Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 31, 2014


agente da ditaduraO Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo denunciou à Justiça Federal quatro agentes da ditadura militar pela tortura e assassinato do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em 19 de julho de 1971, nas dependências do DOI-Codi da capital paulista.
Os acusados são o ex-comandante do DOI, o famigerado coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, o delegado aposentado Aparecido Laertes Calandra e o delegado da Polícia Civil de São Paulo Dirceu Gravina. Todos são denunciados por homicídio doloso qualificado (quando há intenção de matar). Segundo o MPF, os três, “com outras pessoas até agora não totalmente identificadas, mataram a vítima Luiz Eduardo da Rocha Merlino, por motivo torpe, com o emprego de tortura e por meio de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido”. Além deles, o médico legista Abeylard de Queiroz Orsini é acusado de falsificar o laudo necroscópico de Merlino, que afirmava que o jornalista havia morrido vítima de atropelamento.
Além da prisão dos acusados, o Ministério Público também pede o cancelamento de suas aposentadorias, o afastamento imediato de Dirceu Gravina de suas funções na Polícia Civil e a suspensão da licença médica de Abeylard de Queiroz Orsini.
Crimes contra a humanidade
Segundo o MPF, o assassinato de Luiz Eduardo Merlino é caracterizado como um crime contra a humanidade e, por isso, não prescreve nem pode ser anistiado.
Para Ângela Mendes de Almeida, ex-companheira de Merlino, “o significado dessa ação para a família é importantíssimo. Na verdade, era esse tipo de ação, uma denúncia criminal, que queríamos desde o início, quando movemos o primeiro processo na área cível, em 2008. Um crime, um homicídio, ainda mais decorrente de tortura até a morte, tem que ser punido criminalmente”.
Luiz Eduardo da Rocha Merlino tinha 23 anos quando foi assassinado. Nascido em Santos (SP), em 18 de outubro de 1948, era estudante de história na USP e militante do Partido Operário Comunista (POC). Preso em 15 de julho de 1971, Merlino foi levado ao DOI-Codi de São Paulo, onde foi barbaramente torturado, vindo a morrer em decorrência dos graves ferimentos.
Revisão da Lei de Anistia
Mais de 200 investigações já foram abertas pelo MPF para apurar casos de crimes políticos cometidos contra opositores da ditadura e, desde 2011, foram ajuizadas nove ações penais contra 22 agentes da repressão acusados de sequestros, torturas, assassinatos e desaparecimentos de presos políticos.
Porém, devido à interpretação de que a Lei da Anistia se estende também aos agentes do Estado, até hoje nenhum torturador foi punido, apesar de a Corte Interamericana de Direitos Humanos ter condenado o Brasil a investigar e punir as violações cometidas durante o período, as quais não seriam passíveis nem de anistia nem de prescrição.
Além disso, mesmo após a criação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), uma série de dificuldades são impostas pelas Forças Armadas para que a verdade sobre os crimes cometidos durante a ditadura seja revelada, como prova a ordem do comandante do Exército, general Enzo Peri, que proíbe, na prática, os quartéis de colaborar com as investigações
Essa resistência por parte do Exército, e também da mídia burguesa, legitima a prática da tortura existente até hoje nos presídios e delegacias de nosso país e reforça a impunidade.
A menos de três meses do fim dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, previsto para dezembro deste ano, é preciso aumentar a pressão pela revisão da Lei da Anistia, o apoio às ações do MPF no sentido de levar a julgamento os responsáveis pelas torturas, assassinatos e desaparecimentos durante a ditadura militar, além de promover movimentos e ações de massa pela memória, verdade e justiça.
Redação Rio
*AVerdade

terça-feira, dezembro 30, 2014

E a “grande mídia” só se preocupa com a Petrobras: Crise da água faz Sabesp perder R$7,1 bilhões na Bovespa


Sabesp20_NY
A Sabesp fez festa em Nova Iorque.
Até o dia 16 de dezembro, ação da empresa registrava desvalorização de 37,31% desde o início do ano.
Eduardo Vasconcelos, via Portal Terra
Assim como o nível de capacidade do Sistema Cantareira, que continua caindo quase que diariamente, o desempenho da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Bolsa tem descido ladeira abaixo ao longo deste ano. As ações da empresa acumulam, até dia 16 de dezembro, desvalorização de 37,31%, o que representa uma perda de R$7,1 bilhões em valor de mercado, de acordo com dados da consultoria Economatica.
Esse resultado é quatro vezes superior à baixa do Ibovespa, principal índice da Bolsa, que registra queda de 8,74% no ano até a mesma data.
Os papéis da empresa paulista já tinham, desde o início do ano, desvalorizado 20,26% no dia 3 de fevereiro, a primeira segunda-feira e dois dias após o governo estadual anunciar um desconto na conta de água para moradores de regiões atendidas pelo Sistema Cantareira, em crise em função do baixo nível de chuvas nas represas que compõem o manancial.
No dia 1º de fevereiro, data do anúncio, o manancial que atende parte da capital e da região metropolitana operava com 21,9% de sua capacidade, bem abaixo da média para o mês, superior a 50%.
“Diferentemente do Ibovespa, quando o índice se recuperou antes das eleições, a Sabesp já vinha caindo ao longo do ano”, diz Fernando Góes, analista da Clear Corretora. “Boa parte disso [queda do índice] é de um mês para cá. A oscilação da Sabesp é anterior a isso.”
Os ativos da empresa até apresentaram ligeira recuperação, mas logo voltaram a cair. No dia 1º de abril, quando o governo ampliou o desconto na conta de água para 31 cidades abastecidas pelo Cantareira, a ação da companhia registrava queda de 18,71%. No dia 12 do mesmo mês, quando o manancial atingiu 12% de sua capacidade, estabelecendo até então um recorde negativo histórico, os papéis ampliavam as perdas para 20,91%, ante ligeira alta de 0,17% do Ibovespa.
Volume mortoA retirada das primeira e segunda cotas do volume morto deram sobrevida ao manancial, mas não resolveram os problemas da Sabesp no mercado de capitais.
No dia 15 de maio, data da retirada da primeira cota do volume morto, enquanto o Ibovespa acumulava alta de 4,56% no ano, os papéis da Sabesp registravam desvalorização de 17,06%.
Já no dia 24 de outubro, quando o Cantareira passou a contar oficialmente com o volume retirado da segunda reserva técnica, a ação da companhia tinha queda de 28,20%.
As perdas no mercado acionário continuaram se ampliando, inclusive após o governador Geraldo Alckmin anunciar, no último dia 11, o presidente do Conselho Mundial de Águas, Benedito Braga, para a pasta de Saneamento e Recursos Hídricos, em substituição a Mauro Arce.
CriseA crise hídrica que atinge as represas paulistas impactou o desempenho da Sabesp na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Apesar disso, as perdas da companhia paulista são inferiores às da Petrobras, que está envolvida no esquema de pagamento de propina investigado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
As ações ordinárias e preferenciais (sem direito a voto) da petroleira caíram 43,61% e 41,58%, respectivamente, até 16 de dezembro. O valor de mercado da estatal passou de R$214,6 bilhões para R$117,2 bilhões, o que representa uma perda de R$97,3 bilhões.
Embora mais modesta, a perda da Eletrobras – outra empresa que sofre com a falta de chuvas, uma vez que o nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas obriga a estatal a recorrer às termoelétricas, que produzem energia mais cara – é de R$1,76 bilhão, com os papéis preferenciais e ordinários caindo 27,33% e 7,35%, respectivamente.
Segundo a Economatica, a Sabesp iniciou o ano com um valor de mercado de R$18 bilhões, caindo para R$10,9 bilhões até 16 de dezembro. “Lá pelo meio do ano já se tinha uma indicação de que seria ruim manter [a ação da Sabesp] em carteira. Neste momento, eu certamente não recomendaria comprar”, diz Góes.
No terceiro trimestre deste ano, a companhia lucrou R$91,5 milhões, resultado 80,7% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Leia também:
“Oh, happy days”: A festa da Sabesp em Nova Iorque e a falta de água em São Paulo
Ações virando pó: Tem propina e corrupção na Sabesp?
Alckmin torra R$87 milhões em propaganda inútil da SabespLava-Jato: Sabesp, Copasa e Metrô/SP tiveram negócios intermediados por YoussefGoverno Alckmin restringe direito a água e a informação à populaçãoDilma socorre São Paulo para acabar com a situação crítica da falta d’água no estado

