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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 31, 2012

Collor diz estar comprovado que procuradores vazaram dados sigilosos para 'Veja' 



 

Em discurso nesta terça-feira (30), o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a acusar jornalista da revista ‘Veja’ de terem ligações estreitas com a quadrilha comandada por Carlinhos Cachoeira. O senador também disse que já está comprovado que membros do Ministério Público Federal (MPF) vazaram informações sigilosas dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo para a publicação, que classificou como “folhetim semanal”.
- Não há mais dúvidas de que são verdadeiras as informações sobre vazamento de inquéritos que corriam em segredo de justiça – afirmou Collor.
Segundo Collor, o jornalista Policarpo Junior, “o grão vizir da chumbetagem da revista Veja”, é um empregado de Carlinhos Cachoeira. Juntos com outros funcionários da revista, disse Collor, Policarpo fornecia à quadrilha de Cachoeira “toda espécie de serviços e informações” e recebia parte dos lucros da organização.
- Esse fato, inclusive, é fartamente demonstrado nos diálogos das inúmeras interceptações telefônicas em que Policarpo Junior aparece como um dos interlocutores - lembrou.
Para o senador, será “fora de propósito” se os profissionais da revista envolvidos com a quadrilha não forem convocados para depor na CPI do Cachoeira. Ele disse apoiar a prorrogação dos trabalhos da CPI mista para ampliar as investigações.
No Agência Senado

Uma Economia de Loucos (Joe Alexopoulos)


PF prende suspeitos de criarem igreja para 'lavar' R$ 400 milhões

 

igreja
Isenção fiscal  concedida às igrejas
ajudou no golpe da lavagem
A PF (Polícia Federal) prendeu hoje (31) em São Paulo e também nas cidades paulistas de Atibaia e Valinhos seis suspeitos de terem criado uma igreja evangélica para “lavar” dinheiro e sonegar impostos. A Justiça expediu 12 mandados de busca e apreensão.

As autoridades policiais e fiscais estão mantendo sob sigilo os nomes dos suspeitos e da igreja. Os suspeitos ostentam sinais de riqueza. Um deles é colecionador de carros antigos.


A polícia começou a investigar as irregularidades quando foi informada de que uma pequena igreja estava fazendo grande movimentação financeira. Estima-se que as fraudes causaram prejuízo de R$ 150 milhões por ano à União e ao Estado de São Paulo.


Nota da PF informou que os suspeitos criaram uma igreja por se tratar de uma instituição que desfruta de imunidade tributária, “o que diminuiria as probabilidades de fiscalização, na visão dos integrantes do grupo”.


Os suspeitos mantinham empresas de fachada para enviar dinheiro ilegalmente ao Exterior. Eles também montaram um esquema para, com ajuda de servidores públicos, obter vantagens de empresas devedoras do fisco estadual.


Se condenados, os suspeitos poderão ficar na cadeia até 28 anos pelos crimes contra o sistema financeiro, subtração de processos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação e quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal.


Com informação do UOL, entre outras fontes. 


Bastam R$ 418 para criar uma igreja e ficar livre de impostos.

novembro de 2009


PF aponta indícios de lavagem na compra da TV Record.

junho de 2012


Isenções fiscais da Igreja.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz2AujEZyiO
Paulopes

Charge e foto do Dia




A Globo está com medo


 


Certo faz a RBS que todo ano desova um ventríloquo para ocupar algum cargo político e, através dele, fazer às vezes de porta-voz do grupo mafiomidiático sulista. 

Já se foram Antônio Britto, Yeda Crusius, Afonso Motta, Ana Amélia Lemos, e, ensaiando, Lasier Martins. Sem contar os amestrados contratados para defender os interesses da empresa. Não podemos esquecer a retribuição aos homens do prof. Cardoso que, quando este foi apeado do poder, trouxe para a folha de pagamento dos Sirotisky Pedro Parente e Pérsio Arida. 

A lei de médios serve para impedir a propriedade cruzada. 

Por exemplo, a RBS. Tem rádio, jornal, tv, tv a cabo, internet, imobiliária, shopping, empresa de eventos, e lavanderia nas Ilhas Cayman. 

O jornal publica, de manhã o rádio repercute, ao meio dia a tv cita os antecedentes e solta mais uma vírgula. Todos pertencentes ao mesmo grupo. 

Pior, os velhos grupos de mídia não costumam citar uns aos outros. 

Jamais se vê fotos dos a$$oCIAdos doInstituto Millenium nos veículos concorrentes. 

Há sempre uma cortina de silêncio encobrindo a safadeza e textos laudatórios para engrandecer as parcerias. 

Em comum, os grupos mafiomidiáticos brasileiros têm com os argentinos a participação auspiciosa nas ditaduras recentes em ambos os países. 

O Grupo Clarin e os Grupos Brasileiros tiveram participação vantajosa, tanto em preparem o caminho como para ajudarem a justificar o injustificável. Não é mero acaso que a Folha de São Paulotenha batizado a ditadura de ditabranda

Com efeito, para ela, que emprestou carros para conduzirem clandestinamente os presos políticos para serem torturados, mortes e desovados em valas comuns, foi muito branda. 

Mais branda ainda foi a justiça que até agora não permitiu o julgamento dos crimes da ditadura.

:

JN acaba de exibir editorial contra a "repressão disfarçada de democracia" que estaria ocorrendo na Argentina, onde foi implantada a "Ley de Medios", e que poderia se alastrar, segundo a Globo, como uma epidemia pelo continente; nesta terça-feira, tanto Rui Falcão como José Dirceu defenderam que a democratização dos meios de comunicação entre na agenda do governo federal

247  Medo.

Esta é a palavra que expressa o sentimento das Organizações Globo a respeito de uma eventual discussão sobre a democratização dos meios de comunicação no País. Na noite desta terça-feira, o Jornal Nacional, ancorado por William Bonner, exibiu ampla reportagem sobre a "repressão disfarçada de democracia", que estaria ocorrendo na Argentina.

