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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 15, 2011

PODE ACREDITAR NO BRASIL !

Avião inovador feito na USP monitora desmatamento em Jirau

Empresa incubada na universidade cria primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado nacional que terá certificação da Anac

Pedro Carvalho, iG São Paulo

Qualquer menino acharia uma diversão trabalhar na oficina de Giovani Amianti. Ele constrói aviões. Faz peças, compra outras, cola tudo, deixa secar, instala um controle remoto, confere se ficou direitinho e coloca para voar. E o melhor: não são aqueles modelos que vinham no encarte das revistas e a turma enchia os dedos de cola para montar. No momento, o jovem empreendedor – tem 28 anos – está terminando o primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) em fibra de carbono feito no Brasil, que vai custar perto de R$ 600 mil.

Foto: iG Ampliar
Giovani Amianti trabalha na montagem do Apoena 1000: ciclo de incubação vai terminar logo

O currículo de Amianti tem outros “primeiro do Brasil”. Sua empresa – a XMobots, incubada e até hoje localizada na Universidade de São Paulo (USP) – foi a primeira a operar um VANT na região da Amazônia. Isso aconteceu em agosto de 2010, quando começaram a monitorar o desmatamento na hidroelétrica de Jirau para o consórcio que constrói a obra. O modelo Apoena 1000 também será o primeiro VANT brasileiro certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – a própria XMobots propôs ao governo o processo de certificação, que entrou em vigor recentemente.
Isso tudo faz parecer que se trata de uma empresa enorme, a maior do país no ramo. Não é verdade. Ela nasceu e ainda vive numa “garagem”, só que universitária. Na verdade, numa constelação de garagens chamada Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), na USP, onde estão incubadas 147 empresas inovadoras, a maioria com foco em tecnologia da informação, biomedicina e "brinquedos" revolucionários como o Apoena 1000. Desde 1998, surgiram ali 398 negócios, que recolheram mais de R$ 53 milhões em impostos – cerca de três vezes o dinheiro públco investido na incubadora, como faz questão de ressaltar o diretor executico do Cietec, Sergio Risola.
95% made in Brasil
Outras duas empresas incubadas no Cietec participam do serviço em Jirau: a Agrofício, que processa as imagens do Apoena, e a Agência Verde, que faz relatórios ambientais. “Estar no Cietec gera esse tipo de sinergia. Só conseguimos o trabalho por conta do contato que temos com essas outras empresas”, diz Amianti.
O Apoena – em Tupi, “aquele que enxerga longe” – faz 8 horas de voo por mês sobre a futura hidroelétrica. Tecnicamente, ele presta serviço de monitoramento de supressão da vegetação, que é feito por quatro empresas. Trocando em miúdos, ele monitora o corte proposital de árvores, necessário para que a obra seja executada. Depois, a XMobots vende as imagens para o consórcio de Jirau, para que ele possa, com bases nos dados, pagar essas empresas.


*aposentado invocado

FIDEL CASTRO:CONFIRA AQUI A ENTREVISTA QUE ESTA REPERCUTINDO NO MUNDO TODO

http://veja.abril.com.br/assets/pictures/13075/Fidel-Castro-em-sua-terceira-aparicao-size-598.jpg?1279229343.

Leia com muita atenção esta importante entrevista que o escritor e jornalista galego Ignacio Ramonet fez com o lider cubano Fidel Castro Ruz

