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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 30, 2011

KASSAB SEGUE SERRA E FAZ DISTRIBUIÇÃO DE BORRACHADA EM SÃO PAULO

Crime de Racismo na UFMA





CARTA ABAIXO ASSINADO.


Nós, estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, matriculados na disciplina Cálculo Vetorial, informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos da turma. Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a nota de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que “tirou uma péssima nota”; por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria “voltar à África” e que deveria “clarear a sua cor”;em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição “está tudo errado” e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão “no cu”; disse que o colega é péssimo aluno por que “somos de mundos diferentes” e que “aqui diferente da África somos civilizados” inclusive perguntando “com quantas onças já brigou na África?”. Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso.


Favor divulgar em todas as redes pois o que está acontecendo aqui é comum em outras Instituições.

Cristina Miranda
Coordenadora do CEN/MA


Clique aqui para assinar a Petição Pública.

Encerre sua conta no UOL hoje mesmo

“Hacker” da Folha é um tiro no pé
A Folha publica hoje que um “hacker” invadiu o computador pessoal da então candidata à Presidência da República e o do ex-ministro José Dirceu, e tentou vender dados sobre a correpondência de cada um deles ao PSDB e ao PFL.
Historinha mal-contada.
O tal hacker não invadiu o computador de ambos, mas os do UOL, pertencente à empresa que edita a Folha, onde estavam armazenadas as mensagens. Aliás, nem a matéria o nega.
No caso do ministro Dirceu, o “sofisticadíssimo” método de invasão foi dar um telefonema para o UOL e, dizendo ter perdido a senha, conseguir outra que permitiu o acesso à caixa postal.
Qualquer sistema be-a-bá de caixa postal não fornece isso, a não ser para outro e-mail registrado na abertura da conta.
Eu, se tivesse uma conta de e-mail no provedor UOL, a encerraria hoje mesmo.
A matéria bem que poderia ter um título do tipo “UOL permite violação da privacidade de seus clientes”.
Mas aquilo que é mais grave é que a Folha se tornou cúmplice da violação, ao divulgar conteúdo de natureza pessoal e privada, sem nenhuma questão que envolvesse o interesse público.
Diz que o “hacker” pediu dinheiro ao PSDB e ao DEM, e não diz a quem foi pedido. Nem sequer registra que ele se negou a dar nomes.
A matéria não é uma reportagem, é uma confissão.
E ainda tem um projeto determinando que os provedores guardem os dados de acesso e conteúdo de seus usuários, vejam só…
Depois da ficha falsa de Dilma, ficamos sabendo agora que a Folha acha “normal” violar dados de caixas postais do servidor que pertence a ela mesma…
*comtextolivre

A ansiedade neurótica dos fracassomaníacos

 

A Copa não é o diabo que pintam 
Nirlando Beirão 
A UDN, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.
Tem muita gente torcendo para que a Copa de 2014 seja um gol contra do Brasil. Dá para respirar no ar a ansiedade neurótica dos fracassomaníacos. O desejo doentio de reiterar nosso – cito Nelson Rodrigues – complexo de vira-latas.

Uma coisa é a gente exigir moderação nas despesas, honestidade nos gastos públicos, transparência nas prestações de contas. É fundamental que assim seja. Outra coisa é desqualificar de cara nossa capacidade de promover um evento de megavisibilidade internacional. Eu acredito que, seja como for, o Brasil pode fazer bem feito.

Os profetas do pessimismo têm certeza de que a corrupção endêmica dos políticos e dos cartolas do futebol vai redundar em catástrofe. Será – dizem – o império dos atrasos, da improvisação, da correria; tudo para escamotear a roubalheira.

A sociedade brasileira já tem controles suficientes para que isso não aconteça. Sugiro que os resmungões pensem nisso. Que Copa não é gasto, é investimento.

Tem também os que reclamam por razões esdrúxulas, periféricas. Entre estes os que murmuram contra o Itaquerão – escalado pela FIFA para sediar a abertura da Copa. Murmuram por mera dor de cotovelo: afinal, é o estádio do Corinthians. Reclamam hoje os mesmos que reclamaram quando o Corinthians muito legitimamente sugeriu à Prefeitura de São Paulo a transferência, em regime de comodato, do Pacaembu. Até editoriais nos jornalões foram escritos, veementes no ódio. Nas entrelinhas do fel, a mera paixão clubística.

Assisti na Record News uma noite dessa o debate na Câmara de Vereadores sobre a dotação do futuro estádio do Corinthians. O brutamontes de nome Aurélio Miguel investia seus argumentos de ex-judoca contra quem é a favor. Por que? Pela contundente razão de que Aurélio Miguel é torcedor do São Paulo. A isso é que se chama espírito público.

Um superestádio na periferia menos assistada da cidade não é um luxo, não é obra supérflua. É uma necessidade social, um investimento no bem-estar dos excluídos.

A discussão lembra Brasília. Diziam que criar uma capital federal no meio do nada, lá no cerrado, seria uma inutilidade e, claro, um convite à corrupção. Os arautos do apocalipse investiram com um furor descabelado.

A História tratou de ir revelando pouco a pouco os interesses que estavam por trás do susposto rigor moralista. O Globo, por exemplo, espumou de raiva. Queria porque queria que a nova Capital, quer dizer, os prédios oficiais e os palácios fossem transferidos do centro do Rio para a Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Coincidentemente onde o Dr. Roberto Marinho, dono da Globo, detinha enormes propriedades fundiárias (o atual Projac vem daí). Mais uma prova de impoluto civismo.

A UDN, o principal partido da oposição, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.

*esquerdopata

Luiza Erundina: Democracia Inacabada

Depois de mais de um ano que o Projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão Nacional da Verdade, está na Câmara dos Deputados, aguardando a instalação de Comissão Especial para apreciá-lo, a presidente Dilma Rousseff se mobiliza para apressar a votação do projeto, sem discussão no Congresso e, portanto, sem qualquer mudança na proposta original.
Orienta, inclusive, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, para que a matéria seja votada em regime de urgência urgentíssima, o que contraria a expectativa dos familiares das vítimas da ditadura militar, que têm restrições ao texto e esperam ser ouvidos em audiências públicas para poderem oferecer sugestões de alteração do projeto.
Embora a iniciativa do então presidente Lula de enviar o projeto para o Congresso seja louvável, a proposta vem sofrendo muitas críticas, não só dos familiares das vítimas, mas também dos que lutam pelos direitos humanos no Brasil e que colocam a necessidade de se modificar vários pontos do texto, de modo a garantir, efetivamente, o direito à memória e à verdade histórica, bem como promover Justiça e, não apenas, "reconciliação nacional", conforme consta do art. 1º do referido projeto.
Assim, é absolutamente indispensável a revisão da Lei da Anistia, sem o que a Comissão da Verdade que vier a ser criada não poderá cumprir seus objetivos, pois não produzirá efeito jurídico prático, isso porque, de acordo com o projeto, deve atender aos dispositivos legais, inclusive a Lei da Anistia, Lei 6.683/79, editada ainda no período autoritário, e que teve como propósito permitir uma gradual e controlada abertura do regime político.
O projeto que deu origem a essa lei, de iniciativa do então presidente João Figueiredo, procurava, de um lado, excluir do alcance da anistia os opositores ao regime que, eventualmente, tivessem sido condenados por crimes de terrorismo, assalto, sequestro ou atentado a pessoas, e, de outro, assegurava que a anistia se estenderia àqueles que praticaram crimes conexos ao crime político, beneficiando, assim, os agentes do Estado que praticaram crimes comuns, todo tipo de tortura contra civis que se opuseram ao regime militar.
Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), proposta pela OAB, a respeito da interpretação da Lei da Anistia face à Constituição de 1988 e ao Sistema Internacional de Direitos Humanos, e decidiu manter a atual interpretação da Lei 6.683 e impedir que os responsáveis por tortura contra opositores políticos sejam processados, julgados e punidos.
Ao dar parecer contrário à revisão da Lei da Anistia, o ministro relator do processo alegou que ela teria sido "amplamente negociada". É preciso lembrar, entretanto, as condições em que tal acordo se deu.
Os militares, embora fragilizados, ainda estavam com o controle do poder e a sociedade civil dava os primeiros passos na reconstrução da democracia no país.
Por entender a absoluta necessidade de revisão da Lei da Anistia para que se conheça toda a verdade sobre os crimes da ditadura militar e para que os responsáveis por eles sejam punidos, apresentei o Projeto de Lei 573/2011, que dá interpretação autêntica ao que dispõe a Lei 6.683/79, no artigo 1º § 1º.
Só assim será possível fazer justiça às vítimas do regime militar e comprovar o real compromisso do governo e do povo brasileiro com os direitos humanos.
Identificar e punir os responsáveis pelos crimes hediondos cometidos durante o regime militar em nome do Estado e fazer justiça às vítimas são condições para concluir-se a democratização do país, até hoje inacabada.

