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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 17, 2011

Dilma viaja a Nova York e será a primeira mulher a abrir a Assembleia da ONU




BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff participa na próxima semana da Assembleia Geral das Nações Unidas e será a primeira mulher a fazer o discurso de abertura do encontro. A extensa agenda nos Estados Unidos inclui encontros bilaterais, reunião sobre a participação das mulheres na política, prêmio e lançamento para a parceria da transparência governamental.

Dilma chega à Nova York na manhã de domingo. Na segunda-feira, participa da abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, que tem foco particular nos desafios sociais e econômicos, especialmente em países em desenvolvimento. À tarde, participa de Colóquio de Alto Nível sobre participação política de mulheres que visa reforçar a atenção internacional para a necessidade de encorajar a inclusão de mulheres em sistemas de representação política.

Na terça-feira, Dilma mantém encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Em seguida, haverá a cerimônia de lançamento da Parceria para o Governo Aberto. No mesmo dia, receberá o prêmio "Woodrow Wilson for Public Service".

Dilma será a primeira mulher a fazer o discurso de abertura da ONU na quarta-feira, dia 21. No mesmo dia estão previstos encontros com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e com o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

No último dia de Dilma em Nova York, ela participa da reunião de alto nível sobre segurança nuclear e da reunião de alto nível sobre diplomacia preventiva no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Entre os ministros confirmados na comitiva de Dilma estão: Antonio Patriota (Relações Exteriores), Alexandre Padilha (Saúde), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Orlando Silva (Esporte), Helena Chagas (Comunicação) e Maria do Rosário (Direitos Humanos).

*yahoo

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