Lá, o governo de Cristina Kirchner conseguiu aprovar uma "Ley de Medios", que democratiza os meios de comunicação no País, ao limitar o número máximo de concessões que pode ser detido por grupo econômico. No próximo dia 7 de dezembro, o grupo Clarín, o maior da Argentina, e equivalente à Globo no seu território, terá de se desfazer de parte de suas concessões.

Apresentada por Dellis Ortiz, a reportagem da Globo informa que essa "epidemia", que já teria contaminado Venezuela e Equador, pode se "alastrar pelo continente". Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Reino Unido, há limites ao número máximo de concessões.

A reportagem da Globo também abordou um seminário no Uruguai onde se debateu a proteção da "imprensa livre na era da internet". Na lógica defendida pelos grandes grupos de comunicação brasileiros, a internet deve ser controlada e não deve haver qualquer limite para a ação dos conglomerados de mídia.

Ao mesmo tempo em que a Argentina implanta sua lei, no Brasil, Rui Falcão e José Dirceu, do PT, têm defendido que o governo encampe o debate sobre a democratização dos meios de comunicação. Segundo a Globo, na Argentina, o governo Kirchner "pressiona até a suprema corte".

Bom, no Brasil, quem coloca pressão sobre o Supremo Tribunal é a própria Globo. Basta lembrar dos 18 minutos do Jornal Nacional sobre o mensalão às vésperas do segundo turno.

do blog Ficha Corrida 
*cutucandodeleve

Deleite Projeto 4 Cantos - - Brasil Pandeiro


Depoimento do servidor expulso da Câmara de Piracicaba

E o Estado laico? E a liberdade de descrença? Parlamento não é templo... Cidadão de Piracicaba é expulso da Câmara Municipal porque não se levantou em louvor durante a leitura da Bíblia 

 

Comentário ao post "Câmara de Piracicaba retira servidor durante leitura bíblica" Depoimento do cidadão que foi expulso por se recusar a ficar em pé para leitura da Bíblia na Câmara de Piracicaba.
A INTOLERÂNCIA DA CÂMARA DE PIRACICABA

No Islamismo, o culto é feito de joelhos, em direção à Meca. No Budismo, sentado, enquanto olhos e bocas permanecem fechados. Mas em outras religiões, fica-se de pé, com cantos e louvores.

Não raro, os mandamentos de uma religião são considerados pecados em outras. Algumas crenças proíbem o consumo de álcool. Em outras, como no Catolicismo, o padre, guiando-se pelo exemplo de seu Mestre, celebra a comunhão bebendo vinho. No Judaísmo, os homens são circuncidados, ou seja, cortam uma parte de seu corpo. Em outras religiões, é proibido fazer transfusão de sangue, cirurgia ou até mesmo aparar os cabelos.
Em pé, sentado, de joelhos, em silêncio, com cantos. Quem está certo e quem está errado? Mais do que isso, quem está autorizado a decidir? O padre, o rabino, o pastor? Ou o político?
No dia 29.10.12, este assunto causou lamentável episódio na Câmara de Vereadores de Piracicaba, onde as sessões são iniciadas com a leitura da Bíblia. Nessa data, quando todos os demais se levantaram para o ato, um cidadão escolheu permanecer sentado, em silêncio, de olhos fechados, sem se mover. Por que terá feito isso? Quem será ele? O que será que ele pensa? Qual será sua religião?
Seria um budista que, diante da evocação de Deus, entrou em oração, conforme os mandamentos de sua crença? Seria um muçulmano, que percebeu que todos estavam de costas para a Meca? Seria um judeu, um espírita, um protestante? Seria, um católico, que, como as pessoas que cercavam Jesus durante o Discurso da Montanha ou na Última Ceia, ouviram as Palavras de Deus sentados e quis manter-se na mesma posição em que hoje Jesus, também sentado, está ao lado de seu Pai? Seria, quiçá, um ateu, que, mesmo não querendo participar do ato, permaneceu, com respeito e amor ao seu próximo, em silêncio sem incomodar o louvor de todos os outros?
Ninguém soube, pois ele sequer teve oportunidade de permanecer no recinto. Por ordem do Excelentíssimo Presidente da Câmara, homens da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar ali presentes o expulsaram da chamada Casa do Povo. Será que para esta Casa, povo é apenas o cidadão que tem religião? Mais do que isso, cuja religião cultua Jesus mas não reconhece Maomé, Buda e outras figuras sagradas? Mais ainda, que admite apenas uma forma de cultuar Jesus ou Deus, vale dizer, a sua, de pé?
Na Alemanha Nazista, judeu não podia ficar. Com sorte, era expulso do país; sem sorte, era morto. Será que poderá ficar na Câmara de Piracicaba? Se se submeter à fé alheia, é possível que sim.
Na palestina, duas pessoas podem ser amigas, sócias, colegas de trabalho, marido e esposa, pai e filho. Desde que tenham a mesma religião; do contrário, é comum não tolerarem sequer pisar a mesma calçada.
Gandhi, nascido na Índia e sem renunciar à sua cidadania inglesa, liderou a libertação de sua pátria do domínio britânico sem nunca ter posto a mão em uma arma ou permitido que qualquer de seus seguidores o fizesse. Após alcançar a liberdade de sua terra mãe, pagou caro pelo sonho de um único país para hindus e muçulmanos. Foi assassinado por questão religiosas, que tiraram da Índia o território que deu origem ao Paquistão, e da humanidade, aquele que ficou conhecido como o Mahatma, ou A Grande Alma.
Quando uma pessoa agride outra, seja lá por qual forma for, considera-se que houve uma violência, uma injustiça. Quando a agressão é feita com uso de meios que só uma das partes têm, a violência ganha requinte de covardia. O Excelentíssimo presidente da Câmara, por quem sempre terei incondicional respeito, mandou expulsar-me alegando que a regra estava prevista no regimento da Casa. Regimento que somente ele, por ser vereador, mas não eu ou qualquer outro cidadão, pode criar e modificar. Ou seja, a violência religiosa que sofri foi praticada com base em instrumento que só ele tem. Foi praticada contrariando a Constituição Federal e a Lei de Improbidade Administrativa, na frente de todos, na presença da imprensa, com transmissão ao vivo por rádio e televisão.
São reflexos deste nosso tempo, em que religião é praticada em parlamentos e política é feita em templos, como se nunca tivesse existido a passagem bíblica que diz dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!
Já participei de cultos das mais diversas religiões. Jamais um ato meu atrapalhou qualquer desses eventos, mesmo que eu não concordasse com nada do que via, pois considero que a tolerância e o respeito às diferenças são não só fundamentais para a construção de uma sociedade livre e pacífica, como também uma grande oportunidade de se aprender com o próximo e, quem sabe, ser retirado do erro. E se algum vez, mesmo que na luta por meus direitos, uma só conduta minha for indigna desta cidade, humildemente me retratarei e reverterei a injustiça que tiver praticado, nem que isso exija minha despedida. Por que, então, impedem que eu, em paz e com repeito, permaneça da forma que me parece mais adequado às minhas crenças?
Tenho o mais absoluto respeito pela opção religiosa de cada pessoa, mesmo que com ela não concorde. Gostaria de receber igual tratamento dos demais. Não é esse o mandamento? 'ama o teu próximo como a ti mesmo'?
Em futuras sessões da Câmara Municipal de Piracicaba, é possível que outras pessoas professem sua fé da maneira que lhe parecer mais adequado à sua crença. Ou, talvez, alguém prefira não participar de qualquer manifestação religiosa. Desde que todos sejam respeitados, a mim isso não representará incômodo. Porém, seu Presidente alega que o Regimento proíbe excluir-se das práticas religiosas escolhidas por esta Casa. Sua Excelência terá que escolher lealdade à norma que ele e seus pares podem modificar, ou à Constituição Federal, à Lei de Improbidade Administrativa, à Declaração Universal dos Direitos dos Homens e do Cidadão, à Convenção Interamericana de Direitos Humanos e, mais do que isso, ao respeito que, como cidadão e como cristão, deve a seu próximo. O destino desse Presidente está nas mãos de cada integrante desta Câmara, que por mim serão sempre respeitados.
Se não estão erradas as informações que recebi, soube que alguns vereadores discordam da postura adotada por Sua Excelência e foram, na sessão, exortados por seus pares. Aos dissidentes, minha solidariedade. A todos, o meu incondicional respeito.
Eu poderia ter inciado este texto falando sobre minha fé. Mas se ela contrariasse a sua, você teria lido até o fim?

