Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 24, 2014

 UM PETARDO - MADE USA - PARA DESINTEGRAR O BRASIL


O escritor Hans Christian Andersen, que entendia do assunto, dizia que “os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam, e os adultos despertem.”



A RAPOSA E O GALINHEIRO


Em uma das fábulas que envolvem canídeos e galináceos, ambas da tradição lusitana, aprende-se porque não se deve deixar a segurança do galinheiro a cargo desses predadores.

A lembrança vem à tona com a notícia, publicada pelo Valor Econômico, de que a Boeing, norte-americana, está trazendo, para o Brasil, sua divisão de Defesa, Espaço e Segurança, para tentar prestar serviços de segurança cibernética a órgãos como o Ministério da Defesa, o da Ciência e Tecnologia, grandes estatais, bancos e companhias do setor privado.
É O estratégico tesouro negro do pré-sal  o alvo preferencial da espionagem do império (Mviva) 

Justamente algumas das áreas que foram mais visadas, e que, com certeza, continuam a ser  espionadas, por agências norte-americanas de informação, como a NSA, no âmbito do vasto “galinheiro cibernético” da rede mundial de computadores.

Embora no site oficial da BDSS – o braço de defesa da Boeing – o link relativo à “defesa nacional” não leve mais a parte alguma, na seção Government Operations fica clara, como não poderia deixar de ser, a estreita ligação da empresa com o seu país de origem, onde tem fábricas e instalações em mais de 50 estados, e conta com 58 mil funcionários, e um faturamento de 33 bilhões de dólares.

No Brasil – mesmo que contem com fortes concorrentes de outras regiões do mundo -  basta que empresas sejam norte-americanas, e tenham certa reputação estabelecida, ao longo dos anos, por meio de ações de marketing, para que as portas se abram como em um passe de mágica, muitas vezes, sem que sequer seja obedecida a legislação, do ponto de vista de licitação e contratação de serviços.

Esse está sendo agora o caso da joint- venture assinada pela CEF com a IBM, em 2012, para prestar serviços no montante de mais de 1 bilhão de reais, que está sendo contestada e avaliada pelo TCU – o Tribunal de Contas da União.

Na administração pública, é preciso tomar cuidado com quem se coloca dentro de casa, e  se assinam certos convênios, como foi o caso da contratação da Academi, ex-Blackwater -uma empresa privada de mercenários, acusada de crimes em várias regiões do globo -  para o treinamento de policiais brasileiros responsáveis pela segurança da Copa do Mundo.     

No lugar de contratar empresas estrangeiras, o Governo Federal – e os estaduais – por meio do SERPRO, da TELEBRÁS, de nossas universidades e institutos de pesquisa, precisa investir em software nacional e livre, servidores próprios, e criptografia. E  estabelecer parâmetros que proíbam ou desestimulem a compra de soluções externas – principalmente de países que já nos espionaram –  nas quais, eventualmente, como a raposa dentro do galinheiro, possam vir “portas” ocultas  para dar acesso a empresas e governos de outros países a nossas informações nacionais estratégicas. 


