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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 13, 2011

Miss Brasil representa muito bem o Brasil com sua inteligência na resposta que deu:

 

Miss Universo 2011 e uma Angolana !!! 

Representando a beleza negra pelo mundo!!!

Chamada de "diamante negro" pela imprensa de seu país, a angolana diz que não se abala com o preconceito. "Felizmente o racismo não me atinge. Acho que os racistas precisam procurar ajuda, não é normal em pleno século XXI ainda pensarem nessa forma", opinou. "Devemos todos nos respeitar, independente da raça, do sexo e do meio social.




*EtniaBrasileira

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Miss Angola e entrevista no Jô Soares

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em 24 de outubro de 2007 fiz uma nota que teve grande repercussão. Ela foi baseada na entrevista de um certo Ruy Morais e Castro. O tal sujeito foi ao Programa do Jô para explicar a relação do penteado das mulheres negras de Angola com as suas vaginas.

Entre outras coisas Ruy Morais e Castro, animado pelo apresentador da Globo, fala que os cabelos das angolanas eram armados com bosta de boi e faz analogias dos penteados delas com a vagina das mulheres. Se “mais apertadas” ou “mais largas”.

Mas por que me lembrei disso? Porque ao abrir a internet hoje vi várias matérias nos sites sobre a eleição da miss de Angola, Leila Lopes, como miss universo. E entre outras coisas, leio que o que mais chamou a atenção era que o seu cabelo estava preso. E que alguns esperaram que ela tratasse disso quando os jurados perguntaram se não gostava de alguma parte do seu corpo. Mas na reposta, entre outras coisas, Leila Lopes teria dito algo como não ter nada do que reclamar porque seu corpo é um legado de sua família.

Sensacional. Viva a miss Angola.

E se você tiver estômago para assistir ao vídeo em que Jô Soares se diverte com os cabelos das angolanas, o link segue abaixo.

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