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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 14, 2013

Ao trair Lula, Eduardo Campos despenca nas pesquisas no Recife e perde em casa para Dilma

O preço da traição.

Boa parte dos recifenses já descobriram que a candidatura de Eduardo Campos contra Dilma é traição ao presidente Lula.
Eduardo Campos anda virando a casaca para o lado dos inimigos recalcados do presidente Lula e do povo brasileiro. Campos está indo para o lado de:

- Roberto Freire (PPS-SP) e Jorge Bornhausen (PSD-SC), que pediram o impeachment de Lula em 2005/2006;

- José Serra (PSDB-SP), com quem Campos disse ter mais afinidade do que com lulistas;

- Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que chamou o Bolsa Família de programa que "estimularia a vagabundagem";

- da imprensa golpista que quer atrapalhar Dilma e cassar e prender Lula (mas não conseguem e nem vão conseguir);

- dos banqueiros e da Globo que fazem propaganda disfarçada de notícias para subir os juros, estimular a inflação e gerar desemprego;

- da turma que aposta no "no quanto pior, melhor";

- outros demotucanos, em geral.

Com isso, pesquisa de intenção de voto para eleições presidenciais divulgada quinta-feira (11) pelo Instituto Maurício de Nassau, com eleitores do Recife, registrou:

Dilma (PT): 36%
Eduardo Campos (PSB): 34%
Marina Silva (da rede do Itaú): 4%
Aécio Neves (PSDB): 2%
Brancos e nulos: 8%
Não sabem: 16%

A pesquisa testou o nome do presidente Lula no lugar de Dilma, e deu:

Lula (PT): 49%
Eduardo Campos (PSB): 25%
Marina Silva: 4%
Aécio Neves (PSDB): 2 %

Pausa para uma observação: duvido que Lula teria só 49% em Pernambuco. Se ele fosse candidato, seria praticamente unanimidade no estado. Sobrariam para Eduardo Campos só os votos dos reacionários demotucanos incorrigíveis.

De qualquer forma, a pesquisa mostra que Dilma, com Lula subindo em seu palanque e aparecendo na TV de novo pedindo votos para ela em 2014, baterá Eduardo Campos até em seu estado. Imagine no resto do Brasil.

Esse quadro demonstra que a estratégia de Eduardo Campos de ser cavalo de Troia da Globo, dos banqueiros e dos demotucanos para capturar os eleitores lulistas, já está nascendo morta. O povo, que não é bobo nem manipulável, como imaginam esses "estrategistas" de Campos e da Globo, já está vendo que essa candidatura contra Lula e Dilma não passa de traição ao próprio povo, e não vai empurrar esse cavalo de Troia para dentro do Palácio do Planalto, para desandar as conquistas sociais e nacionais dos últimos 10 anos.

Aliás, Campos, já constatando que a cada dia que passa mais gente fica sabendo de sua traição, consolidando sua imagem de traíra, combinou com Roberto Freire de fugir do evento no PPS, onde compareceria junto com o tucano Aécio Neves (que participou na quinta-feira) e com José Serra (que participa na sexta).
*osamigosdopresidentelula

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