Postado por Mauro Santayana
*militanciaviva

 COMO OS CAPITALISTAS FINANCIAM O NAZISMO DE HITLER E O FASCÍSMO DE MUSSOLINI




Quem fornecia o pesticida Zyklon-B (cianeto de hidrogênio) colocado nas chamadas “câmaras de gás” utilizadas pelos nazistas para exterminar milhões de judeus? A empresa alemã IG Farben, antecessora da mesma Bayer que continua a fornecer inseticidas mundo afora.
A ignorância em torno do socialismo não resiste a cinco minutos de pesquisa no Google. A mais recorrente mentira que a direita tenta espalhar e que encontra receptividade em jovens sem leitura, desconhecedores da história e que se contentam com meia dúzia de frases nas redes sociais, é que o sanguinário Adolf Hitler foi um socialista. Isto baseado na “genial” sacada de que o nome do partido dele era Partido Nacional Socialista. Certamente devem achar que a Coréia do Norte é democrática e popular, já que se chama República Democrática Popular da Coréia. Ou talvez o PSB brasileiro seja socialista, né?
Vários esquerdistas na rede perderam algum tempo desmentindo a idiotice. Os melhores links, em minha opinião, estão no artigo Detonando a Mentira de que os Nazistas eram de Esquerda (em inglês), onde o blogueiro e tuiteiro Shoq escancara o total nonsense desta história. Mas o cineasta independente grego Aris Chatzistenaou foi além e praticamente desenhou para quem se recusa a pesquisar ou pelo menos usar a lógica. A ascensão do nazismo de Adolf Hitler na Alemanha e do fascismo de Benito Mussolini na Itália durante os anos 1920, 1930 e 1940 só foi possível com a colaboração e o suporte financeiro de grandes corporações ainda hoje poderosas: BMW, Fiat, IG Farben (Bayer), Volkswagen, Siemens, IBM, Chase Bank, Allianz… Sem contar, é claro, com os grupos de mídia.
O filme Fascismo Inc. é o terceiro feito por Chatzistenaou para mostrar as origens da crise econômica na Europa e na Grécia em particular. São imperdíveis também os primeiros da série: Dividocracia e Catastroika, que denunciam a bolha imobiliária e depois a “ajuda” do FMI (Fundo Monetário Internacional), fiel à sua velha cartilha de socorrer os ricos em detrimento dos pobres. Em Fascismo Inc., o cineasta esmiúça a estreita colaboração de industriais e banqueiros com os nazistas para perseguir e destruir o sindicalismo e os socialistas, a quem chamavam de “terroristas” (qualquer coincidência com o Brasil de hoje será mera semelhança). Detalhe: Hitler extinguiu o Partido Comunista alemão um dia depois de tomar posse. 

Assistam o filme, é muito bom. Legendas em português.
 


O documentário relata inclusive como a perseguição aos judeus não foi apenas uma questão racial, mas também tinha interesses econômicos. Como os judeus integravam uma poderosa classe média na Alemanha de então, os nazis se utilizaram do racismo para fazê-los bode expiatório da crise, acusando-os de “roubar os empregos” dos alemães –não por acaso, o mesmo discurso que a direita utiliza atualmente em relação aos imigrantes na Europa. O fascismo de Benito Mussolini não foi, ao contrário do que os ditadores pregavam, um movimento de massas: o rei Emanuel III entregou o poder a Mussolini porque era o que queriam as indústrias do Norte da Itália. Para confrontar as massas de esquerda, era preciso criar um movimento de massas de direita. Que melhores líderes para isso do que o psico Adolf e o fanfarrão Benito?
O filme mostra ainda como, no tribunal de Nuremberg, as empresas envolvidas com o nazismo foram submetidas a uma pantomima de condenação. Enquanto os oficiais nazis foram enforcados, quem entrou com o dinheiro para financiar a empreitada foi solto anos depois –os diretores da IG Farben (Bayer), que fornecia os químicos para matar gente, foram condenados a no máximo 8 anos.
Mas o pior são os sinais que Chatzistenaou está vendo, na sociedade grega, de recrudescimento deste nazi-fascismo financiado pela grana: os partidos neonazis gregos são apoiados por parte da elite econômica e dos grupos de mídia (olha eles aí de novo) do país. E o cineasta está convencido de que é uma tendência que pode se espalhar como consequência da crise. “Nosso lema é: ‘o que acontece na Grécia nunca fica na Grécia. Temo que este crescimento da extrema-direita e movimentos neo-nazistas que estamos vendo nos últimos anos na Grécia apareçam em outros países da Europa onde a austeridade foi imposta do mesmo jeito” (leia mais aqui).

Josef Stalin
Muita gente usa a tirania do ditador soviético Josef Stalin para atacar a esquerda. Stalin (cujo exército, por sinal, derrotou os nazistas) é acusado da morte de milhões, mas o socialismo foi uma de suas vítimas. Hitler também matou milhões, mas o capitalismo não sofreu sob o nazismo ou o fascismo. Pelo contrário: foi seu financiador.

*Socialista e Morena

  Brasil - "A justiça é dura com pobres e mansa com ricos", afirma o ministro Luís Roberto Barroso





Ministro do Supremo Tribunal Federal há quase um ano, Luís Roberto Barroso acredita que o Brasil ainda é um país excessivamente hierarquizado e dividido em classes, o que tem reflexos na justiça. 