*Limpinhocheiroso



Escândalo: Senador Álvaro Dias lucrou R$ 37 milhões com propina da CPI da Petrobras

O falecido, ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra e o Senador Londrinense (PR), Álvaro Dias
Segundo informações vazadas por fontes próximas a procuradores que conduzem a Operação Lava Jato, o senador Álvaro Dias está sendo investigado, pela compra de uma área no Rio de Janeiro por R$ 3 milhões e, meses depois, vendeu à Petrobrás pelo incrível valor de R$ 40 milhões. O Fato está sendo investigado em segredo de justiça, pelo fato do parlamentar ter foro especial por prerrogativa de função — conhecido coloquialmente como foro privilegiado.

Segundo o que foi repassado o falecido deputado federal Sérgio Guerra (PE), ex-presidente do PSDB, e "um tucano de Londrina" enterraram a CPI do Senado sobre a estatal em 2009, em troca da propina de R$ 10 milhões de reais. Ambos deixaram a CPI de forma surpreendente, em protesto contra o que seria um "jogo de cartas marcadas". Sem a presença deles, a CPI não foi adiante.

Dinheiro da Propina

Com os R$ 10 milhões a dupla "racharam" a propina, e segundo informações, dos R$ 5 milhões repassados ao Senador Álvaro Dias, R$ 3 milhões foram aplicados em uma área no Rio de Janeiro que esta sendo investigado pelo MPF. Segundo que foi levantado o preço foi superfaturado em 33 vezes, e vendido a Petrobrás na época que o diretor de abastecimento da estatal era Paulo Roberto Costa, pivô da Operação Lava Jato.

Espólio do ex-presidente do PSDB

O espólio de Sérgio Guerra deve entrar no alvo de investigação do a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. A confirmação do recebimento de propina já leva a direção da Petrobras a estudar um pedido de bloqueio de bens como forma de ser ressarcida.

Um dos mais ricos haras do país, o haras Pedra Verde, em Limoeiro (PE), é um dos bens deixados pelo tucano, com mais de 200 cavalos de raça, inclusive campeões nacionais da racha Manga-Larga Marchador. Veterinários, geneticistas e 40 outros funcionários trabalham no Haras Pedra Verde. Para os investigadores da Lava Jato, o Pedra Verde também seria uma sofisticada lavanderia de comissões, inclusive por meio de vultosas transações de exportação e importação de cavalos.

Palco de refinadas apresentações de produtos premiados e de leilões milionários, o Haras Pedra Verde valeria perto de R$ 200 milhões (cavalos, laboratório, instalações e fazenda), mas foi omitido da declaração de Imposto de Renda de Sérgio Guerra ao eleger-se senador, em 2002, atribuindo à Pedra Verde um valor irrisório de R$ 22 mil, além de declará-la como "terra nua", ou seja, sem qualquer tipo de benfeitorias ou construções.

A coleção de arte contemporânea do falecido presidente do PSDB também chamou atenção do MPF e da PF. Alí estão obras de Cícero Dias, Cândido Portinari, Vicente do Rêgo Monteiro, Di Cavalcanti, Gilvan Samico, Carybé, Manabu Mabe, Djanira e Tarsila do Amaral, em valores que chegariam à casa dos R$ 20 milhões e que teriam sido, na maioria das vezes, compradas em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Haveria pelo menos um caso, em que uma tela de Ismael Nery, orçada em quase R$ 2 milhões, teria sido adquirida por uma empreiteira baiana para adornar as paredes do apartamento de cobertura da família Guerra na orla do Recife.

Há, também, dezenas de imóveis, uma frota de automóveis de luxo, entre eles vários modelos BMW, além de jóias, aplicações financeiras em bancos e prováveis contas já sendo rastreadas em paraísos fiscais, como Liechtenstein e Suíça. Com a morte de Guerra, seus herdeiros deverão enfrentar a ação indenizatória da União movida pelo Ministério Público Federal.

Falecido em 6 de março deste ano, o ex-presidente do PSDB foi um dos mais radicais opositores dos governos Lula e Dilma. Nos anos 1980, Guerra, porém, foi apontado como um dos integrantes da quadrilha que desviava recursos públicos e beneficiava empreiteiras, na Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Relator do Orçamento da União também no final dos anos 80, Sérgio Guerra chegou a viajar num jato Dassault Falcon da Construtora Camargo Correia para Londres, onde teria se hospedado em uma luxuosa propriedade do falecido empreiteiro Sebastião Camargo. Ele estava acompanhado de toda família e por duas semanas teria frequentado restaurantes e lojas de grifes de luxo na capital inglesa. Guerra foi o único parlamentar a escapar da guilhotina que vitimou parlamentares influentes como Genebaldo Correia, Manoel Moreira, Cid Carvalho e Pinheiro Landim, além do líder do grupo, João Alves.
Dias segurando seu cão da raça
Dias segurando seu cão da raça "Poodle".
Álvaro Dias

O tucano Álvaro Dias do Paraná foi escolhido por José Serra (PSDB) em 2010 para ser o vice na chapa para presidência. Detalhe: Álvaro Dias está sendo processado por usar cavalaria da PM contra professores e ainda é acusado de crime contra a administração pública. Conheça um pouco a ficha do senador:

O senador Álvaro Dias está sendo processado por uso da cavalaria da PM contra professores. Também é acusado de crime contra a administração pública, movidas pelo Supremo Tribunal Federal. (Veja a petição: Pet/4316 — Veja no STF. Situação atual: 09/02/2009 — Baixa dos autos em diligência, Guia nº 276/2009, Ofício nº 215/SEJ, à Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal no Distrito Federal.