Régis B Montero

*Nassif

Câmara de Piracicaba mantém a sua intolerância religiosa

Robson Soares
O diretor Soares parece mandar
mais que o presidente da Câmara
Em tom de desafio, Robson Soares (foto), diretor jurídico da Câmara de Vereadores de Piracicaba (SP), afirmou que aquela Casa vai continuar exigindo que, durante as sessões, as pessoas fiquem de pé durante a leitura de um trecho da Bíblia.

Na segunda-feira (29), em uma demonstração de intolerância religiosa, João Manuel dos Santos (PTB), presidente da Câmara, expulsou o servidor público Regis Montero, que se recusou a ficar de pé quando outro vereador lia a Bíblia, em um episódio que repercutiu em todo o país.


Santos disse que a leitura da Bíblia está no artigo 21 do regimento interno, mas não há nenhuma determinação sobre a postura em que as pessoas devem ouvi-la. A expulsão foi, portanto, uma arbitrariedade.


Além disso, o referido artigo é inconstitucional, segundo Max Fernando Pavanello, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Piracicaba. “A Constituição Federal garante liberdade de religião e crença, sendo que ninguém pode ter direito cerceado (assistir à sessão camarária) por conta da fé que professa, bem como ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, senão em virtude de lei”, disse.


Pavanello argumentou que nem pastores ou padres obrigam os fiéis a ficarem de pé para a leitura da Bíblia e que ninguém é expulso do templo por ficar sentado.


O vereador Santos, depois de afirmar que estava seguindo o regimento interno, tem evitado a imprensa, mas Soares, seu subordinado, tem feito afirmações contundentes, como se fosse ele quem na verdade manda na Câmara.


Montero já assistiu a outras sessões da Câmara e se manteve sentado durante a leitura bíblica, o que, disse, não significa ato de repúdio. “Tenho absoluto respeito pela opção religiosa de cada um”, afirmou. “Só questionei porque estava sendo retirado [do plenário], já que não está no regimento que devo ficar em pé.”


Ele ainda não decidiu se vai recorrer à Justiça contra a intolerância religiosa do vereador Santos, a qual foi  corroborada pelo diretor jurídico Soares em mais de uma ocasião.


Com informação do Jornal de Piracicaba e foto do site da Câmara.


Vereador expulsa servidor por desrespeito à leitura da Bíblia.

outubro de 2012


Religião no Estado laico.
   Intolerância religiosa no Brasil.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz2AuicP5ry
Paulopes

Próximo indicado ao STF vai relatar o 'mensalão' tucano: que tal Fausto De Sanctis?


Que o desembargador Fausto de Sanctis é um bom nome para o STF no lugar de Ayres Britto, ninguém tem dúvidas.
O problema é a bancada demotucana no Senado aprovar, pois o ministro escolhido herdará de Joaquim Barbosa a relatoria do "mensalão" tucano.
E aí, Aécio? Vai encarar? 