“A justiça, e sobretudo a justiça penal brasileira, é dura com os pobres e mansa com os ricos, embora ache que temos feito um esforço civilizatório relevante para sair deste atraso. Temos andado na direção certa, embora não na velocidade desejada”, afirma.
“A gente perde muito tempo com coisas irrelevantes no Supremo. Esse acesso facilitado ao Supremo é uma distorção do modelo que atrasa a justiça”, avalia. Segundo ele, muitos casos deveriam ser julgados e encerrados em segunda instância.
Tendo votado pela proibição de empresas financiarem campanhas eleitorais em um julgamento que foi suspenso e não vale para as eleições deste ano, o ministro acredita que as manifestações são um fenômeno positivo, que expressam uma maior consciência da sociedade.
“Ela quer serviços públicos de qualidade, mais ética na política, melhor perspectiva de futuro. O Estado e as instituições não conseguem, ou não conseguiram ainda, atender essas demandas que se criaram”, diz.
Barroso condena, no entanto, a violência que acompanhou alguns protestos. “A violência foi um capítulo à parte e desviante, que fez muito mal, porque as manifestações estavam empurrando uma reforma política, uma reflexão crítica. Onde há democracia, e – apesar de todas as deficiências – nós somos uma democracia, a violência não se justifica”.
*militanciaviva

Pedimos que o Brasil substitua seus tanques de guerra por tratores agrícolas”, diz senador do Haiti



Haitiano Jean-Charles Moise esteve esta semana no Brasil para reforçar a exigência da retirada de todas as tropas da ONU no Haiti, lideradas por soldados brasileiros