A operação Castelo de Areia tem documento em que mostra que, as construtoras Camargo Corrêa e a Norberto Odebrecht doou R$50 mil para o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).

Álvaro Dias (PSDB-PR) não declarou R$ 6 milhões à Justiça Eleitoral... Já prestou contas?

revista Época mostrou que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) omitiu de sua declaração de bens à Justiça Eleitoral R$ 6 milhões em aplicações financeiras.

Em 2006, Dias informou que tinha um patrimônio de R$ 1,9 milhão dividido em 15 imóveis: apartamentos, fazendas e lotes em Brasília e no Paraná. O patrimônio dele, porém, era pelo menos quatro vezes maior.

A omissão desses dados à Justiça Eleitoral é questionável, mas não é ilegal. A lei determina apenas que o candidato declare "bens". Na interpretação conveniente, a lei não exige que o candidato declare "direitos", como contas bancárias e aplicações em fundos de investimento.

Álvaro Dias diz que o dinheiro não consta em sua declaração porque queria se preservar. "Não houve má intenção", afirma.

O dinheiro não declarado seria fruto da venda de uma fazenda de 36 hectares em Maringá (PR) por R$ 5,3 milhões. As terras, presente de seu pai, foram vendidas em 2002. O dinheiro rendeu em aplicações, até que, em 2007, Álvaro Dias comprou um terreno no Setor de Mansões Dom Bosco, em Brasília, uma das áreas mais valorizadas da capital. No local, estão sendo construídas cinco casas, cada uma avaliada em cerca de R$ 3 milhões.

Quem se lembra do assessor de Álvaro Dias, André Eduardo da Silva Fernandes?

Foi o receptador de informações furtadas da Casa Civil da Presidência da República, entregue à revista Veja, para forjar um falso dossiê de despesas de FHC, com o objetivo de derrubar a ministra Dilma Rousseff.

Pois André Fernandes, além de assessorar Álvaro Dias, também servia ao Governo de José Roberto Arruda (ex-DEM/DF). Em 2007, foi nomeado pelo Governo do Distrito Federal, membro do conselho fiscal da CEB (Companhia Energética de Brasília), estatal do Governo do Distrito Federal. Álvaro Dias, igual a José Serra: Mandam bater em professores.
*comtextolivre

95% dos brasileiros aprovam o Mais Médicos

95% da população está satisfeita com o Mais Médicos e 85% diz que o atendimento melhorou muito desde a implantação do programa

mais médicos cubanos saúde brasil
Maioria dos profissionais do Mais Médicos são de origem cubana. Profissionais foram destinados para onde brasileiros não quiseram ir (divulgação)
Programa Mais Médicos, do governo federal, completou um ano, nesta semana, desde que os primeiros profissionais começaram a atuar. Uma pesquisa inédita mostra: 95% da população atendida e entrevistada diz estar satisfeita com a atuação dos médicos, com notas acima de 8 para os profissionais, e 86% avalia que o atendimento melhorou muito.
“O programa Mais Médicos efetivamente está garantindo mais acesso, qualidade e mais humanização no atendimento. E essa pesquisa confirma que aqueles que usam o Programa Mais Médicos, na periferia de grandes cidades, no interior do país, na Floresta Amazônica, no sertão nordestino, estão muito satisfeitos com o médico”, disse o ministro da Saúde Arthur Chioro, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (04).
A pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entrevistou 4 mil pessoas em 200 municípios que contam com os médicos do programa, entre junho e julho deste ano.
A grande maioria (96%) afirmou que os profissionais são competentes e 90% aprovaram o tratamento durante o atendimento.
Um total de 84% dos entrevistados revela estar satisfeito com a duração da consulta médica, 83% vê uma melhoria nos esclarecimentos sobre os problemas de saúde e 80% estão contentes com o acompanhamento do paciente pelo mesmo profissional. Além disso, os usuários observaram que foram informados sobre outras formas e prevenção e ação: 67% receberam recomendações de alimentação e 56% de atividades físicas.
Em perguntas espontâneas, os entrevistados levantaram os pontos fortes do Programa Mais Médicos: 56% afirmaram que aumentou o atendimento e número de consultas, 33% ressaltaram a presença de médicos todos os dias nas unidades básicas e 37% elogiaram os médicos como atenciosos.
Apenas 2% considera que o Programa está pior do que o esperado, contra 74% que acredita estar melhor, e 19% acha que está como se esperava.

Mais formação

Junto com a apresentação da pesquisa, o ministro da Saúde anunciou, ao lado do ministro da Educação Henrique Paim, o terceiro eixo do Programa: 39 municípios receberão cursos de Medicina, ampliando também a área de especialização, com as residências médicas.
As cidades escolhidas têm 70 mil habitantes, não dispunham de curso superior para médicos, localizadas em 11 estados do país e nenhum dos municípios é capital. A intenção é oferecer a formação em regiões que necessitam do curso, mas que tenham estrutura da rede de saúde para realizar as atividades práticas, sobretudo no programa de residência.
Uma das condições para instituições de ensino superior receberem os cursos é realizar investimentos na rede de saúde.
O anúncio é parte da previsão de criar, até 2017, mais 11,5 mil vagas de graduação e 12,4 de residência, com foco na valorização da Atenção Básica e outras prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). Novas faculdades serão instaladas em regiões do Norte e Nordeste e em cidades do interior do país.
Desde a criação do Mais Médicos, os cursos de Medicina estão, em sua maioria, em municípios do interior: 11.269 vagas, diante de 10.045 em capitais. Antes, até 2012, as capitais tinham a maior oferta de vagas de graduação de médicos.
*Pragmatismopolitico

PETROBRAS VETA CONTRATOS COM AS MEGAEMPREITEIRAS

Foto: Imprensa/ Agência Petrobras (20/05/2013): Discurso de Graça Foster, presidente da Petrobras
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, Petrobras informa que não realizará contratos futuros com 23 empresas investigadas pela Operação Lava Jato; decisão da companhia sinaliza que Graça Foster foi ainda mais dura do que o próprio juiz Sergio Moro, uma vez que o veto se estende a empresas que, até agora, vêm sendo misteriosamente blindadas pela investigação, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez; lista inclui ainda gigantes como OAS, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa


247 - As maiores empreiteiras do País estão impedidas de realizar contratos futuros com a Petrobras. A decisão foi comunicada à Comissão de Valores Mobiliários, na noite desta segunda-feira, pela companhia.
Graça Foster, presidente da Petrobras, foi ainda mais rigorosa do que a força-tarefa do juiz Sergio Moro, do Paraná. Sua decisão impede a realização de contratos com empreiteiras que também foram delatadas pelo doleiro Alberto Yousseff e por Paulo Roberto Costa, mas que, misteriosamente, ainda não foram punidas na Lava Jato.
São elas a Odebrecht, que pagou propina de US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, e a Andrade Gutierrez, que seria a mais ligada ao lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. Sócia do governo mineiro na Cemig, a Andrade Gutierrez foi a principal doadora de campanha do tucano Aécio Neves. A Odebrecht, segundo anotações apreendidas pela Polícia Federal, também teria procurado Aécio para esfriar a CPI da Petrobras.
Outras empreiteiras atingidas pela decisão da Petrobras foram as empresas até agora punidas pela equipe de Sergio moro, como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS, Engevix, Galvão Engenharia, UTC e Mendes Junior.
Segundo a estatal, o objetivo é "resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem". A Petrobras informou ainda que vai notificar as empresas do bloqueio e "respeitará o direito ao contraditório e à ampla defesa".
A decisão não tem prazo de validade e não atinge os contratos em vigor. Vale apenas para negociações futuras. Caso não se encontre uma solução para o impasse, a Petrobras abrirá espaço para novos fornecedores nacionais ou internacionais.
Leia, abaixo, o comunicado da Petrobras:
Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que, em reunião da sua Diretoria Executiva realizada hoje, foi aprovada a constituição de Comissões para Análise de Aplicação de Sanção (CAASE) e o bloqueio cautelar de empresas pertencentes aos grupos econômicos citados como participantes de cartel nos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do Sr. Alberto Youssef prestados, em 08 de outubro de 2014, em audiência na 13ª Vara Federal do Paraná, bem como nos depoimentos prestados no âmbito do acordo de colaboração premiada do Sr. Julio Gerin de Almeida Camargo (Grupo Toyo) e do Sr. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (Grupo Setal), que a Petrobras teve acesso em 03 de dezembro de 2014, todos deferidos como prova emprestada pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, e que indicam, como participantes de cartel, os seguintes grupos econômicos: 

1)    “Alusa”
2)    “Andrade Gutierrez” 
3)    “Camargo Corrêa”
4)    “Carioca Engenharia”
5)    “Construcap”
6)    “Egesa”
7)    “Engevix”
8)    “Fidens”
9)    “Galvão Engenharia”
10)     “GDK”
11)     “IESA”
12)     “Jaraguá Equipamentos”
13)     “Mendes Junior” 
14)     “MPE”
15)     “OAS”
16)     “Odebrecht”
17)     “Promon” 
18)     “Queiroz Galvão”
19)     “Setal”
20)     “Skanska”
21)     “TECHINT”
22)     “Tomé Engenharia” 
23)     “UTC”

A constituição das CAASEs de acordo com o critério acima referido e o bloqueio cautelar levam em consideração, além dos depoimentos acima mencionados, a fase 7 da “Operação Lava Jato”, deflagrada em 14 de novembro de 2014, com a prisão de executivos e ex-executivos de empresas e o recebimento pelo Poder Judiciário, entre 12 e 16 de dezembro de 2014, das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (ações penais) por crimes em desfavor da Petrobras decorrentes das investigações da “Operação Lava Jato”.

As referidas empresas serão temporariamente impedidas de serem contratadas e de participarem de licitações da Petrobras. 

A adoção de medidas cautelares, em caráter preventivo, pela Petrobras tem por finalidade resguardar a Companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem. 

A Companhia notificará as empresas do bloqueio cautelar e respeitará o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Por fim, a Petrobras reitera seu compromisso pela ética e transparência nos seus negócios e a necessidade de adoção de medidas de compliance consolidadas no Manual do Programa Petrobras de Prevenção da Corrupção (PPPC), que trata expressamente da aplicação de sanções às empresas fornecedoras que não atuarem de forma condizente com o Código de Ética e os demais itens do próprio PPPC. 

O jornal britânico “Financial Times” publicou uma reportagem nesta segunda-feira (29) em que afirma que a corrupção não pode ser aplicada somente ao Partido dos Trabalhadores.

Financial Times, sobre o trensalão tucano: “Constrange o PSDB”

 do SPressoSP

Reportagem do jornal britânico evidencia que a imprensa internacional tem dedicado mais espaço ao esquema de corrupção na Petrobras, mas “outro escândalo de longa data envolvendo o sistema ferroviário suburbano de São Paulo também está chegando a um ponto crítico
PROPINODUTO
Por Redação
O jornal britânico “Financial Times” publicou uma reportagem nesta segunda-feira (29) em que afirma que a corrupção não pode ser aplicada somente ao Partido dos Trabalhadores. A matéria cita a suposta formação de cartel na compra de trens envolvendo governos do PSDB em São Paulo. De acordo com o veículo, a acusação “constrange o PSDB, que governa o estado de São Paulo há 20 anos”.
A reportagem também evidencia que, ao publicar reportagens referentes ao Brasil, a imprensa internacional tem dedicado espaço ao esquema de corrupção na Petrobras, o que atinge, principalmente, os partidos da base aliada do governo federal. “Mas, ainda que receba menos atenção, outro escândalo de longa data envolvendo o sistema ferroviário suburbano de São Paulo também está chegando a um ponto crítico”, diz o jornal.
Ainda segundo o Financial Times, “o escândalo ferroviário de São Paulo, que poderia se estender por 15 anos de governos do PSDB entre 1998 e 2013, mostra que a corrupção nos contratos públicos é um problema brasileiro, e não um desafio de apenas um único partido

”*GilsonSampaio

A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação.

Ary Fontoura e a arte do senso comum

É de Pirar o Cu!
"O governo do PT é o pior governo que já passou pelo Brasil. Resta saber para quem. Essa é a pergunta que deixo para Ary Fontoura que, se preferir, pode até interpretar no palco a sua resposta", diz o jornalista Marco Piva; "A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação. Uma carta com esse pedido especial o ator global poderia enviar para a família Marinho"

Por Marco Piva, na Carta Maior
Não é de hoje que artistas mostram suas preferências políticas e, a partir de sua condição pública, dizem coisas mais sérias e ajudam, bem como podem escorregar e não passarem de ventríloquos do senso comum. Parece ser este o caso de Ary Fontoura que pediu, em postagem nas redes sociais, a renúncia de Dilma Roussef. Apesar de deixar claro a que tipo de renúncia se referia, o que faz no final do texto, o ator global desfia uma série de jargões que não fariam feio na boca do mais despolitizado dos brasileiros em conversa de botequim.

Como explicar, então, que uma pessoa com longa vida profissional e a vivência do teatro, local de excelência para o exercício da cultura, faça o papel de reprodutor inocente de frases comuns? Vejamos algumas delas.

(...) renuncie à falta de vergonha e aos salários elevados de muitos parlamentares (...) renuncie ao apadrinhamento político, aos parasitas, ao nepotismo; renuncie aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF; renuncie à falta de planejamento, à economia estagnada; renuncie ao assistencialismo social eleitoreiro; renuncie à falta de saúde pública, de educação, de segurança (Unidade de Polícia Pacificadora não é orgulho para ninguém); renuncie ao desemprego; renuncie à miséria, à pobreza e à fome; renuncie aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT”.

Ao juntar alhos com bugalhos, em nome de uma suposta indignação que teria atingido “200 milhões de brasileiros” pelo quais diz falar, Ary Fontoura perde a grande chance de colocar os pingos nos “is”. O pedido de “renúncia” à falta de vergonha e aos salários elevados de parlamentares, bem como aos parasitas, ao nepotismo e à velha forma de governar, caberiam bem numa ampla e profunda reforma política, expressão que não sai da boca do ator em nenhum momento. Esse tipo de reclamação óbvia continua quando pede a “renúncia” aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF, combinando com a “renúncia” à falta de planejamento, à economia estagnada. Mais uma vez, nenhuma palavra, sequer um miado, sobre a estrutura econômica vigente no Brasil há décadas, há séculos, e que para ser enfrentada exige exatamente um tipo de governo que ele não quer, embora nos anos de chumbo tenha flertado com a rebeldia de esquerda.

Merecem destaques as “renúncias” ao assistencialismo social eleitoreiro (bolsa-família, é claro), ao desemprego (onde ele vê isso, não sei), à miséria, à pobreza e à fome. Certamente seu olhar não passa do morro do Corcovado ou da ilha da fantasia Projac, onde aluga, como qualquer trabalhador, sua mais-valia às Organizações Globo, o maior conglomerado de comunicação brasileiro e que amealhou bilhões em verbas federais de publicidade entre 2000 e 2013. Cabe aqui, literalmente, a frase que se tornou popular nos discursos do ex-presidente Lula: nunca antes na história desse país se combateu tanto a miséria, a fome, a pobreza e o desemprego. Mas, isso não consta na indignação seletiva de Fontoura.

O “grand finale” vem do seu pedido à Dilma para que renuncie “aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT” e “se permita que a sua história futura seja coerente com o seu passado”. Muito interessante. Dê banho na criança, jogue ela fora junto com a água suja e você terá um ser limpinho e cheiroso. Ou seja, passe uma esponja em tudo o que você acreditou e acredita que esta é a melhor forma de construir o futuro. Claro que ele se refere ao futuro na narrativa da mídia conservadora, da oposição golpista e dos interesses internacionais que não suportam uma soberania brasileira ativa e altiva.

O governo do PT é o pior governo que já passou pelo Brasil. Resta saber para quem. Essa é a pergunta que deixo para Ary Fontoura que, se preferir, pode até interpretar no palco a sua resposta. A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação. Uma carta com esse pedido especial o ator global poderia enviar para a família Marinho.

segunda-feira, dezembro 29, 2014

Devastador amanecer para el dólar: China lanza el comercio bilateral en yuanes y rublos


Este lunes 29 de diciembre el mundo se despierta con una nueva realidad devastadora para el dólar: China lanza el comercio bilateral en yuanes y rublos rusos.
El Banco Popular de China cerró a principios de octubre la firma de un 'swap' cambiario bilateral con el Banco Central ruso con el objetivo de reducir el papel del dólar estadounidense si Pekín y Moscú tuvieran que ayudarse mutuamente para superar la crisis de liquidez.
El acuerdo prevé un canje por un monto de 150.000 millones, según el portal Zero Hedge, que añade que el golpe sobre el dólar será "devastador".
"China permite futuros intercambios comerciales entre el yuan y más de tres monedas en un intento de reducir los riesgos de falta de liquidez en un contexto de elevada volatilidad en los mercados de los países en desarrollo", escribe Bloomberg.
China comenzará la implementación de contratos con el ringgit de Malasia, el rublo ruso y el dólar de Nueva Zelanda desde el 29 de diciembre, según un comunicado publicado en la página web de la organización.
Según Roman Terejin, jefe del centro independiente de peritaje comercial Obschestvennaya Duma, citado por el portal informativo Regnum, el comercio entre yuanes y rublos deberíaaliviar la dependencia de la economía rusa del dólar y conllevar cierta reducción de la tasa de cambio entre este y el euro respecto al rublo.
*http://actualidad.rt.com/economia/161785-china-devastador-dolar-rublo-yuanes#.VKGdUVb_SSw.facebook

Mujica e Vázquez irão juntos à cerimônia de posse de Dilma Rousseff

O chefe de Estado do Uruguai, José Mujica, e seu sucessor, Tabaré Vázquez (que assume o cargo em março de 2015), viajarão juntos à Brasília no próximo dia 1º de janeiro para assistir a cerimônia de posse da presidenta brasileira, Dilma Rousseff, segundo informaram os jornais locais.


Frente Ampla
Tabaré Vázquez e José Mujica.Tabaré Vázquez e José Mujica.
Tanto Mujica como Vázquez receberam um convite oficial do governo brasileiro. De acordo com o jornal La República, além do ato solene no Congresso dos Deputados, eles devem participar também da posse dos 39 novos ministros que integram o segundo mandato de Dilma.

Mais de 20 mandatários devem comparecer ao evento, que será finalizado com um coquetel oferecido pela anfitriã no Palácio do Itamaraty.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da EFE

Um negro na Casa Branca não necessariamente indica que os direitos dos negros estão sendo amplamente respeitados nos Estados Unidos

Só é possível sonhar quando se pode respirar



Por Cléber Sérgio de Seixas

No primeiro discurso proferido após o anúncio da vitória no pleito presidencial de 2008, foram estas algumas das palavras ditas por Barack Obama: “Se alguém ainda duvida que a América é o lugar onde todos os sonhos são possíveis, se ainda questiona se os sonhos dos nossos fundadores ainda estão vivos, se ainda questiona o poder da nossa democracia, teve esta noite a resposta”. Já na posse, o 44º presidente dos Estados Unidos assim se manifestou: “Esse é o sentido de nossa liberdade e de nossa crença – o motivo pelo qual homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as crenças podem se unir neste magnífico local, e também o porquê de um homem cujo pai a menos de 60 anos talvez não fosse servido num restaurante local pode agora estar diante de vocês para fazer o juramento mais sagrado”. 

Dúvidas de que um negro poderia chegar à Casa Branca já não mais havia após a eleição de Obama. Questionamentos quanto à liberdade dos negros de ocuparem espaços públicos ao lado de brancos, de um afrodescendente sentar ao lado de um branco num assento de coletivo também não se sustentam nos dias atuais. No entanto, tendo em conta que muitos negros continuam sendo considerados seres humanos de segunda classe, muitas interrogações ainda pairam sobre a cidadania dos afro-americanos nos EUA. 

Um negro na Casa Branca não necessariamente indica que os direitos dos negros estão sendo amplamente respeitados nos Estados Unidos, nem tampouco que os que compartilham a raça com o presidente tenham alcançado seu Éden. Acontecimentos recentes atestam que a chegada de Obama ao poder não significou a cidadania plena dos negros norte-americanos. O negro mais poderoso do planeta não fez jus ao Nobel da Paz que recebeu em 2009. A nação que ele comanda replica mundo afora um comportamento de rapina semelhante ao que, séculos atrás, arrancou seus ancestrais do continente africano e os trouxe ao Novo Mundo para trabalhar à exaustão para senhores brancos. Enquanto essas linhas são escritas, a águia do Maine afia novamente suas garras preparando-se para uma nova investida na Ucrânia. A verdade, novamente, será a primeira vítima na continuação da política por outros meios.
Passados 51 anos da Marcha Sobre Washington, e do lendário discurso de Martin Luther King, as palavras do pastor batista ainda soam atuais. “Eu tenho um sonho...”, bradou King para cerca de 250.000 pessoas, numa época de efervescência política, cujos eventos calcinavam as certezas da modernidade. O pastor protestante sonhava com o momento em que brancos e negros dar-se-iam as mãos como iguais. O tratamento que ainda é dispensado aos negros nos EUA adia a realização de tal sonho de igualdade. “Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial”, afirmou o ganhador do Nobel da Paz de 1964. 

Em seu auge, o movimento pelos direitos civis dos negros norte-americanos teve Malcolm X e o supracitado King como protagonistas. Enquanto Malcolm preconizava uma estratégia combativa em prol de melhores dias para os negros, King bebia na fonte do pacifismo de Gandhi. “Será mais nobre suportar a injustiça moderadamente ou pegar em armas para se contrapor à injustiça? Eu fico com a segunda. Se você pegar em armas, você acaba com ela. Mas se esperar os poderosos acabarem com a injustiça, vai esperar muito tempo”, disse Malcolm certa vez, sintetizando sua tática. Já para Luther King, “Cristo fornecia o espírito e a motivação, enquanto Gandhi fornecia o método”. Apesar de diferentes nas estratégias, ambos terminariam seus dias vitimados pela intolerância. 

Assim, a despeito de conquistas como a Lei dos Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 65, a década mais prolífica para os direitos civis terminava com um saldo negativo. King e Malcolm, apesar dos estilos diametralmente opostos de lutar contra o apartheid social a que eram submetidos os afro-americanos, tinham pago com a vida o protagonismo no movimento negro.

Na segunda metade da década de 60 surge o Partido dos Panteras Negras, cujo modus operandiestava mais para Malcolm X que para Luther King. A repressão violenta ao grupo forçou-o ao abandono das táticas de enfrentamento e à opção por ações de cunho social junto às comunidades negras. Isso não impediu seu desmantelamento total nos anos 80, resultante, sobretudo, de uma campanha encabeçada pelo FBI, cuja maior obsessão àquela altura era exterminar o partido.

Passadas décadas, ficou claro que a democracia nos Estados Unidos ainda é um mito, pelo menos no que tange às questões raciais. De acordo com Michelle Alexander, socióloga da Universidade de Ohio, os EUA têm atualmente mais negros encarcerados do que possuía de escravos no século XIX. Considerando que os EUA possuem o maior número de detentos do mundo (cerca de 2,3 milhões), e que a maioria da população carcerária estadunidense é negra, pode-se ter uma noção da segregação racial violenta, porém velada e inconfessa, que existe naquele país.

As mortes de Michael Brown e Eric Garner por policiais brancos trouxeram novamente à discussão a questão do racismo nos EUA e levaram milhares de cidadãos às ruas em protesto contra a violência policial contra os negros e a impunidade de seus algozes. O policial que abateu Brown com seis tiros em Ferguson, Missouri, não foi sequer indiciado, bem como o que estrangulou Garner até a morte, ocorrida em julho deste ano em Staten Island, Nova York.

As últimas palavras de Garner, ditas enquanto era sufocado pelo policial Daniel Pantaleo foram“eu não consigo respirar!” Elas se tornaram o lema dos manifestantes. Os protestos se espalharam pelos EUA e sensibilizaram até astros da NBA, como LeBron James, Kevin Garnett e Alan Anderson, que utilizaram camisas com a frase de Garner antes de jogos da liga. O ator Samuel L. Jackson divulgou um vídeo convocando celebridades a cantarem uma música contendo a última frase de Garner, em protesto contra o racismo da polícia. 

De fato, é difícil respirar num país onde 75% dos policiais são brancos e um negro é morto a cada 28 horas pela polícia. Pouco fôlego há quando se vive num país onde um jovem negro tem três vezes mais chances de morrer que um branco. O ar se torna rarefeito quando um negro de 43 anos, após apartar uma briga, e sem esboçar nenhuma reação violenta, sob a acusação de vender cigarros de forma ilegal, é dominado e sufocado até a morte. O ar se torna irrespirável quando é um crime ser negro. 

Isso poderia ser no Brasil, mas ocorre na nação que se arvora em bastião da liberdade, da democracia e da oportunidade no mundo. No Brasil, como nos EUA, a cor da pele precede quaisquer características dos indivíduos, no caso dos negros, depreciando as positivas e ressaltando as negativas e, no caso dos brancos, exatamente o contrário, dando realce às características positivas e nublando as negativas. Num país racista, pouco vale ao indivíduo ser honesto se for negro. Pouco conta o esforço pessoal para vencer na vida se a ascendência e a cor da pele forem negras ou pardas. 

Enquanto os EUA têm seu primeiro presidente negro, no Brasil o máximo que conseguimos foi a chegada de um negro à presidência da mais alta instância do Judiciário. Apesar disto, tanto aqui como acolá, a sociedade e o Estado não saldaram a dívida que têm para com os negros. As políticas compensatórias (Bolsa Família, cotas para negros em universidades públicas, etc) constituem uma via que tem sido percorrida pelo Brasil no sentido de alforriar de fato seus negros. Tais políticas são necessárias na medida em que os desiguais devem ser tratados de forma desigual para que um dia a igualdade de oportunidades, independente da raça, seja alcançada. 