Com Portal CTB

Santayana chuta o balde

Os vassalos de Washington




por Mauro Santayana


A informação, ontem divulgada, de que um diretor da Vale do Rio Doce “se queixou”, junto à Embaixada dos Estados Unidos, contra as “pressões” do Presidente Lula, é muito grave. Segundo se noticia, o então diretor de Finanças Corporativas da empresa, e hoje Diretor-Financeiro e de Relações com os Investidores, Guilherme Cavalcanti, esteve com a encarregada de negócios da Embaixada em Brasília, e reclamou da ingerência do nosso Chefe de Estado, que queria obrigar a Vale a investir na exploração de cloreto de potássio, e em siderurgia – para agregar valor ao minério de ferro e criar empregos de qualidade no país.

Se o presidente da República fez essa pressão, agiu dentro de sua responsabilidade, e em defesa dos interesses nacionais. É inconcebível que continuemos, como há quase um século, sendo dos principais fornecedores de minérios ao mundo, quando podemos exportar aço. Recorde-se que desde Júlio Bueno Brandão e Artur Bernardes, que governaram Minas há quase um século, uma das exigências dos mineiros era a de que devíamos reduzir o minério em fornos próprios. A Vale do Rio Doce surgiu ao mesmo tempo em que criávamos a Usina Siderúrgica Nacional. Quanto ao cloreto de potássio, trata-se de mineral necessário à produção de fertilizantes, indispensáveis à agricultura brasileira. O Brasil importa 90% de seu consumo, embora disponha de grandes reservas de exploração a céu aberto em seu território.

Lula, além de exercer o direito de aconselhar esses investimentos, cumpriu seu dever. A Vale só foi privatizada com a salvaguarda de uma golden share, de que o Estado é portador, e lhe dá o direito de veto em decisões que possam comprometer o interesse soberano do Brasil. Assim, não houve ingerência, mas, sim o exercício de uma responsabilidade do presidente da República.

Além do episódio em si, há uma questão muito mais constrangedora para nós, brasileiros. Não é a primeira vez que – de acordo com o WikeLeaks e outras fontes, algumas delas norte-americanas – sabemos que brasileiros se prestam a levar informações sigilosas aos norte-americanos. Há casos em que ministros de Estado não se pejam de discordar dos rumos do próprio governo. O Ministro Edison Lobão, segundo os documentos revelados por Assenge, disse aos diplomatas americanos que é partidário da privatização das empresas de energia elétrica. Ele deveria ser questionado pela Presidente da República: se é essa a sua posição, não pode continuar fazendo parte do governo.

Podemos tolerar tudo, menos traição. A democracia se faz na luta entre direita e esquerda, entre o capital e o trabalho, entre os neoliberais e os defensores do desenvolvimento autônomo do país. Mas progressistas ou conservadores, heterossexuais ou homossexuais, brancos ou negros, católicos ou protestantes, umbandistas ou budistas, todos os brasileiros temos o dever de fidelidade à Nação. Não podemos prestar vassalagem às potências estrangeiras, sob nenhum pretexto. O exemplo a seguir é o de Floriano Peixoto, que, no alvorecer da República, ameaçou responder à bala a “ajuda” dos ingleses, na repressão à Revolta da Armada.

É natural que os diplomatas conversem com autoridades dos países em que atuam. Mas é necessário que, com toda a amabilidade, essas autoridades sejam discretas, e não façam revelações que comprometam a soberania nacional, nem o governo a que servem – a menos que o façam com o conhecimento prévio de seus superiores, e com propósito bem definido. É uma regra universal, e não devemos dela nos desviar.

Os acionistas da Vale do Rio Doce terão que chamar seu executivo às falas. É intolerável que admitam atos dessa natureza. São necessárias providências que os impeçam.

Registre-se, no final, que a remuneração dos oito diretores da empresa, incluído seu presidente, prevista para este ano é de mais de 80 milhões de reais. O minério que exportam pertence ao povo brasileiro.

E há quem se queixe dos proventos dos juízes de nossos tribunais superiores. 
 

