Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 15, 2013

Aos poucos a História vai pondo as coisas nos seus devidos lugares

Jango não foi deposto

 

O ansioso blogueiro participou da solenidade em que os restos mortais de João Goulart foram recebidos em Brasília.


Dilma e Maria Tereza, honra a um chefe de Estado (Foto: Ricardo Stuckert)


A convite da Presidenta Dilma Rousseff, o ansioso blogueiro participou da solenidade em que os restos mortais do grande presidente João Goulart foram recebidos na Base Aérea em Brasília com honras de chefe de Estado.

Representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entregaram para a Presidenta – para que passasse às mãos da viúva D. Maria Tereza Goulart – a bandeira nacional.

Na comovente homenagem, com a presença dos Ministros e da família, além dos ex-Presidentes José Sarney, Fernando Collor e Luis Inácio Lula da Silva, o ansioso blogueiro ouviu do Presidente do Senado, Renan Calheiros, providências que serão brevemente tomadas.

Será rasgada a ata da sessão em que o então presidente paulista do Senado, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República, enquanto Jango ainda estava em território nacional.

Este foi o gesto que “legalizou” o Golpe militar.

A sessão, portanto, deixará de existir.

Logo, Jango não foi deposto e o Marechal Castelo Branco, primeiro Presidente do ciclo militar, deixará de ser Presidente para se tornar o que sempre foi: um gorila golpista.

Ele e seus sucessores da mesma estirpe.

Outro ato que se avizinha é a consagração do Plenário do Senado como Plenário João Goulart.

Como vice-Presidente da República, segundo a Constituição de 1946, Jango presidiu o Senado por seis anos.

Na Câmara, o Plenário se chama Ulysses Guimarães.

Clique aqui para ler no Blog do Planalto “Dilma: Homenagem a Jango é uma afirmação da nossa democracia”.
A Presidenta Dilma Rousseff perguntou ao ansioso blogueiro: “por que você está aqui ?”.

Resposta do ansioso blogueiro:

“Porque eu sou Castilhista, Borgista, Getulista, Janguista, Brizolista, Lulista e Dilmista, NESTA ORDEM”.

Ela caiu na gargalhada e disse: “Você é o máximo !”.


NAVALHA






Navalha

O deputado Anthony Garotinho, que nasceu e morrerá Brizolista, lamentou que o ansioso blogueiro não tivesse incluído na lista o trabalhista Alberto Pasqualini.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, acrescentou dois nomes à lista: José Bonifácio de Andrade e Silva e Floriano Peixoto.

O ansioso blogueiro concorda com os dois.


Clique aqui para ler, no Blog do Planalto, “Dilma: Homenagem a Jango é uma afirmação da nossa democracia”.
Castilhos e Medeiros: Velho Testamento

Artigos Relacionados

Leblon: Dilma,
não existe vácuo. Acorda !
 
________________________
 PITACO DO ContrapontoPIG
Aos poucos a História vai pondo as coisas nos seus devidos lugares 
*Saraiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário