*Por Luiz Fernando Leal Padulla
Como podemos acreditar em uma justiça seletiva e partidária? O Ministério Público de São Paulo, nunca se esforçou para denunciar qualquer político nos últimos 20 anos. Coincidentemente, 20 anos de governos do PSDB.
A toga da parcialidade caiu de vez na quinta-feira, às vésperas das manifestações. Em uma atitude desesperada e midiática, tirando os holofotes que se voltavam mais uma vez para nova delação contra o presidente do PSDB, o tal promotor público Cássio Conserino atacou novamente. Como adiantara à latrina Veja, denunciou o ex-presidente Lula e pediu sua prisão preventiva. O mais absurdo de toda essa encenação política: tudo isso sem qualquer tipo de prova – fato reconhecido até mesmo pelo promotor tucano. Lamentável ainda mais que uma massa, bovinamente manipulada pela mídia hegemônica, ainda acha que as atitudes do Judiciário são imparciais. Ao mesmo tempo, saúdam e reverenciam esses justiceiros de toga, como se fossem verdadeiros heróis que lutam contra a corrupção.
Se o MP de São Paulo fosse sério, não ignoraria Máfia da Merenda, Cartel do Metrô, e denunciaria Geraldo Alckmin e José Serra. Se a Lava-Jato fosse contra a corrupção, não ignoraria as cinco delações contra Aécio Neves, os escândalos de FHC, a Lista de Furnas. Há muita coisa por trás dessas arbitrariedades. Desde o interesse no Pré-Sal, até a desestabilização do BRICS que ameaça o domínio norte-americano – coincidência a “demonização” que vem sofrendo a Rússia e a crise com Ucrânia e Síria, assim como os boatos que tentaram atingir as bolsas da China? Não sejamos manipulados. Mais do que uma questão partidária, o que está em jogo é a democracia e os interesses nacionalistas. O Brasil precisa conhecer a verdade e quem realmente defende e luta pelo país. E o PSDB é o lobo na pele de cordeiro.
*Professor, Biólogo, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, março 17, 2016
Se o MP de São Paulo fosse sério, não ignoraria Máfia da Merenda, Cartel do Metrô, e denunciaria Geraldo Alckmin e José Serra.
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