Mais sobre a traição do Brasil pelo Serra e do traíra Guilherme Cavalcanti da Vale do Rio Doce

Prudente

por Chico Barauna

Na República Velha (1ª República), depois do exemplo do presidente Ploriano Peixoto, que era alagoano, militar, marechal e foi o 2º Presidente do Brasil. Aconteceu também um outro caso com o presidente Prudente de Morais, que era paulista, civil e foi o 3º presidente do Brasil.

O presidente Prudente adoeceu e depois de quase seis meses, recuperou-se, voltou e reassumiu o poder. Despachava no Palácio do Catete, quando recebeu um pedido de audiência feito pelo famoso Rotschild (o filho) que veio para renegociar a polêmica dívida externa brasileira. A audiência foi concedida ao Rotschild, que logo colocou as exigências e condições para renegociar a dívida, tudo assim feito na maior tranquilidade.

O presidente Prudente escutou tudo até que Rotschild parou de falar. Neste momento, com muita calma ele perguntou, terminou? Rotschild respondeu, sim. Em seguida, o Prudente de Morais tocou a campainha, apareceu o ajudante de ordens, que era um oficial da Marinha. Então ele disse: "Leve o senhor Rotschild até a porta, ele está de saída". Rotschild saiu espantado, surpreso, pois nunca tinha sido expulso daquela maneira, na maior tranquilidade.

Verdade seja dita, muitas críticas para Floriano e outras para Prudente, mas nenhuma delas pode ser por subserviência, traição, vassalagem ou entreguismo. Neste sentido, pode-se dizer que, se um foi de "ferro", o outro foi prudente.
*Brasilmostraatuacara

PÚBLICO NO AUXÍLIO DO PRIVADO: RESSARCIMENTO DE PLANOS DE SAÚDE AO SUS BATE RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011

Como escrevemos em post recente, a saúde no Brasil está em estado delicado e grave, praticamente na UTI, quadro clínico que vale tanto para o setor público quanto para o privado. No entanto, por incrível que pareça, o SUS (Sistema único de Saúde) dá mostras de uma recuperação um pouco mais aparente do que a do setor privado.

Este último cobra um valor mensal da população em troca de rápido e bom atendimento médico, entretanto, não tem conseguido garantir o serviço para o qual é contratado. Prova disso é que segundo o Ministério da Saúde, os ressarcimentos ao SUS por parte dos planos de saúde pelo atendimento dos segurados em hospitais da rede pública somaram R$ 25 milhões até agora, mais do que o total recebido pelo SUS entre 2008 e 2010, como mostra notícia logo abaixo.

Ainda que o SUS tenha muito o que melhorar, o ideal em qualquer país desenvolvido é que o sistema de saúde público, bem como a educação, funcionem de forma saudável. É um absurdo ter que pagar para viver e aprender. Essa migração dos usuários de planos privados para o sistema público devido à falta de atendimento por parte do primeiro só beneficia o segundo. No entanto, aumenta ainda mais a exigência de que o setor público funcione de forma adequada, organizada e eficiente. O aumento de usuários pode ou não impulsionar essa melhora que, se vier, será em boa hora.

Veja trecho de notícia sobre o assunto publicada pela Agência Brasil:

Ressarcimentos de planos de saúde ao SUS batem recorde
Por Vinicius Konchinski
São Paulo – O valor pago por operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelo atendimento dos segurados em hospitais da rede pública bateu recorde no primeiro semestre deste ano. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os ressarcimentos ao SUS somaram R$ 25 milhões até agora, mais do que o total recebido pelo SUS entre 2008 e 2010.
Os planos de saúde devem ressarcir o SUS sempre que um dos seus clientes é atendido pela rede pública, e não por médicos e hospitais conveniados. Padilha disse que esses pagamentos estavam sendo feitos em ritmo lento. O governo, porém, pretende acelerar as cobranças “Queremos um ressarcimento crescente e, para isso, é fundamental o ajuste de um sistema de informação”, disse Padilha após participar da abertura da 16ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo.
Padilha informou que o Ministério da Saúde está trabalhando com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o funcionamento dos planos de saúde, para obter dados sobre todos os atendimentos a clientes das operadoras feitos pelo SUS. Ele disse que uma resolução da ANS já prevê que as guias de atendimento dos clientes de planos indiquem também a identificação deles no sistema do SUS, justamente para facilitar o ressarcimento.(Texto completo)
*educaçãopolítica