Por Vinicius Gomes
Quando o Brasil foi selecionado pelo Conselho de Segurança da ONU para liderar o Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti), o clima foi de euforia. O Brasil finalmente estava sendo reconhecido como um importante ator no cenário global e definitivamente dava um passo em direção à tão ambicionada cadeira permanente do Conselho. Ou assim, nós pensávamos.
Por todos os lugares do Haiti é possível observar o descontentamento da população haitiana com a operação da ONU no país (Ansel Herz/WikiLeaks)
Por todos os lugares do Haiti é possível observar o descontentamento da população haitiana com a operação da ONU no país (Ansel Herz/WikiLeaks)
Quase 10 anos depois a relação entre o país caribenho e ONU/Brasil parece estar chegando ao fim e os haitianos estão demonstrando seu descontentamento em diversas áreas. Nesta semana, a convite do Comitê “Defender o Haiti é Defender a Nós Mesmos” (ALESP/SP), o senador haitiano opositor ao governo Jean Charles Moise apresentou, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a exigência da retirada dos 1.200 soldados brasileiros que compõem a tropa de paz no Haiti.
O parlamentar já esteve presente em dezembro passado no país, quando entregou ao Senado brasileiro uma resolução – aprovada unanimemente por senadores do Haiti – para a retirada paulatina das tropas do Minustah até 28 de maio de 2014. Por duas vezes já, em setembro de 2011 e maio de 2013, que o senado haitiano aprova por unanimidade as resoluções exigindo o fim do Minustah. Entretanto, em sua última reunião com altos oficiais da ONU, foi expressa a vontade do Conselho de Segurança de manter as tropas até 2016. “Quando um país mantém tropas em outro, sem que este o queira, estamos diante de uma ocupação. Não existe outra maneira de chamar”, disse Moise.
O surto de cólera que atingiu o país foi comprovadamente, causado por tropas do Nepal, que compunham os capacetes-azuis da ONU: os soldados jogavam fora suas fezes em um rio próximo à base militar deles (Reprodução)
O surto de cólera que atingiu o país foi comprovadamente, causado por tropas do Nepal, que compunham os capacetes-azuis da ONU: os soldados jogavam fora suas fezes em um rio próximo à base militar deles (Reprodução)
Soma-se a isso também o descontentamento haitiano com a ONU por sua recusa em indenizar as vítimas do surto de cólera que atingiu o país e que foi, comprovadamente, causada por tropas do Nepal, que compunham os capacetes-azuis da ONU: os soldados jogavam fora suas fezes em um rio próximo à base militar deles. Mesmo assim, a Minustah não é o único alvo da insatisfação haitiana. Na mesma época da visita de Moïse em dezembro, as ruas da capital Port-au-Prince e de outras cidades foram tomadas por manifestantes cansados do presidente Michel Martelly, com protestos exigindo sua renúncia.
Algo que está absolutamente claro é que, seja quais forem os seus problemas, os haitianos sentem que são eles quem devem resolvê-los e querem usar de sua auto-determinação a fim de definir seus rumos internamente e de sua soberania ao dizer que não querem mais a Minustah no país.
Fórum – Você veio ao Brasil em dezembro passado fazer o mesmo pedido ao governo brasileiro para a retirada das tropas da ONU. Na ocasião, estava estipulado que a data limite seria 28 de maio de 2014, o que é quarta-feira da semana que vem. Essa retirada irá de fato acontecer?
Jean-Charles Moise – Você sabe que em 2004 tivemos uma crise política no Haiti. Esta crise foi criada pela própria, autodenominada, comunidade internacional e para acalmar os haitianos nos disseram que iriam vir nos ajudar. Fizeram todas as belas promessas do mundo: “vamos estabilizar politicamente o país, vamos construir escolas, estradas, ajudar os camponeses”; mas então, passaram-se seis meses e não fizeram nada, agora já são 10 anos. E, nós haitianos dizemos: 10 anos basta. Por isso estamos engajados na retirada das tropas da ONU.
Não apenas eles não construíram nada disso, mas fizeram ao contrário: o povo haitiano é vitima da presença dessas tropas. Veja o problema da cólera, da violação dos direitos humanos, abusos sexuais também. Por isso que somos muito claros, exigimos a retirada das tropas. Esta é uma batalha fácil? Claro que não. Apresentei uma proposta ao Senado do Haiti e ela foi aprovada por unanimidade por todos os senadores. Votamos essa resolução em 28 de maio de 2013, na qual exigimos a retirada da Minustah dentro de um ano. Esse é o nosso trabalho como parlamentar. E o povo haitiano está a todo o momento indo às ruas para se manifestar contra a presença das tropas, mas essa não é uma batalha fácil.
Porque as tropas estão lá para proteger os interesses do imperialismo, por isso é difícil. Todos os países têm interesses no Haiti, mas nós estamos progredindo nessa batalha. Pela primeira vez, em dezembro passado, o PT em seu último Congresso Nacional, adotou uma resolução que falava da retirada das tropas e, pela primeira vez nesta viagem de agora, a Comissão dos Direitos Humanos do Congresso também votou por essa retirada. Estabeleceu-se também que o governo brasileiro era quem deveria tomar a frente na campanha para que todos os países que têm soldados no Haiti também os retirem.
Encontrei com o presidente [José] Mujica, do Uruguai, e ele me falou que não teria problema, que em três meses iria trazer de volta seus soldados – isso no final de 2013. Mas então o governo dos EUA e o secretário-geral da ONU, Ban-Ki Moon, fizeram pressão no Mujica e ele adiou a retirada das tropas, após as eleições no Haiti. Então, veja, não é fácil, mas não iremos desistir. 
Fórum – As eleições haitianas estão marcadas para outubro desse ano, mas parece que o Senado e a Câmara dos Deputados não assinaram a proposta e não concordam com a eleição. É certo isso?
Moise – Os deputados estão de acordo. Digo, a maioria dos deputados está de acordo, mas uma parte deles não. No Senado é diferente. É claro que todos nós queremos eleições, mas não estamos de acordo com a maneira como essas eleições estão sendo conduzidas.
Temos uma posição muito clara de que o Conselho Eleitoral que irá organizar as eleições deve ser montado de acordo com a legislação do Haiti. Os senadores disseram claramente que o comitê eleitoral tem que organizar as eleições para o dois terços do Senado, assim como para as administrações locais, o pleito deve ser instituído de acordo com o artigo 289 da Constituição haitiana de 1987. Estamos dizendo isso porque o governo quer colocar um conselho eleitoral do seu jeito para poder fraudar as eleições
Fórum – Até hoje muitos haitianos contestam a eleição do atual presidente Michel Martelly. Por que?
Moise – Porque o Martelly não estava entre os primeiros lugares para a ida ao segundo turno. Não deveria nem ter disputado o segundo turno. Como ele é norte-americano, os EUA o impuseram aos haitianos e é por isso que ele apóia políticas neoliberais e entrega nossos recursos minerais a países como os EUA, Canadá e França.
Fórum – Que setores da economia haitiana estão nas mãos de empresas estrangeiras?
Moise – Companhias de minério norte-americanas, francesas e canadenses. A Digicel, uma empresa anglo-jamaicana também controla nossas telecomunicações. Eles dominam 80% do mercado de telefonia e de internet no Haiti.
Fórum – O Conselho de Segurança da ONU disse que planeja retirar as tropas da Minustah apenas em 2016 – visando ter mais tempo para treinar cerca de mil policiais haitianos. Vocês podem esperar tanto tempo assim?
Moise – Não, e essa é uma maneira [da ONU] justificar sua presença no Haiti. Todo ano tem que se renovar o mandato da Minustah na ONU. Dois meses antes da decisão desse voto, podíamos constatar o que acontece por todo o Haiti. Existe um aumento na insegurança no país. Os sequestros aumentam, as violações aos direitos humanos aumentam, os roubos aumentam – tudo o que envolve a insegurança no país coincidentemente aumenta nesse período [de votação]. Eles então redigem a resolução dizendo: ‘Tendo em vista o aumento no roubo, o aumento no sequestro, o aumento na violação dos direitos humanos e que a polícia nacional não tem como prover segurança no país, votamos pela prorrogação”.
Nós entendemos perfeitamente o jogo que eles fazem. Desde 2004, tínhamos sim uma policial nacional profissional, então eles disseram que viriam a nos ajudar por seis meses – para ajudar a polícia. Mas não fizeram isso em seis meses e agora, 10 anos depois, ainda não conseguiram. Quando é que eles irão conseguir?
São mentirosos. São “malandros”. Nós exigimos a retirada imediata e incondicional das tropas da Minustah, pois não estamos em guerra e não existe guerra civil no Haiti. Então o que justifica a presença deles no país?
Fórum – Em sua opinião, você acha que o Brasil usou o Haiti como uma escada para conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU?
Moise – No começo achamos que era o caso. Mas não tenho como demonstrar isso, como provar isso. O que posso dizer aos brasileiros é que suas tropas não podem nos ajudar lá. Queremos a ajuda dos brasileiros, por isso pedimos que o Brasil substitua seus tanques de guerra por tratores agrícolas.
*revistaforum