*Osamigosdopresidentelula

Na guerra entre polícia e PCC, vítima é o estado de direito


 

Ainda vamos compreender que repressão desmedida não favorece a redução da criminalidade, só a aumenta

O governador Geraldo Alckmin tem afirmado que nas ações policiais só morre quem reage. Seu secretário de segurança diz que há muita fantasia sobre as atividades do PCC.
Mas com base no volume de mortes de policiais e de outras tantas aparentes execuções no Estado, a imprensa tem retratado um verdadeiro clima de guerra entre a PM e a facção criminosa.
No meio do tiroteio vai ficar o próprio estado de direito.
Não podemos entender como normal que policiais a nosso serviço sejam assassinados por vingança, nem criar estruturas oficiais ou paralelas de execução por causa disso.
Atenuar a existência de uma quadrilha organizada não faz com que o crime diminua – o próprio PCC já foi dado como extinto outras vezes pelo mesmo governo, sem sucesso.
Mas a violência policial também não é forma legítima para reagir a qualquer espécie de crime – só contribui para aumentar ainda mais a escalada da violência.
Quando o país teve por política o uso frequente de torturas e execuções para proteger a “segurança nacional”, nós nos vimos mergulhados em uma feroz ditadura por mais de vinte anos.
As consequências de toda violência são profundas e irreversíveis, sobretudo para suas vítimas. Mas nenhum crime é capaz de pagar por outro.
Membros da mesma facção criminosa já foram condenados pelo covarde homicídio de um juiz de direito em São Paulo. Agora é a violência policial que vai ao banco dos réus pelo bárbaro assassinato de uma juíza no Rio de Janeiro.
O discurso conservador surfa na onda do medo criado pela alta na criminalidade, estimulado fortemente na mídia. Mas as soluções que propõe são justamente aquelas que produzem os resultados mais desastrosos.
A rigidez trazida pela Lei dos Crimes Hediondos fez dobrar a população carcerária no Estado em dez anos, sem reduzir em nada os crimes que levaram a maior parte dos réus à cadeia.
O severo regime disciplinar diferenciado mais reforçou do que coibiu o fortalecimento das facções – é só ver o que o era o PCC antes e depois da criação do RDD.
A ideia recorrente de que prisão deve ser transformada em um profundo sofrimento e mal-estar (como se atualmente fosse “um hotel cinco estrelas”) só aprofunda a precarização da situação carcerária.
A imensa omissão do Estado na conservação dos direitos dos presos é o grande estimulador dos comandos internos, por meio dos quais líderes subjugam os mais fracos e vendem vantagens e proteções.
A prisionalização excessiva de jovens primários por crimes menos graves fornece, enfim, um enorme exército de mão de obra para vitaminar as facções. O crime organizado agradece.
Em algum momento vamos compreender que a repressão desmedida não favorece a redução da criminalidade, só a aumenta. Que não seja tarde demais.
Marcelo Semer
*comtextolivre

Saiba por que Lei dos Meios argentina é um modelo para o mundo



HAVANA, 31 OUT (ANSA) – As “petrocasas”, residências desenvolvidas com tecnologia venezuelana, tornaram-se uma alternativa barata, segura e à prova de furacões, após resistirem à passagem de Sandy por Cuba.

  
Instaladas no país por meio de um programa de cooperação entre os governos cubano e venezuelano, essas construções são feitas a partir de uma mistura de polímeros de alta resistência, originados do petróleo.
  
Fabricadas por uma estatal em Carabobo, na Venezuela, as casas passaram a ser exportadas para Cuba em 2009, após a ilha sofrer grandes perdas com os furacões Gustav, cujos ventos chegaram a 340 km/h, e Ike.
  
“As tempestades levaram tudo. A antiga casa de madeira foi derrubada pelos ventos. Pensei que o mundo estava desabando”, disse a cubana Yohandra Borrego, uma das primeiras a receber a nova moradia.
  
Apesar das acusações de que seus componentes químicos seriam prejudiciais à saúde dos moradores, seus criadores defendem que a estrutura das “petrocasas” não libera substâncias tóxicas nem cancerígenas, mesmo sob altas temperaturas. (ANSA) 

*correiodoBrasil

Associação José Martí é 'pedaço' de Cuba em Santos


Entidade inaugurada em outubro promove cultura cubana na Baixada Santista

Por Amanda Cotrim
Especial para Caros Amigos

Cuba-AssociacaoJoseMarti-iNo último dia 20 de outubro foi inaugurada a Associação Cultural José Martí da Baixada Santista. Há um ano a ideia vem sendo lapidada. Durante o evento, o presidente da Associação, Aníbal Ortega, expôs planos para a criação de cursos de idiomas, danças típicas cubanas, grupos de formação política e outras atividades, que segundo ele, visem tornar o espaço um local de “convergência de coletivos solidários às lutas do povo”, ressaltou.
Trajetória Cubana
Entre os convidados para a inauguração estava o cônsul cubano Lázaro Méndez Cabrera. Em seu discurso, destacou a trajetória da Revolução Cubana, as medidas adotadas em Cuba para consolidar as vitórias do socialismo, as lutas de resistência contra o bloqueio dos Estados Unidos e a importância da solidariedade entre os povos. O cônsul também alertou para o fato de as pessoas desconheceram seu país: “Tudo isso faz com que muitos não compreendam como vive o povo cubano e sequer saibam respeitar sua independência, conquistada em 90 anos de luta.”
Legado de Martí
Uma das colaboradoras da Associação José Martí, a professora e mestre em Educação, Maria do Carmo Luiz Caldas Leite, que já foi mais de 50 vezes a Cuba, essa iniciativa não tem qualquer relação com partidos políticos. “Não aceito que associação e o nome de Martí sejam usados para beneficiar grupos com interesses partidários, muito menos sem que esses sejam claros”, afirmou. Martí é um dos heróis nacionais de Cuba; Maria do Carmo acredita que seu legado é sempre atual por sua atuação nos sindicatos de trabalhadores de Nova York e por países onde Martí materializou sua busca a uma legítima cultura, que esteja alinhada à realidade latino-americana.

Durante o evento, a professora Zuleide Faria de Melo falou sobre a importância de iniciativas em defesa da soberania cubana e as falsas informações sobre a morte de Fidel, que vira a mexe aparecem na mídia. Por fim, a professora leu versos do poema de Pablo Neruda dedicados a Fidel Castro.

