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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, março 24, 2016

Em seu “Jornal Nacional”, a emissora, que nunca se importou em averiguar f


Escancarou de vez…

by biologosocialista

*Por Luiz Fernando Leal Padulla
Por essa, juro que não esperava. A Globo, apoiadora da Ditadura e cabeça na tentativa de ruptura democrática nos tempos atuais, conseguiu se superar na noite passada.
Em seu “Jornal Nacional”, a emissora, que nunca se importou em averiguar fatos que envolviam políticos e partidos do governo, e sempre almejava e publicava “furos”, direcionando vários e preciosos minutos para achincalhar, linchar e condenar publicamente Lula, Dilma e o PT, tirou de vez seu traje de imparcialidade.
No dia em que a Operação “Vaza-Jato” divulga uma lista da Odebrecht com mais de 200 políticos – o que seria a cereja do bolo para qualquer jornal – eis que o âncora-golpista Willian Bonner diz:
O Jornal Nacional não vai divulgar os nomes de políticos listados. O motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros. E o tempo não nos permitiria divulgar todos”.
Seria razoável se isso não tivesse um objetivo óbvio: esconder os envolvidos. Ainda mais porque NÃO aparecem os nomes de Lula nem de Dilma!
Caso revelassem os envolvidos, poderia comprometer a tentativa de golpe, uma vez que essa lista está recheada de políticos apoiadores do golpe, como a alta cúpula do PSDB e DEM. A saída mais fácil ao invés de comprometer toda investida contra o Brasil e a votação de impeachment? Omitir tudo isso.
A saber, alguns desses “moralistas sem moral” que defendem o impeachment: Aécio Neves (MG), Cássio Cunha Lima (PB), José Serra (SP), Geraldo Alckmin (SP), Agripino Maia (RN), Antônio Imbassahy (BA). E claro, como era de se esperar, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
É ou não e vergonhosa essa atitude? Por isso, novamente defendo que NINGUÉM MAIS ASSISTA A REDE GLOBO! Só assim, reduzindo a audiência, é que daremos nosso recado: o Brasil é dos brasileiros, e não da Globo e seus interesses escusos! Não seremos mais manipulados!
Em tempo: aproveito aqui para parabenizar todos os professores e profissionais que decidiram não mais prestar auxílio/entrevistas  à rede Globo e às mídias tradicionais, justamente porque elas incitam o ódio e a ruptura democrática de nosso país!
*Professor, Biólogo, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências

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