Ignacio Ramonet – Gostaria de perguntar se você não acha que a estrutura de partido único seria inadequada para a sociedade cada vez mais complexa como a atual sociedade cubana.
Fidel Castro – Quanto mais cultura adquire e mais conhece o mundo, mais o nosso povo se contenta com a unidade e mais a valoriza. Posso ver o espetáculo que ocorre em alguns países que têm 100 ou 120 partidos... Não acredito que se possa idealizar isso como forma de governo, nem se pode idealizar isso como forma de democracia. Seria uma loucura, uma manifestação de alienação. Como um país do Terceiro Mundo pode se organizar e se desenvolver com cem partidos? Isso não conduz a nenhuma fórmula saudável de governo. Em muitos países, o sistema eleitoral clássico, o tradicional, com múltiplos partidos, acaba se transformando em um concurso de simpatia ou não, de verdade, em um concurso de competência, de honestidade, de talento para governar. Em uma eleição desse tipo, acaba se elegendo o mais simpático, aquele que se comunica melhor com as massas, aquele que tem a presença mais agradável, a melhor propaganda na televisão, na imprensa escrita e no rádio. Ou, finalmente, aquele que tem mais dinheiro para gastar em publicidade.
Como você bem sabe, porque já analisou em alguns de seus livros, em alguns países latino-americanos que prefiro não mencionar, as campanhas eleitorais custam centenas de milhões de dólares, ao estilo norte-americano, e os assessores de marketing ensinam ao candidato como se pentear, se vestir, se dirigir à população, e o que deve e o que não deve dizer. Tudo isso é um carnaval, uma verdadeira farsa, um teatro.
Às vezes, nessas eleições participam apenas aqueles que têm recursos econômicos suficientes para investir em propaganda. Aqueles que têm mais acesso aos meios de comunicação de massa são quase sempre os que obtêm a vitória eleitoral. Se um candidato da oposição não consegue mobilizar recursos suficientes para realizar uma campanha eficaz – o que os publicitários norte-americanos chamam de “campanha científica de publicidade” -, pode perder as eleições. Essa é a realidade. Os resultados desse tipo de eleição são muito estranhos, principalmente pela presença de fatores que pouco têm que ver com a aptidão do candidato.
Em Cuba, além disso, o Partido não foi criado para lançar e eleger deputados, como ocorre em qualquer outro lugar. Por exemplo, na Espanha, no PSOE, o presidente Felipe Gonzalez decidia quem integraria o Parlamento em nome do PSOE. Um método tão simples como fazer uma pesquisa, calcular o dinheiro que têm, a publicidade com que podem contar; mas não importa, se calcular que tem 15 ou 20 por cento em uma província saberá o número exato de deputados que lhes correspondem, vai nomear os candidatos e depois o cidadão vai votar num partido. Porque o partido é uma coisa abstrata, uma organização, e o eleitor vota nessa coisa abstrata; quem elege concretamente os deputados, que designa, é o partido.
Outros têm, como os ingleses, ou os jamaicanos, o distrito; é um pouquinho melhor o sistema do distrito, que é um ou dois, mas que adquire uma grande experiência no Parlamento. Em geral, os funcionários públicos das ilhas do Caribe são mais eficientes e estão mais preparados que os funcionários públicos do sistema presidencialista.
Para nós, um dos primeiros princípios é que aqui o Partido [Comunista] não escolhe, quem escolhe é o povo; os vizinhos de cada circunscrição se reúnem em assembléia e escolhem, ou melhor, designam os candidatos que vão representá-los no Parlamento; nisso o Partido não pode intervir.
Ignacio Ramonet – É difícil de acreditar que o Partido não intervém.
Fidel Castro – Nosso Partido não escolhe nem elege. Os delegados das circunscrições, que são a base de nosso sistema, são propostos pelo povo em assembléia, por circunscrição. Não podem ser menos de dois nem mais de oito candidatos para cada circunscrição, e esses delegados de circunscrição, que constituem a Assembléia Municipal em cada município do país, é o povo que propõe e escolhe em eleições, nas quais precisam obter mais de 50 por cento dos votos. A Assembléia Nacional de Cuba, com um pouco mais de seiscentos deputados, é constituída, quase em 50 por cento, por esses delegados de circunscrição, que não apenas têm o papel de constituir as Assembléias Municipais, mas também de lançar os candidatos para as Assembléias Provinciais e a Assembléia Nacional.
