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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 31, 2012

A Globo está com medo


 


Certo faz a RBS que todo ano desova um ventríloquo para ocupar algum cargo político e, através dele, fazer às vezes de porta-voz do grupo mafiomidiático sulista. 

Já se foram Antônio Britto, Yeda Crusius, Afonso Motta, Ana Amélia Lemos, e, ensaiando, Lasier Martins. Sem contar os amestrados contratados para defender os interesses da empresa. Não podemos esquecer a retribuição aos homens do prof. Cardoso que, quando este foi apeado do poder, trouxe para a folha de pagamento dos Sirotisky Pedro Parente e Pérsio Arida. 

A lei de médios serve para impedir a propriedade cruzada. 

Por exemplo, a RBS. Tem rádio, jornal, tv, tv a cabo, internet, imobiliária, shopping, empresa de eventos, e lavanderia nas Ilhas Cayman. 

O jornal publica, de manhã o rádio repercute, ao meio dia a tv cita os antecedentes e solta mais uma vírgula. Todos pertencentes ao mesmo grupo. 

Pior, os velhos grupos de mídia não costumam citar uns aos outros. 

Jamais se vê fotos dos a$$oCIAdos doInstituto Millenium nos veículos concorrentes. 

Há sempre uma cortina de silêncio encobrindo a safadeza e textos laudatórios para engrandecer as parcerias. 

Em comum, os grupos mafiomidiáticos brasileiros têm com os argentinos a participação auspiciosa nas ditaduras recentes em ambos os países. 

O Grupo Clarin e os Grupos Brasileiros tiveram participação vantajosa, tanto em preparem o caminho como para ajudarem a justificar o injustificável. Não é mero acaso que a Folha de São Paulotenha batizado a ditadura de ditabranda

Com efeito, para ela, que emprestou carros para conduzirem clandestinamente os presos políticos para serem torturados, mortes e desovados em valas comuns, foi muito branda. 

Mais branda ainda foi a justiça que até agora não permitiu o julgamento dos crimes da ditadura.

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JN acaba de exibir editorial contra a "repressão disfarçada de democracia" que estaria ocorrendo na Argentina, onde foi implantada a "Ley de Medios", e que poderia se alastrar, segundo a Globo, como uma epidemia pelo continente; nesta terça-feira, tanto Rui Falcão como José Dirceu defenderam que a democratização dos meios de comunicação entre na agenda do governo federal

247  Medo.

Esta é a palavra que expressa o sentimento das Organizações Globo a respeito de uma eventual discussão sobre a democratização dos meios de comunicação no País. Na noite desta terça-feira, o Jornal Nacional, ancorado por William Bonner, exibiu ampla reportagem sobre a "repressão disfarçada de democracia", que estaria ocorrendo na Argentina.

Lá, o governo de Cristina Kirchner conseguiu aprovar uma "Ley de Medios", que democratiza os meios de comunicação no País, ao limitar o número máximo de concessões que pode ser detido por grupo econômico. No próximo dia 7 de dezembro, o grupo Clarín, o maior da Argentina, e equivalente à Globo no seu território, terá de se desfazer de parte de suas concessões.

Apresentada por Dellis Ortiz, a reportagem da Globo informa que essa "epidemia", que já teria contaminado Venezuela e Equador, pode se "alastrar pelo continente". Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Reino Unido, há limites ao número máximo de concessões.

A reportagem da Globo também abordou um seminário no Uruguai onde se debateu a proteção da "imprensa livre na era da internet". Na lógica defendida pelos grandes grupos de comunicação brasileiros, a internet deve ser controlada e não deve haver qualquer limite para a ação dos conglomerados de mídia.

Ao mesmo tempo em que a Argentina implanta sua lei, no Brasil, Rui Falcão e José Dirceu, do PT, têm defendido que o governo encampe o debate sobre a democratização dos meios de comunicação. Segundo a Globo, na Argentina, o governo Kirchner "pressiona até a suprema corte".

Bom, no Brasil, quem coloca pressão sobre o Supremo Tribunal é a própria Globo. Basta lembrar dos 18 minutos do Jornal Nacional sobre o mensalão às vésperas do segundo turno.

do blog Ficha Corrida 
*cutucandodeleve

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