
O presidente russo, Dmitri Medvedev, defendeu maior cooperação com Brasil, Índia e China, e disse que o incremento do comércio negociado em suas próprias moedas pode ajudar a forjar laços econômicos mais estreitos entre os países.
"As possibilidades de cooperação multilateral em energia nuclear, construção de aviões, exploração espacial e nanotecnologia são de largo alcance", disse Medvedev num artigo distribuído ontem por e-mail pela assessoria de imprensa do Kremlin. "Os acordos sobre comércio bilateral em moedas nacionais" deverão contribuir para essa cooperação, disse ele.
Medvedev e seus pares nos países do Bric deverão reunir-se para a sua segunda cúpula nos amanhã e depois, em Brasília. Em sua primeira conferência na cidade de Iekaterimburgo, nos montes Urais, em junho do ano passado, os quatro chefes de governo reivindicaram que as economias emergentes tenham mais voz nas instituições financeiras internacionais e defenderam um sistema monetário mundial mais diversificado.
Brasil, Rússia, Índia e China deveriam concluir as "muito atrasadas" reformas do sistema de Breton Woods, disse Medvedev. Os quatro países, que representam 42% da população mundial e contribuíram com mais de 50% crescimento econômico mundial nos últimos anos, poderiam também dar uma contribuição conjunta a um programa "pós-crise" do G-20, disse ele.
O presidente Medvedev disse também ser "importante" tomar medidas comuns, entre elas o intercâmbio de informações sobre possíveis "ataques especulativos" às moedas, títulos e mercados de commodities dos respectivos países, para garantir a segurança econômica.
"Ao fortalecer a base econômica do mundo multipolar, os países do Bric ajudam objetivamente a criar as condições para o fortalecimento da segurança internacional", disse Medvedev.
Nenhum comentário:
Postar um comentário