Não vou me estender, mas, realmente, gostaria que um dia se conhecesse um pouco mais sobre o sistema eleitoral de Cuba; porque é espantoso que gente lá do Norte às vezes me pergunte quando vai haver eleições em Cuba. Mas quem poderia fazer a pergunta são os cubanos: “O quanto é preciso ser milionário para alcançar a Presidência dos Estados Unidos?” ou então considerando que não seja necessário o candidato ser milionário, poderíamos perguntar: “De quantos bilhões necessita o candidato para ser eleito presidente?” Ou “Quanto custa um cargo, até mesmo um modesto cargo municipal?”
No nosso país não ocorre nem pode ocorrer isso. Não se enchem as paredes de cartazes, não se usa maciçamente a televisão com mensagens subliminares, acho que é assim que se chamam.
Pode haver dois, três, até oito candidatos, normalmente são dois ou três, quase sempre dois; às vezes dividem o trabalho, porque é o costume, a histórica, fazem a campanha juntos e são gente de muita qualidade. E quase a metade do Parlamento é constituída por essas pessoas que se elegem nas assembléias populares.
Ignacio Ramonet – E essas pessoas não são membros do Partido?
Não precisam ser, não mesmo, para nada. É apenas coincidência o fato de um número bem elevado delas ser membro do Partido. E o que isso demonstra? Simplesmente que há muita gente boa, que muitas das melhores pessoas estão no Partido. No Partido pode haver católicos, protestantes; a convicção religiosa não é um obstáculo – no princípio até foi. Mas o Partido está aberto hoje a pessoas das mais diversas crenças religiosas.
E o fato de que os que são escolhidos, uns 13 ou 14 mil, pela população e eleitos pela população – em eleições nas quais os candidatos precisam obter mais de 50 por cento dos votos para se eleger – serem, em sua maioria, membros do Partido, demonstra que as mulheres e os homens selecionados pelo Partido não são corruptos, são gente limpa, muita gente nova, muita gente com formação superior. E posso lhe garantir que, a cada dia da história deste país, de suas lutas, de seus enfrentamos, de suas batalhas, este povo adquire cada vez mais cultura, e valoriza e aprecia a unidade como algo essencial e indispensável.
Ignacio Ramonet – Em muitos países do extinto bloco socialista, ser membro do Partido era uma maneira de obter privilégios, benefícios e favores. Fazia-se isso mais por interesse que por convicção ou espírito de sacrifício. Não é o que acontece em Cuba?
Fidel Castro – Este Partido não concede privilégios. Se há uma obrigação qualquer a cumprir, o primeiro que tem o dever de ir é o militante do Partido. E não escolhe, ou seja, não é o Partido que designa os candidatos ao Parlamento, são as pessoas. E tampouco elege. O Partido não elege os deputados, são as pessoas, repito, são todos os cidadãos que elegem os deputados. Entretanto, o Partido dirige, eu diria, de uma forma ideológica, define estratégias, mas compartilha com as organizações de massas. É um conceito diferente do que houve em outros países socialistas, onde foi fonte de privilégios, de corrupção, e foi a fonte de abuso de poder.
Ignacio Ramonet – Mas já vimos que aqui também há corrupção. Você calcula que em Cuba, entre os dirigentes, não haja corrupção?
Fidel Castro – Houve casos de funcionários que negociavam com poderosas empresas estrangeiras, e às vezes, sabe como é, são convidados para um restaurante, ou para ir à Europa, onde ficam na casa do dono ou num hotel de luxo. De fato, alguns funcionários nossos gastavam milhões em compras. Então temos de um lado esses compradores milionários e do outro a arte de corromper de muitos capitalistas, mais ardilosos que uma serpente e às vezes piores que ratos. Os ratos anestesiam enquanto estão mordendo e são capazes de arrancar um pedaço de carne durante a noite. Da mesma maneira, foram entorpecendo a Revolução e arrancando-lhe a carne.
E não eram poucos os que deixavam evidente sua corrupção, e muitos sabiam e suspeitavam disso, porque viam o nível de vida, e às vezes em pequenas bobagens: o sujeito reformou o carro, pintou, pôs um acessório, uns frisos bonitos, porque ficou vaidoso. Várias vezes ouvimos histórias como essas, e tivemos de tomar medidas. Mas isso não se resolve facilmente.
Estamos nos esforçando e temos a sorte de estar conseguindo evitar ao máximo – não conheço nenhum outro caso – esses fenômenos de corrupção ou de abuso de poder. Isso não se admite aqui. Pode haver corrupção, há muita gente aqui que se envolveu com isso, mas não pode existir num quadro de direção do Partido ou num quadro de direção do Estado, nenhum deles pode.
Estou explicando o fundamento, a essência, da conduta ética. Podem investigar se algum dirigente da Revolução tem conta em algum banco no exterior, os que conseguirem encontrar alguma prova podem pedir o que quiserem; os dirigentes da Revolução, assim como eu, não têm um centavo [de dólar], pode ser que tenhamos alguns pesos, que ainda sobram, porque quase todos os gastos são pagos.