Cerca de 20 mil marcham contra a Copa em São Paulo e prometem "junho vermelho


Divulgação MTST
Liderado pelo MTST, o protesto teve o intuito de recolocar a necessidade da garantia dos direitos humanos ante ao atendimento dos negócios milionários da FIFA e de empresários 
23/05/2014

Por Bruno Pavan
De São Paulo (SP)


O vermelho era a cor predominante no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, na tarde de última quinta-feira (22). Liderados pelo Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), inúmeros movimentos como a Frente de Resistência Urbana, Movimento Passe Livre (MPL), Comitê Popular da Copa, entre outros, foram às ruas no protesto “Copa sem povo, tô na rua de novo ”.

Em nota, essas organizações populares e de juventude alertaram que "a Copa do Mundo nem começou e já tem seus derrotados. Para atender aos negócios milionários da FIFA e suas empresas parceiras, os governos instauraram um verdadeiro estado de exceção onde os direitos básicos da população são violados. São milhares as famílias vítimas da Copa em todo Brasil". 

De acordo com o movimento e com quem presenciou o ato pacífico, mais de 20 mil pessoas estiveram presentes. Foram quase seis quilômetros até a ponta Octávio Frias de Oliveira para protestar contra o dinheiro gasto na realização da Copa do Mundo e a especulação imobiliária na região de Itaquera. “O legado da Copa é o aumento do meu aluguel”, dizia uma das faixas.

Eram cerca de 18 horas quando a marcha começou, já com escolta da PM, que não foi esquecida nos gritos dos manifestantes. “Ei, Alckmin, pode mandar a tropa, se não tiver o povo, não vai ter Copa”. O prefeito Fernando Haddad também não foi poupado: “Ei, Haddad, paramos a cidade”.

Ao longo da avenida Faria Lima, inúmeros olhares curiosos se lançavam à massa. Muitos comércios abaixaram as portas esperando que a marcha passar. Um princípio de confusão entre um sem teto e um segurança se deu em frente ao Shopping Iguatemi, mas foi logo abafada por outros manifestantes.

Já no final da marcha, os Sem teto tomaram a Ponte Estaiada e, aos gritos de “a Estaiada é nossa”, o líder Guilherme Boulos prometeu que o mês da Copa será um “junho vermelho”. 

*Brasildefato

 Jornal Nacional omite criminosamente a inauguração da ferrovia Norte-Sul


O Jornal Nacional da TV Globo está tão tucano que deu o vexame de censurar a inauguração do trecho da ferrovia Norte-Sul de Palmas (TO) até Anápolis (GO), só porque é uma obra federal do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O telejornal achou mais importante noticiar que o cartola da Fifa, Jérôme Valcke, "se anima ao visitar Mineirão e Mané Garrincha", do que uma ferrovia que corta o Brasil por 1500 km (por enquanto).

Francamente, perto da Norte-Sul que importância tem um simples elogio de um cartola da Fifa para dois estádios já prontos há um ano e usados desde a Copa das Confederações, no ano passado?