Serviço
Associação José Martí
Rua Joaquim Távora, 217 - Santos (SP)

Telefone: 13 - 3307-1494
Email: associacaojosemarti@hotmail.com

Representante dos guaranis-kaiowás se reúne com José Eduardo Cardoso e Maria do Rosário



Representante dos guaranis-kaiowás se reúne com José Eduardo Cardoso (Ministro da Justiça) e Maria do Rosário (da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) para tratar sobre a questão da comunidade no Mato Grosso do Sul MaisDivulgação/SDH
*Nina

Os textos de Demétrio Magnoli, Ricardo Noblat, Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, entre outros, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira

Nunca houve tanto ódio na mídia conservadora do Brasil

Os textos de Demétrio Magnoli, Ricardo Noblat, Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, entre outros, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira

Jaime Amparo Alves*
Os brasileiros no exterior que acompanham o noticiário brasileiro pela internet têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo Rio – São Paulo. Com seus gatekeepers escolhidos a dedo, Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e O Globo investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e destruir a imagem pública do ex-presidente Lula da Silva. Até aí nada novo.
Foto: Demétrio Magnoli, representante do Instituto Millenium (reprodução)
Tanto Lula quanto Dilma sabem que a mídia não lhes dará trégua, embora não tenham – nem terão – a coragem de uma Cristina Kirchner de levar a cabo uma nova legislação que democratize os meios de comunicação e redistribua as verbas para o setor. Pelo contrário, a Polícia Federal segue perseguindo as rádios comunitárias e os conglomerados de mídia Globo/Veja celebram os recordes de cotas de publicidade governamentais. O PT sofre da síndrome de Estocolmo (aquela na qual o sequestrado se apaixona pelo sequestrador) e o exemplo mais emblemático disso é a posição de Marta Suplicy como colunista de um jornal cuja marca tem sido o linchamento e a inviabilização política das duas administrações petistas em São Paulo.
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O que chama a atenção na nova onda conservadora é o time de intelectuais e artistas com uma retórica que amedronta. Que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso use a gramática sociológica para confundir os menos atentos já era de se esperar, como é o caso das análises de Demétrio Magnoli, especialista sênior da imprensa em todas as áreas do conhecimento. Nunca alguém assumiu com tanta maestria e com tanta desenvoltura papel tão medíocre quanto Magnoli: especialista em políticas públicas, cotas raciais, sindicalismo, movimentos sociais, comunicação, direitos humanos, política internacional… Demétrio Magnoli é o porta-voz maior do que a direita brasileira tem de pior, ainda que seus artigos não resistam a uma análise crítica.
Agora, a nova cruzada moral recebe, além dos já conhecidos defensores dos “valores civilizatórios”, nomes como Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro. A raiva com que escrevem poderia ser canalizada para causas bem mais nobres se ambos não se deixassem cativar pelo canto da sereia. Eles assumiram a construção midiática do escândalo, e do que chamam de degenerescência moral, com o fato. E, porque estão convencidos de que o país está em perigo, de que o ex-presidente Lula é a encarnação do mal, e de que o PT deve ser extinguido para que o país sobreviva, reproduzem a retórica dos conglomerados de mídia com uma ingenuidade inconcebível para quem tanto nos inspirou com sua imaginação literária.
Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro fazem parte agora daquela intelligentsia nacional que dá legitimidade científica a uma insidiosa prática jornalística que tem na Veja sua maior expressão. Para além das divergências ideológicas com o projeto político do PT – as quais eu também tenho -, o discurso político que emana dos colunistas dos jornalões paulistanos/cariocas impressiona pela brutalidade. Os mais sofisticados sugerem que a exemplo de Getúlio Vargas, o ex-presidente Lula cometa suicídio; os menos cínicos celebraram o “câncer” como a única forma de imobilizá-lo. Os leitores de tais jornais, claro, celebram seus argumentos com comentários irreproduzíveis aqui.
Quais os limites da retórica de ódio contra o ex-presidente metalúrgico? Seria o ódio contra o seu papel político, a sua condição nordestina, o lugar que ocupa no imaginário das elites? Como figuras públicas tão preparadas para a leitura social do mundo se juntam ao coro de um discurso tão cruel e tão covarde já fartamente reproduzido pelos colunistas de sempre? Se a morte biológica do inimigo político já é celebrada abertamente – e a morte simbólica ritualizada cotidianamente nos discursos desumanizadores – estaríamos inaugurando uma nova etapa no jornalismo lombrosiano?
Para além da nossa condenação aos crimes cometidos por dirigentes dos partidos políticos na era Lula, os textos de Demétrio Magnoli , Marco Antonio Villa, Ricardo Noblat , Merval Pereira, Dora Kramer, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, além dos que agora se somam a eles, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira. Seus textos serão utilizados nas disciplinas de ontologia jornalística não apenas com o exemplos concretos da falência ética do jornalismo tal qual entendíamos até aqui, mas também como sintoma dos novos desafios para uma profissão cada vez mais dominada por uma economia da moralidade que confere legitimidade a práticas corporativas inquisitoriais vendidas como de interesse público.
O chamado “mensalão” tem recebido a projeção de uma bomba de Hiroshima não porque os barões da mídia e os seus gatekeepers estejam ultrajados em sua sensibilidade humana. Bobagem! Tamanha diligência não se viu em relação à série de assaltos à nação empreendidos no governo do presidente sociólogo! A verdade é que o “mensalão” surge como a oportunidade histórica para que se faça o que a oposição – que nas palavras de um dos colunistas da Veja “se recusa a fazer o seu papel” – não conseguiu até aqui: destruir a biografia do presidente metalúrgico, inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e reconduzir o projeto da elite ‘sudestina’ ao Palácio do Planalto.
Minha esperança ingênua e utópica é que o Partido dos Trabalhadores aprenda a lição e leve adiante as propostas de refundação do país abandonadas com o acordo tácito para uma trégua da mídia. Não haverá trégua, ainda que a nova ministra da Cultura se sinta tentada a corroborar com o lobby da Folha de S. Paulo pela lei dos direitos autorais, ou que o governo Dilma continue derramando milhões de reais nos cofres das organizações Globo e Abril via publicidade oficial. Não é o PT, o Congresso Nacional ou o governo federal que estão nas mãos da mídia.
Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país. Na última sessão do julgamento da ação penal 470, por exemplo, um furioso ministro-relator exigia a distribuição antecipada do voto do ministro-revisor para agilizar o trabalho da imprensa (!). O STF se transformou na nova arena midiática onde o enredo jornalístico do espetáculo da punição exemplar vai sendo sancionado.
Depois de cinco anos morando fora do país, estou menos convencido por que diabos tenho um diploma de jornalismo em minhas mãos. Por outro lado, estou mais convencido de que estou melhor informado sobre o Brasil assistindo à imprensa internacional. Foi pelas agências de notícias internacionais que informei aos meus amigos no Brasil de que a política externa do ex-presidente metalúrgico se transformou em tema padrão na cobertura jornalística por aqui. Informei-lhes que o protagonismo político do Brasil na mediação de um acordo nuclear entre Irã e Turquia recebeu atenção muito mais generosa da mídia estadunidense, ainda que boicotado na mídia nacional. Informei-lhes que acompanhei daqui o presidente analfabeto receber o título de doutor honoris causa em instituições européias, e avisei-lhes que por causa da política soberana do governo do presidente metalúrgico, ser brasileiro no exterior passou a ter uma outra conotação. O Brasil finalmente recebeu um status de respeitabilidade e o presidente nordestino projetou para o mundo nossa estratégia de uma America Latina soberana.
Meus amigos no Brasil são privados do direito à informação e continuarão a ser porque nem o governo federal nem o Congresso Nacional estão dispostos a pagar o preço por uma “reforma” em área tão estratégica e tão fundamental para o exercício da cidadania. Com 70% de aprovação popular, e com os movimentos sociais nas ruas, Lula da Silva não teve coragem de enfrentar o monstro e agora paga caro por sua covardia.Terá a Dilma coragem com aprovação semelhante, ou nossa meia dúzia de Murdochs seguirão intocáveis sob o manto da liberdade de e(i)mprensa?

