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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, fevereiro 01, 2015

Mensagem do presidente Vladimir Putin, pela comemoração do 70º aniversário da libertação de Auschwitz


Mensagem do presidente Vladimir Putin, pela comemoração do 70º aniversário da libertação de Auschwitz


O Holocausto foi uma das páginas mais tristes e vergonhosas da história humana. Milhões de inocentes tombaram vítimas dos nazistas, passaram pelo inferno dos campos de morte e foram assassinados, torturados, mortos de fome e doenças.
O Exército Vermelho pôs fim a essas atrocidades e a essa barbárie, essa crueldade, e salvou, não só o povo judeu mas também os outros povos da Europa e do mundo.
Devemos relembrar firmemente, para sempre, que qualquer tentativa de re-escrever a história e a enorme contribuição do povo russo para aquela grande vitória sempre implicará justificar os crimes do nazismo, e deixará aberta a porta para a re-emergência dessa ideologia de morte. Esquecer as lições de nosso passado comum pode levar a uma repetição daquelas tragédias terríveis.
É dever de todos portanto defender a verdade sobre os eventos da 2ª Guerra Mundial e defender as realizações, a dignidade e o bom nome dos sobreviventes e dos que tombaram.
É nosso dever e é questão de honra frente às gerações futuras.
Fonte Rede Castor Filho: http://goo.gl/d8rv3Q

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