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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 03, 2011

Utopia e barbárie - 2009




SINOPSE
Dezenove anos de pesquisas e catorze países percorridos foram necessários para Sílvio Tendler arrematar este documentário que clama pela liberdade, nosso direito mais precioso. As cenas compiladas mostram o ataque nuclear ao Japão, o Holocausto, as ditaduras sul-americanas, a luta pela independência da Argélia, o maio de 68, a Primavera de Praga, o Vietnã e tantas outras lutas com tantos sofrimentos, narrados por cineastas do mundo todo, escritores, jornalistas, artistas e com momentos importantes da história e do cinema. Por mais que seja um filme que lembra pouco que há governos e ditaduras de esquerda que ferem a liberdade também, está aqui para que ninguém se esqueça dos fatos e para que estes não
voltem a acontecer.

DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Sílvio Tendler
Áudio: Português/Espanhol/Francês/Japonês/Hebraico/Árabe/Inglês
Legendas: PT/Br (inseridas do original)
Duração: 121 min.
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 804 MB
Formato: AVI
Servidor: Multiupload (parte única)

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Parte única
*Laranjasicodelica

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