25 – Centro (travessa da Rua Maria Paula)
SALVADOR (BA) – 19h Auditório 2 da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Avenida Reitor Miguel Calmon s/n – Campus Canela
BRASÍLIA (DF) – 19h30 – Balaio CaféCLN 201 Norte, Bloco B, lojas 19/31
CAMPO GRANDE (MS) – 19h30, na Sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Rua 26 de agosto, 2269 – Bairro Amambai
*Tijolaço

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