A 1ª PPP do metrô registra mais um incidente

Problema em escada rolante deixa 4 feridos na estação Paulista do Metrô de SP
É a primeira linha de São Paulo a ser operada pela iniciativa privada, e em pouco tempo de funcionamento apresentou mais um grave incidente.
A Linha 4 tem em seu histórico, por um lado, o fato de ser a primeira Parceria Público-Privada (PPP) assinada no país. Por outro, soma nove mortos – sete delas em janeiro de 2007, no episódio conhecido por "Cratera do Metrô" –, quatro feridos, repetidos atrasos e uma investigação da Polícia Federal.Um problema em uma escada rolante, na manhã desta quinta-feira, deixou 4 pessoas feridas na estação Paulista, da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo. O equipamento está localizado na interligação com a estação Consolação, da Linha 2-Verde.
A ViaQuatro, empresa responsável pelo ramal, não soube informar o tipo de problema que a escada rolante teve. Os feridos receberam atendimento médico e passam bem, segundo a ViaQuatro. A escada rolante foi interditada para perícia.
*CelsoJardim

Israelenses e palestinos se unem em manifestação por independência palestina

Manifestantes israelenses e palestinos em Jerusalém (Reuters)
Para calar a boca dos sionistas que acusam de anti-semita todo aquele que critica o estado terrorista de Israel 


Milhares de manifestantes israelenses e palestinos fizeram uma manifestação nesta sexta-feira em Jerusalém pela independência palestina, em um ato coordenado pelo grupo Solidariedade Sheikh Jerrach e comissões populares de palestinos de Jerusalém Oriental.
A manifestação reuniu cerca de 4 mil pessoas, começou no portão de Jaffa na Cidade de Velha e seguiu a linha divisória que separava Jerusalém ocidental da parte oriental da cidade antes da guerra de 1967.
Do portão de Jaffa os manifestantes seguiram até o portão de Damasco, ao longo das muralhas da Cidade Velha. De lá, foram para o bairro palestino de Sheikh Jerrach, onde colonos israelenses instalaram um assentamento em casas confiscadas de moradores palestinos.Os manifestantes exigem a criação de um Estado Palestino nas fronteiras pré-1967, com Jerusalém oriental como capital.
Os manifestantes levavam bandeiras palestinas e gritavam palavras de ordem, entre elas "judeus e árabes se recusam a ser inimigos".
A manifestação é considerada histórica, tanto pelo número sem precedentes de manifestantes dos dois lados como pela maneira como foi coordenada.
No passado já ocorreram manifestações conjuntas de ativistas israelenses e palestinos, mas o número de participantes não ultrapassou a casa dos centenas e os atos foram coordenados por lideranças pacifistas israelenses e lideranças palestinas.
Na manifestação desta sexta-feira a coordenação foi feita com comissões populares de moradores de Jerusalém Oriental;
Segundo os organizadores, "esta manifestação é um evento histórico na luta não-violenta para acabar com a ocupação".
"A manifestação prova que israelenses e palestinos são capazes de realizar juntos uma ação direta e não-violenta que terá um impacto importante nos eventos que acontecerão em setembro", afirmam porta-vozes dos ativistas, se referindo à reunião da Assembleia Geral da ONU.