* Jaime Amparo Alves é jornalista, doutor em Antropologia Social, Universidade do Texas em Austin –
*Pragmatismopolitico

terça-feira, outubro 30, 2012

Mário Sérgio Cortella - A Mídia Como Corpo Docente

Líderes Guarani-Kaiowa pedem ajuda ao povo de São Paulo



A violência vai pegar
o Alckmin em 2014

Sabe como é, amigo navegante. Os tucanos da Chuíça (**) são mais preparados. Como o Cerra. Consistente, “a elite da elite”.
Saiu na Folha (*):

Secretário diz que ordem para matar PMs veio de Paraisópolis


O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que a ordem que resultou na morte de seis policiais militares foi dada por chefes da facção criminosa PCC que atuariam na favela de Paraisópolis, na zona sul São Paulo.

Nos últimos cinco dias houve 59 assassinatos na Grande São Paulo.
Navalha
No último debate, às 23h59 da sexta-feira, na Globo, o candidato Fernando Haddad calou o Padim Pade Cerra quando tratou da violência em São Paulo.
Para o Governo de São Paulo, a violência é estatisticamente irrelevante.
É só uma questão de “stress” – é a palavra que os tucanos passaram a usar para designar homicídios em massa, epidemicamente.
“Stress”.
O PCC também não existe.
Trata-se de “organização criminosa”.
“Organização criminosa”, amigo navegante, pode ser a rapaziada da Privataria, não é isso ?
Se os tucanos de São Paulo tivessem um mínimo de humildade e dedicação ao serviço público teriam mandado alguém estagiar lá no Rio, com o Secretário Beltrame.
Sérgio Cabral e o Secretário Beltrame pegaram uma situação tão grave como a de São Paulo.
E estão no caminho de adotar as políticas adequadas de segurança e de recuperação de comunidades pobres.
Primeiro, ocupar e retomar o território do Estado ao traficante.
Instalar uma UPP.
E trazer cidadania: educação, saúde, limpeza, luz elétrica, documentos …
Mas, sabe como é, amigo navegante, os tucanos da Chuíça (**) são mais preparados.
Como o Cerra.
Consistente, “a elite da elite”.



Clique aqui para ler “Nem o Fernando Henrique pode mais dormir em paz – e não é por causa da Privataria”.

*PHA

Outra vez a Opinião Pública derrota a opinião publicada


Ato em defesa dos Guarani-Kaiowá

28 de outubro de 2012 - Centro Cultural dos Correios - Rio de Janeiro - Muita comoção com o discurso dessa linda índia que vive na aldeia maracanã, antigo museu do índio.

O que fazer com a vitória em SP?

 