Quando isso acontecer, poderão os negros estadunidenses e brasileiros, além de sonhar, respirar. Obama lembrou o sonho dos pais fundadores da nação americana; Luther King sonhava com um dia melhor para os negros americanos, mas só é possível sonhar quando se pode respirar.
*Observadoressociais

Sergey Glazev, el economista de Putin: EEUU Buscan la guerra contra Rusia»

"El golpe más serio a la hegemonía americana sería una renuncia del uso del dólar en calidad de divisa mundial.
Los EEUU son un país-agresor. La agresión no siempre tiene que ser aplicando las fuerzas armadas. Hay formas diferentes. Pero si reconocemos que los EEUU son los agresores, no debemos usar la divisa americana, ni tener con ellos relaciones financieras, o patrocinar y subvencionarlos. Y nuestro sistema financiero anualmente usa unos 120-140 mil millones de dólares en beneficio del sistema financiero americano. Comprando obligaciones de los EEUU, patrocinamos la guerra contra nosotros."
http://www.elespiadigital.com/…/7920-entrevista-a-sergey-gl…


(Por Tatiana Medvedev) Ha salido a la luz un nuevo libro del economista Sergey Glazev, «El accidente Ucraniano: ¿de la agresión americana a la guerra mundial?». El corresponsal de la revista rusa "La Cultura" ha conversado con el autor y ha tratado de comprender los enredos de la geopolítica mundial, los mecanismos de la crisis económica y las vías de la salida de ella.
La cultura: en su opinión ¿Qué pasa ahora en el mundo?
Glazev: Vivimos una crisis estructural en la economía mundial vinculada al cambio de los modos de producción tecnológicos, que se realiza a través de la carrera de armamentos, la militarización y la guerra. En los año 70–80  del siglo pasado tal guerra tenía un carácter frío. Los EEUU, habiendo desarrollado una carrera de armamentos universal, se han convertido en el núcleo informativo tecnológico. Esa la superioridad tecnológica les hacía crecer a un ritmo estable de un 25 % por año — hasta hace poco — lo que propiciaba el desarrollo de toda la economía y abastecía a los americanos. Antes, en una transformación estructural análoga se tardó 30 años — a través de la militarización de los principales países europeos — y se llegó a la pesadilla de la Segunda Guerra Mundial. Ahora nos encontramos de nuevo aproximadamente en la misma situación.
La cultura: el liderazgo mundial pasa de América a los países de Ásia, Japón, Corea del Sur, China. ¿Por qué a ellos?
Glazev: el Sistema educativo que hoy se disfruta en China, y antes se ha disfrutado en Japón y Corea, por la eficiencia y el modo de la organización de la actividad humana, supera en mucho al sistema americano de capitalismo oligárquico, en que hay ahora una depreciación de las masas gigantescas de capital a través de las burbujas financieras. El tránsito de un ciclo secular de acumulación a otro (hay tal teoría conocida) siempre en la historia se acompañaba de guerras. Además, países que emergían trataban de no participar en ellas. Esto alimentaba la posibilidad de una ruptura. Como regla general, las guerras enfrentaban a la vieja potencia hegemónica y a una parte de la periferia mundial. En el primer ciclo secular de la acumulación, en los siglos XVII- XVIII, España combatía contra Inglaterra, y el liderazgo pasó a Holanda. En el segundo ciclo (siglo XIX) fue la época de las guerras napoleónicas, el golpe a Rusia y el ascenso de Inglaterra. El tercer ciclo (siglo ХХ): dos guerras mundiales, con grandes pérdidas para Alemania y Rusia, han elevado a los EEUU.
La cultura: ¿Y ahora?
Glazev: Ahora tenemos el mismo guión geopolítico. A los americanos le es necesario ganar una guerra para conservar la hegemonía en el mundo, dado que ellos no tienen posibilidades en la competencia con China. La élite que domina los EEUU deja crecer la escalada de la tensión política, tradicionalmente poniendo su mira en una guerra en Europa, que  permita a EEUU convertirse en un supraestado. Las dos guerras mundiales han condicionado las corrientes de capital, tecnologías y la mentalidad de Europa conforme a los deseos de EEUU, convirtiéndose en fuerza motriz para la elevación del capitalismo americano. Yendo por el camino tradicional, los americanos patrocinan a los nazistas ucranianos y forman en Ucrania el régimen terrorista antiruso.
La cultura: Es difícil presentar Ucrania y Rusia como enemigos...
Glazev: En esto consiste la táctica de los americanos. Ucrania — como la parte del mundo ruso — no puede en serio percibirse por nosotros como enemigo. Respecto a ella no podemos aplicar una solución duramente militar. La tarea de los americanos, ha sido azuzar a la junta ucraniana contra Rusia y organizando el genocidio de la población rusa, provocar operaciones militares de respuesta. Después, movilizar contra nosotros a Europa, aliados por la OTAN. El objetivo planteado es usar a los nazistas ucranianos como el ariete contra el sistema estatal ruso, hacer una serie de " revoluciones anaranjadas" en nuestro territorio, desmembrar y establecer el control sobre Rusia, sobre la Ásia Central. Ucrania ya está bajo control. No es que en Washington sean unos buitres y antropófagos. El asunto está en las leyes objetivas: la guerra es necesaria a la oligarquía americana. Y para conservar la dominación en el mundo, busca desatar una guerra en Europa. Sobre esto va mi libro. Muestra las fuerzas motrices objetivas, los mecanismos y los motivos del accidente ucraniano.
La cultura: ¿Cómo podemos resistirnos a esto?
Glazev: Siglos atrás, Alejandro Nevsky, dijo una frase que está en la base de nuestra doctrina geopolítica: Apoyarnos en «la fuerza el Dios, y en la verdad». La soldadesca americana — que absorbe la mitad de los gastos militares del mundo — desenrolla de nuevo una carrera monstruosa de armamentos. Pero si no tememos a la verdad, encontraremos en el mundo a muchos aliados no interesados en la escalada de la guerra. Podemos formar una coalición antibelicista global, que impedirá a los americanos que consigan aislarnos. Utilizan el principio «divide y vencerás» para indisponer nuestras relaciones con los estados vecinos. Si conseguimos conservar la unidad estratégica con China, India, y crear nuevos centros de influencia política en el bloque BRICS, que abarca más de mitad de la humanidad, concentrar alrededor de nuestros socios y los amigos en el espacio postsoviético, los planes de los americanos del desatar de la nueva guerra mundial estarán condenados a una derrota.
La cultura: ¿Qué verdad debemos tener en cuenta?