Já a Ferrovia Norte-Sul é um marco para o desenvolvimento de Goiás, Tocantins e Maranhão, passando por dezenas de cidades, com reflexos para a região Norte e parte do Nordeste. Vai beneficiar até a Zona Franca de Manaus, cujos produtos, como motocicletas, passarão a usar a ferrovia para baratear o frete para o Brasil Central e redondezas, por exemplo.

E por chegar até Anápolis, a ferrovia é estratégica para todo o Brasil, pois a cidade tem um porto seco para cargas, que faz um entroncamento rodo-ferroviário, já ligado por antigas ferrovias que cortam o Sudeste, até os portos de Santos, Vitória e Rio de Janeiro. Além de abrir uma nova rota em direção ao Norte, desafogando os portos do Sudeste e reduzindo custos.

Se o Jornal Nacional não quisesse mostrar a presidenta Dilma na cerimônia de inauguração, pelo menos deveria mostrar só a ferrovia, respeitando o povo brasileiro ao dar notícia que é do maior interesse público.

Com esta inauguração, a ferrovia Norte-Sul completou 1.574 quilômetros desde o Maranhão até Goiás.

Dois dias antes, na cidade de Gurupi (TO) foi inaugurado outro Pólo de Cargas na ferrovia. A expectativa na cidade é de gerar pelo menos 3.500 empregos diretos no processo de transporte de cargas. A prefeitura espera também atrair empresas, com as vantagens logísticas que passou a ter.

Outro importante terminal de cargas ao longo da ferrovia é o Pátio de Porto Nacional, situado a 23 quilômetros de Palmas, usado por grandes empresas distribuidoras de combustíveis (BR Distribuidora, Raízen e Norship) e grãos Ceagro.

Esses terminais e o porto seco atendem ao transporte de contêineres, combustíveis, minério e commodities agrícolas, tanto para exportação como para importação de produtos.

Pátios Multimodais de cargas no novo trecho da ferrovia: 
Pátios
Empresas
Sentido importação
Sentido exportação
Porto Nacional/TO
Petrobrás
Diesel e gasolina
Etanol e biodiesel
Raízen
Diesel e gasolina
Etanol e biodiesel
NovaAgri (projeto)
Grãos
Ceagro (em obras)
Grãos
Grãos
Norship (em obras)
Diesel e gasolina
Etanol e biodiesel
Gurupi/TO
Brazil Marítima
Minério de manganês
Anápolis/GO
Granol
Grãos
Farelo de Soja
Porto Seco
Carga geral
Carga geral

Outro trecho desta ferrovia está em construção. Segue até Estrela d’Oeste (SP). O percurso de 682 quilômetros já tem 60% de execução física e previsão de conclusão para 2015.
*comtextolivre 

    Maior gestor de ciência do planeta bate palmas para paraplégico andando com “roupa robótica”: “Maravilhoso!”


Atento, Francis Collins (na foto, à direita de Nicolelis) acompanha os passos do jovem paraplégico “vestindo” o esqueleto-robô. Ao final, não resiste. “Encantado”, como ele mesmo diz, abre um sorriso enorme e aplaude

por Conceição Lemes/Viomundo

No meio científico, todo mundo conhece o médico e geneticista Francis S. Collins.
Pudera. Foi quem coordenou o Projeto Genoma Humano.

Desde 2009, é o diretor do maior agente financiador de pesquisa biomédica do mundo: o National Institutes of Health (NIH), dos EUA.

Ele tem nas mãos um orçamento de US$ 38 bilhões. É o maior gestor de ciência biomédica do planeta.
Pois Francis Collins está em visita oficial ao Brasil e quis conhecer os laboratórios do projeto Andar de Novo, montados na AACD – Associação de Assistência à Criança com Deficiência, em São Paulo.
O projeto é liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, pesquisador e professor da Universidade  Duke, nos EUA,  e coordenador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), no Brasil.  Dele participam 156 pesquisadores de 25 países.

Em 12 de junho, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão,  o mundo assistirá ao vivo uma demonstração do projeto e um salto da ciência: um jovem paraplégico, “vestindo” uma “roupa robótica” (exoesqueleto), dará o chute inaugural na cerimônia.

Collins visitou os laboratórios do Andar de Novo na tarde dessa terça-feira 21.

No primeiro, uma jovem paraplégica, com fisionomia séria, aparentando 25 anos, se exercitava no simulador do exoesqueleto. Por razões éticas, o seu rosto não pôde ser fotografado pelos jornalistas presentes; apenas ela de costas. Também não pudemos conversar com a paciente. O Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligado ao Ministério da Saúde, proíbe, para preservar o paciente sujeito de pesquisa.
Aí, Nicolelis começou a descrever a Collins os experimentos que levaram ao resultado atual.