Reconhecimento da ONU
O secretário da Liga Árabe, Nabil El Arabi, anunciou na quinta-feira que a organização irá pedir o reconhecimento da ONU ao Estado Palestino nas fronteiras de 1967.
O pedido será encaminhado ao Conselho de Segurança e à Assembleia Geral da ONU que deverá se reunir no próximo mês de setembro.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, declarou que "ainda prefere obter o Estado por intermédio de negociações com Israel".
Segundo Abbas, como as negociações estão congeladas, "não resta aos palestinos outro caminho exceto recorrer à ONU".
Segundo porta-vozes palestinos, 117 países dos 192 membros da ONU já prometeram que irão apoiar o pedido de reconhecimento da Palestina.
Israel e os Estados Unidos já anunciaram que são contra o pedido, o qual qualificam como "unilateral".

Europa e EUA
Nos últimos meses tanto os líderes palestinos como os israelenses vêm tentando convencer os países europeus a apoiar sua posição.
Ainda não se sabe como os principais países da Europa irão votar na Assembleia Geral da ONU.
Os Estados Unidos já prometeram a Israel que irão utilizar seu direito ao veto no Conselho de Segurança, portanto o Estado da Palestina não poderá ser aceito como membro integral da ONU.
O ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, que está visitando Israel, disse nesta sexta-feira que o reconhecimento da Assembleia Geral da ONU ao Estado Palestino "significa praticamente nada".
De acordo com a avaliação de Bolton, a Assembleia Geral certamente reconhecerá o Estado Palestino mas o veto americano impedirá que esse reconhecimento tenha um resultado prático.
Bolton afirmou ainda que Israel e os Estados Unidos "não deveriam levar isso (o reconhecimento da Assembleia Geral) tão a sério".
No entanto, apesar do veto americano, o presidente Abbas afirmou que irá prosseguir com seus esforços para obter o reconhecimento da Assembleia Geral, pois, segundo ele, uma votação da maioria dos países em favor da independência palestina "conferirá aos palestinos uma posição diplomática mais forte para negociar com Israel".
*cappacete

Chilenos voltam às ruas pela educação pública


   Santiago


(Prensa Latina) Estudantes, professores, organizações sociais e cidadãos em geral protagonizarão hoje no Chile uma nova mobilização nacional em demanda de educação pública e gratuita.

  "Amanhã marchamos SIM Ou SIM da Praça Itália. Se o governo quer outro percurso que marchem eles por aí", assinalou ontem à noite em sua conta de Twitter a presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo.

A líder universitária ratificou desse modo a decisão dos estudantes de manter o percurso de anteriores marchas pela Alameda, da Praça Itália até a Praça dos Heróis; e não o caminho proposto pela Intendência Metropolitana, manobra para minimizar o alcance dos protestos, consideram.

Queremos convidar as famílias, as mães, os pais, os avós que também nos acompanharam nas marchas e a sociedade em geral a participar da convocação e a reafirmar nosso compromisso pela educação pública e gratuita, financiada pelo Estado, sublinhou Vallejo.

"Aqui contrapõem-se duas visões, uma que é a cultura do dinheiro e outra que é como fomentar um sistema de educação pública para o desenvolvimento do país", reflexionou a dirigente juvenil.

O movimento estudantil chileno recusou na semana passada a iniciativa do Executivo para o ensino superior por não introduzir mudanças estruturais profundas no sistema de ensino no país sul-americano, identificado entre os mais custosos e excludentes do mundo.

Para a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) o Executivo optou pelo continuísmo do modelo a partir da lógica de subsídios sem regulação e da transferência de recursos de todos os chilenos aos empresários que lucram com a educação.

Longe de se garantir um direito fundamental, fica a mercê do mercado a qualidade educacional que recebem as crianças e jovens chilenos, enfatizou a Confech em declaração pública.

À marcha deste dia, convocada pela Confech e pelo Colégio de Professores, vão se aderir os estudantes secundários, a Central Unitária de Trabalhadores, os sindicatos da saúde e a Federação Nacional de Trabalhadores do Cobre, entre outros.

Ontem precisamente, em sinal de radicalização dos protestos, constituiu-se a Frente Social pela Educação que aglutina todas as forças da sociedade interessadas em recuperar o ensino público para o Chile.
*cappacete

Sub-do-sub da China, o maior credor, chama os EUA às falas

Cadê o sub-do-sub ?
Diz o editorial do New York Times desta sexta-feira:

“É preciso ouvir o som do alarme”:


“ … there are fresh indications that China and other investors are beginning to get nervous.”


