PSDB e DEM são contra a queda de juros
No início do mês de julho, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), divulgou em seu site documento no qual criticava o que ele chamou de "maior taxa de juros reais de todo o planeta".
Durante a campanha eleitoral em 2010, a taxa de juros também foi a bandeira do candidato Serra. Na época, Serra disse que: “o Banco Central não é a Santa Sé, ao comentar sobre a autonomia do BC, e completou, “ o presidente deve interferir e opinar: "O presidente tem que fazer sentir sua posição." E ainda prometeu redução das taxas de juros, se fosse eleito presidente da República.
O tempo passou, Serra foi derrotado, e hoje, o PSDB mudou sua visão Agora é contra a redução de juros..Ontem o jornal nacional, a Globo (veja vídeo abaixo) procurou somente os políticos do PSDB para opinar sobre a decisão do Banco Central de reduzir os juros em 0,5 ponto percentual e para surpresa geral, todos eles, que durante a campanha eleitoral eram favoráveis, hoje com a derrotada de Serra, se mostraram contra a queda de juros.
José Agripino (DEM-RN) , achou melhor não discordar do povo, que é a favor da redução dos juros, tratou de culpar a presidente Dilma. “Fica claro que houve uma interferência do Palácio do Planalto. Passa para o mercado um fato muito ruim de que o Banco Central não é autossuficiente nem autônomo como se imaginava”, opinou o senador José Agripino (DEM-RN).
“O governo contaminou a decisão do banco central forçando uma redução de taxa de juros, num momento de alta inflação, de aumento de gastos do governo com um anúncio de que vai se formar um superávit de dez bilhões, no caso o superávit primário”, declarou o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder do partido.
O líder do PSDB, senador Álvaro Dias, afirmou se disse contra a decisão por que os especialistas não consideram o momento oportuno por causa da inflação
A opinião de quem entende
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros (Selic) foi "muito surpreendente", mas não muda a avaliação sobre a autonomia da autoridade monetária brasileira, afirma o diretor executivo da Fitch Ratings, Rafael Guedes. "Essa visão foi construída a partir de um histórico, apenas a decisão de ontem não altera essa análise", diz. Guedes afirma que o colegiado do BC é composto por profissionais de perfil técnico, que podem ter uma avaliação divergente do mercado sobre o balanço de riscos para a economia. A Fitch elevou a classificação de risco (rating) do Brasil para "BBB" em abril deste ano.
Palavra da presidente
Nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff disse à rádio Congonhas, de Minas Gerais, que o governo mantém uma relação de autonomia com o Banco Central, e que novas decisões sobre aumento ou queda de juros vão depender da conjuntura internacional.
“Pelo Copom, responde o Copom. Eu respondo pelo que o governo federal está fazendo”, disse a presidente.
Veja o vídeo dos tucanos se declarando contra o povo, que apoia a redução dos juros
Tucanos perdem o rumo com a decisão do BC
A decisão do COPOM, colegiado do Banco Central, de baixar de 12,5% para 12% a taxa SELIC provocou reações iradas nos economistas ligados ao mercado financeiro e, claro, influenciou seu braço político, os parlamentares demo-tucanos. Foi uma decisão importante do Banco Central, mostrando uma afinação total da equipe econômica da presidente Dilma Roussef, que havia anunciado um superávit extra de mais 10 bilhões para esta ano de 2011 e agora baixa a taxa básica de juros da economia, reafirmando que o governo vai continuar combatendo a inflação mas que vai preservar o crescimento da economia, a geração de empregos e, em suma, o poder aquisitivo da população, que aumentou nos últimos oito anos, gerando um novo e vigoroso mercado interno.
Aliás, foi esse mercado interno que salvou o país na crise de 2008/2009 e foi a esse mercado interno que o presidente Lula dirigiu-se em dezembro de 2008, quando foi à televisão pedir que os brasileiros continuassem comprando, em defesa do emprego e da renda. A chamada nova classe média, surgida das políticas acertadas do governo de Lula, vai continuar sendo prestigiada por Dilma e é isso que está por trás da das decisões de aumentar o superávit e de baixar os juros. Dilma quer combater a inflação sem minar o crescimento econômico do Brasil.
E porque baixar os juros, num país que tem uma das maiores taxas do planeta causa tanto rebuliço e tanta revolta entre os economistas tucanos e seu braço político, os parlamentares demo-tucanos? Porque, aparentemente, o Banco Central, em nova fase, simplesmente ignorou esses analistas e "donos" das previsões sobre o que acontece na economia. E a verdade é que essas previsões não são como aquelas que todos fazemos a respeito de futebol e outros esportes. As análises e previsões sobre juros, por exemplo, são vendidas a peso de ouro no mercado financeiro. Não é apenas isso. As previsões geram apostas bilionárias, onde quem mais acerta, mais ganha.
Assim, temos uma situação interessante. Os economistas fazem suas previsões, apostam, ganham bilhões todos os anos e torcem para que os juros continuem altos. Seu braço político, os parlamentares demo-tucanos criticam os juros "mais altos do planeta", esquecendo-se de que no governo FHC a taxa SELIC chegou a 45% (certamente, numa homenagem ao número dos tucanos).
Quando o Banco Central "desobedece" uma regra não escrita, de avisar a turma de que vai baixar os juros, quando a equipe economica trabalha sem divergências, de forma afinada, para controlar a inflação e garantir o crescimento econômico do país, isso pode ter ferido os interesses bilionários de quem apostava em juros permanentemente altos. Os economistas perderam dinheiro e seu braço politico perdeu o rumo.
A TUJA - Torcida Uniformizada dos Juros Altos está em clima de perda de campeonato mundial. E os políticos demo-tucanos, aflitos com a possibilidade de Dilma conseguir o que Lula não conseguiu, por causa da crise de 2008: juros de um dígito. Isso é contra os interesses demo-tucanos, porque pode significar um governo mais forte e popular.
*osamigosdopresidenteLula
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