No segundo, apenas o exoesqueleto, sem nenhum paciente. Nicolelis detalhou então o funcionamento dos equipamentos.

No terceiro, o professor Nicolelis convidou-me para entrar junto com o doutor Collins para assistir com eles e demais pesquisadores à demonstração de um jovem usando o exoesqueleto. Foi a portas fechadas. E eu a única repórter presente.

Esse jovem ficou paraplégico aos 20 anos  (tem 27) devido a acidente de carro.
Foram duas comprovações. A diferença foi a velocidade do andar. A segunda, um pouco mais ligeira.
Ao final da segunda caminhada, o jovem abriu um sorriso imenso de alegria.

Eu, Conceição Lemes, chorei. Pela primeira vez no mundo um jornalista testemunha uma demonstração real, prática, do Andar de Novo.

Collins não resistiu. Bateu palmas: “Maravilhoso!”

“Estou muito feliz em ver que o investimento de tantos anos resultou nessa aplicação da Ciência”, disse Collins na coletiva de imprensa.

Foi o começo da resposta à pergunta do Viomundo sobre como via uma ideia, cuja pesquisa básica foi financiada pelo NIH, virar realidade clínica. Durante os 25 anos de carreira, veio do NIH mais da metade dos US$ 60 milhões levantados nos EUA por Nicolelis para pesquisas.

Collins prosseguiu:

“Essa é a realidade da Ciência. Você tem de persistir em ideias que, no início, podem até parecer abstratas, sem conexão com alguma doença, mas que, depois de investimentos persistentes durante muito tempo, possam gerar, por exemplo, uma vacina para prevenir a infecção pelo HIV/aids. É  algo que esperamos que ocorra rapidamente”.

“No caso deste exemplo, que é o exoesqueleto, estou muito satisfeito pelo fato de o NIH ter participado dessa história. É assim que a Ciência funciona.”
“Quando nos Estados Unidos se defende levar todo o dinheiro do NIH para a pesquisa aplicada, as pessoas às vezes esquecem que é a pesquisa básica que permite que essas ideias floresçam do ponto de vista clínico”.

Perguntamos também o que ele acha da colaboração entre Estados Unidos e Brasil no projeto Andar de Novo. A pesquisa aplicada, envolvendo o desenvolvimento e construção do esqueleto-robô, foi financiada pela Finep, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia: US$ 14 milhões.

Collins então afirmou:

“A colaboração é essencial. Se você precisa atacar um problema muito difícil, muito complexo, é necessário recrutar os melhores cérebros disponíveis e eles não necessariamente moram no mesmo país. Um grande exemplo é o doutor Nicolelis”.

“Estou muito satisfeito em ver que um investimento que o NIH fez em pesquisa básica nos EUA, durante 25 anos, no laboratório do doutor Nicolelis, deu frutos no Brasil, com a pesquisa clínica financiada pelo governo brasileiro. A Ciência é global”.

“Essa colaboração permitiu que EUA e Brasil estivessem aqui presentes. Possivelmente, essa pesquisa não poderia ter acontecido só nos EUA ou só no Brasil”.

“Admiro muito o espírito de Nicolelis de reunir pesquisadores e trazê-los dos EUA para o Brasil, para congregar todos no mesmo projeto”.

“Estou muito encantado, porque uma quantidade muito grande de gente, num evento esportivo, vai poder ver, pela primeira vez, uma demonstração do que a Ciência é capaz de fazer e dar esperança para milhões de pessoas no mundo todo”.

Sobre a interface cérebro-máquina, questionada por alguns pesquisadores, Collins disse:
“É uma das áreas de fronteira da neurociência. Nos EUA, atualmente há vários laboratórios trabalhando com ela”.

Nicolelis e seu colega John Chapin, da Universidade Duke (EUA), foram os primeiros.
Em 1999, comprovaram isso num estudo pioneiro com ratos. Em 2000, demonstraram em macacos. Em 2004, em seres humanos.

O termo interface cérebro-máquina (brain-machine interface) também foi criado por eles.
“A demonstração de 12 de junho é apenas a primeira etapa do projeto Andar de Novo”, frisa Nicolelis. “O objetivo dessa pesquisa é permitir que mais adiante paraplégicos possam andar novamente. No futuro, esperamos contar com mais laboratórios e mais pesquisadores.”

