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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 11, 2011

O desrespeito da UOL para com a presidenta


 


Por Nilva de Souza
Terrorismo midiático: a tentativa de desmoralização da presidenta Dilma na capa do UOL Por Redacao Blog Lado B | Publicado:10 de setembro de 2011
"Faxina" e "Dilmona" na piada carregada de ódio e preconceito do UOL<
uando a gente pensa que já viu de tudo, em termos de baixaria e de manipulação, o PIG – Partido da Imprensa Golpista – se supera e consegue apresentar um lixo ainda maior, disfarçado de “jornalismo” nas manchetes que estampa. Remexendo esse lixo, você encontra todo tipo de má fé, de ódio, de preconceito, de calúnia e de difamação.

Arquivo da montagem tosca tem nome de "arte" para o site...
O olhar perspicaz e atento da blogueira feminista Rosângela Basso não deixou passar a mais nova tentativa de desmoralização da presidenta Dilma Rousseff (PT) na capa do site UOL nesta manhã de sábado. O UOL postou uma montagem com a foto da presidenta no palanque oficial do 7 de Setembro em Brasília, colocando a seu lado um Marcos Valério com cartaz em que se lê: “Dilmona é pra varrer e não voar. Se voar, é bruxa”. Do outro lado de Dilma, uma mulher abraça e fala ao ouvido da presidenta, como quem se posiciona ali para tirar uma foto. O próprio termo “faxina” que o noticiário político costuma fazer uso para se referir às medidas enérgicas de Dilma no combate à corrupção e no apuro de denúncias levantadas, cai como uma luva no gosto do PIG num governo comandado por uma mulher. Típico!
*LuisNassif

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