Via CartaMaior
Saul Leblon

Nem o gigantismo da cidade, nem o valor do 3º orçamento do país, depois do brasileiro e o do Estado de SP - ainda que isso tenha um peso objetivo óbvio - elucidam porque o pleito de São Paulo se transformou no principal foco de atenção da mídia e do interesse nacional.
O que distinguia o embate aqui como a disputa-chave da política brasileira em 2012 era o confronto direto entre duas concepções de país, duas visões de democracia e duas propostas de desenvolvimento.
Pode-se dizer, em adendo, que um julgamento de recorte nitidamente conservador desse antagonismo --quase um horário eleitoral paralelo-- está sendo levado a cabo no STF há mais de 70 dias.
No das urnas, venceu a agenda personificada por Fernando Haddad, com a desassombrada estratégia política de Lula.
O que foi derrotado não é pouco.
Já em 2002, ao perceber como inexorável a vitória do PT, o tucano José Serra fez uma opção endossada pelos barões da mídia, embarcados no mesmo destino.O tucano queria reunir uma bolsa de pelo menos 35 milhões de votos no segundo turno para se tornar o líder do anti-petismo no país.
Consolidar-se como a nova garganta conservadora, na linhagem de um Carlos Lacerda & assemelhados, implicava eliminar concorrentes dentro e fora do PSDB; catalisar com a facilidade previsível um leque de interesses do mercado e, sobretudo, coordenar a crosta de jornalistas e editores alinhados ao objetivo de impedir que Lula e o PT consolidassem uma nova hegemonia progressista na sociedade brasileira.
Serra teve pouco mais que 33 milhões de votos em 2002, contra quase 53 milhões de Lula, o segundo presidente mais votado do mundo, depois de Reagan.
Sofreria um segundo revés para a estreante Dilma Rousseff, em 2010, que trincou compartimentos do amplo comboio coservador que comandava. Pode-se perguntar, com razão, o que seria o futuro de Serra se não dispusesse da ancora midiática que o sustentou até agora.
Em que pesem os descarrilamentos e colisões, o tucano manteve intacto esse vagão cargueiro estratégico, de olho numa aposta ainda mais ousada.
No curral de escribas e editores aliados estava a arma decisiva para o tudo ou nada que se urdia mais adiante: fazer do julgamento do chamado ' mensalão' a mãe de todas as eleições; uma espécie de terceiro turno reordenador capaz de condicionar o futuro e reescrever o passado, na determinação de desmoralizar o PT, destruir uma geração de lideranças, inviabilizar Lula e fragilizar Dilma até o limite do constrangimento.Quem sabe, viabilizar assim a nova tentativa do ticano de chegar à Presidência, em 2014.
Serra vislumbrou na desfrutável interseção entre a eleição municipal e o julgamento da Ação 470 o palanque ideal para emergir como a garganta de ouro dessa desforra anti-petista, modulada pelo jogral das togas no STF.
A derrota em SP acontece quando o conservadorismo e o seu curral midiático manejavam o que parecia ser a tempestade perfeita contra a esquerda.
Essa é a natureza do desastre de proporções ferroviárias que Serra e companhia acabam de colher na capital logística, política, financeira e ideológica das forças que o apóiam.
O PT não pode tratar essa vitória com acanhamento.
Ela é mais profunda até do que sugerem os ingredientes visíveis na superfície das urnas.
O moralismo oportunista de Serra, sua mutação de quadro desenvolvimentista ("de boca", diz Conceição Tavares) para um aliciador de malafaias, telhadas & higienistas sociais não acontece por acaso.
Trata-se da exteriorização predatória de um colapso subjacente à campanha na qual muitos viam uma mutação do eleitor em consumidor.
Errado.
A degradação ética e política de Serra reflete, além do caráter, o esgotamento do projeto neoliberal abraçado pela coalizão conservadora no Brasil.
Quem se propunha a resolver os desafios da economia e da sociedade com a desregulação radical dos mercados, associada a um choque de laissez-faire sobre os diretos sociais, perdeu o chão a partir da crise de 2008, a maior do capitalismo desde 29.
Sobrou às gargantas conservadoras contrapor à desordem neoliberal a ordem e o progresso dos savonarolas & malafaias que não alteram a essência da mecânica conflagrada.
Recolocar as forças da economia à favor da sociedade, à favor da cidade e da cidadania implica, em primeiro lugar, politizar uma crise capturada pelo hermetismo das mesmas propostas e protagonistas que a originaram.
Essa é a contrapartida imediata que a cidade de São Paulo espera do PT. Em primeiro lugar, estabelecer laços de participação e discernimento que permitam à população entender a raiz de seus problemas. No limite, decidir em escrutínios plebiscitários o rumo a tomar.
A desordem quase ruinosa do ambiente urbano paulistano guarda vínculos com a desordem decorrente do naufrágio da exacerbação mercadista que jogou o mundo na crise atual.
Estamos falando de um tecido urbano conflagrado por cisões, desigualdade, terceirizações suspeitas, recuo criminoso do Estado, abandono do espaço público, privilégio, precariedade, desperdício de um lado e desencanto de outro.
Não há panaceia técnica , tampouco orçamento suficiente para colar a curto prazo esse vaso de cristal trincado em milhares de pedaços.
Ou se politiza as diretrizes a seguir com a participação da sociedade, ou será a rendição aos ditames dos donos da metrópole.
O PT cometeu um erro em 2003, quando despolitizou em parte e negligenciou em grande medida o debate desassombrado dos desafios herdados do tucanato.
Não pode repetir esse passo agora, assentado nas lições de mais de dez anos no plano federal, ademais de duas gestões em SP.
Fernando Haddad dispõe de um saldo de experiências administrativas de esquerda para que se possa partir aqui de um nível superior de interlocução com a cidadania.
Mais que isso, ao contrários das administrações petistas anteriores na cidade, não assume constragido pelo cerco federal;tampouco tem na Presidência da República uma corrente de transmissão da crise internacional para dentro do país.
Quando assumiu o governo em 2003, o PT , ao contrário, recebeu como herança um fracasso em espiral ascendente. O risco-Brasil estava nas alturas; o dólar perto de R$ 4 reais e a inflação projetada para 12 meses perseguia a fronteira dos 30%.
A urgência da estabilização relegou a reforma política para um segundo momento.
Acuado pelo cerco conservador e perplexo com as mazelas herdadas, o partido durante os primeiros anos de governo sequer discutiu a necessidade de uma mídia independente que facilitasse o diálogo honesto entre as opções limitadas do país e as urgências da sociedade.
Rendeu-se assim à mediação feita pelo dispositivo conservador, que seccionava seu diálogo com a população e pautava diariamente a agenda do governo, ao sabor de interesses que não eram os do país, nem do seu povo.
Em uma palavra, tornou-se quase refém da lógica que havia derrotado no voto.
Uma relação de forças distorcida pela exacerbação midiática, incapaz de dar suporte democrático às mudanças requeridas pela sociedade, manteve-se desse modo como o fiel da balança dos compromissos e programas sancionados pelas urnas.
O antagonismo entre as duas lógicas acentuou-se na permanente negociação da governabilidade que seguiu o padrão histórico: coalizão com divisão de cargos, dentro de um sistema político que irradia suas distorções para as políticas públicas.
A construção das coalizões políticas é indispensável nas democracias representativas. O PT não errou ao ampliá-las. Mas urdi-las sem o debate simultâneo com a sociedade pode amesquinhar o próprio mandato e a força intrínseca que as urnas conferem ao governante.
É querer infantilizar a sociedade brasileira reduzir esse impasse ---e seus desdobramentos-- a um enredo de bandidos e mocinhos; de puros contra pecadores, como pretende certa narrativa preconceituosa e despolitizante que se esponja no teatro das togas da Ação Penal 470.
Por isso tudo, o primeiro passo em São Paulo é arejar o poder da cidade sobre ela mesma; abrir as portas da prefeitura, criar outras novas, eliminar trancas e truques contrparios aos interesses da população, sobretudo a mais pobre, e trazer a cidadania para a discussão serena e responsável da equação que interliga urgências, recursos e solidariedade.
No auge da crise de 2005 , quando a oposição ensaiou um movimento de impeachment contra o Presidente Lula, o escritor Fernando Veríssimo lembrou em uma crônica, o militante anônimo do PT, "....aquele sujeito agitando a bandeira vermelha, sozinho na esquina, porque acreditava, porque confiava'.
A melhor forma de São Paulo trazer de volta esse espírito tão precioso de desprendimento engajado é chamar a populaçao a assumir as rédeas do seu destino. Abrindo discussão imediatamente sobre o futuro da cidade com a cidadania. A ver.
Foto: Marcelo Camargo/ABr
*GilsonSampaio

OS PERDEDORES DE SÃO PAULO...