Há claras indicações de que a China e outros investidores começaram a ficar nervosos.

Saiu no New Tork Times, nesta quinta feira:

“We hope that the U.S. government adopts responsible policies and measures to guarantee the interests of investors,” Hong Lei, a foreign ministry spokesman


“Esperamos que o Governo americano adote políticas responsáveis e medidas que garantam os interesses dos investidores.”


Foi o que disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Quer dizer, os Estados Unidos levam um pito de quem o Nunca Dantes chamou, um dia, do sub-do-sub-do-sub.

A China é o maior investidor em títulos do Governo americano.

Os Republicanos (que, no Brasil, correspondem à coligação DEMO-PiG-Tucanos (*)) querem impedir Obama de elevar o teto de endividamento do Governo americano.

Só deixam elevar o teto se Obama cortar os programas sociais dos pobres.

Obama aceitou fazer gigantescas concessões aos conservadores – cortar programas sociais – mas não abre mão de elevar os impostos dos ricos.

O Governo Bush, com a ajuda do presidente do Banco Central, Greenspan, fez com que rico americano, a rigor, não pague imposto.

Os DEMO-PiG-Tucanos americanos estão irredutíveis.

Isso significa que no início de agosto os Estados Unidos começam a dar o calote nos títulos o Tesouro.

A China e o Brasil – que também comprou títulos do Tesouro americano – vão ficar com o mico na mão.

Não é inacreditável, amigo navegante ?

Que a pátria-mãe do neoliberalismo, onde as teorias neoliberais foram aplicadas da forma mais selvagem, que, agora, ela se veja à beira do colapso.

E na China, que continua a crescer à base de 9,5% ao ano, um sub-do-sub passa um carão nos Estados Unidos.

Aonde é que o mundo foi parar ?

Chegamos a um novo mundo em que as idéias neoliberais só sobrevivem em plagas coloniais.

E onde a intransigência dos conservadores – aliados ao PiG – permanece intocada.

Eles serão capazes de jogar os Estados Unidos no caos, a abrir mão de seus princípios: rico não pode pagar imposto.

Não é muito diferente do que fizeram os DEMO-PiG-Tucanos quando aboliram a CPMF.

Dane-se a saúde do pobre !

O meu eu quero primeiro, bradava o presidente da FIE P (**).

O mundo se reorganiza de uma forma que os conservadores ainda não conseguiram entender.

A Europa se desmancha, os Estados Unidos levam pito do sub-do-sub.

As referências doutrinárias dos conservadores viram pó.

Como os títulos do Tesouro americano (ou italiano, espanhol, grego, irlandês, português …).

Qual é a nova Meca da urubóloga ?

E do Farol de Alexandria ?

Onde ele vai buscar a Luz ?


Paulo Henrique Amorim

Nicolelis em audiência com presidenta Dilma

Presidenta Dilma Rouseff, junto com o ministro Aloizio Mercadante, conversa com o neurocientista Miguel Nicolelis no Palácio do Planalto.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
O Brasil vai aliar a situação econômica do país e as demissões em massa de cientistas nos Estados Unidos e Europa para atrair profissionais de ponta para trabalharem em regime temporário no território nacional. A informação é do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira (14/7), após audiência com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Mercadante compareceu na companhia do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que integra o grupo dos 20 mais renomados e influentes cientistas no mundo, para apresentar a proposta da criação do programa Escola sem Fronteiras e intensificar o Andar de Novo, desenvolvido em Natal (RN), além da realização de concursos públicos para contratar profissionais no mercado internacional.
“Vamos abrir concursos internacionais para atrair cientistas de ponta e impulsionar as áreas científicas. Para se ter uma ideia, em dois anos, o equivalente a um terço do quadro do ministério estará aposentado. Então, parte dos pesquisadores será composta por brasileiros e a outra parte contratada no exterior”, informou Mercadante ao citar como exemplo o fato de a Nasa - a agência espacial americana - ter demitido recentemente cerca de quatro mil trabalhadores.


