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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 05, 2016

‘Mansão dos Marinho’ em Paraty aparece pela primeira vez na GloboNews

Em meio à cobertura da nova fase da operação Lava Jato e da condução coercitiva do ex-presidente Lula, manifestante invade link ao vivo da GloboNews com cartaz sobre mansão que não foi noticiada pela emissora; “Globo golpista”, sussurrou no ouvido da repórter. Confira o vídeo Por...

Em meio à cobertura da nova fase da operação Lava Jato e da condução coercitiva do ex-presidente Lula, manifestante invade link ao vivo da GloboNews com cartaz sobre mansão que não foi noticiada pela emissora; “Globo golpista”, sussurrou no ouvido da repórter. Confira o vídeo
Por Redação
globon
Uma cena inusitada vem ganhando notoriedade nas redes sociais em meio à enxurrada de informações relacionadas à nova fase da operação Lava Jatoe à condução coercitiva para depoimento no ex-presidente Lula na Polícia Federal.
No Congresso Nacional, uma repórter da GloboNews fazia um boletim ao vivo, no início da tarde desta sexta-feira (4), sobre o depoimento de Lula quando foi surpreendida por um manifestante que apareceu na imagem segurando um cartaz com os dizeres “#Mansão dos Marinhos Paraty”, em uma referência ao imóvel, supostamente ilegal, e que está sendo investigado pelo Ministério Público, que pertenceria aos donos do Grupo Globo – assunto que, até agora, não foi noticiado pela emissora [Entenda mais sobre a questão aqui].
Constrangida, a repórter Marina Franceschini olha para o lado, ao que o manifestante se debruça sobre seus ombros e sussurra: “Globo golpista”.
Assista:
http://www.revistaforum.com.br/segundatela/2016/03/04/mansao-dos-marinho-em-paraty-aparece-pela-primeira-vez-na-globonews/

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