Dirceu e Veja apressam a Ley de Medios.
Que é de “óbvio interesse público”
Como quem define o “interesse público” é o notável colonista (**) que ocupa o lugar do Rossi, fica assim combinado:
Tudo o que o News of the Veja World publicou era de “interesse público”, segundo o News of the Veja World.
Inclusive as gravações da família da menina morta.
De óbvio interesse público – segundo o Murdoch.
Nesta semana, a Veja reincide e publica as mesmas fotos da semana passada com Sérgio Gabrielli e Fernando Pimentel.
Na verdade, ao “voltar ao local do crime”, a Veja pesa a mão no Sergio Gabrielli, já que a Petrobrás é um dos alvos preferidos do PiG (***), desde Assis Chateaubriand, Roberto Marinho e Bob Fields.
Na abertura do Congresso do PT em Brasília – está na Folha (*), pág. A14 -, todas as correntes – e são muitas – do Partido apoiaram Dirceu.
Lula e Dilma também.
Dirceu foi ovacionado.
O Nunca Dantes e a Dilma (o que é raro) espinafraram o PiG (***).
E, na pág. A8 do Estadão, o presidente do partido, Rui Falcão, volta a pregar uma Ley de Medios e insiste numa tese que o Ministro Bernardo – aquele que tem medo da Globo – parece ter guardado na mesma pilha em que repousa, adormecida, a Ley de Medios que o Franklin Martins lhe entregou.
É a tese de que político não pode ser dono de emissora de tevê.
Caiu a ficha do PT.
Finalmente, com a “reportagem” da Veja sobre Dirceu, o PT simancou: “sem uma Ley de Medios, o Berlusconi ganha a eleição de 2014”.
Ou simancou ou percebeu que o ambiente político, agora, com a ajuda da Veja, é favorável.
(Não há um único órgão de imprensa – com exceção “óbvia” da Folha – que tenha defendido o “método” Veja.)
José Dirceu vai processar a Veja, assim que ficar mais clara a natureza do crime cometido.
O líder do PT na Câmara, Candido Vacarezza, se viu na obrigação de notificar a Polícia Federal, já que o Zé, o Zé, o Ministro da Justiça, não se coçou.
É provável que Dirceu não queira misturar Ley de Medios com Veja.
A Veja é um caso de polícia.
Sem dúvida.
E a Ley de Medios é um caso da Democracia.
(E não apenas do PT ou da Dilma.)
Mas, não tem alternativa: a Veja apressou a Ley de Medios.
Expôs o cadáver na sala.
O fedor começa a se espalhar.
(Quando o Eugenio Bucci e o Fabio Barbosa começarão a “reverter seus valores” ?)
E a D. Judith Brito, ganhadora do Prêmio Barão de Itararé do ano retrasado (ela não foi buscar) ?
A verdadeira líder da oposição na campanha de 2010 ?
Cadê a D. Judith ?
Vai ficar quieta ?
Ou acha também que a Veja fez muito bem, porque aquelas imagens são de “óbvio interesse público” ?
D Judith, a senhora se hospeda no Naoum ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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