O neurocientista Miguel Nicolelis iniciou a entrevista informando que o projeto Escola sem Fronteiras, conforme apresentado à presidenta Dilma, tem por objetivo atuar em áreas fronteiriças de 12 países na América do Sul. Assim, por exemplo, num determinado período os jovens seguem com os estudos normais de cada país - obedecendo a grade curricular - e em outro período estudam matérias científicas.
Outro trabalho desenvolvido por Nicolelis, o Andar de Novo, também mereceu simpatia da presidenta Dilma e, tal fato levará a uma visita, em data a ser definida, às dependências do instituto em Natal (RN). O neurocientista informou também que vem desenvolvendo equipamento que permitirá pessoas paralíticas ou tetraplégicas, por exemplo, a andarem apoiadas por equipamentos produzidos por sua equipe. Conforme contou, a meta é que os aparelhos estejam prontos em quatro anos. A demonstração aconteceria na abertura da Copa do Mundo Fifa 2014.
*comtextolivre

Charge do Dia

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um pouco de Lula na UNE





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A voz voltou. Falta o alto-falante.


Da Agência Brasil, agora há pouco:
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva pretende ter uma participação mais ativa na política nacional. “Vou voltar a andar por esse país. Vou voltar a incomodar algumas pessoas outra vez,” disse ele, ao discursar hoje (15) durante o 2º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Lula destacou que chegou ao fim o período de afastamento voluntário do cenário político que ajudou na consolidação da presidenta Dilma Rousseff à frente do comando do país. “Eu disse, no início do ano, que ia entrar em um processo de desencarnação, para poder permitir a encarnação da presidenta Dilma.”
O ex-presidente adiantou que as suas ações serão voltadas à busca de soluções para os problemas sociais. “Embora não seja mais presidente, sou cidadão brasileiro. Como cidadão brasileiro, serei o lobista número 1 das causas sociais. Quem tiver um problema social pode me contar que farei lobby com o Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência] e com a presidenta Dilma Rousseff para que a gente possa resolver isso”, disse.”
E na Agência Estado:
“A gente não pode aceitar que os americanos façam o ajuste da sua política fiscal à custa da desvalorização do dólar, o que cria prejuízo para o comércio dos países mais pobres. A gente não pode permitir que a crise venha causar prejuízo para o nosso País”, disse Lula (…)
Num tom inflamado, Lula culpou os países desenvolvidos pela crise no continente europeu. “Estamos vendo a Espanha, Portugal e Grécia numa situação delicada. É uma crise que não foi causada pelos países pobres, é uma crise causada pelos países ricos. É uma crise surgida não na Bolívia, não na Argentina, no Paraguai ou no Brasil. É uma crise surgida nos Estados Unidos e na Europa”, apontou.
Nos 20 minutos de discurso, Lula fez um balanço de seus oito anos de governo, com destaque para a estabilidade econômica e a forma como o Brasil superou a crise internacional. “Enquanto o Obama já está há mais de dois anos sem resolver a crise americana, enquanto a Europa já está há dois anos sem resolver a crise lá, aqui no Brasil nós dissemos que a crise seria uma marolinha, que ia chegar por último e ia embora primeiro. E foi exatamente o que aconteceu”, afirmou.
Que falta faz falar num tom assim – que o fato de já não estar na Presidência facilita em muito – para que as pessoas possam entender o que se passa! Que falta faz a polêmica, a falta de patrulhamento, o enfrentamento com o que diz a mídia!
Mas também é preciso que se diga: que falta faz uma estrutura de comunicação que possa fazer esta voz ser ouvida, sem a edição e o trato maroto da mídia, com o tom didático e claro com que ela soa, com a imagem do rosto que empresta credibilidade às palavras…
Procuramos, procuramos, procuramos e não há (espero que logo haja) uma gravação na internet, que a gente possa colocar para rodar na rede. Se o ex-presidente quer romper com aquele pretensioso monopólio dos que se julgam “formadores de opinião”, é preciso dar – já e já – um alto-falante eletrônico a esta voz.
*tijolaço