Oito jovens paraplégicos participam da pesquisa. Um será escolhido para dar o chute inicial da Copa.
“Mas os outros estarão juntos”, avisa Nicolelis. “É uma vitória de todos eles.”
*Amoralnato

    Empresas de ônibus em SP receberam 22 estádios da Copa em dinheiro público desde 2010




Reprodução
Concessionárias e permissionárias não negociam reajuste superior a 10% com motoristas se prefeitura não aumentar repasses; desde 2010, R$ 22,2 bilhões foram pagos a empresas

23/05/2014
O movimento dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que fechou 16 das 29 garagens do sistema de transporte público à revelia do sindicato dos trabalhadores e causou sérios problemas à mobilidade na cidade na terça e quarta-feiras (20 e 21), aliou-se ao SP Urbanuss, sindicato patronal que representa as empresas de ônibus, para cobrar da prefeitura a solução do impasse em torno do reajuste salarial da categoria: as empresas se recusam a oferecer reajuste acima dos 10% acordados com o sindicato – os trabalhadores pedem 13% – alegando falta de receita, mas podem rever a posição caso a prefeitura aumente os subsídios pagos às permissionárias e concessionárias por viagem realizada; na reunião realizada ontem, na Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo, os trabalhadores reforçaram essa demanda.
As empresas, no entanto, receberam R$ 22,2 bilhões da SPTrans, de janeiro de 2010 a março de 2014, de acordo com dados do Portal da Transparência da Secretaria Municipal de Transportes. O valor, que representa os subsídios pagos pelo poder público e o valor da tarifa, que é registrada pela SPTrans e depois devolvida às empresas, é equivalente ao necessário para construir 22 arenas Corinthians, estádio de abertura da Copa, em Itaquera, na zona leste. Além disso, o último acordo pelo aumento dos subsídios mensais ocorreu há menos de um ano, após os protestos de junho de 2013. O aumento dos subsídios de uma média de R$ 230 milhões mensais pagos em 2012 para os cerca de R$ 300 milhões mensais pagos atualmente foi a forma encontrada pela prefeitura para atender à demanda dos movimentos de rua e congelar o preço da passagem em R$ 3.
Fora os valores pagos às empresas diretamente, a SP Urbanuss recebeu, no mesmo período, cerca de R$ 153 milhões da SPTrans em parcelas de R$ 3 milhões ao mês, em média.
Os custos operacionais das empresas de ônibus, no entanto, são desconhecidos: desde março deste ano, a auditoria e consultoria EY analisa as tabelas das empresas de ônibus com o objetivo de conferir se as informações prestadas pelas empresas são verdadeiras ou se mascaram os verdadeiros resultados financeiros para garantir maiores repasses do poder público e oferecer reajustes salariais menores aos trabalhadores.
"O grande problema, hoje, é que discutimos esse assunto no escuro. Nós já analisamos algumas planilhas e é difícil saber se é o que se refere à realidade. Só a auditoria pode nos revelar a relação entre o lucro delas e a manutenção do sistema", afirma Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo e integrante do Conselho da Cidade. "Mas, neste momento, me parece que não cabe novo reajuste", completa. A previsão é que a auditoria apresente relatórios em julho deste ano.
Além da auditoria, uma Comissão Parlamentar de Inquérito conduzida na Câmara entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014 analisou as planilhas e chegou à conclusão de que é necessário modificar a forma de prestação de contas das empresas para garantir maior transparência aos indicadores, de difícil compreensão e verificação.
As empresas de ônibus operam as cerca de 1,3 mil linhas de ônibus que atendem à cidade, organizadas em oito áreas em torno da região central de São Paulo. As linhas são divididas ainda entre estruturais, que conectam diferentes zonas da cidade, e locais, que cuidam do transporte dentro dos bairros. Para essas linhas, há dois tipos de contratos diferentes, o de concessão, praticado para as linhas estruturais e para as quais são contratadas empresas de grande porte, e de permissão, praticado para as linhas locais e atendido por cooperativas e organizações de menor porte.
São, no total, 16 consórcios, um concessionário e um permissionário por área do transporte público. A paralisação iniciada nesta semana compreende funcionários de empresas concessionárias que ficam com, aproximadamente, 60% do valor pago pela SPTrans a todas as empresas de transporte que atendem linhas em São Paulo.

DELEITE - Na Cadência do Samba, Tema Canal 100, Barbatuques


*IsisCastro