A oposição midiática não tem senso de ridículo nem tampouco coerência. 

Em 2008 o PT foi o grande "derrotado" da eleição porque não venceu na capital Paulista. 


Nesta eleição de 2012, o PT também foi o grande "derrotado", apesar de vencer em São Paulo. 


Babacas!

*CIVITA - AUGUSTO NUNES - REINALDO AZEVEDO - EDITORA ABRIL


segunda-feira, outubro 29, 2012

Morreremos por nossas terras, diz liderança Guarani Kaiowá do MS

Charge do Dia


Uma prova cabal do comportamento corrupto da Mídia Corrupta.

 


Vejam a dificuldade dos empregados da Corrupta para dizer algo simples como: Haddad venceu as eleições para prefeito de São Paulo. 


É um blá-blá-blá, uma tentativa de justificar o comportamento de Serra. 


É uma dificuldade para dizer que Serra já era, ou melhor, nunca foi. É uma dificuldade imensa para ser honesto. É uma prova cabal do comportamento corrupto da Corrupta. 


Eu preferiria morrer de fome a representar esse papel desses empregadinhos da Corrupta.


do blog do APOSENTADO INVOCADO

Discurso da vitória de Haddad




Imagem do Terra 

Agradecimentos

Minhas amigas e meus amigos. Pela vontade soberana dos paulistanos, sou agora o prefeito eleito de São Paulo. Uma alegria imensa e uma enorme responsabilidade dividem espaço no meu peito. O sentimento mais forte, porém, é de gratidão.

Quero agradecer em primeiro lugar aos milhões de homens e mulheres que me confiaram o voto. Minha família, minha mulher Ana Estela, minha filha Carolina e meu filho Frederico, que fizeram muitos sacrifícios para me ajudar nessa jornada. Quero agradecer do fundo do coração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viva o presidente Lula!

Agradeço ao presidente Lula do fundo do coração pela confiança, orientação e apoio, sem os quais seria impossível eu lograr qualquer êxito nessa eleição. Quero agradecer uma outra grande liderança nacional, a presidenta Dilma Rousseff. Agradeço à presidente Dilma pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno. Pelo estímulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis dessa campanha.

Quero agradecer os partidos coligados do primeiro turno, nos quais sintetizo minha homenagem na figura valorosa da companheira, minha vice, Nádia Campeão. Quero agradecer aos apoiadores que ampliaram nossa corrente no segundo turno, nos quais sintetizo minha homenagem e meu agradecimento nas figuras do querido deputado Gabriel Chalita e no vice-presidente Michel Temer. Muito obrigado presidente Michel Temer.

Quero fazer meu agradecimento muito especial ao meu partido, Partido dos Trabalhadores. Partido que se lançou de corpo e alma nessa luta pacífica em favor do povo de São Paulo. Como seria impossível nomear milhares de colaboradores diretos, sintetizo meu agradecimento e minha homenagem na figura decisiva e equilibrada do meu coordenador Antonio Donato.

Quero agradecer a todos, quero agradecer por último, mas não menos importante, a todos meus opositores que me obrigaram a extrair o melhor de mim nessa campanha para poder superá-los em uma disputa limpa e democrática. A todos indistintamente o meu muito obrigado.
Discurso da vitória

Fui eleito pelo sentimento de mudança que domina a alma do povo de São Paulo. Sei da enorme responsabilidade de todos que são eleitos pelo signo da mudança. Ser eleito pela força da mudança significa não ter tempo a perder. Não ter medo de enfrentar, nem ter justificativas a dar para tornar esse sonho realidade. Significa não ter paciência e não pedir paciência. Antes de tudo, traçar prioridades e unir a cidade em torno de um projeto coletivo, de todos os paulistanos, de todos os moradores de São Paulo.

Meu objetivo central está plenamente delineado, discutido e aprovado pela maioria do povo de São Paulo. É diminuir a grande desigualdade existente em nossa cidade, é derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica e a cidade pobre. Somos uma das mais ricas e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga assim por tempo indeterminado, exatamente no momento em que o Brasil vem passando por uma das mudanças sociais vigorosas do mundo. A prefeitura tem um papel importante nisso, pois é ela que cuida da oferta e da qualidade de alguns dos serviços públicos mais essenciais como a saúde, o transporte, a educação, a habitação, entre outros.

Melhorar esses serviços é também uma forma concreta de distribuir renda, diminuir os desequilíbrios, aumentar e garantir a paz social. Sei que essa não é uma tarefa fácil, dada a complexidade dos problemas que vêm se acumulando nos últimos anos. Mas se São Paulo não conseguir resolver seus problemas, que cidade no Brasil e no mundo conseguirá fazê-lo? O fracasso de São Paulo seria o fracasso desse genial modelo de convivência que a humanidade desenhou ao longo dos séculos para sobreviver e ser feliz. Essa invenção insuperável do gênio humano, que se chama cidade.

As cidades foram inventadas para unir, não para desunir. Proteger e não fragilizar. Acarinhar e não violentar. Para dar conforto e não sofrimento. São Paulo tem seus grandes problemas, mas tem e terá as próprias soluções. O Brasil moderno nasceu aqui e o surpreendente Brasil do novo milênio também estará aqui. Se corrigirmos nossos erros, se superarmos a inércia, se quebrarmos o imobilismo, e se recuperamos a alma criativa e o espírito de empreendedorismo que sempre foram a marca de São Paulo.
*Tecedora