Glazev: la Verdad de que nos encontramos en estado de guerra, guerra que ya han desatado los EEUU. Es una guerra híbrida. No supone — de momento — el uso de columnas de tanques y armas de exterminio en masa. Se apoya en un arsenal gigantesco de otros métodos que disponen: informativo, financiero. La guerra financiera contra nosotros se desenvuelve gravemente. Nosotros estamos ya renunciando a las fuentes exteriores de crédito. Avanzan los planes de desconexión del sistema financiero ruso de las comunicaciones mundiales para el cambio interbancario. Se han aprobado sanciones, en una grave infracción del derecho internacional civil, comercial y financiero. En Donbass hay también una guerra contra nosotros, no debemos dudar de esto. Para arrastrar a Europa, la junta americana en Kiev derribó el avión malayo. Ucrania es ahora un cuasiestado terrorista.
Es necesario decir la verdad sobre Ucrania. Allí hay una usurpación del poder. No han sido elegidos en unas elecciones presidenciales, sino por el embajador americano y los servicios especiales. Exactamente así es como se han realizado las elecciones en la Rada Suprema. Todo que en Ucrania pasa es una fiesta de ausencia de leyes. De aquí los juristas sacan una conclusión: el referéndum de Crimea que ha proclamado la reunificación con Rusia, era absolutamente legal, correspondía a las normas del derecho internacional, se apoyaba en la ley del estatus de la Crimea, aceptado antes. Los referéndums en Donbass son absolutamente legales también. Conforme al derecho internacional, el pueblo tiene motivos para la proclamación de su soberanía y la independencia.
En realidad, en Ucrania el estado está ocupado, se encuentra bajo el control de los servicios especiales de los EEUU. El poder en Ucrania se ejerce desde fuera. Por eso, los acuerdos de alto el fuego y defensa de la población civil no funcionan. La dirección ucraniana los viola sistemáticamente. Cada día en Donetsk sufren bombardeos, y mueren personas. Los países de la OTAN lo apoyan, y la propaganda nazista desfigura los acontecimientos.
La cultura: el poder de EEUU se basa en el dólar...
Glazev: Sí, en el fondo, la potencia americana está en el uso del dólar en calidad de la divisa mundial. Pero es un poder no tanto del Estado americano como de su oligarquía, que vive como un parásito de ese Estado. Dentro de los EEUU hay gigantescos  problemas internos. Miles de personales son reprimidas en las insurrecciones de los afroamericanos. El nivel de vida no crece desde hace veinte años. Ciudades enteras se han convertido en tugurios. A la oligarquía americana le es necesaria la guerra. No es por el bienestar del pueblo americano ni por el destino de los centros industriales del país, donde millones de personas no tienen el trabajo. Necesita la dominación mundial, porque gracias a ella recibe superbeneficios. El golpe más serio a la hegemonía americana sería una renuncia del uso del dólar en calidad de divisa mundial.
Los EEUU son un país-agresor. La agresión no siempre tiene que ser aplicando las fuerzas armadas. Hay formas diferentes. Pero si reconocemos que los EEUU son los agresores, no debemos usar la divisa americana, ni tener con ellos relaciones financieras, o patrocinar y subvencionarlos. Y nuestro sistema financiero anualmente usa unos 120-140 mil millones de dólares en beneficio del sistema financiero americano. Comprando obligaciones de los EEUU, patrocinamos la guerra contra nosotros.
La potencia del adversario se basa en el monopolio  que tiene la oligarquía de la Reserva Federal, el centro de emisión de dólares. Imprimen la divisa mundial. Miren los gráficos, la deuda estatal de los EEUU sube exponencialmente. En matemáticas lo llaman progresión geométrica. Cuando el sistema entra en tal régimen, se arruina inevitablemente. A la hegemonía americana le llegará su fin, es una ley objetiva. Cuanto antes salgamos de la pirámide financiera del dólar, tendremos menos pérdidas: no sólo financieras, sino también humanas. Una parte considerable de la emisión de dólares, que subvencionamos cuando tenemos reservas en esta divisa, va a las operaciones militares y terroristas.
La cultura: ¿Hay fuerza en la economía rusa?
Glazev: Lo hay. La industria rusa trabaja a 2/3 de su potencial. La carga de la potencia de producción, especialmente en el sector de capacidad científica, en la construcción de maquinaria, está en una horquilla del 40 hasta el 60 %. A nosotros, el empleo en la industria nos permite aumentar la producción sin recurrir a la mano de obra adicional. Tenemos reservas infinitas de recursos naturales. No hay ninguna causa objetiva para la caída de las inversiones y los volúmenes de producción. Tenemos todas unas posibilidades de tener el crecimiento de un 6 hasta 8 % por año.
La cultura: ¿Qué se hace con el rublo?
Glazev: La caída del curso del rublo es consecuencia de la política incompetente del Banco Central y los poderes monetarios. La dirección del Banco Central no se pone la tarea de estabilizar la moneda nacional. En vista de esto, podemos confiar solamente en lo que consigue frenar a los especuladores por medio de los órganos protectores.
La incompetencia se manifiesta está en el seguimiento a los dogmas aceptado a finales de los años 80, en los acuerdos de Washington, a saber, el dogma sobre la imposibilidad del control de divisas. Si no hay control, esto significa que se le dan posibilidades infinitas al capital americano en el país. Si no controlamos el movimiento del capital, no podremos competir y cada vez pesaremos menos en el mercado mundial. Su potencial financiero está determinado así: para recibir divisas, tenéis que exportar y vender. En cambio, ellos no tienen nada que hacer de todo esto. Le dan a la máquina de imprimir y ya tienen recursos financieros gigantescos, con los que pueden seguir creciendo. Por eso el capital americano domina en aquellos países donde no hay control de divisas. Estos países se someten a una explotación implacable.
La cultura: ¿Tenéis una receta de cómo salir de la crisis?
Glazev: Si queremos tener éxito y un desarrollo estable, tenemos que pasar a las fuentes interiores del crédito. Crear mecanismos de concesión de crédito para la economía. Es necesario cerrar para esto el reflujo del capital, proteger nuestro sistema financiero de los ataques especulativos del extranjero. Introducir el control del movimiento transfronterizo del capital y las operaciones de divisas. Sin esto no podemos pasar a las fuentes interiores del crédito y seremos condenados a la derrota en la guerra financiera.
Nuestras perspectivas para los próximos años dependen enteramente de las decisiones políticas. El presidente Vladímir Putin ha designado parte de ellas en su discurso Federal, por ejemplo, la amnistía a los capitales que regresen. Después de su aceptación parte de los capitales volverá obligatoriamente, están volviendo ya.
El margen de nuestras posibilidades es muy ancho. Somos capaces de hacer un milagro económico, avanzar y de nuevo situarnos entre los países líderes. Repeler la agresión americana y retomar el  papel de ser uno de los centros más influyentes que determinan el desarrollo mundial. Es lo único que nos asegurará de la desorganización completa y la destrucción.
*Flávialeitão